Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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FCarvalho
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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#166 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 20, 2013 10:20 am

papagaio escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Ponto interessante de ser falado é que, à exceção de alguns poucos, a imprensa em geral me pareceu nitidamente a favor da compra. Aliás, muitas vezes criticando a demora na decisão. Também não houve reação contrária de "formadores de opinião". Claro que haverá os contrários. Democracia é isso. Mas confesso que fiquei satisfeito com a repercussão muito mais positiva do que eu esperava.
Na página do jornal O Globo de hoje, a pesquisa do dia, com votação pelos leitores, é se o governo fez a escolha correta referente a compra do Gripen.
Resultado desta minuto.
58% são favoráveis a escolha do Gripen.
2% preferiam o Rfale.
15% preferiam o F-18.
25% acham que o Brasil não deveria gastar dinheiro com a compra de caças.
Abs,
As coisas estão mudando, mas nem tanto assim, e nem no ritmo que seria ideal. Mas só o fato de não ter mais de 50% reclamando que não devia comprar nada, como há alguns anos atrás, já é uma baita vitória.

abs.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#167 Mensagem por Petry » Sex Dez 20, 2013 10:30 am

O negócio é esperar mais um pouco. Eu acho que haverão novos protestos como os que ocorreram neste ano. Pode ter certeza que aí essa compra pode entrar no bolo e sua rejeição aumentar.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#168 Mensagem por Penguin » Sex Dez 20, 2013 10:45 am

Marino escreveu:
Arnaud Gribel escreveu:Ow...a Embraer se fo... mesmo, né não?
O que eu e Hader falávamos mesmo?

FSP, 20/12
Caça sueco será montado na Embraer, diz FAB

A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou que a Embraer será a empresa na qual o caça sueco Gripen será montado no país, a partir do momento em que sua linha de produção brasileira estiver estabelecida.

"A gente vai ter o domínio do conhecimento necessário para fazer integrações [de sistemas do avião]", afirma o brigadeiro José Augusto Crepaldi Affonso, gerente do projeto na FAB e responsável pelo contrato com a Saab que foi anunciado anteontem.

O governo vai comprar, por US$ 4,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões), 36 unidades do avião.

O contrato deve ser assinado até dezembro de 2014. Os primeiros aviões chegam em 2016. A previsão é que a partir da quinta aeronave, todas sejam montadas no Brasil.

Apesar de ser a escolha natural, visto que a Embraer é a maior empresa aeronáutica brasileira, havia especulações sobre o papel que as instalações da Saab em São Bernardo do Campo teriam no processo, devido ao lobby do prefeito Luiz Marinho (PT).

Ligado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Marinho sonha com um polo aeroespacial no ABC paulista, semelhante ao existente ao redor da sede da Embraer, em São José dos Campos (SP).

Isso dificilmente deverá acontecer, e a fábrica prevista de US$ 150 milhões na cidade fará parte das asas do avião, que serão enviadas para montagem provavelmente na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP).

O processo condiz com a prática da Saab. O modelo atual do Gripen, a versão C/D, tem suas partes principais fornecidas por não menos que seis países. Um deles, a África do Sul, entrou na jogada por ter comprado 26 caças.

O caso brasileiro é inédito para os suecos, já que a linha sairá da gelada Linköping (pronuncia-se "linchôpin").

A nacionalização será progressiva, a depender da capacidade de absorção da indústria nacional, e está prevista em 40% do avião todo em sua última unidade entregue.

A responsável por essa montagem será a Akaer, empresa de São José que há quatro anos teve 15% comprados pela Saab. A empresa prevê a criação de 1.800 empregos, num universo de 25 mil da indústria aeronáutica local.

Nas derradeiras unidades, há a expectativa que partes sofisticadas, como controles digitais do avião, sejam da AEL (empresa gaúcha controlada pela israelense Elbit).

Mais importante, o plano é que todo o conhecimento de integração de sistemas tenha sido repassado para o Brasil.

Isso começa com um "rig", espécie de simulador de todos os componentes digitais e eletrônicos do avião, que capacitará técnicos da FAB e da Embraer a fazer suas próprias programações.

