japão

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38480
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5868 vezes
Agradeceram: 3318 vezes

Re: japão

#226 Mensagem por FCarvalho » Ter Jan 14, 2014 4:40 pm

O problema japonês de Obama
13 de janeiro de 2014

http://www.forte.jor.br/wp-content/uploads/2014/01/ap_japan_military_drill_23Aug11-878x476-580x314.jpg

Por Brahma Chellaney

Quando o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, visitou o controvertido Santuário de Yasukuni, em Tóquio, no mês passado, os líderes chineses condenaram a decisão de homenagear as pessoas por trás “da guerra de agressão contra a China”. Mas Abe também estava enviando uma mensagem para os EUA. Diante da relutância do presidente dos EUA, Barack Obama, em opor-se às demonstrações de poderio chinês e suas ambições territoriais na Ásia – refletidas em recente desvenças entre Japão e EUA envolvendo a nova Zona de Identificação de Defesa Aérea da China (Adiz, em inglês) – Abe fez os dois países saberem que a restrição não pode ser unilateral.

Para a China e para a Coreia do Sul, a inclusão no Santuário de Yasukuni de 14 criminosos de guerra “Classe A” executados após a Segunda Guerra Mundial tornou-se um poderoso símbolo do militarismo anterior à guerra no Japão, e Abe por muito tempo se absteve de visitá-lo – inclusive durante seu mandato anterior como primeiro-ministro. Ele poderia ter mantido essa postura se a China não tivesse criado a Adiz, que estabeleceu um novo precedente ameaçador, ao usurpar espaço aéreo internacional sobre o Mar do Leste da China, inclusive sobre áreas que a China não controla. (Abe não parece ter considerado a possibilidade de que sua peregrinação a Yasukuni poderia acabar ajudando a China, por aprofundar o antagonismo da Coreia do Sul face ao Japão).

O governo Obama vinha pressionando Abe a não agravar as tensões regionais visitando Yasukuni – uma exortação reiterada pelo vice-presidente Joe Biden durante escala recente em Tóquio a caminho de Pequim. Na verdade, a visita de Biden aprofundou as preocupações de segurança japonesas, porque ele deu ênfase ao foco americano visando equilibrar suas relações no Leste Asiático, ainda que isso signifique tolerar uma China expansionista como o equivalente estratégico de um Japão aliado.

A neutralidade dos EUA em disputas de soberania ameaça minar suas alianças bilaterais de segurança. Ao alimentar a insegurança japonesa, os EUA correm o risco de provocar o próprio resultado que buscam evitar: um retorno da Ásia ao militarismo.

Em vez de adiar a viagem de Biden a Pequim para demonstrar desaprovação à nova Adiz chinesa, os EUA aconselharam suas companhias aéreas comerciais a respeitá-la, ao passo que o Japão pediu a suas companhias aéreas a ignorar a exigência chinesa no sentido de que homologuem antecipadamente seus planos de voo através da zona. Ao exortar contenção aos japoneses, os EUA fomentaram o nervosismo japonês, sem obter quaisquer concessões da China.

Agora, a crescente cisão entre os EUA e o Japão tornou-se nitidamente visível. Abe sente-se desapontado com a decisão de Obama de não tomar uma posição firme sobre a Adiz – a mais recente em uma série de decisões agressivas por parte da China para inverter o status quo no Mar Oriental da China. Por sua vez, o governo dos EUA – aberta e atipicamente – criticou a visita de Abe a Yasukuni, sua embaixada no Japão divulgou comunicado dizendo que os EUA estão “decepcionados que a liderança japonesa tenha tomado uma decisão que irá agravar as tensões com os vizinhos do Japão”.

Essas recriminações não significam que a aliança EUA-Japão – o posicionamento militar americano avançado na Ásia – esteja em risco imediato. O Japão continua a ser um aliado modelo, que abriga tropas dos EUA, chegando a arcar com os custos da manutenção de forças americanas em seu solo. Na verdade, a visita de Abe a Yasukuni aconteceu um dia depois de ele haver concluído um há muito pendente acordo bilateral apoiado pelos EUA no sentido de realocar a base americana de Okinawa para uma área menos populosa. E ele apoia a entrada do Japão na Parceria Transpacífica, liderada pelos EUA, um bloco comercial regional emergente que exclui a China.

Ainda assim, desenvolveu-se uma cisão psicológica entre os governos de Abe e Obama. Enquanto os EUA preocupam-se com a posição nacionalista de Abe vis-à-vis a China e a Coreia do Sul, as autoridades japonesas pararam de tentar esconder sua inquietação diante do esforço de Obama para encontrar um equilíbrio entre seus compromissos para com a aliança e seu desejo de estabelecer vínculos sino-americanos. Biden passou mais que o dobro do tempo em discussões com o presidente chinês, Xi Jinping, do que com Abe.

O paradoxo é que embora o nervosismo diante da crescente assertividade chinesa tenha devolvido os EUA ao centro da geopolítica asiática e permitido que reforçasse seus esquemas de segurança na região, isso não resultou em ações para se contrapor a políticas expansionistas chinesas. Assim, o Japão está ficando cético sobre a disposição dos EUA em prestar-lhe apoio militar em caso de um ataque chinês às ilhas Senkaku controladas pelos japonesas (denominadas ilhas Diaoyu na China). A retórica contraditória do governo Obama – afirmando que o tratado de segurança EUA-Japão cobre as Senkaku, ao mesmo tempo em que recusa-se a tomar uma posição sobre a soberania das ilhas – não foi produtiva.

