FX-N - Um caça para a Aviação Naval da MB

[FCarvalho]

Olá a todos.

Como tem havido uma certa distribuição do assunto Sea Gripen tanto nos tópicos navais como nas aéreas, achei por bem abrir este tópico específico sobre um novo caça naval para a MB.
Espero que possamos concentrar aqui todas as discussões tanto sobre o Gripen Naval, como evidentemente, outras soluções e/ou opções plausíveis de serem analisadas até que tenhamos de parte da MB e do GF uma decisão final sobre o assunto.
Creio que ainda teremos bastante tempo para discutir isso por aqui no fórum.
Deixo aqui para início de conversa uma notícia sobre o Sea Gripen onde destaco, na opinião do CEO do programa junto a SAAB, o real e principal "problema" por que passa este projeto.
boa leitura e boas discussões.

Saab apresenta o caça Sea Gripen na NAMEXPO 2013



O Sea Gripen causou muito interesse durante a Feira de Material Bélico NAMEXPO 2013, que ocorreu em Kochi, na Índia. Tony Ogilvy, Gerente geral do programa internacional do Sea Gripen da SAAB, durante a sua apresentação sobre o avião, falou sobre os planos de desenvolvimento da aeronave.

Falando sobre a quarta sessão técnica “Desenvolvimento de sistemas de aviação e apoio sustentável de reparos ” no segundo dia do NAMEXPO2013, Ogilvy fez uma extensiva apresentaçãosobre a eventual versão naval do Gripen. Ogilvy destacou a importância do pequeno tamanho do aviãoe a sua versatilidade operacional tanto para porta-aviões convencionais (CATOBAR) como porta-aviões sem catapultas (STOBAR).

Ogilvy enfatizou a necessidade de ter “parceiros ativos” para desenvolver o programa do Sea Gripen.

FONTE: Gripen Blog (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

http://www.naval.com.br/blog/2013/10/01 ... expo-2013/

abs.

[reagan]

Eu tenho uma dúvida sobre isso: o nosso NAe estaria preparado em termos tecnológicos e estruturais para aviões de 4ª 1/2 geração como esses? Ou seria necessária a construção/compra de um NAe mais moderno, para permitir o uso mais eficiente dessas aeronaves?

Ao ler os tópicos e os posts de amigos militares, eu percebo uma tentativa do Brasil em emular o comportamento de outras FFAA's com muito mais recursos disponíveis ao invés de primeiro se preocupar em ter o mínimo necessário para não passar sufoco numa possível guerra. Um projeto de aviação naval dessa magnitude não seria demais pro nosso bico (levando em conta os investimentos e entraves políticos atuais)?

Grande abraço, amigos. Corrijam-me e perdoem-me se o civil aqui estiver falando asneira.

[FCarvalho]

Olá reagan,

Quanto a sua primeira pergunta, o Nae A-12 está atualmente entrando no seu PMG, além de nos últimos anos ter passado por todo um processo de modernização de seus diversos sistemas. Neste sentido, ele quando ao mar, terá capacidade de operar caças de 4a G, limitado apenas pelo desempenho das suas catapultas, em função da atual tonelagem que são capazes de lançar, e obviamente, das dimensões do caça em questão.

Operacionalmente não haverá empecilhos. Em odo caso, o Sea Gripen, pelo que se informa sobre o mesmo até aqui, tem todas as qualidades necessárias para operar sem maiores problemas no Nae SP, e mesmo com um Rafale ou F-18E/F poderiam fazê-lo, mas com as devidas restrições, já que são caças bem maiores e pesados que aquele avião sueco.

O PRONAE, que é o projeto para a aquisição de 2 novos NAe(porta-aviões) para a MB, está em sua fase preliminar, em relação ao estudo das propostas técnico-comerciais para a seleção de uma empresa/estaleiro que faça a melhor oferta de um projeto para a sua posterior construção no Brasil. Estes novos Nae irão dispor de todas as capacidades para integrar qualquer caça embarcado no futuro. Para mais informações, veja tópico referente sobre o PRONAE aqui no navais.

