Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Abuldog, já existe algum critério(s) definido(s) em termos de características técnico-operacionais para os LPD que a MB deseja? Ou ainda estamos na fase de planejamento(tentando arrumar $...)?
abs.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Palavras do Comandadante da Marinha na mensagem de final ano:FCarvalho escreveu:Abuldog, já existe algum critério(s) definido(s) em termos de características técnico-operacionais para os LPD que a MB deseja? Ou ainda estamos na fase de planejamento(tentando arrumar $...)?
abs.
A RESPEITO DO PROGRAMA DE OBTENÇÃO DE NAVIOS ANFÍBIOS, O PRONANF, QUE VISA SUBSTITUIR OS NAVIOS DE DESEMBARQUE DOCA "RIO DE JANEIRO", JÁ DESATIVADO, E CEARÁ, A DIRETORIA DE ENGENHARIA NAVAL ESTÁ REALIZANDO A PESQUISA PARA A OBTENÇÃO DE PROJETOS PRONTOS NO MERCADO INTERNACIONAL, PARA A CONSTRUÇÃO DE DUAS UNIDADES NO BRASIL.
Por essas palavras eles estão estudando projetos, não dando pistas sobre requisitos para a escolha, já foi postado aqui no tópico que seria um navio anfíbio na categoria de 10.000 toneladas; mas a verdade que não existe nem essa especificidade confirmada.
Seria interessante se alguém que tivesse alguma informação mais apurada(e quente) nos trouxesse; pois o PRONANF tá mais misterioso que o FX-2 .
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Achei também na página da MB, também muito vaga as informações:
6 -Programa de Obtenção de Navios Anfíbios (PRONAnf):
Fundamenta-se na obtenção, no mercado internacional, de projetos prontos e aprovados, de Navios de Desembarque-Doca (NDD) operados por outras Marinhas, visando a construção de duas unidades no Brasil, para substituição do atual NDD.
Deverá ser realizada uma concorrência internacional para a obtenção desse projeto. Entretanto, não está descartada a “compra por oportunidade”, caso haja alguma unidade disponível, que atenda aos requisitos da MB.
https://www.marinha.mil.br/programa-de-reaparelhamento
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6 -Programa de Obtenção de Navios Anfíbios (PRONAnf):
Fundamenta-se na obtenção, no mercado internacional, de projetos prontos e aprovados, de Navios de Desembarque-Doca (NDD) operados por outras Marinhas, visando a construção de duas unidades no Brasil, para substituição do atual NDD.
Deverá ser realizada uma concorrência internacional para a obtenção desse projeto. Entretanto, não está descartada a “compra por oportunidade”, caso haja alguma unidade disponível, que atenda aos requisitos da MB.
https://www.marinha.mil.br/programa-de-reaparelhamento
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Também achei uma apresentação da MB para a Câmara(camaragov), a foto que aparece é o desenho de um LHD:
http://www2.camara.leg.br/atividade-leg ... da-marinha
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http://www2.camara.leg.br/atividade-leg ... da-marinha
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
É um Mistralzinho.
Mas para o PROANF creio que virá algo cara do Enforcer...
Mas para o PROANF creio que virá algo cara do Enforcer...
"Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."
Darcy Ribeiro (1922 - 1997)
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Só me preocupa ,um pouco só, a capacidade da doca alagável dessa classe, não consigo visualizar duas(02) EDCG`S embarcando e desembarcando ao mesmo tempo na doca como faz os NDD`S RIO DE JANEIRO E CEARÁ; o que acarretaria um tempo maior para desembarcar equipamentos e suprimentos vitais na praia :Bolovo escreveu:É um Mistralzinho.
Mas para o PROANF creio que virá algo cara do Enforcer...