Um alerta, para o Japão, foi a inação de Obama em 2012, quando a China capturou o recife de Scarborough, que faz parte da zona econômica exclusiva das Filipinas. Em um esforço para acabar com um impasse tenso, os EUA intermediaram um acordo mediante o qual os dois países acordaram em retirar suas embarcações marítimas da área. Mas depois que as Filipinas se retiraram, a China ocupou Sarborough – e, a despeito de um tratado de defesa mútua entre os EUA e as Filipinas, os americanos pouco fizeram em resposta. Isso encorajou a China a apoderar-se e fato de um segundo recife reivindicado pelos filipinos, que faz parte das disputadas Ilhas Spratly.

Fatores como distância geográfica e interdependência econômica fizeram com que os EUA receassem envolver-se em disputas territoriais na Ásia. E, diferentemente dos países asiáticos, os EUA não tolerariam realmente uma “Doutrina Monroe” chinesa declarando que a China não aceitaria nenhuma intervenção externa na Ásia. Mas a neutralidade dos EUA em disputas de soberania ameaça minar suas alianças bilaterais de segurança (que, ao prevenir que países como o Japão abracem o militarismo, na verdade atendem aos interesses chineses).

O que está em jogo não são apenas ilhas nos Mares do Leste e do Sul da China, mas uma ordem regional baseada em regras, a liberdade de navegação marítima e aérea, o acesso a recursos marítimos e dinâmicas de equilíbrio de poder na Ásia.

Ao alimentar a insegurança japonesa, a política americana corre o risco de provocar o próprio resultado que busca evitar: um retorno ao militarismo. (Tradução de Sergio Blum)

Brahma Chellaney é professor de Estudos Estratégicos no Centro de Pesquisa de Políticas, em Nova Délhi. Copyright: Project Syndicate, 2014.

FONTE: Valor Econômico via Resenha do Exército

http://www.forte.jor.br/2014/01/13/o-pr ... -de-obama/




Carpe Diem
Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#227 Mensagem por akivrx78 » Qui Jan 16, 2014 2:34 am

Armas nucleares, Porta Aviões e Bombardeiros, o sonho do general Tamogami

Kyle Mizokami 16 de maio 2011
Imagem
Toshio Tamogami

Fumiko do Bureau Nacional de Pesquisas da Asia tem uma opinião sobre o novo livro do general Toshio Tamogami.
Força Nacional Militar de Tamogami é um ex-Chefe do Estado Maior da Força de Auto Defesa Aérea, ele foi demitido em 2008,
após a publicação de um ensaio que ele escreveu que joga a culpa para os EUA sobre a Guerra do Pacífico.

Na aposentadoria Tamogami desde então tem apoiado grupos de direita no Japão, cuja plataforma tipicamente consiste fixando a Segunda Guerra Mundial na China e comunistas, a aquisição do Japão de armas nucleares, e um rearmamento geral japonês que vai além da atual política de defesa.

Tamogami quer um rearmamento japonês.
Ele quer uma dissuasão nuclear para o Japão.
Ele quer a propulsão nuclear para navios.
Ele quer os mísseis de cruzeiro de ataque.
Ele quer os porta-aviões e bombardeiros grandes.

Em suma, ele quer todas as coisas que a maioria dos países G-8 já tem, mas que são exatamente o tipo de coisa que o governo japonês e público local se opõem fortemente.

Antes que isso ficar descaracterizado, se precisa ser enfatizado que Tamogami tem pensamentos muito fora do mainstream da
política japonesa, e a postura geral de defesa que ele esta defendendo tem pouco público e apoio governamental.Muitas ideias não são metas realistas no ambiente político do Japão, hoje e no futuro previsível.

Este artigo destina-se a dar aos leitores uma ideia do que a extrema Direita Japonesa quer.

Imagem
O livro de Tamogami, disponível apenas em japonês, enuncia uma nova postura de defesa para o Japão, que é menos dependente
da proteção dos Estados Unidos, Tamogami quer:

1 - Ter o direito de legítima defesa coletiva.
2 - Japão para adquirir uma capacidade de retaliação convencional, ou seja mísseis de cruzeiro tipo Tomahawk.
3 - Construir porta-aviões, bombardeiros estratégicos, e misseis balísticos.
4 - Adquirir armas nucleares, tanto para o valor de dissuasão e para aumentar a posição internacional do Japão.
5 - 20.000 tropas anfíbias para defesa das ilhas Senkakus e outras ilhas.
6 - Aumentar a capacidade de coleta de inteligência do Japão.
7 - Transformar o Japão em exportador de armas.

Algumas dessas ideias, como a aquisição de uma capacidade de retaliação convencional, acrescentando tropas anfíbias, e aumentando a capacidade de inteligência do Japão são bastante razoáveis, mesmo sem dúvida necessárias. Alguns como a adição de tropas anfíbias, Japão já está fazendo. Outros, como as armas nucleares são completamente impossíveis neste momento. É uma mistura inteligente de o fazer, o factível, o indesejável, e o impensável.

