República Centro Africana - MINUSCA
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República Centro Africana - MINUSCA
A ordem sobre a entrada na República Centro-Africana não foi uma novidade para militares franceses. Oficialmente, a operação Sangaris começou na República Centro-Africana na noite para 6 de dezembro após a aprovação unânime da Resolução 2127 do Conselho de Segurança da ONU e a respectiva ordem do presidente da França.
O objetivo anunciado da operação consiste em garantir a segurança e a concessão de ajuda humanitária de uma missão internacional da União Africana na República Centro-Africana (MISCA). O presidente da França declarou que a intervenção na República Centro-Africana se efetua por razões humanitárias e não com o fim de combater o terrorismo.
No entanto, a operação foi planificada como militar, envolvendo forças expedicionárias com uma rica experiência de ações militares no Afeganistão e na África. Libreville (Gabão) foi escolhido como centro de abastecimento de retaguarda, Duala (Camarões) – o de apoio material e Ndjamena (Chade) – como o de apoio aéreo.
Não foi preciso tomar a capital pela força. No quadro da operação Boali, realizada na República Centro-Africana ainda a partir de 2002, no país encontram-se 400 fuzileiros navais do 8º regimento de infantaria naval da França (8e RPIM).
Fuzileiros navais são também a força principal da operação Sangaris. Como elementos de combate são as companhias do 3º e do 8º regimentos de paraquedistas e do 21º regimento de infantaria naval (8eRPIM, 2eRPIM, 21eRPIM) e uma companhia do 6º batalhão independente de infantaria naval, acantoada em Libreville (Gabão). São apoiados por um destacamento do 1º regimento de hussardos (1º Régiment Hussard Parachutistes).
A própria operação começou a ser preparada em 24 de novembro. Ao aeroporto de Bangui, chegaram da França 30 especialistas do 25º regimento de engenharia da Força Aérea, enquanto várias dezenas de voos de aviões pesados de transporte An-124 de Libreville criaram as condições necessárias para abrir bases de abastecimento e alargar uma “zona habitacional”. Em 30 de novembro, do Gabão para Bangui, deslocam-se a bordo de um Airbus A340 200 técnicos militares e uma companhia de paraquedistas. Em 5 de dezembro, em Bangui, já se encontravam mais de 600 militares franceses.
Por outro lado, o porta-helicópteros universal de desembarque Dixmude (tipo de Mistral) partiu em 16 de novembro, de Toulon, levando a bordo dois helicópteros Gizelle, 300 paraquedistas e centenas de unidades de equipamentos. Em 28 de novembro, à noite, o navio chegou a Douala e, em 1 de dezembro, começou seu descarregamento.
Em 5 de dezembro, chega à capital da República Centro-Africana o comandante da operação, general de brigada Francisco Soriano, que dirige o contingente francês no Gabão e a operação Boali. Em 6 de dezembro, um C17 britânico transportou para a capital da República Centro-Africana primeiros veículos de combate e uma companhia do 1º regimento de paraquedistas de desembarque (1º Régiment de Chasseur Parachutistes). Sexta-feira passada à noite, as forças contavam com mil efetivos e, na noite de sábado, com 1600 militares. Conforme declarou o presidente da França, “esta quantidade é definida como necessária para cumprir a missão. As forças serão transferidas o mais depressa possível para as regiões, onde forem registrados riscos para habitantes pacíficos”. O contingente militar é apoiado por quatro helicópteros Puma e dois Gazelle.
Além das forças enviadas, é necessário mencionar também os elementos ocultos que, provavelmente, serão envolvidos na imposição definitiva da ordem.