Quanto a segunda questão, penso que não seria emular, mas assumir em concreto, de nossa parte, que temos de dispor de meios e recursos materiais, humanos e financeiros em condições suficientes e perenes de tal forma a suportar eficaz e eficientemente uma defesa que mereça este nome. Esta consciência ainda demora um pouco mais para se estabelecer, mas temos feito avanços.

E tanto quanto devemos nos preocupar com o básico, de certa forma com vimos fazendo desde sempre, assim também devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance, para alçarmos o nível necessário de avanço tecnológico para as ffaa's, visto que o atual quadro evolutivo das guerras, incorre cada vez mais no maior e massivo uso de novas tecnologias, das quais não podemos abrir mão, se quisermos mesmo ter uma defesa crível.

Os planos e projetos apresentados no PAED visam nos dar esta condição de equilíbrio entre o "minimo básico necessário" e o "tudo do bom e do melhor" que possamos ter. Equilíbrio é a chave para conseguirmos ambas as coisas.

abs.

[reagan]

Muito obrigado pela explicação, FCarvalho.

O mais interessante é que a relação Brasil-SAAB atingiria níveis de cooperação excepcionais. Uma parceria como essa seria muito benéfica para a nossa indústria, sem dúvida.

A projeção de poder aéreo com caças de 4ª geração seria também uma bela mensagem dada a nossos vizinhos como forma de manter a liderança estratégica aqui na região ou até mesmo a participação em missões de paz/coalizões ao redor do mundo caso nosso governo achasse necessário.

No aguardo de novas notícias sobre o programa.

[ABULDOG74]

Olá camarada Fcarvalho, primeiramente queria te parabenizar por ter aberto esse tópico, realmente toda vez que se falava em algum tópico do forças navais(e até no aéreo) acabava-se tocando no novo caça para MB ou no SEA GRIPEN; embora ache que estamos falando a mesma coisa
Pelas últimas informações o problema pro A12 seria a segunda catapulta para lançamento de um vetor como esse, mas temos visto nos último anos os projetos da Marinha saindo com mais facilidade até que em nossas forças irmãs; o PRÉ-SAL tem sido a principal arma para isso acontecer e acredito, até elas facilidades de financiamento que a SAAB ofereceu para o FX-2; seria o projeto mais fácil de a marinha conseguir aprovar em ano de eleição
O que pode pesar contra o SEA GRIPEN, é se a MB optar por um projeto pronto, pois o A12 está passando por tantas alterações que não sei se a força apostaria no projeto novo na SAAB.

ADSUMUS.

[ABULDOG74]

Alguém apostaria na escolha do SUPER HORNET ou até RAFALE M para acalmar os ânimos na POLÍTICA EXTERNA brasileira?

ADSUMUS.

[Luís Henrique]

Alguém apostaria na escolha do SUPER HORNET ou até RAFALE M para acalmar os ânimos na POLÍTICA EXTERNA brasileira?

ADSUMUS.

Nenhum centavo.

Não teria lógica nenhuma.

Nós teremos propriedade intelectual no Gripen.
Teremos acesso a toda tecnologia de propriedade sueca.
Vamos construir 80% da estrutura no Brasil.

Pra que adquirir Rafale ou SH para a MB, sendo que já existe o desenvolvimento do Sea Gripen?
Não tem como a meu ver.

[ABULDOG74]

Olá camarada Luís Henrique, mas bem sabemos que a política acaba sendo um tempero a mais em compras militares ultimamente e nem EUA e nem FRANÇA engoliram bem a derrota; espero estar errado pois a escolha da FAB foi muito técnica e o SEA GRIPEN caberia "que nem uma luva" pra MB:

*TAMANHO;
*ESTRUTURAS COM TRATAMENTO ANTI-FERRUGEM PARA SOBREVOAR O MAR(A SUÉCIA FAZ PATRULHAS SOBRE O MAR CONSTANTEMENTE);
*AS ASAS EM DELTA FACILITAM A SUSTENTAÇÃO DA AERONAVE QUANDO DO LANÇAMENTO.

