TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Mais bastidores:
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA), acompanhou nos últimos meses todo o processo de compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). O parlamentar, que viajou para conhecer de perto os projetos que disputavam o contrato, diz acreditar que, além do compartilhamento de tecnologia, o custo menor do sueco Gripen pesou na decisão anunciada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff.
“Num momento de restrição orçamentária como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão”, diz o parlamentar. Prometendo continuar acompanhando todo o processo de compra dos novos caças, ele afirma que o Brasil que qualquer uma das três propostas – além do Gripen, produzido pela Saab, estavam no páreo a francesa Dassault, com o Rafale, e a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet. Confira a entrevista de Pelegrino ao Poder Online:
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Como o senhor avaliou a decisão da presidente Dilma em favor do Gripen?
Foi uma boa decisão da presidente, que levou em conta uma série de estudos realizados nos últimos anos. Havia uma vantagem importante no que se refere ao custo desse caça. Tem menor custo de venda, menor custo de manutenção. Sem contar numa disposição de jogar para frente os primeiros pagamentos. Num momento de restrição orçamentária, como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão.
O senhor acha que o preço foi a chave?
Não só. Pesou muito o compartilhamento de tecnologia. Eles estavam dispostos a abrir o código-fonte da aeronave. Sem contar que abriram a possibilidade de o Brasil participar de todo esse processo de desenvolvimento da nova geração de caças.
Essa foi a maior dificuldade para o F-18?
Havia uma restrição legal nesse caso, que até foi solucionada. A Boeing até conseguiu autorização do Congresso para compartilhar tecnologia com o Brasil. Mas eles não estavam dispostos a abrir o código-fonte, que seria um avanço importante. O argumento era o de que isso era fundamental para a segurança de voo da aeronave. Mas também fizeram uma proposta competitiva.
Ainda assim, o ex-presidente Lula preferia o Rafale. Dizia que era estratégico. O senhor acha que Dilma discordava dele ou o cenário mudou de lá para cá?
O ex-presidente Lula de fato achava que a compra dos caças deveria ser usada para fortalecer a parceria estratégica com a França. Ele achava que, como já havia o projeto do submarino, esta era a melhor saída. Mas a decisão dela foi baseada em estudos conduzidos durante todo o mandato de Lula. Não contrariou o que foi feito antes. Acho que foi uma coisa de olhar da presidente. Ela considerou mais importante diversificar nossos parceiros estratégicos, firmar uma nova parceria na área de Defesa.
O senhor avalia que a crise de espionagem americana foi importante na decisão?
Eu acredito que isso teve seu peso. Mas não acho que tenha sido determinante. Foi uma escolha técnica, que levou em conta critérios estratégicos para o país. Ainda assim, qualquer uma das três propostas teria sido positiva para o Brasil. São todos bons projetos. De qualquer forma, nós vamos continuar acompanhando todo esse processo.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA), acompanhou nos últimos meses todo o processo de compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). O parlamentar, que viajou para conhecer de perto os projetos que disputavam o contrato, diz acreditar que, além do compartilhamento de tecnologia, o custo menor do sueco Gripen pesou na decisão anunciada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff.
“Num momento de restrição orçamentária como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão”, diz o parlamentar. Prometendo continuar acompanhando todo o processo de compra dos novos caças, ele afirma que o Brasil que qualquer uma das três propostas – além do Gripen, produzido pela Saab, estavam no páreo a francesa Dassault, com o Rafale, e a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet. Confira a entrevista de Pelegrino ao Poder Online:
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Como o senhor avaliou a decisão da presidente Dilma em favor do Gripen?
Foi uma boa decisão da presidente, que levou em conta uma série de estudos realizados nos últimos anos. Havia uma vantagem importante no que se refere ao custo desse caça. Tem menor custo de venda, menor custo de manutenção. Sem contar numa disposição de jogar para frente os primeiros pagamentos. Num momento de restrição orçamentária, como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão.
O senhor acha que o preço foi a chave?
Não só. Pesou muito o compartilhamento de tecnologia. Eles estavam dispostos a abrir o código-fonte da aeronave. Sem contar que abriram a possibilidade de o Brasil participar de todo esse processo de desenvolvimento da nova geração de caças.
Essa foi a maior dificuldade para o F-18?
