Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Snowmeow
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#196 Mensagem por Snowmeow » Qua Fev 05, 2014 12:47 am

Historicamente, não é insanidade, porque a região da Guiana a oeste do rio Essequibo foi ocupada primeiramente pelos Espanhóis, depois os Ingleses vieram e tomaram a região. Isso é bem mais velho que a questão das Malvinas.




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#197 Mensagem por Hector0352 » Qua Fev 05, 2014 9:54 pm

Guiana francesa ainda é ligada a França né ? um agressão a ela provocaria uma reação militar deles ? :?:




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#198 Mensagem por Wingate » Qui Fev 06, 2014 8:35 pm

Snowmeow escreveu:Trazendo minha postagem pro tópico certo, e chegando meio de paraquedas...

Existe, sim, uma maneira (Mais de uma, até) de destruir os EUA, antes de eles trazerem a guerra pra cá. Tudo que se deve saber é: Que nível de destruição é necessário.

Destruição física? Uma ogiva superpesada (Nem precisa ser nuclear) no ponto mais frágil do vulcão de Yellowstone, e no mínimo um quarto do país pode ficar coberto de lava, precedendo um inverno vulcânico que colaborará para o resfriamento global. A ogiva pode ficar escondida dentro de um satélite, ou mesmo SER (Estar disfarçada de) o satélite.

Destruição social? Campanhas aleatórias, anônimas, fortes e com apoio maciço aos mais de 15 movimentos separatistas que existem no país, como a League of the South, o Alaskan Independence Party, o Hawai'i Nation, o MEChA, o Lakotah Nation, além de grupos bem-formados e bem-estruturados que querem a independência de Vermont, New England, Texas, New Hampshire, California, Cascadia (Costa Noroeste dos EUA e Oeste do Canadá), Porto Rico, Ilhas Virgens, grupos separatistas negros, arianos e latinos... Se apenas a League of the South conseguir seu intento, já será um baque irremediável para o orgulho americano.

Destruição econômica? Se os BRICS conceberem uma moeda comum para substituir o dólar, controlada pelos governos dos cinco países, forte e confiável, adotada por seus respectivos blocos econômicos, e passarem a negociar seus bens e produtos no mercado internacional usando apenas essa moeda, o Dólar perderá seu valor (Como já vem perdendo ao longo dos anos, mas mais intensamente), e a economia americana irá para o vinagre com uma moeda que não vale nada. Não à toa, moedas digitais como o Bitcoin ganham mais espaço nos EUA.

Se eu disse alguma besteira, me corrijam.
Nenhuma besteira, colega, são possibilidades - porém, cabe aqui a velha pergunta tirada daquela fábula antiga: "Quem vai colocar o guizo no gato?".

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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#199 Mensagem por Hector0352 » Qui Fev 06, 2014 9:41 pm

A parte de jogar bombas nucleares em vulcões é balela... Na guerra fria ambos os lados tentaram isso pra usar como arma e nunca conseguiram fazer os vulcões soltarem lavas... Pelo que entendi da explicação cientifica as bombas são muito '' fracas ''




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#200 Mensagem por J.Ricardo » Qui Fev 06, 2014 10:40 pm

Snowmeow escreveu:Historicamente, não é insanidade, porque a região da Guiana a oeste do rio Essequibo foi ocupada primeiramente pelos Espanhóis, depois os Ingleses vieram e tomaram a região. Isso é bem mais velho que a questão das Malvinas.
Se não me engano a Suriname era nosso, mas perdemos em um contencioso com a Inglaterra em uma disputa mediada pelo rei da Itália que logicamente deu causa de ganho a Inglaterra... estou tentando encontrar algo na net a respeito mas não estou conseguindo...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#201 Mensagem por jauro » Sex Fev 07, 2014 6:30 pm

J.Ricardo escreveu:
Snowmeow escreveu:Historicamente, não é insanidade, porque a região da Guiana a oeste do rio Essequibo foi ocupada primeiramente pelos Espanhóis, depois os Ingleses vieram e tomaram a região. Isso é bem mais velho que a questão das Malvinas.
Se não me engano a Suriname era nosso, mas perdemos em um contencioso com a Inglaterra em uma disputa mediada pelo rei da Itália que logicamente deu causa de ganho a Inglaterra... estou tentando encontrar algo na net a respeito mas não estou conseguindo...
Busque por: História das Fronteiras; Rezende, Ney Riopardense.