ADSUMUS.

[ABULDOG74]

Mas acho importante a MB já demonstrar esse interesse para SAAB ainda esse ano, para transformar o projeto em viável, para o quanto antes entrar em fase de testes.

ADSUMUS

[saullo]

Eu torço para que a alternativa de 2 PA convencionais saia do chão, mas acho que será muito cara para os políticos a encamparem.
Vejamos aproximadamente:

Previsto com 2 PA Convencionais e 4 PH/NPM:
2 PA x US$ 4 bilhões = US$ 8 bilhões
48 caças navais x US$ 120 milhões = US$ 4,8 bilhões
16 aeronaves AEW e COD = US$ 1 bilhão aproximadamente para aeronaves e sensores
4 NPM tipo Mistral x US$ 700 milhões = US$ 2,8 bilhões

Possibilidade menos capaz e mais acessível:
3 PA/NPM tipo JCI que seriam usados como PA ou como NPM, conforme a necessidade:
3 x US$ 1 bilhão = US$ 3 bilhões
24 F-35 x US$ 200 milhões = US$ 4,8 bilhões

O helicópteros seriam mais ou menos os mesmos em ambas alternativas.

Quero que o previsto saia do papel, mas a segunda hipótese seria muito acessível e polivalente, embora de capacidade bem menor.

Abraços

[ABULDOG74]

Não consigo deixar de lembrar o rosto de surpresa,interesse e de satisfação do Comandante da Marinha quando foi mostrado a ele, a maquete do SEA GRIPEN no A12 na LAAD 2013:







ADSUMUS.

[ABULDOG74]

Uma imagem vale mais que mil palavras.....


ADSUMUS.

[Super Flanker]

Muito bom tópico, Carvalho.
Uma pergunta, até quando os A-4M irão voar?

[FCarvalho]

Olá camarada Fcarvalho, primeiramente queria te parabenizar por ter aberto esse tópico, realmente toda vez que se falava em algum tópico do forças navais(e até no aéreo) acabava-se tocando no novo caça para MB ou no SEA GRIPEN; embora ache que estamos falando a mesma coisa
Pelas últimas informações o problema pro A12 seria a segunda catapulta para lançamento de um vetor como esse, mas temos visto nos último anos os projetos da Marinha saindo com mais facilidade até que em nossas forças irmãs; o PRÉ-SAL tem sido a principal arma para isso acontecer e acredito, até elas facilidades de financiamento que a SAAB ofereceu para o FX-2; seria o projeto mais fácil de a marinha conseguir aprovar em ano de eleição
O que pode pesar contra o SEA GRIPEN, é se a MB optar por um projeto pronto, pois o A12 está passando por tantas alterações que não sei se a força apostaria no projeto novo na SAAB.
ADSUMUS.

Olá Abuldog, grato.

Eu tenho cá para mim, particularmente, como já disse aqui no fórum, que aquela maquete 'na LAAD'13 'fechou' a questão do caça para o FX, e para a MB, de um caça naval.
Duvido, e duvido muito, que a SAAB tenha vindo a passeio trazer aquilo ali.
Tenho certeza que a MB tem bem mais infos sobre a real condição de viabilidade do projeto o Sea Gripen do que todos nós aqui, e que até o final do ano poderemos ter surpresas.
Não descarto, no entanto, outras soluções.
Mas considerando-se o que está na END e o que se espera deste negócio do Gripen no FX, é pouco admissível que a MB não se coloque a favor deste projeto para si.
Há, na minha visão, mais vantagens do que o contrário.
E como destaquei na reportagem aí em cima, o que é preciso agora para o Sea Gripen decolar de vez é de "parceiros ativos".
Acho eu, que os suecos já encontraram.

abs.

[FCarvalho]

Mas acho importante a MB já demonstrar esse interesse para SAAB ainda esse ano, para transformar o projeto em viável, para o quanto antes entrar em fase de testes.
ADSUMUS

Acredite, a MB tem bem mais que interesse nesse projeto do Sea Gripen.

abs.