Havia uma restrição legal nesse caso, que até foi solucionada. A Boeing até conseguiu autorização do Congresso para compartilhar tecnologia com o Brasil. Mas eles não estavam dispostos a abrir o código-fonte, que seria um avanço importante. O argumento era o de que isso era fundamental para a segurança de voo da aeronave. Mas também fizeram uma proposta competitiva.
Ainda assim, o ex-presidente Lula preferia o Rafale. Dizia que era estratégico. O senhor acha que Dilma discordava dele ou o cenário mudou de lá para cá?
O ex-presidente Lula de fato achava que a compra dos caças deveria ser usada para fortalecer a parceria estratégica com a França. Ele achava que, como já havia o projeto do submarino, esta era a melhor saída. Mas a decisão dela foi baseada em estudos conduzidos durante todo o mandato de Lula. Não contrariou o que foi feito antes. Acho que foi uma coisa de olhar da presidente. Ela considerou mais importante diversificar nossos parceiros estratégicos, firmar uma nova parceria na área de Defesa.
O senhor avalia que a crise de espionagem americana foi importante na decisão?
Eu acredito que isso teve seu peso. Mas não acho que tenha sido determinante. Foi uma escolha técnica, que levou em conta critérios estratégicos para o país. Ainda assim, qualquer uma das três propostas teria sido positiva para o Brasil. São todos bons projetos. De qualquer forma, nós vamos continuar acompanhando todo esse processo.
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Amigos, não sei se alguém já fez esta análise antes, mas, a escolha da Boeing pela Bombardier, em detrimento da Embraer, para o desenvolvimento do mini-P8, já sinalizava que a Boeing já sabia da escolha do FX-2, ou a decisão do FX-2 pelo Gripen, tem como influência o fato da escolha da Boeing pela Bombardier, além é claro da espionagem da NSA?
Será que uma coisa tem haver com a outra?
http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... a-Mini-P8/
Será que uma coisa tem haver com a outra?
http://www.defesanet.com.br/aviacao/not ... a-Mini-P8/
Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
arcanjo escreveu:FRANÇA NÃO DESISTIRÁ DE VENDER O RAFALE, DIZ HOLLANDE
Rafale é "o melhor avião" para o Brasil, diz presidente francês
[...]
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... -Hollande/
Do que eu li da entrevista coletiva mencionada no artigo, o presidente francês nunca disse que o Rafale seria ""o melhor avião" para o Brasil".Clermont escreveu:Comovente como um presidente francês que tem o mais baixo índice de aprovação na história de seu país - demonstrando que não sabe nem o que é melhor para a França - sabe "o que é melhor" para o Brasil.Rafale é "o melhor avião" para o Brasil, diz presidente francês
A versão original: "C’est vrai que le Rafale est un bon avion. Sans doute le meilleur. Et qui suppose que je le défende chaque fois que je peux et que l’entreprise Dassault fasse en sorte de proposer les meilleures conditions pour qu’il puisse être acheté. Mais il y a une séparation dans les rôles." (aliás, o Hollande tinha falado da situação do Rafale nos Emirados Árabes Unidos antes de declarar isso)
Neste trecho, Hollande descreve seu papel de presidente e sua implicação na comercialização de um produto nacional: o presidente deve defender o Rafale cada vez que ele pode e a Dassault tem que oferecer as melhores condições possíveis para fechar o negócio. Na verdade, Hollande considerou útil recordar a distinção para não ser considerado politicamente responsável do fracasso econômico.
Além disso, ele diz que o Rafale é um bom caça, sem dúvida o melhor. Claro que essa frase é uma bobagem, mas ela tem que ser entendida no seu contexto. O discurso é antes de tudo dirigido ao povo francês. O Serge Dassault é um político da direita francesa. Ele é também o diretor de vários jornais francêses. Então, cada vez que a Dassault falhou com o seu Rafale, a imprensa da esquerda (Le Monde, Libération, L’Humanité, etc.) tentou descrever o Rafale como o pior avião do mundo... com sucesso! A grande maioria dos franceses têm uma falta de conhecimento na área da defesa e acreditam nisso.* Por causa disso, o presidente tem que defender o caça principal da Armée de l’air e justificar o investimento público realizado.
Então me parece que a declaração do Hollande ("Rafale é um bom caça, sem dúvida o melhor") não tinha nada a ver com o Brasil.
Abraços e parabéns pela escolha do Gripen NG !