Ou:

A QUESTÃO DO PIRARA OU A FRONTEIRA COM A GUIANA


Luiz Ernani Caminha Giorgis (*)


1. Introdução
A chamada Questão do Pirara foi uma das mais importantes disputas territoriais do Brasil com seus países lindeiros. Exigiu da diplomacia brasileira um desempenho à altura da disputa com um dos países mais importantes do mundo. No caso, a questão foi entre o Brasil e a Inglaterra. A Guiana Inglesa não era, como hoje, um país independente.
A região do Pirara é uma das mais setentrionais do país, localizada a nordeste do atual Estado de Roraima. Fica localizada entre os meridianos 58º e 60º oeste e entre os paralelos 1º e 4º de latitude norte, compreendida entre a margem esquerda do Rio Rupununi e o Lago Amacu, o rio Pirara, o rio Mahú e o rio Tacutú, até as nascentes deste último ao sul.
A antiga denominação do Estado de Roraima era Território Federal de Roraima ou, mais antiga ainda, Território Federal do Rio Branco. O principal e mais importante curso d’água de Roraima é o Rio Branco. Por ele chegaram os primeiros colonizadores portugueses. A Capitania do Rio Negro foi fundada em 1755 para fazer face aos holandeses.
Caixa de texto: Joaquim Nabuco

A questão arbitral com a Inglaterra ocorreu a partir de 1901, sendo concluída em 1904. O Ministro das Relações Exteriores da época era o insigne diplomata José Maria da Silva Paranhos Júnior, Barão do Rio Branco, que foi Ministro das Relações Exteriores durante os governos de Francisco de Paula Rodrigues Alves (1902-06) e de Hermes Rodrigues da Fonseca (1910-14). O plenipotenciário brasileiro que defendeu os nossos interesses na disputa foi o outro insigne diplomata Joaquim Aurélio Barreto Nabuco de Araújo (Recife, 1849- Washington, 1910), também político, historiador, jurista e jornalista. Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. Nabuco foi escolhido para a missão pelo Presidente Campos Sales e por seu Ministro das Relações Exteriores Olinto Magalhães.



2. Antecedentes
Os antecedentes da questão mostram que em 28 de agosto de 1613, o rei Jacques I, da Inglaterra, concedia a Robert Harcourt, John Rovenson e a Sir Thomaz Challoner, através de cartas patentes, o território compreendido entre os rios Amazonas e o Essequibo.
Seis anos depois da primeira concessão, a 01 de setembro de 1619, o mesmo rei renovava as cartas patentes aos mesmos súditos. Foi uma verdadeira pirataria terrestre, sendo as cartas patentes verdadeiras “cartas de corso terrestres”.
Vê-se que a questão vem de longe. Não se pode esquecer a luta do bravo Pedro Teixeira contra holandeses, ingleses e franceses no século XVII na Amazônia.
Conforme o General Antonio da Rocha Almeida[1], pelos textos dos Tratados de 1750 (Madri) e 1777 (Santo Ildefonso), a fronteira com a atual Guiana Inglesa deveria acompanhar os altos cumes da meseta brasílico-guianense.
Em 1777, efetivos espanhóis partidos do Orenoco alcançaram o Uraricoera, fundaram um pequeno estabelecimento e passaram ao Rio Branco. Um destacamento luso-brasileiro comandado pelo Capitão Filipe Sturm derrotou os invasores, apoderou-se do material bélico que traziam, iniciou a construção de um forte e criou seis pequenos núcleos urbanos. Conforme a Enciclopédia Delta Larousse/1972 (Vol 13, pág. 5947), esses núcleos foram destruídos por um levante indígena chamado Praia do Sangue, violentamente contido por forças militares.
Em 1778, o Capitão-de Fragata Francisco José de Lacerda e Almeida, nomeado pela Coroa portuguesa, foi até o Rupununi e Essequibo, encontrando por toda parte vestígios de ocupação espanhola e portuguesa. O direito de dominação portuguesa até o Rupununi sempre foi questão fechada. Na mapoteca do Itamaraty pode ser consultada a Carta Genérale et particulier de la Colonia Essequebe et Demerara, situeé dans la Guiana en Amérique, redigeé et dedieé au Comité des Colonies et possessions par de Mayor F. v. BOUCHENROEDER, 1978.
Ainda conforme Rocha Almeida, junto a esta carta lê-se a seguinte nota:
Esta carta é em grande escala e mostra as embocaduras dos rios Demerara e Essequibo desde a foz até grande distância para o interior, dando bem a conhecer que a fronteira do Demerara com o Brasil é o rio Rupununi.
Em 1781, o Capitão de Fragata Antônio Pires da Silva Pontes e o Capitão de Engenheiros Ricardo Franco de Almeida Serra, membros da Comissão de Limites, exploraram a região e estudaram as linhas limites a serem propostas. Outros demarcadores que estiveram na área foram Eusébio Antônio de Ribeiros, José Simões de Carvalho e Alexandre Rodrigues Ferreira. Este, deixou uma memória chamada Tratado Histórico do Rio Branco.