NDD CEARÁ:
CLASS ENFORCER:
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Essa notícia foi em 12 de julho do ano passado.............: e o Brasil............... :
1º Navio Multipropósito da Marinha do Perú terá sua quilha batida hoje
Nos estaleiros do Serviço Industrial da Marinha (SIMA-PERU) será realizada cerimônia de entrega de seis navios patrulha costeira, Classe 2000 MGP-DG e Coastguards (DICAPI) e dois Boat Service Prático (LSP) e da quilha do 1º Navio Multipropósito da classe Makassar. A última parte do Programa de Recuperação de Capacidade do SIMA, prevê para os próximos anos, a construção de um veleiro escola, dez barcos de patrulha e dois navios polivalentes. Estas construções, bem como a transferência de tecnologia para o país, vai gerar 3.500 empregos e indiretamente, beneficiar um grande número de pequenas e médias empresas.
A cerimônia será assistida pelo presidente, Ollanta Humala, pelo ministro da Defesa, Peter Cateriano e pelo general comandante da Marinha, almirante Carlos Tejada Mera, bem como o alto comando das Forças Armadas.
Navio Multipropósito Classe Makassar – projetado pelo estaleiro Dae Sun Shipbuilding & Engineering Co. Ltd. (uma empresa com a qual assinou um Memorando de Entendimento, em Outubro de 2012).
Como características ele tem:
Um comprimento de 122 m, largura de 22 m. e calado de 5 m.
Seu deslocamento máximo é de aproximadamente 7.300 toneladas quando totalmente carregado.
Propulsão é o tipo CODAD (Diesel combinado e Diesel), formado por dois motores MAN B & W de 2.666 BHP 9L28/32A para atingir velocidades de mais de 16 nós e autonomia de 14 mil milhas náuticas.
Terá um convés de vôo para dois helicópteros médios e hangar para acomodar um UH-3 ou SH-3D Sea King.
Sua doca alagada é projetada para transportar e distribuir dois tipos embarcações de desembarque LCU (Landing Craft Unit) de 23 metros ou 14 veículos anfíbios.
A tripulação será de 14 oficiais e 112 especialistas e pode transportar até 450 fuzileiros navais.
Seu armamento, segundo informações extra-oficiais, será composto de um canhão Oto Melara 76/62 mm e dois 40/L70 Breda-Bofors de 40 mm.
Segundo a programação, as duas unidades estão programadas para entrar em serviço em 2015.
FONTE: defensa.com
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
NOTA DO EDITOR: É impressionante como outros países conseguem seguir adiante em seus projetos de renovação, enquanto no Brasil, nossa Marinha continua aguardando a definição do Executivo para poder tocar seus projetos. A degradação dos meios navais é algo natural, e sua substituição por meios novos, se faz necessária o quanto antes.
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1º Navio Multipropósito da Marinha do Perú terá sua quilha batida hoje
Nos estaleiros do Serviço Industrial da Marinha (SIMA-PERU) será realizada cerimônia de entrega de seis navios patrulha costeira, Classe 2000 MGP-DG e Coastguards (DICAPI) e dois Boat Service Prático (LSP) e da quilha do 1º Navio Multipropósito da classe Makassar. A última parte do Programa de Recuperação de Capacidade do SIMA, prevê para os próximos anos, a construção de um veleiro escola, dez barcos de patrulha e dois navios polivalentes. Estas construções, bem como a transferência de tecnologia para o país, vai gerar 3.500 empregos e indiretamente, beneficiar um grande número de pequenas e médias empresas.
A cerimônia será assistida pelo presidente, Ollanta Humala, pelo ministro da Defesa, Peter Cateriano e pelo general comandante da Marinha, almirante Carlos Tejada Mera, bem como o alto comando das Forças Armadas.
Navio Multipropósito Classe Makassar – projetado pelo estaleiro Dae Sun Shipbuilding & Engineering Co. Ltd. (uma empresa com a qual assinou um Memorando de Entendimento, em Outubro de 2012).
Como características ele tem:
Um comprimento de 122 m, largura de 22 m. e calado de 5 m.
Seu deslocamento máximo é de aproximadamente 7.300 toneladas quando totalmente carregado.