Depois de ter sua carreira nas Forças de Auto Defesa, Tamogami provavelmente sabe quanto o que é politicamente viável.
Ainda assim, ele está recebendo ideias de fora, a inserção de ideias desagradáveis como palatáveis.

Vejamos três grandes programas de Tamogami, Porta aviões japoneses, bombardeiros estratégicos japoneses e submarinos nucleares de ataque lança misseis.

JCV (Japan Aircraft Carrier)

Tamogami quer três porta-aviões, e ele estima que o custo total para campo seria 6.06 trilhões de ienes, ou 71 Bilhões de dólares. Tamogami aparentemente explica sua análise de custos no livro, podemos especular e chegar a uma boa ideia do que ele tem em mente.

Orçamentos Tamogami três porta-aviões :

Porta-aviões 1/ 900 bilhões de ienes (10.8 bilhões de dólares)
Grupo Aéreo 1/ 500 bilhões de ienes (6 bilhões de dólares)

Porta-aviões 2/ 900 bilhões de ienes
Grupo Aéreo 2/ 500 bilhões de ienes

Porta-aviões 3/ 900 bilhões de ienes
Grupo Aéreo 3/ 500 bilhões de ienes

Os custos totais de aquisição para as operadoras é assim 4.2 trilhao de ienes, deixando 1.86 trilhao de ienes (US$ 21 bilhões de dólares) para pesquisa e desenvolvimento. Isso é uma boa quantia, e deve cobrir P&D para toda uma série de tecnologias que compõem um porta-aviões moderno.

900 bilhões de ienes é, em janeiro de 2011 cerca de 10.8 Bilhões de dólares. USS Gerald Ford, próximo super-navio da Marinha os EUA, deverá custar aproximadamente 14 bilhões de dólares. Na extremidade inferior da escala de operadora, HMS Rainha Elizabeth deverá custar 5.7 bilhões dólares.

Imagem
A ala aérea também nos dá algumas pistas. Cada CAW é alocado 500 bilhões de ienes. Ou seja em janeiro de 2011, aproximadamente US$ 6 bilhões.

US$6 bilhões de dólares poderia comprar o seguinte:

50 caças F-18 ou F-35 100 milhões por unidade 5 bilhões de dólares
8 SH-60 helicópteros em 32 milhões dólares por unidade 250 milhões de dólares
2 C -2 38 milhões dólares por unidade 76 milhões de dólares
4 E- 2C Hawkeye aviões de alerta antecipado em US$ 80 milhões por unidade 320 milhões de dólares

64 aeronaves é um grupo aéreo bastante respeitável, ficaria entre a classe Ford e a Rainha Elizabeth. O custo projetado do
Porta aviões também é comprável entre os dois.

Para que Porta aviões?

Tamogami parece estar pensando em projeção de poder. É difícil dizer no entanto como e por que e onde ele poder seria projetado. A maior parte do Pacífico é um lago norte-americano, e rotas marítimas do Japão já estão protegidas gratuitamente pelo porta-aviões norte-americanos. O Japão não tem articulado interesses vitais no exterior com vigor, não participa de segurança coletiva, e não tem uma política externa intervencionista.

Na realidade, estes Porta aviões provavelmente estaria estacionado muito perto de casa, para dar cobertura aérea sobre partes do arquipélago japonês reivindicadas por outros países e muito longe da proteção das ilhas Internas. Isso inclui as Senkakus e ilhas como Okinotorishima, e talvez até mesmo o Territórios do Norte - Curilas do Sul.

A questão é: será que essa despesa enorme de tesouro vale a pena a despesa? Será que vale US$ 71 Bilhões de dólares só
para colocar 150 caças de ataque e 24 helicópteros ASW no mar? Vale a pena colocar um terço da força pessoal atual do MSDF
em três navios ? Adicionar escoltas e navios de apoio, e nós estamos olhando para talvez 14 mil pessoas. A matemática coloca 100 pessoas MSDF em risco para cada caça no ar.

Imagem
JSB ( Japão bombardeiro estratégico )

Tamogami também quer bombardeiros estratégicos, e tem um orçamento de 5 trilhões de ienes (US$ 54 bilhões dólares) por
dez bombardeiros. Presumivelmente ICC seria uso furtivo e dual, capaz de agir como um dissuasor nuclear estratégico e um
bombardeiro convencional.
É difícil dizer o quanto realista isto é, como só o Estados Unidos construiu um novo bombardeiro estratégico nos últimos vinte anos. Tamogami percebe que ICC seria extremamente caro para desenvolver, e tem um orçamento muito generoso.

Mais uma vez, a questão é: vale a pena? Considere que a Força Aérea dos EUA tem um inventário de 20 B-2 bombardeiros para
manter 4-5 em prontidão constante. Com 5 trilhões de ienes, o Japão pode ter 2-3 unidades pronto a qualquer momento. Em um cenário estratégico nuclear contra a China, que não parece que vale a pena em comparação com o número de alvos teóricos.
Além disso a totalidade da rede de defesa aérea chinesa seriam concentradas contra um número muito pequeno de bombardeiros
japoneses.

