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Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#316 Mensagem por Lucas Lasota » Sex Fev 07, 2014 12:20 pm

Muito obrigado a todos que trouxeram essas interessantíssimas informações!




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#317 Mensagem por denilson » Sex Fev 07, 2014 3:26 pm

denilson escreveu:Sobre nossos radares, encontrei esse artigo.

http://sd-2.archive-host.com/membres/up ... 90/6_5.pdf
Artigo muito bom!!! vale a pena ler, encontrei mais essa característica do Saber m60, ele tem a capacidade de distinguir entre asa "dura" e rotativa, até ai a já era conhecido. Mas ele também pode classificar qual é o modelo do helicóptero, muito importante, principalmente se o inimigo utilizar um helicóptero diferente dos nossos!!!

"Pode-se destacar uma qualidade da CWT é sua capacidade de detectar descontinuidades uma vez que ela decompõe o sinal em blocos elementares que estão bem separáveis tanto no tempo quanto na freqüência. Esta característica é utilizada para encontrar o flashes das reflexões das pás dos helicópteros que são a usadas na classificação entre aeronaves de asa fixa e rotativa e, entre os helicópteros, quais os modelos mais prováveis".

Abraço.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#318 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 10:14 am

Tem-se que ver até onde e sob quais condições estes radares teriam, ou não, a capacidade de serem 'navalizados', o que creio não deve ser um processo exatamente fácil.
Mas se ao menos já dispomos das condições primárias para o desenvolvimento de tecnologias AESA, com certeza o passo a seguir poderá ser dado com relativa segurança.
Falta na verdade é saber se o mercado interno justifica, ou não, este investimento, tendo em vista que não temos o costume de realizar investimentos de longo prazo em navios militares, e menos ainda em outros vetores menos chamativos na seara militar.
O processo de descontinuidade neste caso deve ser evitado a qualquer preço, sob o perigo de incorrermos nos mesmos erros passados e provarmos também a descontinuidade e a perda não só dos produtos, como do conhecimento e da mão-de-obra especializada formada neste tempo.
E para isso, não tem PAC que dê jeito.
Tomara não fiquemos apenas nestas 4 undes inciais, como ocorreu com as Inhaúma.
Vamos torcer para isso não se repetir. Seria frustante por demais, para dizer o mínimo.

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#319 Mensagem por jeremiasbecker » Dom Fev 09, 2014 2:02 am

denilson escreveu:
denilson escreveu:Sobre nossos radares, encontrei esse artigo.

http://sd-2.archive-host.com/membres/up ... 90/6_5.pdf
Artigo muito bom!!! vale a pena ler, encontrei mais essa característica do Saber m60, ele tem a capacidade de distinguir entre asa "dura" e rotativa, até ai a já era conhecido. Mas ele também pode classificar qual é o modelo do helicóptero, muito importante, principalmente se o inimigo utilizar um helicóptero diferente dos nossos!!!

"Pode-se destacar uma qualidade da CWT é sua capacidade de detectar descontinuidades uma vez que ela decompõe o sinal em blocos elementares que estão bem separáveis tanto no tempo quanto na freqüência. Esta característica é utilizada para encontrar o flashes das reflexões das pás dos helicópteros que são a usadas na classificação entre aeronaves de asa fixa e rotativa e, entre os helicópteros, quais os modelos mais prováveis".

Abraço.
Excelente o artigo sobre o M60, e ótimas perspectivas para o M200. Obrigado




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#320 Mensagem por denilson » Seg Fev 10, 2014 1:39 pm

FCarvalho escreveu:Tem-se que ver até onde e sob quais condições estes radares teriam, ou não, a capacidade de serem 'navalizados', o que creio não deve ser um processo exatamente fácil.
Mas se ao menos já dispomos das condições primárias para o desenvolvimento de tecnologias AESA, com certeza o passo a seguir poderá ser dado com relativa segurança.
Falta na verdade é saber se o mercado interno justifica, ou não, este investimento, tendo em vista que não temos o costume de realizar investimentos de longo prazo em navios militares, e menos ainda em outros vetores menos chamativos na seara militar.
O processo de descontinuidade neste caso deve ser evitado a qualquer preço, sob o perigo de incorrermos nos mesmos erros passados e provarmos também a descontinuidade e a perda não só dos produtos, como do conhecimento e da mão-de-obra especializada formada neste tempo.
E para isso, não tem PAC que dê jeito.
Tomara não fiquemos apenas nestas 4 undes inciais, como ocorreu com as Inhaúma.
Vamos torcer para isso não se repetir. Seria frustante por demais, para dizer o mínimo.