Propulsão é o tipo CODAD (Diesel combinado e Diesel), formado por dois motores MAN B & W de 2.666 BHP 9L28/32A para atingir velocidades de mais de 16 nós e autonomia de 14 mil milhas náuticas.
Terá um convés de vôo para dois helicópteros médios e hangar para acomodar um UH-3 ou SH-3D Sea King.
Sua doca alagada é projetada para transportar e distribuir dois tipos embarcações de desembarque LCU (Landing Craft Unit) de 23 metros ou 14 veículos anfíbios.
A tripulação será de 14 oficiais e 112 especialistas e pode transportar até 450 fuzileiros navais.
Seu armamento, segundo informações extra-oficiais, será composto de um canhão Oto Melara 76/62 mm e dois 40/L70 Breda-Bofors de 40 mm.
Segundo a programação, as duas unidades estão programadas para entrar em serviço em 2015.
FONTE: defensa.com
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Defesa Aérea & Naval
NOTA DO EDITOR: É impressionante como outros países conseguem seguir adiante em seus projetos de renovação, enquanto no Brasil, nossa Marinha continua aguardando a definição do Executivo para poder tocar seus projetos. A degradação dos meios navais é algo natural, e sua substituição por meios novos, se faz necessária o quanto antes.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Só achei 7.300 toneladas com pouca capacidade de carga.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Abuldog, os 'Enforcer' possuem vários cascos com bocas diferenciadas, a depender dos usos e atribuições que se queira fazer ao navio. Ver neste mesmo tópico o esquema que ilustra esta possibilidade.
abs.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Ok, meu amigo!FCarvalho escreveu:Abuldog, os 'Enforcer' possuem vários cascos com bocas diferenciadas, a depender dos usos e atribuições que se queira fazer ao navio. Ver neste mesmo tópico o esquema que ilustra esta possibilidade.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Se o Brasil optar pelo projeto ENFORCER, o Brasil teria acesso somente aos cascos do LPD, ou vocês acreditam que seriam acessos a todos os módulos:ABULDOG74 escreveu:Ok, meu amigo!FCarvalho escreveu:Abuldog, os 'Enforcer' possuem vários cascos com bocas diferenciadas, a depender dos usos e atribuições que se queira fazer ao navio. Ver neste mesmo tópico o esquema que ilustra esta possibilidade.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
O projeto, como é modular, Abuldog, qualquer uma das variações do ENFORCER poderiam ser acessadas e "transformadas" no que precisássemos. A depender do que a MB negocie com a empresa dona do projeto.
Podemos comprar simplesmente um navio na classe LPD, ou adotar o projeto em si, e dele obter todas as variações possíveis e necessárias ao PROANF.
Basta ter interesse e $ para isso.
abs.
Podemos comprar simplesmente um navio na classe LPD, ou adotar o projeto em si, e dele obter todas as variações possíveis e necessárias ao PROANF.
Basta ter interesse e $ para isso.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
MATÉRIA DE UM RENOMADO JORNALISTA NO SITE DEFESANET, SOBRE ARGUMENTOS DE SE CRIAR UMA AVIAÇÃO PRÓPRIA DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS:
obs: Viram que não foi só eu que pensei nisso!
ASAS SOBRE A PRAIA E A FRONTEIRA – ROBERTO LOPES
O articulista defende que o Exército apresse a implantação de sua primeira unidade aérea de asas fixas, e critica a falta de uma aviação própria para o Corpo de Fuzileiros Navais
A A A
Roberto Lopes
Jornalista especializado em assuntos militares. Em 2000 graduou-se em
Gestão e Planejamento de Defesa no Colégio de Estudos de Defesa Hemisférica
da Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos, em Washington
(Fort Leslie F. McNair). É também pesquisador associado ao Laboratório
de Estudos da Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade
de São Paulo. Autor de vários livros, em maio de 2001 publicou a monografia
“Oportunidade para Civis na Condução dos Assuntos da Defesa Nacional: o Caso do Brasil”.