Ainda a partir de 2007, o Grupo de Operações Especiais Sabre do Comando de Operações Especiais – Commadement des Operations Speciales (COS) – da França opera ativamente naquela região africana, tendo por tarefa “salvar seus compatriotas do cativeiro de extremistas e expulsar agrupamentos islâmicos terroristas da África Ocidental”. O seu estado-maior encontra-se em Uagadugu, capital do Burkina Faso. Até a sua “inauguração oficial” em 2012, a GFS já realizava operações na Mauritânia, Níger e Mali, formando ocultamente, a partir de 2010, em países daquela região um considerável arsenal militar. A GFS subordina-se diretamente ao chefe do Estado-Maior General, integrando grupos análogos à SAS – o 1º regimento de infantaria naval (1 RPIM), quase todos os comandos da Marinha (Jaubert, Trepel, de Penfentenyo, de Montfort, Hubert) e 10 companhias de commandos da Força Aérea (CPA 10). O grupo dispõe de sua aviação – um destacamento de helicópteros para operações especiais (DAOS) e um grupo de aviões de transporte de destinação especial (Detachment Operations Special – DOS – composto por Hercules C130 e C160 com equipamentos especiais).
A julgar pela operação no Mali, os destacamentos militares irão compor, provavelmente, um grupo tático móvel misto de combate (GTIA), cujos elementos se deslocarão para o noroeste do país e ocuparão os pontos estratégicos mais importantes. Devido à necessidade de aplicar na República Centro-Africana mais funções policiais, estas ações, pelo visto, serão suficientes. Ao mesmo tempo, a formação das próprias forças eficientes de segurança na República Centro-Africana exigirá muito mais tempo.
Fonte: Voz da Rússia
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=34129
ps: 1. É mais um conflito sectário inter-religioso em um país da Africa, e bem bem dentro da área de influência colonial francesa, e disparado, mais uma vez, pela ação coordenada de grupos radicais islâmicos que tem se disseminado vertiginosamente desde o norte saariano para o sul, e avançado para regiões antes não atingidas pela fricção das "guerras santas" do oriente médio e ásia central.
2. Notar também, que desta vez, como descrito no texto, a França se antecipou na questão logística e organizou-se de forma a compor eficientemente uma força tática de intervenção naquele país. Embora o contingente não seja tão expressivo como no caso do Mali, necessitou de qualquer forma de apoio aero-naval bastante vigoroso. É também o caso de nós observarmos tal quadro, a fim de nos referenciar e traçar um paralelo com a realidade atual vivenciada por nossas ffaa's.
3. Com o Brasil cada vez mais inserido em operações no exterior, o desenvolvimento de uma capacidade logística, e de certa forma, autônoma, só tem crescido a olhos vistos, já que poderemos, e penso, não devemos, depender de apoio externo para assumir e manter nossos esforços militares em TO extra-territorial brasileiro.
vamos ver como esta situação se desenrola.
abs.
O objetivo anunciado da operação consiste em garantir a segurança e a concessão de ajuda humanitária de uma missão internacional da União Africana na República Centro-Africana (MISCA). O presidente da França declarou que a intervenção na República Centro-Africana se efetua por razões humanitárias e não com o fim de combater o terrorismo.
No entanto, a operação foi planificada como militar, envolvendo forças expedicionárias com uma rica experiência de ações militares no Afeganistão e na África. Libreville (Gabão) foi escolhido como centro de abastecimento de retaguarda, Duala (Camarões) – o de apoio material e Ndjamena (Chade) – como o de apoio aéreo.
Não foi preciso tomar a capital pela força. No quadro da operação Boali, realizada na República Centro-Africana ainda a partir de 2002, no país encontram-se 400 fuzileiros navais do 8º regimento de infantaria naval da França (8e RPIM).
Fuzileiros navais são também a força principal da operação Sangaris. Como elementos de combate são as companhias do 3º e do 8º regimentos de paraquedistas e do 21º regimento de infantaria naval (8eRPIM, 2eRPIM, 21eRPIM) e uma companhia do 6º batalhão independente de infantaria naval, acantoada em Libreville (Gabão). São apoiados por um destacamento do 1º regimento de hussardos (1º Régiment Hussard Parachutistes).
A própria operação começou a ser preparada em 24 de novembro. Ao aeroporto de Bangui, chegaram da França 30 especialistas do 25º regimento de engenharia da Força Aérea, enquanto várias dezenas de voos de aviões pesados de transporte An-124 de Libreville criaram as condições necessárias para abrir bases de abastecimento e alargar uma “zona habitacional”. Em 30 de novembro, do Gabão para Bangui, deslocam-se a bordo de um Airbus A340 200 técnicos militares e uma companhia de paraquedistas. Em 5 de dezembro, em Bangui, já se encontravam mais de 600 militares franceses.