__________________________
* Há nesse fórum muitos foristas que reclamam dos políticos brasileiros e da falta de consideração pelos assuntos militares. Na França, alguns políticos podem, simultaneamente, criticar Dassault por causa da fabricação de material militar, protestar contra o desfile militar do 14 de julho e defender a idéia de uma intervenção militar no Mali
PS : Desculpa pelos erros. Faz muito tempo que eu não voltei para o Brasil... Saudades.
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Acredito que não sabia ainda, mas acho que foi o prego que faltava no caixão do F18.
Sds Coloradas!
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Acho que a única chance que o Rafale teria aqui por essas bandas é caso eles consigam fechar um pacote fechado de NAE e aviões para a Marinha, mas mesmo assim acho bem difícil, para o ano previsto em que o A-13 deve entrar em operação é mais provável que ele o faça com aviões desenvolvidos no pós FX2.
- Penguin
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Interessante síntese sobre o FX2 feita pelo site Defense Industry Daily:
http://www.defenseindustrydaily.com/bra ... ram-04179/
http://www.defenseindustrydaily.com/bra ... ram-04179/
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
O ano que vem vai ser muito interessante ...
- Copa do Mundo
- Chegada dos Gripens C/D
- First Flight do KC-390
- Contratos do Gripen-BR + Fornecedores
- Unidade de Montagem Embraer / Saab
- Fábrica de Estruturas em SBC
- A-1Ms e A-4Ms saindo da Embraer
- R-99 Modernizados
ALGUÉM BOM DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA ...
Poderiam fazer uma Imagem com um esquadrão voando contendo Gripens-BR, AMXs, F-5Ms, Super Tucanos e R-99 capitaneados por KC-390 ... vai ser uma imagem muito show de se ver ... orgulho ...
Sds
kirk
- Copa do Mundo
- Chegada dos Gripens C/D
- First Flight do KC-390
- Contratos do Gripen-BR + Fornecedores
- Unidade de Montagem Embraer / Saab
- Fábrica de Estruturas em SBC
- A-1Ms e A-4Ms saindo da Embraer
- R-99 Modernizados
ALGUÉM BOM DE COMPUTAÇÃO GRÁFICA ...
Poderiam fazer uma Imagem com um esquadrão voando contendo Gripens-BR, AMXs, F-5Ms, Super Tucanos e R-99 capitaneados por KC-390 ... vai ser uma imagem muito show de se ver ... orgulho ...
Sds
kirk
[] kirk
Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Li uma declaração interessante hoje: Nos contentamos em falar bem do nosso avião, e não mau dos outros.
Pra mim, isso mostra bem pq a França fracassou de maneira gigantesca no Brasil.
Pra mim, isso mostra bem pq a França fracassou de maneira gigantesca no Brasil.
- arcanjo
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
23/12/2013
Brasil e França depois do FX2
By Vinicius Castro
A escolha soberana, pelo Brasil, do caça sueco Gripen, no contexto do processo FX2, -poderá ter feito com que muita gente não perceba os benefícios, para o Brasil, das nossas parcerias com a França, tão evidentes durante a visita de Estado do presidente François Hollande, que esteve em Brasília e em São Paulo nos dias 12 e 13 de dezembro.
Desde 2006, quando a Parceria Estratégica Brasil-França foi lançada, acumulamos realizações. No ano de 2013, inauguramos o Estaleiro Naval de Itaguaí, onde o Brasil está construindo, em parceria entre a Marinha, a Odebrecht e a empresa francesa DCNS, quatro submarinos convencionais e um a propulsão nuclear. Trata-se do maior projeto de capacitação industrial e tecnológica da história da indústria de defesa brasileira.
“O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Pro-Sub) garante a transferência de tecnologia e a nacionalização de processos produtivos, o que coincide com a essência da nossa estratégia nacional de defesa”, conforme frisou a presidenta Dilma Rousseff em sua entrevista coletiva com o presidente Hollande.
O ano também foi marcado pelo bem-sucedido voo de dois meses antes do prazo previsto, do primeiro helicóptero Super-Cougar (EC725) totalmente produzido na fábrica da Helibras, em Itajubá, no âmbito do programa H-XBR. Em tomo da Helibras, com transferência de tecnologia da Airbus-Eurocopter, consolida-se o segundo polo aeronáutico do Brasil, além do de São José dos Campos.