Imagem




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#169 Mensagem por Penguin » Sex Dez 20, 2013 10:49 am

ESTADÃO, 20/12

'Propriedade intelectual sobre aeronave foi determinante'

Entrevista: Juniti Salto, comandante da Aeronáutica

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, comemorou com o Alto Comando da Força Aérea a decisão da presidente Dilma Rousseff, anunciada anteontem, de comprar o caça sueco Gripen NG, depois de o processo se arrastar por quase duas décadas.

O senhor nunca perdeu a esperança, mesmo depois de tanto tempo e adiamentos?

As pessoas me questionavam muito. Eu era o único que não podia perder a esperança. Mas a medida que o tempo ia passando, a gente ficava sem saber o que dizer, embora a presidenta Dilma, desde o ano passado, tivesse avisado que este ano tomaria uma decisão. A expectativa era muito grande e agora estamos muito felizes. Será a primeira vez, depois de 40 anos, que vamos comprar um avião novo.

O Brasil vai ficar vulnerável neste período que não teremos caça em operação?

Não. O Brasil não vai ficar vulnerável de jeito nenhum. Vamos ter a Copa do Mundo de futebol e este e todos os eventos serão cobertos e protegidos, a contento, tanto com o F-5 quanto pelos Super tucanos, além dos aviões radares. E claro que o F-5 não é o avião ideal. Mas nós vamos fazer a defesa aérea do País com ele. E o avião que temos.

A Dassault critica a decisão dizendo que o avião dela é melhor. E há críticas de vários setores que o Gripen é monomotor e os demais bimotores.

Todo mundo diz que o seu é melhor. E ser monomotor tem vantagens e desvantagens. Dois motores são mais fáceis de serem detectados pelos radares. O F-16, americano, um dos melhores aviões do mundo, foi muito testado, vendeu mais de quatro mil unidades, e é monomotor.

O preço foi determinante?

O preço não foi determinante. Foi importante. Assim como a transferência de tecnologia foi importantíssima também. Uma coisa é você transferir tecnologia de um equipamento pronto, onde você recebe explicações sobre o que foi feito. Outra coisa é você desenvolver o avião e ter a propriedade intelectual dele.

O Brasil poderá vender o avião para outros países?

Na proposta ficou estabelecido que todo o mercado da América do Sul, África e outros países onde o Brasil tenha penetração as vendas serão nossas.

Há críticas de que o Gripen não tem capacidade para fazer a cobertura do País, porque ele foi projetado para voar em países pequenos, como a Suécia, e não tem autonomia para voar em país continental como o Brasil?

Isso é coisa de pessoa que não entende. O raio de ação do Gripen é igual ao dos outros dois. Ele vai cumprir a missão e vai voltar. E todos os aviões podem ser abastecidos em voo. A FAB tem um grande poder de mobilização e todos os nossos aviões têm múltiplo emprego.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#170 Mensagem por Vinicius Pimenta » Sex Dez 20, 2013 1:03 pm

papagaio escreveu:
Vinicius Pimenta escreveu:Ponto interessante de ser falado é que, à exceção de alguns poucos, a imprensa em geral me pareceu nitidamente a favor da compra. Aliás, muitas vezes criticando a demora na decisão. Também não houve reação contrária de "formadores de opinião". Claro que haverá os contrários. Democracia é isso. Mas confesso que fiquei satisfeito com a repercussão muito mais positiva do que eu esperava.
Na página do jornal O Globo de hoje, a pesquisa do dia, com votação pelos leitores, é se o governo fez a escolha correta referente a compra do Gripen.
Resultado desta minuto.
58% são favoráveis a escolha do Gripen.
2% preferiam o Rfale.
15% preferiam o F-18.
25% acham que o Brasil não deveria gastar dinheiro com a compra de caças.
Abs,
75% de aprovação à compra? Isso é mais HISTÓRICO do que a compra dos caças em si.