Por outro lado, o porta-helicópteros universal de desembarque Dixmude (tipo de Mistral) partiu em 16 de novembro, de Toulon, levando a bordo dois helicópteros Gizelle, 300 paraquedistas e centenas de unidades de equipamentos. Em 28 de novembro, à noite, o navio chegou a Douala e, em 1 de dezembro, começou seu descarregamento.
Em 5 de dezembro, chega à capital da República Centro-Africana o comandante da operação, general de brigada Francisco Soriano, que dirige o contingente francês no Gabão e a operação Boali. Em 6 de dezembro, um C17 britânico transportou para a capital da República Centro-Africana primeiros veículos de combate e uma companhia do 1º regimento de paraquedistas de desembarque (1º Régiment de Chasseur Parachutistes). Sexta-feira passada à noite, as forças contavam com mil efetivos e, na noite de sábado, com 1600 militares. Conforme declarou o presidente da França, “esta quantidade é definida como necessária para cumprir a missão. As forças serão transferidas o mais depressa possível para as regiões, onde forem registrados riscos para habitantes pacíficos”. O contingente militar é apoiado por quatro helicópteros Puma e dois Gazelle.
Além das forças enviadas, é necessário mencionar também os elementos ocultos que, provavelmente, serão envolvidos na imposição definitiva da ordem.
Ainda a partir de 2007, o Grupo de Operações Especiais Sabre do Comando de Operações Especiais – Commadement des Operations Speciales (COS) – da França opera ativamente naquela região africana, tendo por tarefa “salvar seus compatriotas do cativeiro de extremistas e expulsar agrupamentos islâmicos terroristas da África Ocidental”. O seu estado-maior encontra-se em Uagadugu, capital do Burkina Faso. Até a sua “inauguração oficial” em 2012, a GFS já realizava operações na Mauritânia, Níger e Mali, formando ocultamente, a partir de 2010, em países daquela região um considerável arsenal militar. A GFS subordina-se diretamente ao chefe do Estado-Maior General, integrando grupos análogos à SAS – o 1º regimento de infantaria naval (1 RPIM), quase todos os comandos da Marinha (Jaubert, Trepel, de Penfentenyo, de Montfort, Hubert) e 10 companhias de commandos da Força Aérea (CPA 10). O grupo dispõe de sua aviação – um destacamento de helicópteros para operações especiais (DAOS) e um grupo de aviões de transporte de destinação especial (Detachment Operations Special – DOS – composto por Hercules C130 e C160 com equipamentos especiais).
A julgar pela operação no Mali, os destacamentos militares irão compor, provavelmente, um grupo tático móvel misto de combate (GTIA), cujos elementos se deslocarão para o noroeste do país e ocuparão os pontos estratégicos mais importantes. Devido à necessidade de aplicar na República Centro-Africana mais funções policiais, estas ações, pelo visto, serão suficientes. Ao mesmo tempo, a formação das próprias forças eficientes de segurança na República Centro-Africana exigirá muito mais tempo.
Fonte: Voz da Rússia
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ps: 1. É mais um conflito sectário inter-religioso em um país da Africa, e bem bem dentro da área de influência colonial francesa, e disparado, mais uma vez, pela ação coordenada de grupos radicais islâmicos que tem se disseminado vertiginosamente desde o norte saariano para o sul, e avançado para regiões antes não atingidas pela fricção das "guerras santas" do oriente médio e ásia central.
2. Notar também, que desta vez, como descrito no texto, a França se antecipou na questão logística e organizou-se de forma a compor eficientemente uma força tática de intervenção naquele país. Embora o contingente não seja tão expressivo como no caso do Mali, necessitou de qualquer forma de apoio aero-naval bastante vigoroso. É também o caso de nós observarmos tal quadro, a fim de nos referenciar e traçar um paralelo com a realidade atual vivenciada por nossas ffaa's.
