marcelo bahia escreveu:marcelo bahia escreveu:Quero saber se é também "uma das táticas petralhas" dizer que o Gripen NG vai ter capacidade de carga nos pilones de 7,2 toneladas quando no máximo deve ter 6 toneladas?? É também "uma das táticas petralhas" dizer que o Gripen NG vai ter hora/voo no valor de apenas 4.000,00 dólares? Que a turbina GE 414 "não é uma parte importante do avião, é apenas a parte mecânica"? Me responda aí, por favor!
Sds.
kirk escreveu:Carga dos pilones, não importa muito na equação ... como exemplo : Gripen vazio 7,5 ton + ou - 1,8 combustível interno total 9,3 toneladas ... sobram os tais 7,2 toneladas de carga externa que deverá ser dividido entre armamento, pods, tanques subalares ... lembrando que o Comte. da aeronáutica citou carga externa de 5,5 toneladas, certamente nas configurações testadas pela FAB essa foi a conclusão contando com armamentos.
Bom dia, Kirk! Um prazer!
Ok. Se for 5,5 toneladas a carga externa de armamentos do NG, então eu acredito. Mas tinha gente fazendo falsa propaganda de carga bélica de 7,2 toneladas por aí. O NG já venceu o Fx-2, não é preciso que eles nos chamem de burros com marketing barato.
kirk escreveu:Calculo de hora vôo é altamente complexo e com inúmeras variáveis ... os tais US$ 4 mil é um cálculo do Jane´s, cujos critérios e metodologia desconhecemos e serviu tão somente para efeito de comparação ... como exemplo o mesmo critério aplicado ao Rafale apurou APENAS US$ 16, 5 mil ... o senat francês em 2010 apontou para EU$ 27 mil ou US$ 36 mil (roberto - rcolistete atualizou e confirmou o valor) ...
Como não existe uniformidade na apuração da HV ... o importante é a COMPARAÇÃO, é a proporcionalidade ... o que realmente nos interessa é que entre os aviões pré-selecionados no short-list o Gripen é sem dúvida o de menor custo ... para sua informação o relatório da FAB apontou HV para o Gripen na ordem de US$ 10 mil.
Novamente concordo com você. Mas veja que US$ 10 mil é um valor muito mais realista do que US$ 4 mil.
Veja bem, Kirk. Eu sei que é algo extremamente complexo e com inúmeras variáveis. Não tenho ferramentas para fazer esse cálculo, mas posso me basear nas informações a que tenho acesso na internet, nos relatórios de outros países que analisaram a possibilidade de compra do Gripen NG e nos dados fornecidos pela própria FAB referentes aos custos de operação de outros vetores como o BH, o F-5, o M-2000 e o AMX. E nenhum deles tem custo de hora/voo total inferior aos US$ 5.000,00 dólares, nem o Black Hawk. Acho falta de honestidade da FAB divulgar esses dados da Jane's sem detalhar que tipo de análise de hora/voo foi feita e a metodologia utilizada por ela. Apenas peço à FAB coerência e ÉTICA.
Que o fabricante use esse cálculo da Jane's como peça publicitária é até aceitável, mas a FAB propagar isso em seu site oficial para tentar justificar a escolha do caça é um absurdo. É melhor ela se ater às informações críveis e às muitas qualidades do caça, que realmente existem.