Claro, é preciso analisar com cautela, porque enquete não tem valor estatístico, não é por amostragem. É natural que boa parte dos votantes seja interessado na área. De qualquer maneira, é animador.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#171 Mensagem por Bourne » Sex Dez 20, 2013 1:09 pm

A imprensa não importa. Não sabem nada ou o suficiente para criticar ou apoiar. Isso nunca foi o problema para decidir o FX, mas sim orçamentário e político.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#172 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 20, 2013 3:05 pm

Duas questões a se pensar: CFT's e Empuxo Vetorado para os caças da FAB?

http://www.aereo.jor.br/wp-content/uploads/2010/04/Gripen-CFT.jpg

abs.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#173 Mensagem por gabriel219 » Sex Dez 20, 2013 3:52 pm

Se for feito o uso de empuxo vetorial, os canards podem ser removidos e teremos uma diminuição na taxa de RCS.

Os CFT's também são excelentes.

Motores com essa capacidade disponíveis (???) são os EJ2X0 (meu favorito) e o RD-33MK.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#174 Mensagem por gabriel219 » Sex Dez 20, 2013 4:33 pm





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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#175 Mensagem por Justin Case » Sex Dez 20, 2013 4:51 pm

LeandroGCard escreveu:
Justin Case escreveu:O Brasil decidiu associar-se a um Projeto, com objetivos determinados. Não foi opção simples pela compra de um caça temporário, no meu entender.
Abraço,

Justin
Será que foi isso mesmo? Certeza absoluta? Ou será que a coisa é bem mais pé-no-chão?

Como o Gripen também era a proposta mais barata por boa margem e é de todos os candidatos o que tem o menor custo operacional, como saber se na verdade o GF simplesmente não escolheu o mais "baratinho" que podia para encerrar um assunto que já estava se tornando incômodo com a mínima possibilidade de críticas possível?

Lembre-se de que qualquer transferência de tecnologia com o programa do Gripen NG só fará sentido se for para o Brasil desenvolver aviões de combate supersônicos nacionais em curto prazo de tempo, pois nos demais setores aeronáuticos a Embraer já está muita frente da SAAB (era mais fácil eles virem adquirir a NOSSA tecnologia) e se for demorar (eu diria 5 anos no máximo) as tecnologias envolvidas com o Gripen, mesmo na versão NG, já estarão completamente obsoletas pois a quinta geração já está aí. Sem mencionar a quantidade de tecnologias contidas no Gripen que sequer são de domínio sueco.

Ou seja, se muito em breve não começarmos a ouvir falar de um sério planejamento da FAB para colocar em operação uma quantidade "nunca vista antes na história deste país" de caças modernos (pois a escala de produção será um dos principais fatores para viabilizar qualquer desenvolvimento novo e a suécio pode garantir apenas uma quantidade pequena de aviães também), qualquer transferência de tecnologia neste programa FX terá sido no máximo redundante (e mais provavelmente desperdício inútil), e ficará evidente que a questão principal foi mesmo o preço.

Ou então pura e simples picuinha política, não aceitando o preço do Rafale e as posições francesas contra o Brasil na diplomacia internacional, ou a espionagem americana até das comunicações pessoais da presidnte. Resumindo, existem muitos motivos possíveis para a escolha ter sido feita agora quando já nem se esperava mais e o selecionado ter sido o Gripen, e qualquer pretensão de desenvolver um caça com participação nacional nem sequer é uma das razões mais prováveis.


Leandro G. Card
Boa tarde, Leandro.