O Exército brasileiro parece excessivamente tímido e cauteloso na tarefa de implantar a sua primeira unidade aérea de asa fixa – projeto que usa como justificativa imediata a necessidade de deslocamentos rápidos na linha de divisa oeste do país, área-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).
A ideia original do Comando de Operações Terrestres (COTER) transmitida ainda em 2012 ao Estado-Maior do Exército, foi a de propor a incorporação de aviões pela Força Terrestre “como subprojeto do SISFRON, com emprego dual na Log Av Ex (Logística da Aviação do Exército)”.
Os “estudos de viabilidade” ficaram a cargo da 3ª Subchefia do COTER, incumbida, entre outros assuntos (como emprego de tropas em missões de Paz e monitoramento do estado de prontidão de forças de pronta resposta), de “orientar as atividades da Aviação do Exército, coordenando as Solicitações de Missão Conjunta (SMC) – FAB e MB no Plano de Missões Conjuntas (PMC)”.
As análises realizadas pelo EB estabeleceram como “demandas doutrinárias” para a aviação de asa fixa: “Ligação de Comando; Observação Aérea; Controle de Danos; SEGAR (Segurança de Área de Retaguarda); Desdobramentos Log da Av Ex; Rodízios e Ap Log (Apoio Logístico) para R Fron (Regiões de Fronteira) e PEF (Pelotões Especiais de Fronteira); e Missões Subsidiárias e de misericórdia”.
A aviação de asa fixa é uma ferramenta de uso imperioso no apoio aos soldados em terra, e chega com atraso considerável no Exército brasileiro (até o Exército paraguaio já está providenciando uma!).
Se a demora no processo de aquisição de aeronaves para a Força Terrestre é consequência da crônica escassez de recursos nas Forças Armadas, entende-se. Mas se os generais estão tratando o assunto de forma tão discreta – como se estivessem pisando em ovos – devido ao temor de, com a medida, gerar algum desconforto entre os colegas da Força Aérea, é preciso que o poder civil instalado no comando do Ministério da Defesa deixe por um momento os seus convescotes diplomáticos e esclareça que tal receio não mais se justifica.
Ao contrário: desobrigar a FAB de parte dos vôos em apoio ao Exército é novidade que deve ser encarada como providência em benefício do emprego do equipamento e do pessoal da Aeronáutica em missões mais urgentes ou em cenários onde esse auxílio seja mais decisivo.
Os aviões do Exército serão de extraordinária valia para reforçar o abastecimento e o reconhecimento nas áreas guarnecidas pelos pelotões sediados nos confins da Amazônia e na fronteira noroeste do Brasil.
Atualmente, a FAB se esforça por garantir ao menos um vôo por mês para cada uma dessas unidades de vigilância fincadas na selva, que sobrevivem com restrições no uso da energia elétrica e da internet. Valendo-se de aeronaves tipo C-105 Amazonas, com capacidade de carga da ordem de 9 toneladas, a aviação de asa fixa do Exército poderá, em um primeiro momento, duplicar essa quantidade de vôos – para, quem sabe, estabelecer um rotina de uma visitação a cada dez dias. Os soldados da fronteira e suas famílias agradecerão muitíssimo.
Surgido na virada do século 19 para o século 20, o avião mantém-se, no século 21, como equipamento de importância constantemente renovada, crescente – decisiva no conjunto dissuasório de uma nação.
Condenados há décadas a operar o material em desuso dos exércitos americanos e europeus (primeiro as sobras da 2ª Guerra Mundial e depois o refugo da Guerra Fria), os militares brasileiros têm, entretanto, dificuldades em sonhar alto.