Imagem
J-Boomer (Japan Ballistic Missile Submarine)

Finalmente, Tamogami quer uma dissuasão nuclear colocado no mar. Três submarinos de mísseis balísticos de propulsão nuclear, além de mísseis balísticos lançados por submarinos, estão orçados 7.54 trilhões de ienes, ou US$ 88.7 bilhões dólares. Programa SSBN- X da Marinha dos EUA, destinado a substituir os submarinos da classe Ohio, deverá custar 40 bilhões de dólares por 12-14 submarinos.
7.54 trilhões de ienes é um monte de dinheiro para apenas três submarinos . Dito isto os submarinos de mísseis balísticos
são notoriamente caros, e Japão nunca construiu um antes.

Tenha em mente, porém, J-Boomer irá incluir muitas novidades altamente técnicos para o Japão.

Desenvolvimento das primeiras armas nucleares do Japão, e um programa de armas nucleares.
O desenvolvimento de um míssil balístico lançado de submarinos.
Desenvolvimento de um sistema de propulsão nuclear a bordo.

Imagem

Se cada boomer carrega 16 SLBMs , que equivale a cerca de 2.1 bilhões dólar dólares por míssil a colocar no mar.Uma proposta muito cara de fato. Mas há alguma alternativa como mísseis em silos terrestres? Dada a densidade populacional do Japão, é improvável que um elemento de dissuasão nuclear terrestre poderia ser baseado em solo japonês.

Será que o Tamogami vai obter o seu arsenal?

Não tão cedo. Enfaticamente não tão cedo. Embora possa haver uma desconfiança generalizada da China, há pouco interesse do
público nos planos de Tamogami. O Japão é o propenso para deixar a projeção de poder e de dissuasão nuclear para os americanos. (Não são apenas estes instrumentos de guerra agressiva, mas considere a devastação que causou os bombardeiros estratégicos no Japão)
Além da falta de vontade política para o plano, tais programas há também uma falta de dinheiro. Lista de desejos de Tamogami tem um preço de US$ 179 bilhões de dólares. Isso é quase quatro vezes o orçamento de defesa anual japonês. Este não é claramente possível dentro do quadro orçamental existente, especialmente tendo em conta a elevada dívida pública do Japão.
Para pagar por ele, Tamogami propõe uma mistura de aumentos de impostos e eliminação de subsídios e direitos do governo . Aumento de impostos e eliminando barreiras para exportação de armas, em tempo de paz não são medidas populares em qualquer país do mundo.

Deve ser dito porém, que todo ponto de programa de rearmamento do Tamogami não é perseguir guerra agressiva, mas para criar um forte Japão independente. Estas são todas as coisas que a maioria dos países do G-8, com exceção do Canadá e da Alemanha tem em seus arsenais. Ninguém contesta o direito do Reino Unido para ter armas nucleares, ou o direito da França
a ter um porta-aviões de propulsão nuclear.

Estas são todas as coisas que o Japão precisaria se fosse responsável por sua própria defesa e não sob a proteção dos Estados Unidos.

http://newpacificinstitute.org/jsw/?p=6071


Artigo de 2011, mostra que as ideias do Tomogami não estavam erradas e algumas medidas em vermelho estão começando a ser implementadas e em azul em processo de negociação pelo governo atual.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38480
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5868 vezes
Agradeceram: 3318 vezes

Re: japão

#228 Mensagem por FCarvalho » Qui Jan 16, 2014 9:38 am

Disso daí tudo, o mais próximo e factível que o Japão terá é o seu "corpo de fuzileiros navais", já encaminhado, e no futuro a médio/longo prazo os seus Nae's, uma vez que a China, e até a Coréia do Sul, pretendem dispor dos seus; e aparentemente a força de auto-defesa marítima japonesa está ensaiando este passo com a classe 22DDH Izumo.

Imagem

Falta pouco para um Nae de verdade. :wink:

abs.




Carpe Diem
motumbo
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 211
Registrado em: Qui Dez 19, 2013 10:14 am
Agradeceu: 11 vezes
Agradeceram: 36 vezes

Re: japão

#229 Mensagem por motumbo » Sex Jan 17, 2014 11:02 am

No caso, esses PA´s só teriam a função de ajudar a USNavy a manter a Marinha chinesa na costa, visto que para se defender, o Japão nem precisa muito desses PA´s, mas para poder atacar e manter o litoral Chinês sob pressão.

Fora isso, também não vejo razão alguma para o Japão fazer um trabalho que já é feito pelos americanos, claro, a menos que eles e os americanos comecem a se pegar também.




Imagem
Stormnuken
Júnior
Júnior
Mensagens: 61
Registrado em: Sáb Ago 15, 2009 5:17 pm
Agradeceu: 122 vezes
Agradeceram: 9 vezes

Re: japão

#230 Mensagem por Stormnuken » Sex Jan 17, 2014 11:22 am

motumbo escreveu:No caso, esses PA´s só teriam a função de ajudar a USNavy a manter a Marinha chinesa na costa, visto que para se defender, o Japão nem precisa muito desses PA´s, mas para poder atacar e manter o litoral Chinês sob pressão.

Fora isso, também não vejo razão alguma para o Japão fazer um trabalho que já é feito pelos americanos, claro, a menos que eles e os americanos comecem a se pegar também.

Acredito que não seria nem a questão de o Japão e os USA começar a se pegar, mas sim, confiar que os americanos estarão "sempre" dispostos a defender o Japão de uma provável agressão chinesa, por exemplo. Até pq, nunca se sabe quando o estopim será aceso e quando estourará a primeira bomba.