Concordo com você em muitos aspectos, mas tenho algumas observações.
1. Eu não tenho certeza dos motivos que levaram à escolha do Gripen NG, principalmente porque todos sabem que minha convicção era de que a oferta do Rafale seria mais interessante.
2. Continuo achando que a decisão pelo Gripen envolve um casamento mais longo e não apenas uma solução barata e de curto período. Veja, por exemplo, a reportagem recente sobre a construção de uma fábrica em São Bernardo, que daria emprego a 5.600 funcionários, com o objetivo de montar as aeronaves (com exceção das primeiras que já viriam prontas da Suécia). É lógico concluir que isto só pode ser um projeto de offset, que não estaria sendo suportado pelo contrato de fornecimento principal, aquele dito de 4,5 bilhões de dólares. Projetos de offset, conforme a regra governamental, não podem onerar o contrato principal. A infraestrutura e a capacitação têm que vir de outras fontes de recursos. Alguém apresentou um plano de negócio para essa atividade. Pode ser uma prefeitura cedendo terreno, empresários investindo PARA RECUPERAR DEPOIS. Ninguém investiria tanto apenas para montar duas dezenas de aviões (em torno de dois anos, segundo a cadência prevista). Certamente o investidor espera que existam muitos lotes posteriores e trabalho para muito tempo. Não poderia ser apenas uma compra de oportunidade.
3. Quanto à capacidade da Embraer, comparada com a da SAAB:
Em vários aspectos industriais, talvez na maioria, a Embraer tem maior desenvoltura do que a SAAB. Montagem, gestão de projeto, "supply chain" podem ser exemplos. No que tange ao conhecimento necessário para que seja desenvolvido um avião de caça supersônico, por outro lado, certamente a Embraer ainda está "crua". Em termos de comandos de voo, por exemplo, a Embraer nunca projetou um avião "instável" (apenas aviões com aerodinâmica convencional). O mesmo ocorre com todos os aspectos de aerodinâmica supersônica. Quanto a algumas características de caças de quinta geração, como a furtividade, a Embraer engatinha e SAAB apenas anda, distanciada dos líderes.
No final, concordamos com quase tudo.
Como você diz, pode ser que o fator determinante para a decisão tenha sido apenas o preço prometido. No entanto, embarcamos em um projeto de longo prazo. Se o problema fosse apenas o preço, 18 Rafales ou 18 Super Hornets teriam resolvido o problema operacional até 2025 de forma mais rápida e por um custo bem menor. Mas isso agora já é história.
Abraço,

Justin




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#176 Mensagem por Bourne » Sex Dez 20, 2013 4:59 pm

gabriel219 escreveu:Se for feito o uso de empuxo vetorial, os canards podem ser removidos e teremos uma diminuição na taxa de RCS.

Os CFT's também são excelentes.

Motores com essa capacidade disponíveis (???) são os EJ2X0 (meu favorito) e o RD-33MK.
Imagem

São só 36 unidades com participação da embraer.

A principio não é fazer uma modificação tão radical que vira outra coisa e alguém vai pagar. Só a mudança de motor é um custo brutal. Tanto que continua o General Elétrico do grande satã empurrando. Mudar asa e qualquer coisa é outra desgraça de tempo e custo.

Lá por 2020 se descido o que fazer.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#177 Mensagem por gabriel219 » Sex Dez 20, 2013 5:03 pm

Não estou dizendo que devíamos fazer isso, só estou falando de podemos fazer isso baseado no que o FC escreveu.




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#178 Mensagem por Wolfgang » Sex Dez 20, 2013 5:24 pm

Alguém tem acompanhando nos outros fóruns de defesa da Am. do Sul as repercussões do desfecho do F-X?




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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#179 Mensagem por Carlos Lima » Sex Dez 20, 2013 5:53 pm

Essa matéria tem alguns pontos importantes a serem considerados...
Projeto escreveu:Achei uma ótima análise:

Brazil’s Gamble on Gripen Offsets

(Source: Defense-Aerospace.com; published Dec. 20, 2013)


By Giovanni de Briganti



PARIS --- If the rampant triumphalism of former French President Nicolas Sarkozy finally proved as catastrophic to Rafale’s chances in Brazil as it did in the United Arab Emirates, it cannot alone explain why Brazil dropped its long-standing preference for a twin-engined fighter to go for the low-cost, single-engined option. The reasons, unsurprisingly, have nothing to do with military requirements or with aircraft performance.

Sarkozy’s brashness, and his complete ignorance of diplomatic niceties, convinced him that both countries had committed to Rafale just because their leaders hadn’t refused his offers point-blank, and had not publicly contradicted his wildly optimistic claims. Moreover, Sarkozy had ruffled so many Brazilian feathers that lame-duck former President Luiz Inacio Lula da Silva felt unable to sign a Rafale contract before leaving office, and passed the decision to his more skeptical successor, Dilma Roussef.