abs.
Entendo que a tecnologia é a mesma, claro que a navalização seria algo como troteção para as condições de mar e integração aos sistemas (PROVAVELMENTE TEREMOS UMA TORRE COM MAIS SISTEMAS), mas o radar em si, deve ser o mesmo (+/-) que o terrestre, assim, não teremos apenas 4 radares navais, provavelmente teremos mais os terrestres com grande comunalidade de componentes.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#321 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 10, 2014 1:55 pm

Pois é Denilson, mas a questão que falo é que mesmo essa comunalidade não se justificará se as quantidades encomendadas não consigam dar um mínimo suporte ao contínuo desenvolvimento destes radares. E não vamos conseguir isso comprando algumas poucas unidades de um e de outro.

Sem um planejamento de médio/longo prazo que possa indicar a industria a nossa intenção em continuar investindo no sistema, é pouco provável que qualquer um queira se dar o luxo, ainda mais no Brasil, de colocar dinheiro no mesmo sem ter razoável visão do que lhe espera mais ali na frente, e se isso irá compensar os investimentos feitos agora.

Já vimos este filme lá atrás, e sabemos no que deu. Agora é a hora de não repetirmos tais erros.

Se vamos avançar nesta questão, é preciso que o Estado esteja ciente de que a industria só fará a sua parte, se houver comprometimento real e concreto da parte daquele. Sem isso, é apenas mais do mesmo.
Vamos produzir o suficiente para bancar a publicidade, os apertos de mão e falsos sorrisos... e só.

Tomara, como disse, que não fiquemos apenas nestas 4 corvetas. Temos demanda para, pelo menos, mais 5, podendo ir um pouco mais além. E se tudo der certo, um segundo lote das escoltas do Prosuper poderá inclusive vir a somar a demanda por estes radares.

Mas isso, só se nós fizermos o nosso dever de casa. Estamos fazendo? [027]

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#322 Mensagem por denilson » Seg Fev 10, 2014 3:29 pm

FCarvalho escreveu:Pois é Denilson, mas a questão que falo é que mesmo essa comunalidade não se justificará se as quantidades encomendadas não consigam dar um mínimo suporte ao contínuo desenvolvimento destes radares. E não vamos conseguir isso comprando algumas poucas unidades de um e de outro.

Sem um planejamento de médio/longo prazo que possa indicar a industria a nossa intenção em continuar investindo no sistema, é pouco provável que qualquer um queira se dar o luxo, ainda mais no Brasil, de colocar dinheiro no mesmo sem ter razoável visão do que lhe espera mais ali na frente, e se isso irá compensar os investimentos feitos agora.

Já vimos este filme lá atrás, e sabemos no que deu. Agora é a hora de não repetirmos tais erros.

Se vamos avançar nesta questão, é preciso que o Estado esteja ciente de que a industria só fará a sua parte, se houver comprometimento real e concreto da parte daquele. Sem isso, é apenas mais do mesmo.
Vamos produzir o suficiente para bancar a publicidade, os apertos de mão e falsos sorrisos... e só.

Tomara, como disse, que não fiquemos apenas nestas 4 corvetas. Temos demanda para, pelo menos, mais 5, podendo ir um pouco mais além. E se tudo der certo, um segundo lote das escoltas do Prosuper poderá inclusive vir a somar a demanda por estes radares.

Mas isso, só se nós fizermos o nosso dever de casa. Estamos fazendo? [027]

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Assim espero! Agora, tenho outra duvida, o SABER M200 como indicado nas propagandas, é um radar de guiagem de misseis, mas e ai, qual míssil????? Sera que temos algo escondido por ai?




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#323 Mensagem por LeandroGCard » Seg Fev 10, 2014 3:35 pm

denilson escreveu:Assim espero! Agora, tenho outra duvida, o SABER M200 como indicado nas propagandas, é um radar de guiagem de misseis, mas e ai, qual míssil????? Sera que temos algo escondido por ai?
Pois é, poderia ser o tal Paraná?

Um míssil AAe de médio alcance (digamos até 100 km) orientado por este radar daria um produto razoável a nível internacional, dependendo é claro do custo e das capacidades, com boas possibilidades de exportação (sem falar nas nossas próprias necessidades locais tanto da MB quanto do EB - e talvez até da FAB).