3. Com o Brasil cada vez mais inserido em operações no exterior, o desenvolvimento de uma capacidade logística, e de certa forma, autônoma, só tem crescido a olhos vistos, já que poderemos, e penso, não devemos, depender de apoio externo para assumir e manter nossos esforços militares em TO extra-territorial brasileiro.
vamos ver como esta situação se desenrola.
abs.
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- cabeça de martelo
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Só uma informação, nenhuma das unidades anteriormente mencionadas são realmente Fuzileiros Navais, são na verdade descendentes das antigas unidades coloniais Francesas.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
EUA vão enviar tropas à República Centro-Africana para conter violência
O Exército norte-americano afirmou nesta segunda-feira que enviará tropas à República Centro-Africana, atendendo a um pedido da França para reforçar os esforços internacionais para deter a propagação da violência entre cristãos e muçulmanos no país africano.
Dois aviões C-17 norte-americanos vão decolar do Burundi para a República Centro-Africana com cerca de 850 soldados nas próximas 24 horas, disse um porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Robert Firman. Não ficou claro qual apoio adicional os EUA poderão dar, mas Firman disse que consultas estavam em andamento.
Outro porta-voz do Pentágono, Carl Woog, disse que os militares estavam trabalhando para identificar recursos adicionais que podem ajudar a atender mais pedidos de assistência.
“Os Estados Unidos estão se juntando à comunidade internacional neste esforço por causa da nossa crença de que uma ação imediata é necessária para evitar uma catástrofe humanitária e de direitos humanos”, disse Woog em comunicado.
Mais de 400.000 pessoas foram deslocadas desde que rebeldes Seleka, muitos deles muçulmanos do vizinho Chade e Sudão, tomaram o poder em março, desencadeando uma onda de estupros, massacres e saques contra a população de maioria cristã.
Cerca de 400 pessoas morreram desde quinta-feira apenas na capital Bangui.
FONTE: Reuters
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=34168
O Exército norte-americano afirmou nesta segunda-feira que enviará tropas à República Centro-Africana, atendendo a um pedido da França para reforçar os esforços internacionais para deter a propagação da violência entre cristãos e muçulmanos no país africano.
Dois aviões C-17 norte-americanos vão decolar do Burundi para a República Centro-Africana com cerca de 850 soldados nas próximas 24 horas, disse um porta-voz do Pentágono, tenente-coronel Robert Firman. Não ficou claro qual apoio adicional os EUA poderão dar, mas Firman disse que consultas estavam em andamento.
Outro porta-voz do Pentágono, Carl Woog, disse que os militares estavam trabalhando para identificar recursos adicionais que podem ajudar a atender mais pedidos de assistência.
“Os Estados Unidos estão se juntando à comunidade internacional neste esforço por causa da nossa crença de que uma ação imediata é necessária para evitar uma catástrofe humanitária e de direitos humanos”, disse Woog em comunicado.
Mais de 400.000 pessoas foram deslocadas desde que rebeldes Seleka, muitos deles muçulmanos do vizinho Chade e Sudão, tomaram o poder em março, desencadeando uma onda de estupros, massacres e saques contra a população de maioria cristã.
Cerca de 400 pessoas morreram desde quinta-feira apenas na capital Bangui.
FONTE: Reuters
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- FCarvalho
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Aparentemente o conflito no Chade foi só a ponta do iceberg de mais esta já muito confusa situação na região da África meridional. E que parece a cada dia transbordar sem limites e nem convenções para os países limítrofes do entorno, apesar do esforço militar francês em contê-los; fato é, é que estes mesmos países por si só não tem condições de lidar com esta situação independente de ajuda externa, posto que nem os próprios problemas internos conseguem lidar, e ainda tem de enfrentar mais este problema, que são as milicias mulçumanas advindas do norte e do leste africano, e não raro, muitas vezes apoiadas com dinheiro árabe de grupos pró-islamitas fundamentalistas.
É importante observar também que se os americanos estão se dispondo a enviar tropas para o terreno, fato raro nas últimas duas décadas, como sabemos, depois da Somália, é porque a coisa está/estará bem feia, talvez mais do que a própria França consiga dar cabo sozinha, e daí o pedido. Ou então, esta nova disputa não se trata somente de mais um conflito étnico-religioso dos milhares que exitem naquele continente.