No encontro mais recente entre os dois presidentes, foram lançados novos programas conjuntos. Entre os dez atos assinados no Palácio do Planalto, destacam-se os acordos nos campos de supercomputação, espaço, energia nuclear, indústria naval e formação de pessoal.
O programa que gera perspectivas mais positivas para a capacitação tecnológica brasileira talvez seja o de área de computação de alto desempenho. Prevê-se parceria entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Coppe e a empresa francesa Buli para a montagem e operação de um supercomputador e de dois centros de pesquisa, transferindo para o Brasil tecnologia hoje restrita a um punhado de países. Universidades, empresas nacionais e centros de pesquisa terão acesso ireto a essa capacidade, logrando rodar programas e simulações antes inacessíveis.
A empresa brasileira Visiona, empreendimento conjunto da Embraer e da Telebras, assinou contrato com a empresa francesa Thales, para o fornecimento do primeiro satélite geoestacionário de defesa e comunicação (SGDC) do Brasil, de uso civil e militar. Com isso, o Brasil garante a segurança das suas comunicações estratégicas, antes terceirizadas para satélites operados por grupo estrangeiro. É apenas o primeiro passo para a instalação no Brasil, em parceria com a França, da capacidade de construir satélites de telecomunicações os mais sofisticados, e para novos projetos na indústria espacial.
A Eletrobrás também celebrou com a empresa francesa Areva, sucessora da alemã Siemens no domínio da energia nuclear, contrato para o término da Usina de Angra III, de 1,25 megawatts.
A Odebrecht e a DCNS assinaram memorando para instalar no Brasil uma empresa estratégica de defesa, com controle brasileiro, para construir e reparar navios de superfície, aprofundando a parceria naval iniciada com o ProSub.
O aprofundamento da cooperação do Ministério da Educação com seus contrapartes franceses, no âmbito dos programas Ciência sem Fronteiras, Licenciatura sem Frontei-ras e Francês sem Fronteiras, garante que a França continuará a ser o principal parceiro do Brasil na formação de engenheiros, cientistas, matemáticos e, mais recentemente, professores do ensino médio e profissional.
Já há mais de 500 empresas francesas estabelecidas no Brasil, inclusive as construtoras de automóveis PSA e Renault (que está inaugurando nova fábrica em Resende); a Total e a Technip, parceiras da Petrobrás no desenvolvimento das reservas do pré-sal; e o gigante da distribuição Casino, que depois da aquisição do Grupo Pão de Açúcar se tornou o maior empregador do Brasil. Para que novas empresas brasileiras, sobretudo pequenas e médias, tenham a oportunidade de negociar novas parcerias com suas contrapartes francesas, lançamos o Fórum Econômico Brasil-França.
A conjugação do dinamismo do Brasil com a tecnologia da França beneficia os dois países e acelera o desenvolvimento brasileiro. O objetivo brasileiro não é meramente comprar, mas aperfeiçoar a capacidade de construir e inovar. O objetivo francês não é meramente vender, mas celebrar parcerias que aumentem a escala de sua indústria e permitam que ela sè mantenha na vanguarda mundial. No século 21, o Brasil está superando o atraso acumulado das nossas indústrias e instituições de pesquisa, dando
verdadeiros saltos tecnológicos. Entre os países que estão na vanguarda científica, é com a França que mantemos a parceria mais diversificada e mais profunda.
É normal que a França, justamente orgulhosa do seu “savoir-faire”, fique decepcionada com o resultado do FX2, que optou não pelo avião mais sofisticado, mas pelo mais adequado de acordo com os parâmetros decididos pelo governo brasileiro. Para que tenhamos uma ideia de como os franceses se sentem, podemos lembrar como nós, brasileiros, nos sentimos na final da Copa de 1998. Assim como o Brasil não ganha todas as Copas, a França não ganha todas as concorrências internacionais.
Mas outras competições virão, e a amizade tradicional e a complementaridade natural entre Brasil e França trarão novas conquistas para os dois países.
Fonte: O Estado de São Paulo – José Maurício Bustani
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=34993
abraços
arcanjo
Brasil e França depois do FX2
By Vinicius Castro
A escolha soberana, pelo Brasil, do caça sueco Gripen, no contexto do processo FX2, -poderá ter feito com que muita gente não perceba os benefícios, para o Brasil, das nossas parcerias com a França, tão evidentes durante a visita de Estado do presidente François Hollande, que esteve em Brasília e em São Paulo nos dias 12 e 13 de dezembro.