3. A presença inglesa na área
Somente em 1799 procuraram os ingleses estabelecer-se nas Guianas, quando o governo inglês apoderou-se da Guiana Holandesa, que foi restituída em 1801, mas retomada em 1803. Desta segunda vez, os ingleses permaneceram por dez anos. Em 1814, os ingleses ocuparam os estabelecimentos do Demerari, Essequibo e Berbice, e desses locais apossaram-se definitivamente, com a aquiescência da Holanda.
A partir de 1782, quando foi extinto o Estado (Capitania) do Grão-Pará e Rio Negro, o contencioso do Pirara passou diretamente para a Coroa portuguesa através da sua colônia brasileira.
Em 1810 os ingleses subiram pela primeira vez o Essequibo. O Capitão D. P. Simon, chefe da expedição, estava encarregado de pacificar tribos indígenas que estavam em guerra. O naturalista inglês John Hancock e o Tenente-Coronel D. Van Sirtema, acompanhavam Simon. Desejosos de visitar o Forte de São Joquim, endereçaram ao comandante uma carta solicitando permissão, em 22 de janeiro de 1811, para a visita. Esta expedição foi encontrada alguns dias depois por um Sub-oficial e dois soldados luso-brasileiros em uma aldeia de índios na margem esquerda do Rupununi. O Sub-oficial informou-os que estavam em território português, pelo que a expedição britânica pôs-se em marcha para o Rupununi, onde ficou aguardando a resposta da carta. Em 22 de fevereiro receberam os ingleses a autorização e os dois oficiais mais o médico foram escoltados até o Forte. Doze dias depois, Simon despedia-se do comandante do Forte de São Joaquim e, escoltado por um destacamento português, retornou a Demerari. Os outros, Van Sirtema e Hancock só deixaram o Forte a 12 de maio, sendo escoltados por seis soldados e pelo Destacamento do Pirara, este comandado por Pedro Ferreira Mariz Sarmento.
Estes detalhes são muito úteis, pois mostram que, desde a primeira visita dos inglêses ao Rupununi e ao Pirara, os mesmos encontraram estes destacamentos efetivamente ocupados pelos militares pertencentes ao Comando Militar do Rio Branco.
Mas a questão só tomaria vulto a partir de 1835, quando a Sociedade de Geografia de Londres (Royal Geographical Society of London) incumbiu o explorador prussiano naturalizado inglês Robert Hermann Schomburgk, acompanhado pelo irmão Moritz Richard, de ir às Guianas e fixar os limites entre as possessões inglesas e seus vizinhos. O passaporte para Schomburgk foi concedido pelo Ministro do Brasil em Londres, a pedido do então Ministro dos Negócios Estrangeiros da Inglaterra, Henry John Temple, Lord Palmerston.
Schomburgk fez três expedições à Guiana. Na primeira, conforme Carolina Nabuco[2], ficou “encantado” com a bela vila de Pirara, habitada pelos índios Macuxis, à beira do lago Amucu. A última foi em 1838 quando ele, após ter encontrado o Forte de São Joaquim e o Posto do Pirara sem efetivos, já que os militares tinham acorrido ao interior para combater a Cabanada, retornou à Inglaterra e recomendou a colocação de marcos de posse nas embocaduras dos rios Mahú (Ireng) e Tacutu. Em carta a um luminar da Royal Geographical Society chamado Thomas Buxton, Schomburgk diz o seguinte:
A linha do divisor de águas entre os rios que são tributários do Essequibo, de um lado, e do Amazonas do outro, formaria sem dúvida a fronteira mais natural...Mas ignora-se completamente que as possessões dos portugueses e mais tarde dos brasileiros se tivessem estendido a leste do Forte São Joaquim (grifo meu). Ora, nesse caso a bandeira da Grã-Bretanha flutuou sobre Pirara antes da brasileira. Arvoramo-la na praça da vila com todas as honras possíveis por ocasião do aniversário do rei.
Os marcos foram colocados, e possuem legendas de 25 de abril de 1842. Conforme o Coronel Manoel Soriano Neto, Schomburgk, em relatórios a Londres, dizia que a presença militar lusitana na região era precária, quase inexistente. Sugeriu, inclusive, que a Inglaterra deveria ocupar esses espaços 'vazios', mandando demarcá-los para os domínios de sua majestade inglesa e até de ocupá-los em caráter permanente. Nessa demarcação, os britânicos estenderam, erradamente, a linha extremo-oeste, que tinha de ficar limitada ao Rupununi, até as margens do rio Cotingo, em toda a extensão deste. Esta linha foi chamada de "Linha Schomburgk".
Conforme o professor Carlos A. Borges da Silva, da Universidade de Roraima:
A demarcação das linhas de fronteiras havia empurrado Schomburgk para a esfera política, não mais científica como na época de suas primeiras expedições. Tanto que em 1841, o Governador do Demerara enviou uma ordem para expulsar os brasileiros do Pirara, e nomeou o Inspetor Geral de Polícia, William Crichton, que trouxera uma carta ao Comandante Brasileiro de Fronteira, com ordem expressa de abandonar o Pirara, sob argumento de ser um lugar ocupado por tribos independentes. Para Joaquim Nabuco isso significava, “que a tribo de índios independentes reclamava a proteção da Grã-Bretanha”.
Essa preocupação com a proteção dos índios já teria sido manifestada também por Hillhouse, que falava dos grilhões, dos crimes e outras barbaridades cometidas contra aqueles “que viviam melhor no estado de natureza selvagem”. Destarte, a referência ao maltrato aos indígenas, será muito usada pelos ingleses para justificar a Linha Schomburgk.. Pelo menos é o que se verifica em Nabuco, em alguns trechos de suas Memórias, e também entre os experts venezuelanos nomeados em vários momentos para documentar a Questão Essequibo. Foi com este argumento que Crichton escreveu a Light recomendando fixar uma linha de fronteira entre os dois países, que deveria seguir a cadeia de montanhas que separam as águas que correm para o oceano Atlântico e as águas que correm para o sul, para a bacia do Amazonas, e certos rios ou pequenos cursos d’água, onde montanhas são interrompidas por savanas. Assim, em função de uma dúvida sobre linha de fronteira, colocada pelos britânicos, é que se iniciaram os contatos formais entre Grã-Bretanha e Brasil, de um lado, e Grã-Bretanha e Venezuela de outro. No dia 18 de março de 1840, Lord Palmerston propôs ao Lord John Russell que se colocassem em prática as idéias de Schomburgk sobre a linha de fronteira, e que cada governo: Brasil, Venezuela e Guiana, oferecessem suas defesas e justificativas.
Conforme o Coronel Cláudio Moreira Bento, Presidente da Academia de História Militar Terrestre do Brasil, em 1837 o diplomata inglês Lord Palmerston declarava que o Forte São Joaquim havia sempre sido considerado limite entre o Brasil e a Guiana. Nesta ocasião teve início a manobra para espoliar a Planície do Pirara do Brasil.
Em 14 de fevereiro de 1842, ocorreu a ocupação do Pirara por um destacamento inglês, comandado pelo Tenente Bingham. A vila estava praticamente deserta.