Quatro meses atrás, a conceituada publicação Marine Corps Gazette, dos Estados Unidos, deu divulgação a um interessante artigo de autoria de dois majores fuzileiros navais americanos: Gregory A. Thiele e Mitchell Ruby Rubinstein. O texto deles introduz o conceito de “Cooperação Aérea”, para defender a tese de que, em vez dos caros jatos supersônicos F-35, o que a tropa anfíbia dos EUA precisa, de verdade, é de uma aeronave muito menor (e mais barata), capaz de cumprir, em todas as suas etapas, as missões de reconhecimento e observação, e de apoio de fogo.
Os articulistas observam que, em terra (ou na praia) os soldados fuzileiros precisam de colegas que, a bordo das aeronaves, possam raciocinar como eles.
Analiso o assunto no meu próximo livro – “As Garras do Cisne” – que ainda este ano chega às livrarias. Eis um extrato de suas páginas:
“A tese de Thiele e de Ruby Rubinstein, advoga o estabelecimento de um clima de cumplicidade entre os fuzileiros em terra e os aviadores fuzileiros que os apóiam do ar, que só pode ser estabelecido por meio de aviões muito mais lentos e manobráveis que o F-35, adequados aos vôos em baixas altitudes – onde os pilotos enxergam o campo de batalha a olho nu –, às missões de Inteligência, apropriados, enfim, ao apoio aéreo aproximado – o que não deixará de exigir-lhes boa capacidade de fogo e toda a moderna aviônica compatível com aeronaves desse porte”.
As recomendações de Thiele e Ruby Rubinstein podiam ter sido encomendadas pela Embraer, porque eles mencionam várias das características que são predicados conhecidos (e internacionalmente respeitados) do A-29 Super Tucano.
De resto é preciso ter em mente que tropas de fuzileiros navais com aviação própria já não são novidade. E não apenas nos Estados Unidos.
A Coréia do Sul, que conduz um dos mais agressivos programas de expansão de uma força naval em andamento no mundo, está montando um corpo de aviação para a sua tropa anfíbia. Até a Venezuela anuncia a compra de oito helicópteros médios chineses (cópia dos Dauphin navalizados franceses) para os seus fuzileiros.
Não que os chefes navais brasileiros estejam desatentos à modernidade da aviação. Ano passado, a inconfidência de um oficial americano permitiu saber que a Marinha do Brasil demonstrou interesse pela aquisição de uma pequena quantidade (dez, talvez) dos convertiplanos Osprey (que decola como um helicóptero e se desloca como um avião de asas fixas), aeronave largamente utilizada pelos marines.
É realmente uma pena que, tendo decidido permitir que nossos fuzileiros façam o curso de piloto naval (para helicópteros e caças A-4 Skyhawk), os almirantes ainda não tenham pensado em dotar o CFN de uma ala aérea.
A Estratégia Nacional de Defesa, anunciada pelo governo Lula em dezembro de 2008, qualifica a tropa anfíbia como expedicionária por excelência. Seria muito aconselhável que uma força com essa autonomia, e já equipada, conforme sabemos, de veículos blindados (cuja importância pode ser medida pelo fato de a corporação ter criado a sua própria especialidade de Blindados), artilharia de foguetes (em processo de recebimento) e mísseis, estivesse também dotada de aeronaves de asas fixas e rotativas.
Infelizmente, não temos, no Ministério da Defesa, nenhuma autoridade civil capaz de, minimamente, raciocinar sobre as carências do nosso dispositivo militar – e, muito menos, de perder 20 minutos lendo com atenção um artigo do Marine Corps Gazette.
Azar o nosso.
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ASAS SOBRE A PRAIA E A FRONTEIRA – ROBERTO LOPES
O articulista defende que o Exército apresse a implantação de sua primeira unidade aérea de asas fixas, e critica a falta de uma aviação própria para o Corpo de Fuzileiros Navais
A A A
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Gestão e Planejamento de Defesa no Colégio de Estudos de Defesa Hemisférica
da Universidade de Defesa Nacional dos Estados Unidos, em Washington
(Fort Leslie F. McNair). É também pesquisador associado ao Laboratório
de Estudos da Etnicidade, Racismo e Discriminação da Universidade
de São Paulo. Autor de vários livros, em maio de 2001 publicou a monografia
“Oportunidade para Civis na Condução dos Assuntos da Defesa Nacional: o Caso do Brasil”.