A ver até onde Washington se intrometerá nesta parte da África. Dependendo do que os franceses realmente encontraram lá, a cavalaria americana ainda acaba por não tardar.
Isto cada vez mais se complica, e tudo em menos de uma semana; não se trata mais de mera proteção de civis inocentes e nem de ajuda humanitária. Aliás, nunca foi.
abs.
É importante observar também que se os americanos estão se dispondo a enviar tropas para o terreno, fato raro nas últimas duas décadas, como sabemos, depois da Somália, é porque a coisa está/estará bem feia, talvez mais do que a própria França consiga dar cabo sozinha, e daí o pedido. Ou então, esta nova disputa não se trata somente de mais um conflito étnico-religioso dos milhares que exitem naquele continente.
A ver até onde Washington se intrometerá nesta parte da África. Dependendo do que os franceses realmente encontraram lá, a cavalaria americana ainda acaba por não tardar.
Isto cada vez mais se complica, e tudo em menos de uma semana; não se trata mais de mera proteção de civis inocentes e nem de ajuda humanitária. Aliás, nunca foi.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Por que a França enviou tropas para lutar na República Centro-Africana
Previous Next Luiz Padilha 11/12/2013 0 França República Centro-Africana Noticiário Nacional
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU autorizou uma intervenção militar francesa no país africano. Segundo franceses, República Centro-Africana está “à beira do genocídio”
Em menos de um ano após enviar tropas para o Mali, em janeiro de 2013, a França se envolve em mais um conflito militar na África. O país em questão, agora, é a República Centro-Africana. Na última quinta-feira (5), uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU permite que a França e a União Africana utilizem a força, se necessário, para proteger as vidas de civis no país.
Apesar de ser rico em ouro e diamante, a República Centro-Africana é um dos países mais pobres e instáveis da África. A mais nova onda de violência no país começou em março deste ano. Após o fracasso de uma negociação de paz entre o governo e o grupo de rebeldes Seleka, os rebeldes sitiaram a capital, Bangui, e derrubaram o governo do presidente François Bozize, que buscou exílio em Camarões. Os rebeldes ordenaram um toque de recolher na capital. O líder dos Seleka, Michel Djotodia, se declarou o novo presidente e suspendeu a Constituição e o Parlamento.
A ascensão dos rebeldes colocou um novo elemento na instabilidade no país: o conflito religioso. A maioria da população local é formada por cristãos, enquanto os Seleka são muçulmanos. Nos últimos meses, um grupo de cristãos se reuniu em torno de uma milícia batizada de Anti-Balaka. “Balaka” significa machete, um facão que é símbolo dos Seleka. Essa mílicia passou a atacar comunidades muçulmanas do país, sejam eles envolvidos com o atual governo ou não, em nome do presidente deposto. Há relatos de muçulmanos linchados e apedrejados.
Segundo correspondentes e organizações como os Médicos Sem Fronteiras, o país vive praticamente uma situação de anarquismo. As ruas de Bangui estão desertas, a população local abandonou suas casas em busca de refúgio, e crimes de guerra e atrocidades contra civis são cometidos pelos dois grupos envolvidos no conflito.
Em novembro, ao pedir apoio para uma intervenção, o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, comparou a situação do país com o genocídio em Ruanda em 1994. “A República Centro-Africana está à beira do genocídio”, disse Fabius à TV francesa. “É a desordem absoluta. São apenas sete cirurgiões para 5 milhões de habitantes, mais de um milhão de pessoas não têm o que comer, e há gangues e bandos armados nas ruas”. Segundo a Cruz Vermelha, cerca de 400 pessoas morreram em confrontos desde quinta-feira.