4. O Forte de São Joaquim
Sobre o Forte de São Joaquim do Rio Branco, afirma Cláudio Moreira Bento[3], que o mesmo foi concluído em 1778, na confluência e sobre a margem esquerda do rio Tacutu, ou seja, um ano após o Tratado de Santo Ildefonso, celebrado entre Portugal e Espanha. Em 1786 serviu de base de operações para o Engenheiro Militar Coronel Manuel da Gama Lobo d’Almada, o qual havia sido encarregado de levantar, mapear e organizar a defesa do Vale do Rio Branco.
O Forte São Joaquim foi desativado por volta de 1900. Sua planta faz parte da mapoteca do Centro de Documentação do Exército (CDocEx), Brasília, e é denominação histórica do Comando de Fronteira de Roraima/7º Batalhão de Infantaria de Selva (CFR/7º BIS) – Forte São Joaquim do Rio Branco, Boa Vista.

5. Manuel da Gama Lobo d’Almada
O Brasil deve a este engenheiro militar, demarcador e geógrafo a nova política da qual resultou a integração definitiva da região de Roraima ao mundo luso-brasileiro, com a fundação de fazendas de gado. Essas fazendas chamaram-se São Bento, São José e São Marcos. Em 1818, o rebanho de gado bovino chegava a 4.347. Lobo d’Almada deixou a memória intitulada Descrição relativa ao Rio Branco e seu território. Este militar destacava-se pela sua liderança através do exemplo, o qual assim justificava:
“Eu mesmo vou pessoalmente a todas as expedições. Não permito que os meus companheiros passem por trabalhos ou perigos em que eu não seja o primeiro a dar-lhes o exemplo”.
Neste caso, a justificativa de d’Almada lembra a valorosa atitude do Gen Heleno, atual Comandante Militar da Amazônia, ao denunciar a política do governo na área.
Um dos lemas mais significativos de Lobo d”Almada era o seguinte:
“Todo sangue que corre a serviço da Pátria é nobre!”

6. A cobiça inglesa
Em junho de 1838, um missionário anglicano de nome Thomas Youd chegou até a aldeia brasileira no Pirara e instalou-se um pouco mais acima, criando uma missão religiosa entre os rios Pirara e Moneca, à margem esquerda do Guatatá. Atraiu para o local alguns ingleses, que se misturaram com os índios e com brancos que ali já estavam instalados. Esse conglomerado recebeu o nome de Forte de Nova Guiné. Foi necessário que o Comandante do Forte São Joaquim, Capitão Ambrósio Aires, acompanhado pelo Frei José dos Santos Inocente, cumprindo ordens do Presidente da Província do Pará, General Soares de Andréia, fossem até a presença do audacioso missionário e o intimidasse a deixar o território onde estava instalado, pois ali era território brasileiro. Youd deixou a região, mas levou consigo os índios já catequizados.
Em 1840, foi publicada em Londres a obra Uma descrição da Guiana Britânica, que modificava a fronteira em prejuízo do Brasil. Na época, as relações diplomáticas entre o Brasil e a Inglaterra eram frágeis.

7. A reação à demarcação
Contra a demarcação arbitrária, o Brasil protestou energicamente. O Presidente do Pará despachou um oficial do Exército, o Capitão José de Barros Leal, acompanhado por um único soldado e por um missionário católico, para efetuar a ocupação permanente da vila de Pirara.
As tropas inglesas foram retiradas e os marcos colocados por Schomburgk também, mas permaneceram as dúvidas sobre os verdadeiros limites.
Em seguida, os ingleses fizeram nova investida, desta vez de fixação na Ilha Camaçari, junto ao Pirara. O governo brasileiro protestou e a região foi, de comum acordo, declarada sub nullius jurisdiccionis (sob jurisdição nula). Sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes. O Império cumpriu religiosamente essa neutralidade, o mesmo não acontecendo com a Inglaterra, que a desrespeitava ostensivamente.
Conforme Pedro Calmon[4] “A questão tornou-se subitamente grave, com o erro das autoridades brasileiras, de não se estenderem para leste do Forte de São Joaquim, nele se conservando, porque era a baliza, solidamente estratégica, a velar pela comunicação natural do Rio Branco com o Amazonas – erro que permitiu a incursão do estrangeiro, de bandeira arvorada”.
Ainda conforme Calmon, essa ocupação “de fato”, a despeito da documentação, foi fatal ao direito do Brasil. Registra, também, um comentário do Barão do Rio Branco, sobre o caso: “o nosso direito não era tão fácil provar nesse caso quanto no caso das Missões e do Amapá”. Ou seja, a posse, precedendo ao litígio, foi decisiva.
Na década de 1885, o Ministro de Estrangeiros da Inglaterra, Robert Arthur Gayscone-Cecil, Lord Salisbury, teria dito a Joaquim Nabuco referindo-se, com desprezo, ao Pirara como “Uma região em que não existe uma vaca”.
Em 1896, o governador do Amazonas, Dr. Eduardo Gonçalves Ribeiro e o Senado Federal exigiram providências do Presidente Prudente José de Morais Barros. Em 1898, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, General Dionísio Evangelista de Castro Cerqueira, protestou junto à Rainha Vitória contra a decisão do Tribunal Anglo-Venezuelano que traçou os limites Venezuela-Guiana por sobre território do Brasil.