Desde 2006, quando a Parceria Estratégica Brasil-França foi lançada, acumulamos realizações. No ano de 2013, inauguramos o Estaleiro Naval de Itaguaí, onde o Brasil está construindo, em parceria entre a Marinha, a Odebrecht e a empresa francesa DCNS, quatro submarinos convencionais e um a propulsão nuclear. Trata-se do maior projeto de capacitação industrial e tecnológica da história da indústria de defesa brasileira.
“O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Pro-Sub) garante a transferência de tecnologia e a nacionalização de processos produtivos, o que coincide com a essência da nossa estratégia nacional de defesa”, conforme frisou a presidenta Dilma Rousseff em sua entrevista coletiva com o presidente Hollande.
O ano também foi marcado pelo bem-sucedido voo de dois meses antes do prazo previsto, do primeiro helicóptero Super-Cougar (EC725) totalmente produzido na fábrica da Helibras, em Itajubá, no âmbito do programa H-XBR. Em tomo da Helibras, com transferência de tecnologia da Airbus-Eurocopter, consolida-se o segundo polo aeronáutico do Brasil, além do de São José dos Campos.
No encontro mais recente entre os dois presidentes, foram lançados novos programas conjuntos. Entre os dez atos assinados no Palácio do Planalto, destacam-se os acordos nos campos de supercomputação, espaço, energia nuclear, indústria naval e formação de pessoal.
O programa que gera perspectivas mais positivas para a capacitação tecnológica brasileira talvez seja o de área de computação de alto desempenho. Prevê-se parceria entre o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Coppe e a empresa francesa Buli para a montagem e operação de um supercomputador e de dois centros de pesquisa, transferindo para o Brasil tecnologia hoje restrita a um punhado de países. Universidades, empresas nacionais e centros de pesquisa terão acesso ireto a essa capacidade, logrando rodar programas e simulações antes inacessíveis.
A empresa brasileira Visiona, empreendimento conjunto da Embraer e da Telebras, assinou contrato com a empresa francesa Thales, para o fornecimento do primeiro satélite geoestacionário de defesa e comunicação (SGDC) do Brasil, de uso civil e militar. Com isso, o Brasil garante a segurança das suas comunicações estratégicas, antes terceirizadas para satélites operados por grupo estrangeiro. É apenas o primeiro passo para a instalação no Brasil, em parceria com a França, da capacidade de construir satélites de telecomunicações os mais sofisticados, e para novos projetos na indústria espacial.
A Eletrobrás também celebrou com a empresa francesa Areva, sucessora da alemã Siemens no domínio da energia nuclear, contrato para o término da Usina de Angra III, de 1,25 megawatts.
A Odebrecht e a DCNS assinaram memorando para instalar no Brasil uma empresa estratégica de defesa, com controle brasileiro, para construir e reparar navios de superfície, aprofundando a parceria naval iniciada com o ProSub.
O aprofundamento da cooperação do Ministério da Educação com seus contrapartes franceses, no âmbito dos programas Ciência sem Fronteiras, Licenciatura sem Frontei-ras e Francês sem Fronteiras, garante que a França continuará a ser o principal parceiro do Brasil na formação de engenheiros, cientistas, matemáticos e, mais recentemente, professores do ensino médio e profissional.
Já há mais de 500 empresas francesas estabelecidas no Brasil, inclusive as construtoras de automóveis PSA e Renault (que está inaugurando nova fábrica em Resende); a Total e a Technip, parceiras da Petrobrás no desenvolvimento das reservas do pré-sal; e o gigante da distribuição Casino, que depois da aquisição do Grupo Pão de Açúcar se tornou o maior empregador do Brasil. Para que novas empresas brasileiras, sobretudo pequenas e médias, tenham a oportunidade de negociar novas parcerias com suas contrapartes francesas, lançamos o Fórum Econômico Brasil-França.
A conjugação do dinamismo do Brasil com a tecnologia da França beneficia os dois países e acelera o desenvolvimento brasileiro. O objetivo brasileiro não é meramente comprar, mas aperfeiçoar a capacidade de construir e inovar. O objetivo francês não é meramente vender, mas celebrar parcerias que aumentem a escala de sua indústria e permitam que ela sè mantenha na vanguarda mundial. No século 21, o Brasil está superando o atraso acumulado das nossas indústrias e instituições de pesquisa, dando
verdadeiros saltos tecnológicos. Entre os países que estão na vanguarda científica, é com a França que mantemos a parceria mais diversificada e mais profunda.