Com o aval do Conselho de Segurança da ONU, a França enviou 1.600 soldados para a República Centro-Africana com o objetivo de desarmar as milícias. A ordem de desarmamento foi lida no rádio e o atual presidente, Djotodia, exigiu que os Seleka voltassem aos quartéis. Sua ordem, no entanto, não foi cumprida, e a expectativa é de novos confrontos nos próximos dias. Enquanto isso, a ONU estima que mais de 400 mil pessoas deixaram suas casas desde o início do conflito, das quais 68 mil buscaram refúgio em países vizinhos.
FONTE: Revista Época
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=34236
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Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU autorizou uma intervenção militar francesa no país africano. Segundo franceses, República Centro-Africana está “à beira do genocídio”
Em menos de um ano após enviar tropas para o Mali, em janeiro de 2013, a França se envolve em mais um conflito militar na África. O país em questão, agora, é a República Centro-Africana. Na última quinta-feira (5), uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU permite que a França e a União Africana utilizem a força, se necessário, para proteger as vidas de civis no país.
Apesar de ser rico em ouro e diamante, a República Centro-Africana é um dos países mais pobres e instáveis da África. A mais nova onda de violência no país começou em março deste ano. Após o fracasso de uma negociação de paz entre o governo e o grupo de rebeldes Seleka, os rebeldes sitiaram a capital, Bangui, e derrubaram o governo do presidente François Bozize, que buscou exílio em Camarões. Os rebeldes ordenaram um toque de recolher na capital. O líder dos Seleka, Michel Djotodia, se declarou o novo presidente e suspendeu a Constituição e o Parlamento.
A ascensão dos rebeldes colocou um novo elemento na instabilidade no país: o conflito religioso. A maioria da população local é formada por cristãos, enquanto os Seleka são muçulmanos. Nos últimos meses, um grupo de cristãos se reuniu em torno de uma milícia batizada de Anti-Balaka. “Balaka” significa machete, um facão que é símbolo dos Seleka. Essa mílicia passou a atacar comunidades muçulmanas do país, sejam eles envolvidos com o atual governo ou não, em nome do presidente deposto. Há relatos de muçulmanos linchados e apedrejados.
Segundo correspondentes e organizações como os Médicos Sem Fronteiras, o país vive praticamente uma situação de anarquismo. As ruas de Bangui estão desertas, a população local abandonou suas casas em busca de refúgio, e crimes de guerra e atrocidades contra civis são cometidos pelos dois grupos envolvidos no conflito.
Em novembro, ao pedir apoio para uma intervenção, o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, comparou a situação do país com o genocídio em Ruanda em 1994. “A República Centro-Africana está à beira do genocídio”, disse Fabius à TV francesa. “É a desordem absoluta. São apenas sete cirurgiões para 5 milhões de habitantes, mais de um milhão de pessoas não têm o que comer, e há gangues e bandos armados nas ruas”. Segundo a Cruz Vermelha, cerca de 400 pessoas morreram em confrontos desde quinta-feira.
Com o aval do Conselho de Segurança da ONU, a França enviou 1.600 soldados para a República Centro-Africana com o objetivo de desarmar as milícias. A ordem de desarmamento foi lida no rádio e o atual presidente, Djotodia, exigiu que os Seleka voltassem aos quartéis. Sua ordem, no entanto, não foi cumprida, e a expectativa é de novos confrontos nos próximos dias. Enquanto isso, a ONU estima que mais de 400 mil pessoas deixaram suas casas desde o início do conflito, das quais 68 mil buscaram refúgio em países vizinhos.
FONTE: Revista Época
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Violência mata dezenas na África Central
SEIS SOLDADOS DO CHADE SÃO MORTOS POR MILÍCIAS PERTO DE AEROPORTO
BANGUI – Apesar da atuação de cerca de 1.600 soldados enviados pela França, a violência entre grupos religiosos não dá trégua a República Centro-Africana nove meses após um golpe de Estado que deixou o país à beira da guerra civil. Horas depois de oficiais da Cruz Vermelha recolherem pelo menos 44 corpos em Bangui, um porta-voz da União Africana disse ter encontrado uma vala coletiva com outros 20 corpos nos arredores da capital.