8. O Tratado de Arbitramento
A 07 de novembro de 1901, assinava-se em Londres o Tratado de Arbitramento para a fixação das fronteiras entre o Brasil e a Guiana Inglesa, tendo sido convidado como árbitro o jovem Rei da Itália, Vittorio Emmanuele III, o qual aceitou a missão. O arbitramento foi negociado pelo Ministro de Estado das Relações Exteriores, General Dionísio Cerqueira, que era conhecido pela sua experiência de explorador exaustivo dos confins amazônicos.
Conforme Pedro Calmon, inicialmente pensou-se no Grão-Duque de Baden, Frederico Guilherme Luís (Frederico I), mas o Rei da Itália era “...mais inclinado ao poderio inglês do que à simpatia americana”.
Sobre isso opina o historiador Dr. Corálio Cabeda, sócio fundador do IHTRGS:
Vitorio Emmanuele III reinava sobre uma Itália há pouco reunificada, com inimigos à volta (Império Austro-Húngaro) e com ele disputando territórios (Tirol do Sul, Vêneto, Fiume, Udine, Dalmácia, etc.). Logicamente tinha necessidade de aliados poderosos. E quem melhor do que a Inglaterra, à época a incontestável Rainha dos Mares e dona do maior império colonial do planeta? Vai daí que o rei italiano, árbitro escolhido pelas partes, deu à Inglaterra vitoriana um belo naco do nosso território. O Schomburgk já tinha feito a sua parte, como hoje as ONGs também fazem.
Rei de 1900 a 1946, Vittorio Emmanuele III nasceu em 11 de Novembro de 1869 em Nápoles, vindo a falecer em 28 de Dezembro de 1947 em Alexandria (Egito). Neto de Vítor Emanuel II, rei da Sardenha e da Itália, ascendeu ao trono italiano após o assassinato do pai, Humberto I. Reinou na Itália até 1946, inclusive durante a guerra. Abdicou em favor de seu filho Humberto II, que reinou efêmeros 35 dias (09Mai/13Jun46), quando abdicou depois de um referendo favorável à república, aprovado por um plebiscito. Foi o último monarca da Itália.
Vittorio Emmanuele, ao ser assinado o Tratado de Arbitramento, tinha somente 32 anos de idade.
O Tratado de Arbitramento estabelecia como território em litígio a área “entre o Tacutu e o Cotingo e uma linha tirada da nascente do Cotingo para leste, acompanhando o divisor das águas até um ponto próximo ao Monte Ayangeanna; daí para o sudeste, seguindo ainda a direção geral do divisor de águas, até o Monte Anaí, daí pelo seu tributário mais próximo até o Rupununi, subindo este rio até a nascente e dela atravessando a encontrar a nascente do Tacutu”.
Joaquim Nabuco fez uma larga e magnífica exposição histórica, mostrando a posse e domínio dos rios Amazonas, Negro e Branco, a cuja bacia pertence o território então pretendido. O Brasil defendia três títulos:
- O 1º, era a ocupação portuguesa do Amazonas que, desde o século XVII, estendeu-se além da confluência do Rio Negro, do qual o Branco é tributário;
- O 2º, referente aos territórios do Rio Branco, era o domínio do Negro, do qual o Branco é afluente; e
- O 3º, era a posse do Rio Branco pela Coroa portuguesa, posse esta que não precisava de prova, como não necessitava de prova a posse do Amazonas e também a do Negro.
No pleito, Joaquim Nabuco utilizou dois princípios básicos: o da doutrina do divisor de águas (watershed-line) e o do direito de propriedade mesmo esporádica (inchoate-title), pretendendo suprir o árbitro de provas decisivas, capazes de levá-lo à convicção. Para isto reuniu, de forma ordenada, sistemática e lógica, documentos de natureza histórica, diplomática e cartográfica. Procurou valorizar, teorizar e transformar em título jurídico de soberania o documento cartográfico. Ao final do seu texto, Nabuco conclui dizendo:
“O Brasil sustenta que a Inglaterra não tem direito algum a atravessar o Rupununi e a estabelecer-se na bacia do Amazonas”.
Apesar dos bem redigidos e abundantes documentos e mapas, o rei italiano declarou “não achar elementos para decidir qual era o direito preponderante”. E assim, mesmo depois de brilhantíssima defesa dos interesses brasileiros pelo Dr. Joaquim Nabuco, Vittorio Emmanuele proferiu, em 14 de junho de 1904, seu laudo arbitral, verdadeira sentença de Salomão, fazendo entregar 19.630 Km2 à Inglaterra e 13.370 ao Brasil, dos 32.000 em litígio. Fez esta divisão segundo uma linha que vai do Monte Yakontiput até à nascente do Rio Mahú, desce por este rio até a sua confluência com o Tacutú, e segue o curso do Tacutú até a nascente, onde se prende à linha oriental fixada em 1901.
É conveniente colocar que a fronteira foi levemente modificada em 1908, porque o Rio Cotingo não sai do Monte Yakontiput e sim do Monte Roraima. Entre estes dois montes, a fronteira passa, hoje, pela linha dos mais altos cumes.
A arbitragem atribuiu assim, à Inglaterra, o território entre os rios Mahú-Tacutú e o Rupununi, consagrando a usurpação de 1840, desprezando o divisor de águas – a Serra de Pacaraima – e, principalmente, trouxe o domínio britânico às ribanceiras do Tacutú, o que significou abrir aos ingleses o Rio Branco e, através deste, o acesso ao Amazonas. Em contrapartida, negou à Inglaterra o limite pelo rio Cotingo, recuando-o até o Mahú, procurando assim equilibrar o resultado.
Joaquim Nabuco, após o laudo arbitral, defendeu o árbitro, sustentando que Vittorio Emmanuele quis “contentar as duas partes, dividindo o contestado”.
Conforme Calmon: ...disfarçou Nabuco o insucesso, consolando-se com este pensamento salomônico: “Em tais circunstâncias, folgo de ter recuperado para nós o trecho que mais nos convinha”. Em verdade, nunca se refez deste desgosto, que o surpreendeu, depois de ter empenhado admiráveis esforços na defesa de sua causa. A chancelaria brasileira tinha ganho, pouco antes, o seu mais ruidoso triunfo, o Acre.
A nossa fronteira com a Guiana se desenvolve por 1.606 Km, dos quais 816 em vertentes e 790 em cursos d’água. O relevo, inicialmente elevado, constituindo as culminâncias do Planalto Guiano, com representações como a do Monte Roraima, perde altura abruptamente, chegando à larga depressão do Tacutu-Rupununi, onde as cotas de 200 metros predominam. A partir do Monte Uamuriactaua o relevo ganha altitude novamente, atingindo 1.000 metros na Serra de Acari, e a linha de crista de cotas entre 400 e 600 metros prossegue, servindo de divisória entre os dois países. Duas províncias guianenses lindam com o Brasil: Essequibo e Berbice.
A principal atividade econômica da área NE de Roraima é a criação extensiva de gado bovino, mas está cedendo terreno para a orizicultura. A área de Roraima é de 230.104 Km2 (2,7% da área do Brasil).
Na criação do Território em 1937, o espírito que norteou os legisladores e o governo foi, além das considerações de ordem administrativa, a melhor vigilância das fronteiras do país.
As fronteiras físicas estão definidas e demarcadas. O mesmo não acontece com as fronteiras humanas.