O Exército brasileiro parece excessivamente tímido e cauteloso na tarefa de implantar a sua primeira unidade aérea de asa fixa – projeto que usa como justificativa imediata a necessidade de deslocamentos rápidos na linha de divisa oeste do país, área-piloto do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (SISFRON).
A ideia original do Comando de Operações Terrestres (COTER) transmitida ainda em 2012 ao Estado-Maior do Exército, foi a de propor a incorporação de aviões pela Força Terrestre “como subprojeto do SISFRON, com emprego dual na Log Av Ex (Logística da Aviação do Exército)”.
Os “estudos de viabilidade” ficaram a cargo da 3ª Subchefia do COTER, incumbida, entre outros assuntos (como emprego de tropas em missões de Paz e monitoramento do estado de prontidão de forças de pronta resposta), de “orientar as atividades da Aviação do Exército, coordenando as Solicitações de Missão Conjunta (SMC) – FAB e MB no Plano de Missões Conjuntas (PMC)”.
As análises realizadas pelo EB estabeleceram como “demandas doutrinárias” para a aviação de asa fixa: “Ligação de Comando; Observação Aérea; Controle de Danos; SEGAR (Segurança de Área de Retaguarda); Desdobramentos Log da Av Ex; Rodízios e Ap Log (Apoio Logístico) para R Fron (Regiões de Fronteira) e PEF (Pelotões Especiais de Fronteira); e Missões Subsidiárias e de misericórdia”.
A aviação de asa fixa é uma ferramenta de uso imperioso no apoio aos soldados em terra, e chega com atraso considerável no Exército brasileiro (até o Exército paraguaio já está providenciando uma!).
Se a demora no processo de aquisição de aeronaves para a Força Terrestre é consequência da crônica escassez de recursos nas Forças Armadas, entende-se. Mas se os generais estão tratando o assunto de forma tão discreta – como se estivessem pisando em ovos – devido ao temor de, com a medida, gerar algum desconforto entre os colegas da Força Aérea, é preciso que o poder civil instalado no comando do Ministério da Defesa deixe por um momento os seus convescotes diplomáticos e esclareça que tal receio não mais se justifica.
Ao contrário: desobrigar a FAB de parte dos vôos em apoio ao Exército é novidade que deve ser encarada como providência em benefício do emprego do equipamento e do pessoal da Aeronáutica em missões mais urgentes ou em cenários onde esse auxílio seja mais decisivo.
Os aviões do Exército serão de extraordinária valia para reforçar o abastecimento e o reconhecimento nas áreas guarnecidas pelos pelotões sediados nos confins da Amazônia e na fronteira noroeste do Brasil.
Atualmente, a FAB se esforça por garantir ao menos um vôo por mês para cada uma dessas unidades de vigilância fincadas na selva, que sobrevivem com restrições no uso da energia elétrica e da internet. Valendo-se de aeronaves tipo C-105 Amazonas, com capacidade de carga da ordem de 9 toneladas, a aviação de asa fixa do Exército poderá, em um primeiro momento, duplicar essa quantidade de vôos – para, quem sabe, estabelecer um rotina de uma visitação a cada dez dias. Os soldados da fronteira e suas famílias agradecerão muitíssimo.
Surgido na virada do século 19 para o século 20, o avião mantém-se, no século 21, como equipamento de importância constantemente renovada, crescente – decisiva no conjunto dissuasório de uma nação.
Condenados há décadas a operar o material em desuso dos exércitos americanos e europeus (primeiro as sobras da 2ª Guerra Mundial e depois o refugo da Guerra Fria), os militares brasileiros têm, entretanto, dificuldades em sonhar alto.