A República Centro-Africana já foi palco de cinco golpes de Estado desde a independência em 1960, mas o país rachou em março passado, quando rebeldes Seleka, muçulmanos, tomaram o poder, derrubando o presidente François Bozizé. Desde então, uma milícias cristã chamada AntiBalaka pegou em armas contra os rebeldes, iniciando uma onda de saques, estupros e massacres num país rico em recursos naturais, como diamantes, ouro, madeira, urânio e, em menor escala, petróleo.
BAN ESTUDA ENVIO DE FORÇA DA ONU
Segundo o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Bangui, Georgios Georgantas, os 44 corpos encontrados devem ser apenas uma parte das vítimas dos confrontos dos últimos dias, uma vez que a entidade não tem acesso a todas as áreas da cidade – apesar dos esforços de soldados franceses e da União Africana para conter a violência.
- Nós chegamos a níveis muito alto de violência. Sabemos da existência de mais corpos em outras áreas da cidade, mas não podemos chegar por causa dos combates intensos – afirmou Georgantas.
Seis soldados chadianos de uma força de paz da União Africana também foram mortos por milicianos que acusam o vizinho Chade de apoiar os rebeldes muçulmanos. Nos hospitais, voluntários da ONG Médicos sem Fronteiras contavam ter recebido mais de 50 pessoas vítimas de armas de fogo e golpes de facão – num sinal de que os grupos rivais estão promovendo uma caçada impiedosa contra os considerados inimigos.
Ontem, tropas francesas se posicionaram nas estradas próximas ao aeroporto e em alguns bairros atingidos por confrontos, mas tiroteios esporádicos ainda eram ouvidos em várias regiões. Somente na capital, há 1.200 militares franceses enviados para a proteção de civis.
- Não fomos alvo de ataques coordenados. Nós somos alvo de tiros esporádicos aos quais respondemos de tempos em tempos – disse o porta-voz da missão francesa, coronel Gilles Jaron.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já planeja uma possível missão de paz para a República Centro-Africana no início do próximo ano.
FONTE/FOTO: O Globo, via resenha do EB/AP
http://www.forte.jor.br/2013/12/27/viol ... a-central/
SEIS SOLDADOS DO CHADE SÃO MORTOS POR MILÍCIAS PERTO DE AEROPORTO
BANGUI – Apesar da atuação de cerca de 1.600 soldados enviados pela França, a violência entre grupos religiosos não dá trégua a República Centro-Africana nove meses após um golpe de Estado que deixou o país à beira da guerra civil. Horas depois de oficiais da Cruz Vermelha recolherem pelo menos 44 corpos em Bangui, um porta-voz da União Africana disse ter encontrado uma vala coletiva com outros 20 corpos nos arredores da capital.
A República Centro-Africana já foi palco de cinco golpes de Estado desde a independência em 1960, mas o país rachou em março passado, quando rebeldes Seleka, muçulmanos, tomaram o poder, derrubando o presidente François Bozizé. Desde então, uma milícias cristã chamada AntiBalaka pegou em armas contra os rebeldes, iniciando uma onda de saques, estupros e massacres num país rico em recursos naturais, como diamantes, ouro, madeira, urânio e, em menor escala, petróleo.
BAN ESTUDA ENVIO DE FORÇA DA ONU
Segundo o chefe do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Bangui, Georgios Georgantas, os 44 corpos encontrados devem ser apenas uma parte das vítimas dos confrontos dos últimos dias, uma vez que a entidade não tem acesso a todas as áreas da cidade – apesar dos esforços de soldados franceses e da União Africana para conter a violência.
- Nós chegamos a níveis muito alto de violência. Sabemos da existência de mais corpos em outras áreas da cidade, mas não podemos chegar por causa dos combates intensos – afirmou Georgantas.
Seis soldados chadianos de uma força de paz da União Africana também foram mortos por milicianos que acusam o vizinho Chade de apoiar os rebeldes muçulmanos. Nos hospitais, voluntários da ONG Médicos sem Fronteiras contavam ter recebido mais de 50 pessoas vítimas de armas de fogo e golpes de facão – num sinal de que os grupos rivais estão promovendo uma caçada impiedosa contra os considerados inimigos.