Seria o tipo de desenvolvimento sinérgico, que alavancaria a venda dos dois sistemas e beneficiaria ambas as empresas envolvidas (a responsável pelo míssil e a responsável pelo radar em si).

Ai, ai, sonho meu... .


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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#324 Mensagem por Marino » Seg Fev 10, 2014 8:02 pm

Eu tenho uma grande dúvida sobre o Saber-200, quando o definem como "radar secundário".
Isto, na linguagem militar, significa IFF.
Alguém pode ajudar?
O Saber-200 é um radar primário com alcance de 200 km, ou um radar secundário, um IFF?




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#325 Mensagem por LeandroGCard » Seg Fev 10, 2014 8:21 pm

Marino escreveu:Eu tenho uma grande dúvida sobre o Saber-200, quando o definem como "radar secundário".
Isto, na linguagem militar, significa IFF.
Alguém pode ajudar?
O Saber-200 é um radar primário com alcance de 200 km, ou um radar secundário, um IFF?
Olá Marino,

Não entendo muito de radares, mas pelo que entendi do post do Denilson ele está certo, o sistema será composto por DOIS radares de características diferentes, daí as designações primário e secundário. O primeiro (designado como "secundário") seria de busca e alerta, com maior alcance, varredura mecânica e quase com certeza recursos IFF, e teria como função "pintar um quadro" do cenário em torno do sistema mostrando todos os objetos aéreos que entrarem no alcance de detecção (pelo texto, 370km). Já o segundo (o "primário") seria AESA, com alta resolução e capacidade de discriminação e acompanhamento de múltiplos alvos, assim como orientação de sistemas AAe dentro do seu alcance (200Km). Sua função seria coordenar os sistemas AAe a ele integrados no combate aos alvos encontrados pelo primeiro radar.

Assim, seria melhor se referir ao M-200 não como um radar, mas sim um sistema de detecção, rastreamento e combate baseado em radares.

Acho que é isso que está abaixo:
denilson escreveu: Pelo que pude entender, o radar primário do SABER-M200 é AESA "feixes de emissões independentes", e o radar secundário é de varredura mecânica com alcance de 370 Km!!!
Nas figuras aparecem de vez em quando é isso que da p entender também.
Imagem
Grande abraço,


Leandro G. Card




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#326 Mensagem por Marino » Seg Fev 10, 2014 9:09 pm

Obrigado.
O EB tem que adotar a nomenclatura usada na MB e na FAB, que usam radares há décadas.
Por isso a confusão.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#327 Mensagem por denilson » Seg Fev 10, 2014 10:27 pm

Marino escreveu:Obrigado.
O EB tem que adotar a nomenclatura usada na MB e na FAB, que usam radares há décadas.
Por isso a confusão.
A nomenclatura que estou utilizando é das publicações da Orbisat/Bradar.
Abraço




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#328 Mensagem por FCarvalho » Seg Fev 10, 2014 10:53 pm

Penso eu, que já que este sistema é oferecido, também, para a designação de mísseis AAe, potencialmente ele também deve dispor de uma alta capacidade de integração a qualquer tipo de armamento neste campo, ou pelo menos, facilidades para isto.

Do contrário, ele entra naquela seara de sistemas fechados e caríssimos para clientes que tem condições para pagar por algo tão complexo quanto um sistema combinado míssil-radar.

No mais, seja este suposto "Paraná", ou um Umkhonto AAe nacional da vida, ele deve possuir uma arquitetura aberta para adaptar-se ao que vamos dispor nos anos que virão, e que até o momento, tanto na cena terrestre quanto na naval, está variando entre sistemas tão díspares quanto nada comuns como mísseis russos, europeus, americanos, israelenses, sul-africanos e suecos.

Tá bom pra ti Leandro. :mrgreen:

abs.




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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#329 Mensagem por Penguin » Seg Fev 10, 2014 11:07 pm

Imagem

Muito interessante essa configuração do M200.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: CV 3 - Terceiro projeto de corveta

#330 Mensagem por denilson » Ter Fev 11, 2014 8:53 am

Penguin escreveu:Imagem

Muito interessante essa configuração do M200.
Agora tentem imaginar isso no alto de uma torre nas novas corvetas.... 8-]




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