Quatro meses atrás, a conceituada publicação Marine Corps Gazette, dos Estados Unidos, deu divulgação a um interessante artigo de autoria de dois majores fuzileiros navais americanos: Gregory A. Thiele e Mitchell Ruby Rubinstein. O texto deles introduz o conceito de “Cooperação Aérea”, para defender a tese de que, em vez dos caros jatos supersônicos F-35, o que a tropa anfíbia dos EUA precisa, de verdade, é de uma aeronave muito menor (e mais barata), capaz de cumprir, em todas as suas etapas, as missões de reconhecimento e observação, e de apoio de fogo.
Os articulistas observam que, em terra (ou na praia) os soldados fuzileiros precisam de colegas que, a bordo das aeronaves, possam raciocinar como eles.
Analiso o assunto no meu próximo livro – “As Garras do Cisne” – que ainda este ano chega às livrarias. Eis um extrato de suas páginas:
“A tese de Thiele e de Ruby Rubinstein, advoga o estabelecimento de um clima de cumplicidade entre os fuzileiros em terra e os aviadores fuzileiros que os apóiam do ar, que só pode ser estabelecido por meio de aviões muito mais lentos e manobráveis que o F-35, adequados aos vôos em baixas altitudes – onde os pilotos enxergam o campo de batalha a olho nu –, às missões de Inteligência, apropriados, enfim, ao apoio aéreo aproximado – o que não deixará de exigir-lhes boa capacidade de fogo e toda a moderna aviônica compatível com aeronaves desse porte”.
As recomendações de Thiele e Ruby Rubinstein podiam ter sido encomendadas pela Embraer, porque eles mencionam várias das características que são predicados conhecidos (e internacionalmente respeitados) do A-29 Super Tucano.
De resto é preciso ter em mente que tropas de fuzileiros navais com aviação própria já não são novidade. E não apenas nos Estados Unidos.
A Coréia do Sul, que conduz um dos mais agressivos programas de expansão de uma força naval em andamento no mundo, está montando um corpo de aviação para a sua tropa anfíbia. Até a Venezuela anuncia a compra de oito helicópteros médios chineses (cópia dos Dauphin navalizados franceses) para os seus fuzileiros.
Não que os chefes navais brasileiros estejam desatentos à modernidade da aviação. Ano passado, a inconfidência de um oficial americano permitiu saber que a Marinha do Brasil demonstrou interesse pela aquisição de uma pequena quantidade (dez, talvez) dos convertiplanos Osprey (que decola como um helicóptero e se desloca como um avião de asas fixas), aeronave largamente utilizada pelos marines.
É realmente uma pena que, tendo decidido permitir que nossos fuzileiros façam o curso de piloto naval (para helicópteros e caças A-4 Skyhawk), os almirantes ainda não tenham pensado em dotar o CFN de uma ala aérea.
A Estratégia Nacional de Defesa, anunciada pelo governo Lula em dezembro de 2008, qualifica a tropa anfíbia como expedicionária por excelência. Seria muito aconselhável que uma força com essa autonomia, e já equipada, conforme sabemos, de veículos blindados (cuja importância pode ser medida pelo fato de a corporação ter criado a sua própria especialidade de Blindados), artilharia de foguetes (em processo de recebimento) e mísseis, estivesse também dotada de aeronaves de asas fixas e rotativas.
Infelizmente, não temos, no Ministério da Defesa, nenhuma autoridade civil capaz de, minimamente, raciocinar sobre as carências do nosso dispositivo militar – e, muito menos, de perder 20 minutos lendo com atenção um artigo do Marine Corps Gazette.
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
OS AV-8B dos MARINES começam a sair de serviço a partir desse ano(substituídos pelo F-35B), não seria uma boa aquisição(principalmente pelo preço), para aquisição para os futuros LHD da MB?
AV-8B A BORDO DO JUAN CARLOS I
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Re: Programa de Obtenção de Navio Anfíbio - PROANF
Ia ser bacana ter uns destes nos futuros LHD`S (SE SAIR DO PAPEL ), da MB:
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