Análise do mesmo Roberto sobre os custos de operação do NG a partir do relatório Suíço:
"Minha análise desses valores, a câmbio de hoje:
- apresentação da
Saab na Suíça
dizia que a hora-vôo do Gripen NG seria de CHF 10 mil (US$ 11,2 mil);
- são
CHF 102 mi (US$114 mi) por ano para operar 22 Gripen E na Suíça;
- a composição desses valores anuais é a seguinte :
CHF 21 mi (US$23,5 mi)/ano com combustível, CHF 51 mi (US$ 57,2 mi)/ano com manutenção, CHF 24 mi (US$ 26,9 mi)/ano com pessoal, CHF 6 mi (US$ 6,7 mi)/ano com operação dos imóveis (base);
- logo
a operação anual de cada Gripen E custaria CHF 4,64 mi (US$ 5,20 mi)/ano no total, ou CHF 0,955 mi (US$ 1,07 mi)/ano em combustível, CHF 2,32 mi (US$ 2,60 mi)/ano em manutenção, CHF 1,09 mi (US$ 1,22 mi)/ano em pessoal;
- usando cálculo padrão de
200 h anuais para obter o custo de hora-vôo, temos então CHF 4,77 mil (US$ 5,35 mil)/hora-vôo com combustível, CHF 11,6 mil (US$ 13,0 mil)/hora-vôo com manutenção, CHF 5,45 mil (US$ 6,11 mil)/hora-vôo com pessoal, em um sub-total de CHF 16,4 mil (US$ 18,3 mil)/hora-vôo com combustível+manutenção, ou total de CHF 21,8 mil (US$ 24,4 mil)/hora-vôo com combustível+manutenção+pessoal."
kirk escreveu:Vamos lembrar e ENTENDER em que contexto o Comte. da aeronáutica disse que o motor é uma "commodities" ... estava respondendo a pergunta de um jornalista, não especializado, e que externava a preocupação de sansões de toda a população (um jornal - não especializado - de grande circulação)
O que é commoditie ??? ... vamos dar um exemplo de fácil entendimento ... SOJA ... soja tem poucos produtores mundiais ... Brasil e USA são responsáveis por mais de 80% da produção mundial ... Argentina também produz ... e outros gatos pingados ...
Interessa ao País comprador/consumidor de onde vem a soja ??? ... NÃO INTERESSA ... soja é soja em qualquer lugar do mundo ... interessa é comprar a soja para alimentar sua população ... o mundo inteiro consome soja ...
O que quis dizer o Comte. ? ... se tivermos problema com um fornecedor ... vamos comprar de outro produtor ... UK, França, Rússia, China, Alemanha ... porém é importante frisar dois fatores :
- 1) A GE é parceira de risco do Projeto Gripen NG ... e ofereceu ao País mais que o concorrente francês ... inclusive de fabricação no Brasil de peças com maior índice de desgastes ... além do overhaull COMPLETO ... e nada disso foi oferecido pela Safran ... inclusive teríamos que enviar módulos do motor para manutenção na França.
- 2) O Brasil utiliza motores americanos a mais de 60 anos ... o KC-390 vai utilizar motores americanos (militarizados) e nunca tivemos problemas com isso ... não será agora ... se o GF tivesse quaisquer restrições a componentes americanos não permitiria que DOIS candidatos do FX-2 fossem americanos ... e um deles selecionado para o short-list, concorda?
Sds
kirk
Kirk, eu sei o que é uma commoditie.
Mas, para mim, comparar um motor de avião a uma commoditie é uma metáfora para dizer que este é um motor COMUM com peças livres de embargo, o que notadamente é uma MENTIRA!
Não podemos comparar uma turbina militarizada com turbinas militares supersônicas no
estado-da-arte como a F-414G. São muito mais sensíveis a embargos do Departamento de Estado. Dei aula de língua portuguesa a executivos da GE e, acredite em mim, eles me disseram que embargar, ou não, a reposição de peças desse tipo de motor, ou permitir o acesso ao hardware e aos softwares dessa classe especial de turbina, está além do alcance deles. É uma questão de política de Estado que nem a própria GE pode garantir. A GE não comprará uma briga com o DdeE por causa do Brasil. Se os EUA quiserem punir o Brasil por causa de alguma "petulância" nossa, farão sem pestanejar. Já fizeram antes com motores mais simples como as LM2500 da MB.
Outro absurdo foi falar em trocar o motor como se troca de roupa. Se fosse simples assim, a FAB teria trocado o motor Spey mk807 do AMX por outro que fosse mais silencioso e que não tivesse saído de produção. É muito comum mexer na estrutura da aeronave para fazer esse tipo de troca, ou será preciso encontrar um motor idêntico ao substituído. Tudo isso quer dizer atrasar um projeto, parar por período indeterminado uma aeronave se ela estiver em operação e gastar muita grana para adaptá-la ao novo motor. Se fosse possível adaptar o motor à aeronave...
Sds.