Espero que nunca aconteça, mas... nunca se sabe.




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#231 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jan 18, 2014 2:25 am

Os Limites do Apoio Norte-Americano aos Japoneses

17 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota

Um artigo escrito por Hiroyuki Akita para o Nikkei Asian Review mostra alguns dados expressivos das pesquisas de opinião efetuados regularmente desde 1960 pelos japoneses com os norte-americanos, que precisam ser devidamente considerados. Uma pesquisa efetuada no último verão informa que 67% dos cidadãos norte-americanos pesquisados e 77% dos considerados intelectuais se mostraram a favor da aliança com os japoneses, o que continua expressivo, mas houve uma queda de, respectivamente 22 e 16 pontos com relação às efetuadas anteriormente, seis meses depois da posse de Shinzo Abe, quando a economia japonesa dava indicações de melhoria, inclusive com a participação nos entendimentos da TPP – TransPacific Partnership. A queda é a maior observada desde o início destas pesquisas.

Segundo o professor Richard Samuels, de ciência política no MIT e um dos maiores especialistas em Japão, os cidadãos norte-americanos apoiam o Japão quando não existe uma disputa entre o Japão e a China. Mas não mantêm a mesma postura quando os conflitos no Mar da China poderiam envolver os Estados Unidos. Sabe-se que os Estados Unidos não manifestaram contrariedade com a China na sua ampliação do espaço aéreo envolvendo ilhas em disputa, ao contrário do Japão. Também os intelectuais aumentaram suas restrições. As autoridades japonesas consideram que o apoio norte-americano continua sólido.

Imagem
Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e o presidente norte-americano Barack Obama

Mesmo que a aliança militar entre os Estados Unidos e o Japão seja considerada importante, quando os norte-americanos foram perguntados que país seria o mais importante na Ásia para os Estados Unidos, a China com 39% ultrapassou o Japão, que ficou com 35%, perdendo 15 pontos com relação à pesquisa anterior.

Isto permite entender a posição da diplomacia norte-americana que chamou a atenção dos japoneses que deveriam evitar tomar atitudes de hostilidades aos seus vizinhos asiáticos, como as visitas ao templo Yasukuni.

Dentro da atual política japonesa, chamada de Abeconomics, os japoneses adotaram uma flexibilização monetária, desvalorizando o seu câmbio, para tornar os seus produtos competitivos com relação aos seus concorrentes. Isto irritou os coreanos que procuram uma intensificação dos seus relacionamentos comerciais com os chineses, cogitando inclusive de um acordo de livre comércio, tentando conquistar a posição japonesa de maior parceiro comercial da China.

Os japoneses contavam também com o TPP para intensificar as suas exportações, visando ativar a sua economia. Está havendo um aumento no prazo de sua discussão e crescentes resistências deverão ser encontradas, quando da discussão das listas dos produtos envolvidos.

Na realidade, o exagero nas posições nacionalistas do Japão, inclusive com a possibilidade de reforma de sua Constituição, deve ser amainado, ainda que suas responsabilidades na sua defesa externa seja uma atitude natural. No fundo, os encargos econômicos japoneses devem ser aumentados nesta área, ajudando os Estados Unidos que não suportam continuar como a polícia do mundo.

Portanto, são demonstrações que a política externa japonesa encontra limitações, não podendo ser simplesmente implementado sem considerações importantes das opiniões dos seus aliados.

http://www.asiacomentada.com.br/2014/01 ... japoneses/




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#232 Mensagem por akivrx78 » Sáb Jan 18, 2014 8:29 am

Assessor de premiê do Japão critica EUA por posição sobre Santuário Yasukuni

18/01/2014 - 08:21

Um assessor do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, criticou na sexta-feira (17) o presidente norte-americano Barack Obama por expressar decepção em relação a visita do líder japonês ao Santuário Yasukuni.

“Os governos anteriores liderados por republicanos não eram tão miseráveis para interpretar assim”, disse Koichi Hagiuda, que atua como conselheiro especial de Abe como chefe do Partido Liberal Democrático.

“É só porque a atual administração é liderada pelos democratas e pelo presidente Obama”, acrescentou Hagiuda.

As informações são da agência Kyodo. Todos os direitos reservados.

http://www.mundo-nipo.com/politica/18/0 ... -yasukuni/




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#233 Mensagem por akivrx78 » Dom Jan 19, 2014 12:03 pm

Hoje, 12:04
Partido governante do Japão aprova revisão constitucional

O congresso do Partido Democrático Liberal, no poder no Japão, que iniciou seus trabalhos hoje, dia 19 de janeiro, em Tóquio, aprovou a introdução de alterações à Constituição e a tese governamental do “pacifismo ativo” por que se entende um envolvimento mais ativo do país nos assuntos internacionais.

A iniciativa da revisão da Lei Fundamental tinha partido do premiê Shinzo Abe que considera a Constituição “pacífica” de 1947, em vigor ainda hoje, inadequada à situação atual do Japão.