9) Bibliografia

1)BENTO, Cláudio Moreira, Amazônia Brasileira Conquista Consolidação.Manutenção História Militar Terrestre da Amazônia 1616/2004..Porto Alegre:AHIMTB/Gênesis.2004.
2)F.T.D. Elementos de História do Brasil. São Paulo: Livraria Paulo de Azevedo & C., p. 533;
3) ROCHA ALMEIDA, Antonio da, General. História do Brasil. Porto Alegre: PUCRS, Ética Impressora, 1959, p. 608/609;
4) CALMON, Pedro. História do Brasil. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1959, vol. VI.
5) MIRANDA, Jorge Babot. Amazônia – área cobiçada. Porto Alegre: AGE, 2005.
6) FERREIRA, Murilo Gomes, Major. História das Fronteiras do Brasil. Rio de Janeiro: ECEME, 1966.
7) REZENDE, Ney Riopardense, Tenente-Coronel. História das Fronteiras. Rio de Janeiro: ECEME, 1969.
8) SILVEIRA, Fidélis Chaves, Coronel. As fronteiras. Rio de Janeiro: ECEME, 1982.
9) DELTA-LAROUSSE. Nova Enciclopédia Delta Larousse. Rio de Janeiro: Editora Delta, 1972.

(*) O autor é acadêmico,2º Vice-Presidente e Delegado da Academia de História Militar Terrestre do Brasil e vice do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul. E editor de O Gaucho Informativo do IHTRGS. É professor de História do CMPA. (lecaminha@gmail.com) e vem desenvolvendo em parceria com o Cel Cláudio Moreira Bento O projeto História do Exército na Região Sul, Presidente da AHIMTB e IHTRGS a História do Exército na Região Sul.

(*)"Tenho também o privilégio de ser da mesma turma de Infantaria (1974), mesma turma de Escola de Comando e Estado Maior, EsCEME (1994) e de tê-lo como meu dileto amigo".