É normal que a França, justamente orgulhosa do seu “savoir-faire”, fique decepcionada com o resultado do FX2, que optou não pelo avião mais sofisticado, mas pelo mais adequado de acordo com os parâmetros decididos pelo governo brasileiro. Para que tenhamos uma ideia de como os franceses se sentem, podemos lembrar como nós, brasileiros, nos sentimos na final da Copa de 1998. Assim como o Brasil não ganha todas as Copas, a França não ganha todas as concorrências internacionais.
Mas outras competições virão, e a amizade tradicional e a complementaridade natural entre Brasil e França trarão novas conquistas para os dois países.
Fonte: O Estado de São Paulo – José Maurício Bustani
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
suntsé escreveu:Estes franceses são patéticos, toscos mesmo. Os EUA tem mais senso de auto-critica do que eles. Os EUA reconheceram que o caso Snowden prejudicou os EUA no caso do FX-2. Mas a frança não sabe reconhecer as boladas nas costas que deram no Brasil em diversas ocasiões, principalmente na questão iraniana.Clermont escreveu: Comovente como um presidente francês que tem o mais baixo índice de aprovação na história de seu país - demonstrando que não sabe nem o que é melhor para a França - sabe "o que é melhor" para o Brasil.
Talharimmmm!!!
Onde está Talharim? Onde está o "Flagelo dos Franceses"?
Venha e demonstre a esta patética criatura gaulesa toda extensão de nosso desagrado!
Grande parceria
Amigos
Eu sinceramente fiquei muito contente pelo termino desta novela, e se o Gripen não era o meu preferido, convenhamos que politicamente é o mais conveniente, além de ser um ótimo avião.
Se os EUA fracassaram por causa do caso de espionagem politica e industrial, a recusa em comprar o modelo francês, não vem da questão iraniana como alguns imaginam.
Leiam com atenção as noticias veiculadas no jornal A Folha de SP, quando nas entrelinhas informa que a MB estaria descontente com certo equipamento frances. Não, não é o submarino e nem o São Paulo. É um equipamento rejeitado pela propria presidente....
Abaços
Hélio
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Estas falando do EC-725 Hélio ??? ... porque a MB ??? poderia nos esclarecer melhor sua leitura das entrelinhas ???
obrigado
kirk
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kirk
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
O Embaixador foi brilhante em sua defesa da França ... porém pisou no tomate no final da entrevista ao dizer:
- ... que optou não pelo avião mais sofisticado, mas pelo mais adequado de acordo com os parâmetros decididos pelo governo brasileiro.
Penso que o Embaixador não tenha base acadêmica para essa sentença ... pior, colocou em questão a análise de mais de 70 Oficiais, técnicos, engenheiros e pilotos da Força Aérea Brasileira ... como esse Senhor pode classificar a nível de sofisticação de uma ou outra aeronave ???
Ademais, municia ainda mais os resmungos da Dassault ... estão vendo, seu próprio Embaixador concorda que a aeronave escolhida pelo Brasil e menos sofisticada e consequentemente menos capaz ...
A França é o único País do mundo que não tem o DIREITO de reclamar quaisquer decisão brasileira, somos seu MAIOR comprador de armas ... Helis, Submarinos, satélite militar ...
A nota da Dassault foi muito infeliz, deselegante e amadora ... na minha visão é como que se caísse a MASCARA da Dassault ... naquela nota podemos perceber bem o caráter das pessoas do qual quase nos associamos ...
Sds
kirk
- ... que optou não pelo avião mais sofisticado, mas pelo mais adequado de acordo com os parâmetros decididos pelo governo brasileiro.
Penso que o Embaixador não tenha base acadêmica para essa sentença ... pior, colocou em questão a análise de mais de 70 Oficiais, técnicos, engenheiros e pilotos da Força Aérea Brasileira ... como esse Senhor pode classificar a nível de sofisticação de uma ou outra aeronave ???
Ademais, municia ainda mais os resmungos da Dassault ... estão vendo, seu próprio Embaixador concorda que a aeronave escolhida pelo Brasil e menos sofisticada e consequentemente menos capaz ...