O que está em jogo é o artigo 9 da Constituição de 1947 que proclama a renúncia do país à guerra como meio de resolução de conflitos internacionais e à posse de exército próprio.

http://portuguese.ruvr.ru/news/2014_01_ ... onal-2075/




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#234 Mensagem por akivrx78 » Ter Jan 21, 2014 1:55 am

20 de Janeiro de 2014 - 12h20
Vitória da esquerda em pequena cidade do Japão desafia os EUA

Apesar da parceria abrangente, o Japão e os Estados Unidos vinham discutindo sobre a realocação de uma base militar estadunidense na província japonesa de Okinawa. Neste domingo (19), eleitores da pequena cidade de Nago votaram pela reeleição do prefeito de esquerda, Susumu Inamine, que deve dificultar a posição do premiê japonês Shinzo Abe no seu impulso pela retomada do acordo sobre a base.

Imagem

O prefeito reeleito havia prometido bloquear a construção de um novo local para a realocação da base militar estadunidense, embora a negociação para este processo tenha sido retomada no mês passado, com o apoio do governador de Okinawa.

Abe, que é um conservador, prometeu construir laços mais próximos com os Estados Unidos, principalmente sob o pretexto das “preocupações” relativas à emersão da China e às armas nucleares da República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

A realocação foi completamente rechaçada pelos residentes da província de Okinawa, que querem a base militar – Estação Aérea do Corpo de Fuzileiros Futenma – fora da ilha. Pesquisas de opinião recentes, citadas pelo jornal estadunidense The New York Times, previam a vitória do prefeito Inamine, que já se opunha ao plano de quase duas décadas para mover a base e seus helicópteros e aeronaves em áreas densamente habitadas.

Neste sentido, o premiê Abe havia investido o peso político do seu governo – assim como recursos financeiros – na campanha do opositor de Inamine, Bunshin Suematsu, além de ter dito que avançaria nos gastos de meio bilhão de dólares em serviços públicos na cidade de Nago, de acordo com o New York Times. Entretanto, os residentes não se deixaram vender.

Inamine, que é apoiado pelo Partido Comunista Japonês e outros grupos progressitas, recebeu quase 20 mil votos, em comparação com os 15,6 mil recebidos pelo conservador Suematsu. “Sem a aprovação e o consentimento do prefeito, este processo não pode ir adiante”, disse Inamine a uma audiência de apoiadores. “Para proteger o futuro das nossas crianças, eu não permitirei que a nova base seja construída.”

Em tentativas anteriores, o acordo de realocação ficou estagnado pela primeira em 1996, devido aos protestos contra a presença de fuzileiros estadunidenses na região, depois da denúncia sobre o estupro de uma estudante por funcionários militares dos EUA. Além disso, protestos e denúncias sobre o impacto ambiental das atividades militares nesta região de pesca, assim como o distúrbio e o risco para a população local, já vinham impedido a expansão das bases.

Segundo o New York Times, a falta de um avanço neste sentido abriu uma brecha entre o Japão e os Estados Unidos, que pretendem fazer da nova base aérea uma parte do realinhamento abrangente dos fuzileiros no “pivô” estratégico visionado para a região Ásia-Pacífico.

Depois da vitória de Inamine, na noite de domingo, centenas de apoiadores reuniram-se em seu escritório de campanha para afirmar o desafio obstinado ao plano militar dos EUA em sua província.

Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho,
Com informações do The New York Times
http://www.vermelho.org.br/noticia.php? ... cia=234058




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#235 Mensagem por akivrx78 » Qua Jan 22, 2014 3:25 am

Partido do governo do Japão pode ter abandonado a promessa de " nunca a guerra de novo " e que nem sequer é o pior de tudo
Por Lily Kuo @ lilkuo 21 de janeiro de 2014
Forças do Japão " auto-defesa ". Reuters / Issei Kato

Imagem
Comentaristas chineses foram em um frenesi esta semana sobre relatos de que partido do governo do Japão , o Partido Liberal Democrático (LDP) , removeu a promessa de " nunca fazer a guerra de novo " da plataforma de campanha do partido. O LDP , que votou 19 de janeiro na plataforma, não confirmou os relatos, mas uma versão final revisado no início de janeiro eliminado a frase .

Quaisquer alterações não mudaria imediatamente a Constituição pacifista do Japão , em vigor desde o final da Segunda Guerra Mundial, mas o primeiro-ministro Shinzo Abe pediu para tirar uma interpretação ampla passagem relevante do documento, artigo 9 º, que afirma:

Aspirando sinceramente a uma paz internacional baseada na justiça e na ordem, o povo japonês renuncia para sempre à guerra como um direito soberano da nação e à ameaça ou ao uso da força como meio de resolver disputas internacionais.

No ano passado, Abe pediu Japão para empregar " pacifismo ativo" que lhe permita usar as suas "forças de auto-defesa " para ajudar um aliado sob ataque. Abe disse neste mês que ele está empurrando para a alteração da própria Constituição antes de 2020. Japão, cuja marinha já é quatro vezes maior do que a Grã-Bretanha , foi um dos cinco maiores gastadores militares do mundo em 2012 e há muito tempo tem a tecnologia para construir armas nucleares. Uma nova usina de reprocessamento de combustível nuclear para uso civil no norte do Japão é capaz de produzir nove toneladas ( 8,16 toneladas) de plutônio ou o suficiente para produzir até 2.000 bombas por ano.

Apesar da polêmica sobre a cláusula " sem guerra " na plataforma do partido , há mudanças mais amplas em marcha na plataforma do LDP que poderiam ter um efeito negativo sobre a sociedade japonesa.