A left-wing trade unionist who had a very bad time under Brazil’s military dictatorship, Roussef has little time for the military in general, and would have been quite content to let the FX-2 fighter competition wither quietly away. However, air force commander Gen. Juniti Saito has been repeating since the summer that Brazil’s dozen ex-French air force Mirage 2000C fighters, that he says are too old to keep flying, must be retired. Coincidentally, they will in fact be officially retired today, Dec. 20.

Saito, incidentally, is no fan of the French, and given the Mirage 2000’s robust airframe and engine he may well have painted a blacker picture than their condition really warrants, just to get a new fighter buy rolling. Saito, incidentally, has been air force commander since 2007 -- an abnormally long time to hold such a position -- and shows no sign of relinquishing it.

Roussef is no fan of the US, either, which at the time backed the military dictatorship, but was tilting towards the Super Hornet when the NSA spying scandal broke. This caused her to abruptly cancel an official visit to Washington, and is widely interpreted as having killed off the Super Hornet’s chances.

Strange timing

Few expected Brazil to buy a new fighter in the next year or two, since it faces huge economic problems compounded by inordinately high expenses to host the football World Cup. There also was no expectation that Sweden would let its own Gripen contracts this year.

Yet, on Dec. 18, Saab announced the Swedish government had awarded the Gripen E’s $2.5 billion full-scale development contract, followed a little later by a separate contract to integrate the MBDA Meteor air-to-air missile on Gripen.

It was only after these contracts had been made public that Defense Minister Amorim and air force commander Saito together announced that Gripen had won the FX-2 competition.

You don’t need a crystal ball to understand that there was a lot of behind-the-scenes activity, and that phone traffic between Brazil and Sweden must have hit a peak. What is still unclear, however, is what made President Dilma Roussef change her mind about the timing of the fighter buy; why the announcement took place at the Ministry of Defense instead of the Presidential palace; and why Roussef didn’t show up. Was she sulking?

The obvious conclusion is that she was forced into the decision against her will, but this is pure speculation. It will take some time for the truth to out.

Vague selection criteria

Amorim on Dec. 18 told reporters that Gripen E won the competition for three main reasons: performance, technology transfer and lower acquisition and operating costs.

“The final choice was based on these three factors," he said, while Saito stressed that offsets offered by Saab weighed in its favor: “Several industries that have offered to contribute to the development of the aircraft. At the end of development, we will have access to all the technology of the aircraft." Roussef, whose decision this was reputed to be, did not show up.

In terms of cost, there is no doubt that Gripen is far less costly to buy and operate than both Rafale and its US-made rival, the Boeing F-18E Super Hornet – both twin-engined aircraft half as large again as Gripen. Unofficial reports from Brazil claiming that Gripen costs about half as much as the other two are very plausible.

And there’s more. Senator Ricardo Ferraço, chairman of the Brazilian Senate’s Foreign Affairs committee, was quoted by the O Globo newspaper on Dec. 19 as saying that Saab is providing customer finance for the deal to the extent that Brazil will only start paying after it receives the 36th and final aircraft.

A far bigger prize?

Or will the 36th Gripen really be Brazil’s final one? O Globo also says that Brazil’s total requirement is for 100 or more fighters, and Gripen E will be the natural choice if it can demonstrate satisfactory performance and availability.

In terms of capability, there is no doubt that Gripen is outclassed by the other two in terms of range, payload and weapons, although the question here must be “how much is enough” for Brazil rather than “what is the absolute best.”

In its “Question and Answers” release (our translation here), Brazil’s MoD noted that the Gripen NGs are “supersonic airplanes that fulfil several missions, such as interception, interdiction and eventual destruction of targets….The aircraft are designed for use in air-to-air, air-to-sea and air-to-ground missions [and] are also equipped with an in-flight refueling system that will allow the defense of the airspace in even the most remote parts of Brazil.”

Nothing unique to Gripen there, of course, but it all sounds very impressive to people who have no knowledge of military aviation, i.e. the average voter.

