Existe outra forma de se ver esta declaração do Saito, ou mesmo a do russo. A de que simplesmente esta onda toda de 5a geração é superestimada, e que apenas poucos países utilizarão estes aviões, apenas para missões muito específicas, exatamente como acontecia com o F-117. E a FAB não acha que valha à pena manter aeronaves deste tipo, pois não tem estas missões como suficientemente importantes.knigh7 escreveu:Eu concordo.
Quando eu penso em 5a geração para uma imensa maioria das Forças Aéreas, eu me lembro de uma declaração, há 4 anos atrás, do Mikhail Pogosyan, CEO da Sukhoi, que segundo ele, somente poucas forças aéreas no mundo somente operarão com caças de 5a geração.
A tecnologia stealth demanda mais trabalho (aliás recentemente parece que os americanos conseguiram substituir a camada antireflexiva que estava dando um enorme trabalho e $, por uma melhor...), mas a gente sabe que, se um caça se pretenda ser "stealth" , vai ter muito gasto.
Eu não levaria estas avaliações comparativas da USAF assim tão a sério, pois o que eles querem é justamente justificar a existência do F-22 (e por muito tempo tentaram conseguir autorização para comprar mais deles). Houve época em que testes do mesmo tipo colocavam vantagens de 50:1 do F-4 sobre o F-100, e quando se viu na prática do Vietnã a taxa de vitórias do F-4 contra o Mig-17 (grosso-modo equivalente ao F-100, pelo menos uma geração anterior) ficou em pobres 2:1. Dentro do mesmo espírito de provar a necessidade de um novo avião de superioridade aérea a USAF foi até a Índia para tomar um couro da força aérea daquele país, com F-15 sendo sistematicamente abatido por Mig-21 .Mas é um gasto que compensa. Nos testes entre a USAF o F-22, num combate contra 6 F-15, mesmo assim ele leva vantagem. Mas ao mesmo eles custam caro. Demandam bastante manutenção, gerando indisponibilidade. Uma Força Aérea rica pode resolver isso, tendo um bom número do mesmo tipo. Mas as outras não.
Existem informações por aí de que em exercícios da USAF contra a RAF e a Armée de l'air a superioridade do F-22 sobre o Thyphoon e o Rafale não foi lá tão grande assim. Ele tem algumas características interessantes, mas nada que o torne absolutamente imbatível, e principalmente nada que justifique a diferença de preço e custos. Não teria sido por nenhum outro motivo que a produção teria sido encerrada com menos de 1/3 do total de aeronaves previstas.
Ou pode ser simplesmente que o Hi da FAB vá ser o Gripen pelos próximos 40 anos, como ST como low .Aí entra a questão do Lo da FAB, e da outras Forcas Aéreas que pretendam ter um caça de 5a geração. Vai precisar de um caça Lo, de 4,5 g, de manutenção mais simples, sem tanta frescura quanto aos caças de 5g, barato.
A USAF ainda está nesse quadro, com mix de 4a e 5a. Tanto o F-22 quanto o F-35 " são os caças do 1o dia". Procuram eliminar as ameaças antiaéreas deixando caminho livre para os outras caças. Num futuro, achoq eu a FAB fará o mesmo com seus GripenNG X seu caça de 5g.
Leandro G. Card