O que mudaria se a Constituição é revista , de acordo com os críticos , é a proteção dos direitos civis japoneses, especificamente a liberdade de expressão . Projecto de proposta do LDP para a constituição , publicado em 2012, inclui medidas que censurar direitos protegidos como a liberdade de expressão e de reunião . ao artigo 12 da atual constituição , que diz: "A liberdade de reunião e de associação , bem como expressão, de imprensa e todas as outras formas de expressão é garantida " , o LDP propõe acrescentando: " Não obstante o acima exposto, engajar-se em atividades com o propósito de prejudicar o interesse público ou de ordem pública , ou associar-se com outros para o efeito, não devem ser reconhecidos . " ( Aqui está uma versão abreviada em Inglês e um projecto completo em japonês. )

Já, no ano passado , o Japão apresentou uma lei que concede ao governo varrendo poderes sobre o que ele pode julgar um segredo de Estado e que pode ser condenado por vazamentos - uma medida que possa prejudicar a liberdade de imprensa e a denúncia . Outras revisões propostas pelo LDP incluem dando autoridade parlamento para declarar o estado de emergência em todo o país e substituindo os direitos humanos fundamentais com aqueles que "refletem a história, cultura e tradição do Japão".

Uma forte pressão de anti- militarismo entre o público tem sido um freio importante para os funcionários mais agressivas do Japão . Uma erosão da voz do público japonês pode ser o verdadeiro perigo para a paz na região.

http://qz.com/168856/t/41930




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#236 Mensagem por akivrx78 » Qua Jan 22, 2014 3:40 am

ASDF scrambled jets against Chinese planes 287 times from April to December

JIJI, Kyodo
Jan 22, 2014

The Air Self-Defense Force scrambled aircraft against Chinese planes threatening to enter Japanese airspace a record 287 times in April-December last year, the Defense Ministry said Tuesday.

The figure is up significantly from the previous record of 160 for the same period in 2012. The ministry began releasing this data in fiscal 2001.

In the nine months, the ASDF jets were scrambled 563 times, up by 214 from the previous year, with China topping the list of countries on the receiving end, followed by Russia at 246 times, up from 180, and North Korea nine times, up from zero.

Between October and December, the ASDF dispatched jets against Chinese aircraft 138 times, second only to the 146 in the first three months of last year.

The ministry has been closely monitoring Chinese air activity amid heightened tension over the Senkaku Islands in the East China Sea, especially after China included airspace above the islets as part of an air defense identification zone it designated in November.

The ministry, which has released scramble data for every three-month period since fiscal 2005, said ASDF fighters responded to Chinese aircraft that came close to Japanese airspace 69 times from April to June, and 80 times from July to September.

Many of the Chinese aircraft of concern during the latest period were fighters.

The ASDF scrambled fighters against Russian aircraft 110 times from October to December, compared with 105 times during the preceding three months.

http://www.japantimes.co.jp/news/2014/0 ... -december/




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#237 Mensagem por akivrx78 » Qui Jan 23, 2014 2:17 pm

Abe diz que Japão e China devem evitar erros de alemães e britânicos na 1ª Guerra

Reuters internacional

23. Janeiro 2014 - 12:57

Por Kiyoshi Takenaka

TÓQUIO, 23 Jan (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse que seu país e a China devem evitar a repetição dos erros cometidos no passado por Grã-Bretanha e Alemanha, que lutaram um contra o outro na Primeira Guerra Mundial apesar dos profundos laços econômicos, de acordo com o porta-voz do governo japonês em Tóquio.

Abe fez as declarações em conversas durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, nesta quarta-feira.

Os comentários de Abe foram transmitidos por Yoshihide Suga, secretário de gabinete, depois de o jornal Financial Times ter dito que Abe afirmara a jornalistas que a China e o Japão estão em "situação similar" à Alemanha e Grã-Bretanha antes de 1914, quando os laços econômicos entre os dois não evitou o conflito.

Ele também disse que o aumento do gasto militar chinês é uma importante fonte de instabilidade regional, segundo o jornal.

Suga afirmou que as declarações de Abe não deveriam ser de jeito nenhum interpretadas como uma indicação de que uma guerra entre os dois gigantes asiáticos era possível. Ele afirmou que Abe defendeu o diálogo e a institucionalidade, e não força militar e ameaças, como necessários para a paz e a prosperidade no continente.

As relações entre China e Japão, há muito prejudicadas pelo que Pequim vê como a falta de reparação japonesa pela ocupação de parte do território chinês nas décadas de 1930 e 1940, pioraram recentemente por conta de uma disputa territorial, da desconfiança de Tóquio em relação aos investimentos militares chineses e da visita de Abe em dezembro a um templo que, segundo críticos, celebra o passado de guerra japonês.

Suga disse em entrevista a jornalistas que Abe, notando que este é o ano do centésimo aniversário do início da Primeira Guerra, afirmou que Grã-Bretanha e Alemanha entraram em conflito apesar dos laços econômicos.

Perguntado se a China e o Japão poderiam se enfrentar militarmente, Abe respondeu que tal conflito "seria uma grande perda não só para o Japão e a China, mas para o mundo, e nós precisamos assegurar que isso não aconteça", de acordo com Suga.