Gripen E good enough

If one can believe the Swiss air force’s evaluation of Gripen F, (PDF, see page 6--Ed.) and there is no reason not to, its official conclusions as to the future fighter’s military performance are of interest.

On a scale of 1 to 9, the Swiss air force graded the two-seat Gripen F at 5.81 (“barely sufficient”) for operational effectiveness; 6.87 (“satisfactory”) for operational aptitude, 7.37 (satisfactory”) for “cooperation,” with a global mark of 6.36 (“satisfactory”).

Brazil is not Switzerland, however, and flying over long stretches of thick jungle, or over the maritime approaches known locally as the “Pre-Sal,” in a single-engine fighter would make many pilots nervous. Many think that the added safety of a second engine, and possibly a second crewman as well, would make much sense for such a large country.

But, in the final analysis, this did not count for much compared to the fact that both Rafale and the Super Hornet would have been financially exorbitant for Brazil’s current circumstances.

So, technology transfer and direct offsets were clearly a major boost for Gripen, and Amorim told reporters that Saab’s willingness to hand over intellectual property rights to the aircraft’s technology was what had tipped the balance in its favor. Brazil’s overall economic policies and its National Defense Strategy both have the goal of modernizing national industry and, specifically, its aerospace and defense sector, so the Swedish commitment to tech transfer is a big deal.

Much of Gripen E’s technology, however, belongs not to Saab but to its partners and subcontractors in the United States, United Kingdom and European countries. Also, given that Saab has made similar promises to Swiss industry, it is unclear how much technology Brazil will, in fact, end up with.

Brazil has also been promised exclusive rights to market the Gripen in South America, according to local press reports, but again it is unclear why its neighbors would buy combat aircraft from the regional power, rather than Sweden, and even less clear why Brazil would provide them, thereby giving away whatever technological edge Gripen E can provide.

France’s biggest mistake in Brazil

Apart from Sarkozy’s antics, French industry made a serious mistake in Brazil when it sold the 20% equity stake that Dassault and its Rafale partners acquired in Embraer, the Brazilian state-owned aircraft manufacturer, when it was privatized in 1994.

French manufacturers enjoyed good relations with Mauricio Botelho, Embraer’s first post-privatization chief executive, but when he left in 2007 relations turned frosty with his successors. This seriously complicated France’s bid, as thus lost its most influential local ally. And this was disastrous, as inevitably, Embraer became the local FX-2 prime contractor.

Embraer’s new management considered that development of the Rafale was too far along for Brazilian industry to gain any meaningful benefit in terms of new technologies and advanced R&D work. The ambitious Brazilians thought the Gripen E, which is still largely in development, would offer far greater scope for them than would Rafale, and they have been largely proven right.

Today, Rafale is already flying with an AESA radar and the new equipment required for the final, F3 version. The next development step, its mid-life upgrade, is well over a decade away.

Gripen E, on the other hand, requires several more years of development work – initial deliveries to Brazil are tentatively scheduled for 2018 – and here Brazil can, in theory, obtain both new technology and high-tech involvement for its industry.

Ironically, had Brazil bought Rafale in 2010, its industry would have been able to play a significant role in the development of the French fighter’s uprated version, but since then the program has advanced, and technological windows of opportunity have closed.

Brazil sold an offset dummy?

Needless to say, given that it is approaching the end of its production life, the Super Hornet could offer little in the way of tech transfer, and only direct offsets in assembly and some metal-bashing, things that Brazil would shun as bringing little or no technological added value.

Rumors floating around that the Super Hornet was the air force’s dream fighter are as far-fetched as those claiming that Brazil will now support Saab’s pipe dream of developing a Sea Gripen carrier version.

But it is precisely in respect of tech transfers that lobbying by the Brazilian air force and Embraer in favor of Gripen E is difficult to understand.

First of all, as already noted, many of Gripen E’s major systems and components are supplied by the United States or the United Kingdom, which not only leaves Brazil vulnerable to embargoes and/or remote interference by its suppliers, but also means that little or no sensitive US technology will be provided because such is not the American way.

The Gripen E’s engine, the F414G turbojet, is made by General Electric, its AESA radar is made by the English side of Selex ES, and several other US and UK companies are already involved in the program.