A França é o único País do mundo que não tem o DIREITO de reclamar quaisquer decisão brasileira, somos seu MAIOR comprador de armas ... Helis, Submarinos, satélite militar ...
A nota da Dassault foi muito infeliz, deselegante e amadora ... na minha visão é como que se caísse a MASCARA da Dassault ... naquela nota podemos perceber bem o caráter das pessoas do qual quase nos associamos ...
Sds
kirk
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Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.
“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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- Mapinguari
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Caramba!
Fiquei surpreso de ver que, até hoje, quase 5.000 páginas depois, ainda tem gente argumentando que Gripen NG não existe...
Bola pra frente pessoal! O F-X2 é o Gripen NG!
Que venham! Super Hornet está fora e Rafale também.
Só duas coisas: o que tirou o Super Hornet da disputa não foi a espionagem em si (todo mundo sabe que os EUA espionam todo mundo), mas a resposta "xôxa" que o Obama deu à Dilma, bem diferente dos salamaleques com a Angela Merkel, quando descobriu-se que ela também foi espionada. E Dilma ainda deu a chance para Obama dizer que lamentava muito, que era brasileiro desde moleque e que isso nunca poderia acontecer com dois países "irmãos" como Brasil e EUA. Aí, era só cortar uma cabeça na NSA que o contrato seria da Boeing. Dilma iria anunciar na visita aos Estados Unidos. Na Boeing o pessoal está odiando Obama...
Quanto ao Rafale, o prego que faltava no caixão do defunto foi a visita de Hollande a Lula, coisa que Dilma abominou. Ela disse "na lata" do Hollande, que não compraria Rafale. Ponto final...
Fiquei surpreso de ver que, até hoje, quase 5.000 páginas depois, ainda tem gente argumentando que Gripen NG não existe...
Bola pra frente pessoal! O F-X2 é o Gripen NG!
Que venham! Super Hornet está fora e Rafale também.
Só duas coisas: o que tirou o Super Hornet da disputa não foi a espionagem em si (todo mundo sabe que os EUA espionam todo mundo), mas a resposta "xôxa" que o Obama deu à Dilma, bem diferente dos salamaleques com a Angela Merkel, quando descobriu-se que ela também foi espionada. E Dilma ainda deu a chance para Obama dizer que lamentava muito, que era brasileiro desde moleque e que isso nunca poderia acontecer com dois países "irmãos" como Brasil e EUA. Aí, era só cortar uma cabeça na NSA que o contrato seria da Boeing. Dilma iria anunciar na visita aos Estados Unidos. Na Boeing o pessoal está odiando Obama...
Quanto ao Rafale, o prego que faltava no caixão do defunto foi a visita de Hollande a Lula, coisa que Dilma abominou. Ela disse "na lata" do Hollande, que não compraria Rafale. Ponto final...
Mapinguari
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
A jaca do EC725 foi enfiada goela abaixo das FAs por questões políticas (ou politicagem). A FAB já havia decidido que seu heli médio seria o Black Hawk. A MB também... Só faltava o EB decidir. Aí, veio o Lulá e o Jobã e empurram essa trosoba francesa...helio escreveu:suntsé escreveu: Estes franceses são patéticos, toscos mesmo. Os EUA tem mais senso de auto-critica do que eles. Os EUA reconheceram que o caso Snowden prejudicou os EUA no caso do FX-2. Mas a frança não sabe reconhecer as boladas nas costas que deram no Brasil em diversas ocasiões, principalmente na questão iraniana.
Grande parceria
Amigos
Eu sinceramente fiquei muito contente pelo termino desta novela, e se o Gripen não era o meu preferido, convenhamos que politicamente é o mais conveniente, além de ser um ótimo avião.
Se os EUA fracassaram por causa do caso de espionagem politica e industrial, a recusa em comprar o modelo francês, não vem da questão iraniana como alguns imaginam.
Leiam com atenção as noticias veiculadas no jornal A Folha de SP, quando nas entrelinhas informa que a MB estaria descontente com certo equipamento frances. Não, não é o submarino e nem o São Paulo. É um equipamento rejeitado pela propria presidente....
Abaços
Hélio
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Se fosse para pegar um heli caro e que seja Francês, porque não pegaram o NH-90? Sairia mais barato que o EC-725 e ainda teríamos um heli mais capaz.