A China e o Japão, a segunda e a terceira maiores economias do mundo, respectivamente, mantêm relações econômicas e comerciais no valor de quase 334 bilhões de dólares, segundo dados japoneses.

A China criticou a referência histórica feita por Abe. "Seria melhor encarar o que o Japão fez com a China antes da guerra e na história recente do que falar coisas sobre as relações entre britânicos e alemães no período anterior à Primeira Guerra", afirmou Qin Gang, porta-voz do Ministério do Exterior, à imprensa em Pequim.

(Reportagem de Kiyoshi Takenaka e Elaine Lies; reportagem adicional por Megha Rajagopalan e Ben Blanchard, em Pequim)

http://www.swissinfo.ch/por/detail/cont ... d=37797344




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#238 Mensagem por akivrx78 » Dom Jan 26, 2014 5:07 pm

Sáb , 25/01/2014 às 13:52
Japão e Índia assinam acordos de cooperação

Agência Estado

A Índia e o Japão assinaram neste sábado acordos de cooperação nos setores de energia e telecomunicações durante a visita do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, a Nova Délhi.

O primeiro-ministro japonês chegou hoje à capital da Índia para uma visita de três dias ao país.

O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, disse também que estava discutindo com o governo do Japão a possibilidade de comprar aviões anfíbios US-2 e estabelecer sua coprodução na Índia.

O Japão está disposto a impulsionar as exportações de tecnologia atômica e de infraestrutura para ajudar a recuperar a sua economia. Fonte: Associated Press.

http://atarde.uol.com.br/mundo/materias ... cooperacao




Avatar do usuário
akivrx78
Sênior
Sênior
Mensagens: 6668
Registrado em: Dom Fev 08, 2009 8:16 am
Agradeceu: 118 vezes
Agradeceram: 360 vezes

Re: japão

#239 Mensagem por akivrx78 » Dom Jan 26, 2014 5:19 pm

F-35 missile work eyed with Britain

JIJI
Jan 25, 2014

The Defense Ministry may partner up with Britain to jointly develop missiles for the F-35 stealth fighter, sources said.

The collaboration would be the second enabled by the 2011 easing of Japan’s arms export ban after a deal on developing suits to protect against chemical weapons was struck last June.

The Japanese government hopes to enhance its relations with staunch U.S. ally Britain because it sees its security situation as becoming increasingly complex, the sources said.

http://www.japantimes.co.jp/news/2014/0 ... h-britain/


Imagem
Japão pretende desenvolver com os britânicos um míssil BVR para ser utilizado no F-35, o míssil AAM-4 japonês não entra no compartimento interno do F-35.




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 38480
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceu: 5868 vezes
Agradeceram: 3318 vezes

Re: japão

#240 Mensagem por FCarvalho » Dom Jan 26, 2014 11:39 pm

akivrx78 escreveu:ASDF scrambled jets against Chinese planes 287 times from April to December
JIJI, Kyodo
Jan 22, 2014
The Air Self-Defense Force scrambled aircraft against Chinese planes threatening to enter Japanese airspace a record 287 times in April-December last year, the Defense Ministry said Tuesday.
Quando eu falo que tecnologia não é tudo em defesa, e que não só precisamos, mas temos de dispor consequentemente de massa de manobra neste aspecto, principalmente para nós, que somos, e seremos sempre, nosso único apoio e esteio na hora que o negócio pegar para o nossa lado, é por causa destas coisas que digo.

Tudo muito bonito e legal falar em apoiar a BID, desenvolver P&D, fazer planos de caças de 5a G, cargueiros a jato, bldos e navios de combate, e até Nae's, mas nada disso irá valer realmente apena se não vier acompanhado, devida e equilibradamente, dos quantitativos necessários e significativos para a composição de nossa real defesa.

O Japão, que tem uma das melhores e mais bem equipadas ffaa's do extremo oriente sabe bem disso. É só verificar os números de sua defesa.

Agora, para quem acha que aqui só porque não temos ou não vislumbramos nenhum perigo eminente contra nós, que isto nos favorece em termos de investimentos em defesa, justificando a continuísmo do já pequeno e paupérrimo investimento na área, é melhor olhar outra vez.

O PAED, para quem não entendeu até agora, determina o mínimo do mínimo plausível em termos de meios e recursos que as ffaa's devem dispor para o efetivo desenvolvimento de seu trabalho. E mesmo assim ele te sido questionado por não poucas pessoas que indiferente aos trâmites das questões de defesa, continuam achando que "gastar dinheiro público comprando armas para as ffaa's" é e sempre será um desperdício. E eles normalmente não estão sozinhos em seus comentários e opiniões, por mais distorcidas que estejam.

Ou alguém acha mesmo que poderemos dizer que teremos uma defesa aérea, quando passarmos a contar com pouco mais de uma centena de caças de 4,5a G, se chegarmos a tanto, para cobrir os 13 milhões de km2 de nosso espaço aéreo? Ou que meros 30 navios irão dar conta de todos os nossos interesses no AS e além, ou que 200 CC irão compor um fator de dissuasão suficiente contra quem quer que seja? :roll:

Melhor começar a repensar as nossas idéias desde já. Ou, como de praxe, em nossa historiografia militar, nos veremos forçosamente instados a lembrar disso por outrem. :|

abs.




Carpe Diem
Responder