Furthermore, while Switzerland has a smaller order (22 aircraft planned), it has had a head-start in negotiating a role in Gripen E for its industry; all this adds up to a less significant role than Brazilian industry might feel it deserves. So, if Brazil chose Gripen because it offers technological windows of opportunity for its industry, it got it wrong. In reality, these windows are now largely closed because the most lucrative work has already been awarded.

There is no question that, for its cost, Gripen E is a perfectly respectable combat aircraft, with soon a high-performance weapons range while users of previous versions appear satisfied. Still, Brazilian explanations of their surprise choice make little sense.

Brazilian officials say they chose Gripen E for its price (credible), for its performance (“barely sufficient”) and for its industrial offsets (dubious end result). Brazil and Saab have allowed 12 months to complete negotiations on the contract and on related offsets, so there is plenty of time to see whether the two parties, with an offset-fixated Switzerland looking over their shoulder, can come up with an offset package that is mutually acceptable both in dollar volume and in technological content.


Story history: Minor editing changes on Oct. 20

-ends-
http://www.defense-aerospace.com/cgi-bi ... 0426&cat=5
;)

[]s
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Re: Tópico Oficial - Programa Gripen NG Brasil

#180 Mensagem por Helton2042 » Sex Dez 20, 2013 6:40 pm

Em telefonema à Amorim, ministra da Defesa da Suécia manifesta satisfação com escolha do Gripen NG

Brasília, 20/12/2013 - A ministra da Defesa da Suécia, Karin Enström, manifestou hoje a satisfação do governo e do povo suecos com a decisão do governo brasileiro de iniciar as negociações para aquisição dos caças Gripen NG, da empresa SAAB.

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O contentamento com a escolha foi transmitido durante a manhã, em telefonema ao ministro da Defesa, Celso Amorim. Na ocasião, Amorim recordou os critérios técnicos que orientaram a decisão brasileira e expressou confiança no bom curso das negociações.

O ministro ressaltou à Karim Enström que, com a opção pelo Gripen, o Brasil inicia um relacionamento de longo prazo com a Suécia, dando concretude à parceria estratégica firmada entre os dois países em 2009. Essa parceria, acrescentou ele, inclui transferência e desenvolvimento conjunto de tecnologias relacionadas à aeronave.

Durante a conversa Amorim mencionou, ainda, o interesse brasileiro em aprofundar tratativas sobre a cessão antecipada de caças Gripen C e D ao Brasil, até que as primeiras unidades adquiridas sejam entregues em 2018.

Ao confirmar as premissas da parceria industrial, tecnológica e militar que se abrem entre os dois países, a ministra sueca informou que, no início de 2014, seu país apresentará ao governo brasileiro propostas concretas sobre a cessão antecipada de caças, e sobre a capacitação da Força Aérea Brasileira (FAB) para operar a nova aeronave.

A ministra da Defesa da Suécia convidou o ministro Celso Amorim a realizar visita de trabalho a Estocolmo no primeiro semestre de 2014 para uma primeira avaliação do curso das negociações bilaterais.

Também durante a manhã de hoje foi realizada, na sede do Ministério da Defesa, a primeira reunião com representantes da Saab (foto). Coordenado pelo secretário-geral do Ministério, Ari Matos Cardoso, o encontro teve a participação de representantes da empresa, incluindo seu vice-presidente, Dan Jangblad, e da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC) da FAB.

Na ocasião, foi apresentada uma proposta de cronograma que inclui as etapas relativas à elaboração dos contratos que darão sustentação jurídica à aquisição das aeronaves. A proposta apresentada será agora apreciada pela empresa, que deverá se pronunciar nos próximos dias sobre sua viabilidade. A previsão inicial é a de que o contrato de aquisição seja assinado até o final de 2014.

O Ministério da Defesa instituirá um grupo de trabalho para realizar o acompanhamento do andamento nas negociações. Além da Defesa, deverão participar do grupo representantes dos ministérios do Planejamento e da Fazenda.

Foto: Jorge Cardoso
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
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