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#202 Mensagem por prp » Sex Fev 07, 2014 11:45 pm

Ganhar da Bolívia é uma coisa, quero ver ganhar da Inglaterra no papo.




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#203 Mensagem por Hector0352 » Sex Fev 07, 2014 11:56 pm

prp escreveu:Ganhar da Bolívia é uma coisa, quero ver ganhar da Inglaterra no papo.
'' Não avance apenas contando com o poderio militar ''
Sun Tzu - Livro arte da guerra.

Concordo que a Inglaterra é uma potencia econômica mundial e militar mas o EUA também eram e são e o Vietnã não e sabemos quem perdeu.




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#204 Mensagem por Clermont » Sáb Fev 08, 2014 11:04 am

jauro escreveu:Tanto que em 1841, o Governador do Demerara enviou uma ordem para expulsar os brasileiros do Pirara, e nomeou o Inspetor Geral de Polícia, William Crichton, que trouxera uma carta ao Comandante Brasileiro de Fronteira, com ordem expressa de abandonar o Pirara, sob argumento de ser um lugar ocupado por tribos independentes. Para Joaquim Nabuco isso significava, “que a tribo de índios independentes reclamava a proteção da Grã-Bretanha”.

Essa preocupação com a proteção dos índios já teria sido manifestada também por Hillhouse, que falava dos grilhões, dos crimes e outras barbaridades cometidas contra aqueles “que viviam melhor no estado de natureza selvagem”. Destarte, a referência ao maltrato aos indígenas, será muito usada pelos ingleses para justificar a Linha Schomburgk..

(...) Sob o argumento britânico de o território ser ocupado por tribos independentes que reclamavam a proteção inglesa, o Brasil reconheceu provisoriamente a neutralidade da área em litígio e retirou seus funcionários e o destacamento militar, com a condição de que as tribos continuassem independentes.
E sempre tendo como pano-de-fundo, "o bem-estar dos coitadinhos dos indiozinhos"... A importância da preservação da sua "vida natural, dos seus costumes", da sua "independência".

E não aprendemos nada. Um século depois, e ainda temos brasileiros (brasileiros?) defendendo "nação ianomami", "nação guarani", a expulsão de cidadãos brasileiros de áreas "exclusivas" para índios.

É, não aprendemos mesmo...




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#205 Mensagem por LeandroGCard » Sáb Fev 08, 2014 11:44 am

Clermont escreveu:E sempre tendo como pano-de-fundo, "o bem-estar dos coitadinhos dos indiozinhos"... A importância da preservação da sua "vida natural, dos seus costumes", da sua "independência".

E não aprendemos nada. Um século depois, e ainda temos brasileiros (brasileiros?) defendendo "nação ianomami", "nação guarani", a expulsão de cidadãos brasileiros de áreas "exclusivas" para índios.

É, não aprendemos mesmo...
Aliás, como está a situação destas tais "tribos independentes" que ficaram na Guiana inglesa? Ainda existem? Estão bem, com terras reconhecidas e capacidade de auto-sustento? Mantém sua cultura?

Leandro G. Card




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#206 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 12:02 pm

Se queres saber, o que restou está do mesmo jeito que estavam no séc XIX. Poucos, largados e f...dos como os seus 'parentes' do nosso lado da fronteira, desde que a Raposa-Serra-do-Sol foi fixada na parte leste da fronteira de RR com a Guiana.

O mesmo se aplica aos Ianomami e outras etnias nas nossas longas e porosas fronteiras da Amazônia.

Quem um dia quiser se 'abestar' e dar uma conferida no que eu digo, é só me visitar no Alto Solimões daqui uns meses e ver o que (não) acontece no Vale do Javari. :|

abs.




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#207 Mensagem por prp » Sáb Fev 08, 2014 3:47 pm

Tá em TBT?




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#208 Mensagem por FCarvalho » Sáb Fev 08, 2014 4:51 pm

Em Benjamin Constan a partir de abril. De volta para o 'front'... :mrgreen:

abs.




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#209 Mensagem por Hector0352 » Sex Jun 13, 2014 5:31 pm

Acho que ninguém vê esse tópico mais...

A situação contra o Chile muda algo com os nossos gripens substituindo os F5 ?




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Re: Simulações de Guerra: defesa e ataque, Brasil.

#210 Mensagem por Túlio » Sex Jun 13, 2014 5:34 pm

Tenho acompanhado mas é ESTRATÉGICA demais para uma josta de TÁTICO que nem eu... :wink: 8-]




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