Pessoal calma, temos que realmente como disse o Marino ter calma no que colocamos aqui neste espaço virtual, para que possamos desta forma contribuir para o nível elevado da discussão, entendo que o tema do São Paulo é polêmico e causa furor. Mas não podemos nos deixarlevar somente pelas emoções, vejam o que o pessoal do Poder Naval postou sobre o assunto no link que deixo ao final do meu post.
Não sou militar, mas conheço muito bem as vantagens do Nae, inclusive já escrevi sobre isto aqui neste espaço. Mas entendo que é necessário pensar em hipóteses de conflito e uma delas que levo em conta: É a de uma eventual frota ou navios militares estrangeiros operando na nossa costa de forma ofensiva a nossa soberania em uma conjuntura política diversa atual, a qual eu não me atenho em formular, apenas apresento a questão:
" Navios estrangeiros estão na nossa costa, que meios nós temos para dissuadi-los?"
O momento histórico real mais próximo foi a crise chamada de forma imprópria de "Guerra da Lagosta", onde tivermos a presença real de um contratorpedeiro francês nas nossas 200 milhas e fora desta faixa um grupo de batalha francês completo, para nos intimidar. Isto é um fato real e histórico.
Qual foi a arma que dissuadiu os franceses, foram os P 16 Tracker que simularam ataques, armados com foguetes HVAR de 127 mm sob as asas, contra o destróier francês, nos seus rasantes noturnos iluminando o navio francês com os seus holofotes e os pegando totalmente de surpresa, mostramos que podíamos atingi-los no meio da escuridão e onde eles estivessem a grande distância da costa.
A marinha atualmente focou na arma submarina o seu meio de dissuação, mas creio que a existência de vetores aéreos capacitados a lançar modernos mísseis anti-navio são essenciais para a defesa do nosso litoral, vide o binômio Exocet - Super Etandard da Aviação Naval Argentina no já distante ano de 1982 e o que meu causa espanto e indignação é que ao estarmos prestes a adentrar 2014 o Brasil não disponha de um conjunto minimamente semelhante, uma aeronave e um míssil anti navio integrados.
Discutimos, discutimos e a verdade nua a FAB tem mísseis anti navio? O A 1 até hoje não?
O P3 Orion que todas as capacidades para isso, alguém pode confirmar se um mínimo de pacote de armas foi adquirido Harpoon ou torpedos ASW. Se foi adquirido realmente pelo menos uma lacuna foi fechada. Eu francamente não sei.
Com relação aos Skyhawks não importa qual arma usarão seja o Harpoon ou até uma versão aero-lançada de aviões do Pinguim que a Marinha esta adotando para os helis Seahawks. Mas sei que o Brasil precisa ter urgentemente este recurso. Pois senão ficaremos muito prejudicados em uma situação de crise, talvez não devemos deixar o portão destrancado enquanto esperamos a arma nacional.
Acredito que um dia o São Paulo irá ao mar e com os Skyhawks minimamente armados e os Sea Hawk será o navio de superfície mais poderoso abaixo do Equador, em todos os campos de guerra naval, defesa aérea, superfície e anti-submarino. Pois falem o que quiser, mas o caça que vier de uma base em terra terá que voar bastante sobre o mar para combater e depois sobrevivendo ainda tem que voltar, vide Mirage III vs Sea Harrier em 1982. Quanto aos submarinos enfrentar 06 helis operando Sea Hawk não é nada fácil. Por isso mesmo sem escoltas adequadas o Nae fará toda a diferença, mas para isso tem que navegar.
Aqui o link para enxurrada de criticas civis ao São Paulo
http://www.naval.com.br/blog/2013/12/26 ... sao-paulo/
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.