Ontem, tropas francesas se posicionaram nas estradas próximas ao aeroporto e em alguns bairros atingidos por confrontos, mas tiroteios esporádicos ainda eram ouvidos em várias regiões. Somente na capital, há 1.200 militares franceses enviados para a proteção de civis.
- Não fomos alvo de ataques coordenados. Nós somos alvo de tiros esporádicos aos quais respondemos de tempos em tempos – disse o porta-voz da missão francesa, coronel Gilles Jaron.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, já planeja uma possível missão de paz para a República Centro-Africana no início do próximo ano.
FONTE/FOTO: O Globo, via resenha do EB/AP
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
20 de Janeiro, 2014 - 16:40 ( Brasília )
Geopolítica
UE CONCORDA EM ENVIAR SOLDADOS PARA A REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... -Africana/
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
17 de Janeiro, 2014 - 11:13 ( Brasília )
Geopolítica
ONU DIZ QUE REPÚBLICA CENTRO-AFRICANA TEM "TODOS OS ELEMENTOS" PARA GENOCÍDIO
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... genocidio/
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- FCarvalho
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Pois é, já que alguém aqui se borrou todo e considerou que o Líbano é um "lugar muito perigoso" para mandarmos nossos soldados, quem sabe aqui não está a sua oportunidade que queriam para fazer o mesmo serviço em um "lugar menos perigoso"....
abs.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Falou e disse. Vou repetir a minha ideia, a area de atuacao do Brasil deve ser o Atlantico Sul. O Congo e a Republica Centro-Africana estao em nosso "quintal".FCarvalho escreveu:Pois é, já que alguém aqui se borrou todo e considerou que o Líbano é um "lugar muito perigoso" para mandarmos nossos soldados, quem sabe aqui não está a sua oportunidade que queriam para fazer o mesmo serviço em um "lugar menos perigoso"....
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Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Delmar, a Africa está em vias de se tornar, novamente, um "quintal" em disputa por vários atores de peso nesta primeira metade do séc. XXI.
Se quisermos atuar ali, terá de ser com muito mais do que idéias politicamente corretas e boas intenções.
E de momento, isto é tudo o que temos.
abs.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
O Exército Português esteve presente vários anos nessa missão com uma Companhia de Engenharia.FCarvalho escreveu:Pois é, já que alguém aqui se borrou todo e considerou que o Líbano é um "lugar muito perigoso" para mandarmos nossos soldados, quem sabe aqui não está a sua oportunidade que queriam para fazer o mesmo serviço em um "lugar menos perigoso"....
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Será? Não vejo grande vontade politica do vosso governo.delmar escreveu:Falou e disse. Vou repetir a minha ideia, a area de atuacao do Brasil deve ser o Atlantico Sul. O Congo e a Republica Centro-Africana estao em nosso "quintal".FCarvalho escreveu:Pois é, já que alguém aqui se borrou todo e considerou que o Líbano é um "lugar muito perigoso" para mandarmos nossos soldados, quem sabe aqui não está a sua oportunidade que queriam para fazer o mesmo serviço em um "lugar menos perigoso"....
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Da dilma sim, pois ela não enxerga nem tem a mínima vontade de enxergar nada alem do próprio umbigo. Politica externa para ela deve estar entre as mais baixas prioridades.cabeça de martelo escreveu:Será? Não vejo grande vontade politica do vosso governo.delmar escreveu: Falou e disse. Vou repetir a minha ideia, a area de atuacao do Brasil deve ser o Atlantico Sul. O Congo e a Republica Centro-Africana estao em nosso "quintal".
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris
Falo da Africa da costa leste, junto ao Atlantico. Nada a ver com Sudao, Somalia, Egito ou os paises do mediterraneo e centro africano.FCarvalho escreveu:Delmar, a Africa está em vias de se tornar, novamente, um "quintal" em disputa por vários atores de peso nesta primeira metade do séc. XXI.
Se quisermos atuar ali, terá de ser com muito mais do que idéias politicamente corretas e boas intenções.
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Boas intencoes seriam a nossa unica contribuicao se fossemos ao Oriente Medio, alem de servir de escada para os paises da Otan.
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