abs.Marechal-do-ar escreveu:Porque a defesa aérea é a única missão que exige prontidão, podemos estar em tempos de paz e, sem aviso prévio, aviões precisam decolar para realizar uma interceptação, essa situação emergencial não vai acontecer com caças que precisam jogar bombas, fazer escoltas, patrulhas, etc.FCarvalho escreveu:Pergunta: qual é a lógica de se manter em pleno século 21, quando todo mundo está falando a mais de trinta anos em caças multirole, ominirole e coisa e tal, mais agora os indefectíveis drones para todos os gostos e necessidades, em um "grupo de defesa aérea"?
Bom, aqui Marechal, como disse, os caças atuais são mutlimissão. Então porque ter uma unidade "especializada" em defesa aérea com caças que fazem de um tudo um pouco? As coisas deveriam andar de acordo com o avanço do tempo e do conhecimento, e neste sentido, como coloquei, um esquadrão "específico" como o GDA, não ao menos com essa nomeclatura, tem/faz qualquer sentido; não nos dias de hoje.
E não, mísseis antiaéreos não substituem, primeiro porque interceptar não significa abater, ainda mais em tempos de paz, segundo porque mísseis falham, mas, mesmo que a estratégia do inimigo negue a eficiência de mísseis antiaéreos um piloto em um caça ainda é uma séria ameaça a esse inimigo.
Pois é, por isso que eu disse que algumas coisa tem de mudar na mente das pessoas de azul.
Minha única objeção com o GDA é estar todo concentrado em uma única base, por mim acho mais inteligente um número menor de aviões por base espalhado por todas as bases da FAB.
Por isso que eu disse que o GDA hoje não faz sentido algum, doutrinariamente falando, já que não se pode/poderia deixar a margem de um única unidade, por força de sua especialização, o trabalho de toda uma força aérea para defender o país, por mais que se diga que ele defende somente o planalto central. Então, defesa aérea é e/ou será no futuro, missão primária para qualquer esquadrão/grupo de caça da FAB, independente de ele ser um GDA, ou não.
Alternativas para fim do FX2
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Re: Alternativas para fim do FX2
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Re: Alternativas para fim do FX2
Pronto, taí o argumento da Dilma para dispensar a oportunidade na visita do Hollande...
http://www.folha.uol.com.br/Recuo de 0,5% no PIB do 3º tri é maior do que governo esperava
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Re: Alternativas para fim do FX2
Os F-5M são caças de inferioridade aérea.rodrigo escreveu: Pense bem, no mundo do combate aéreo, onde vence quem domina o céu, não temos uma aeronave interceptadora. F-5M é uma piada de mau gosto, e se tivessem deixado esse aeromodelo caducar lá atrás, a irreversibilidade da situação nos obrigaria a aquisição de um novo caça. Agora, o tampão é o F-5M.
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Re: Alternativas para fim do FX2
Bom... a missão sempre pode evoluir, mas normalmente apesar de utilizar aeronaves multirole vários esquadrões ao redor do mundo tem sempre uma função "primária" e uma secundária.FCarvalho escreveu:Esse "se" é que me torce as entranhas...Carlos Lima escreveu:Bom... O que disse foi """""Se""""" a missao do GDA continuar primariamente como Defesa Aerea.
E claro que qualquer aviao de 4 geracao tambem joga bomba... Mas Se a missao principal do GDA continuar sendo Defesa Aerea o Typhoon tem um excelente desempenho nessa area e sim... Ele pode jogar bomba caso necessario.
[]s
CB
abs.
É claro que no caso do GDA inicialmente a coisa era muito especializada Demais.
Mas até por uma questão de localização (no meio do Brasil) eu não duvidaria se o GDA continuar a ter a função de "caça" como primária. Ele está ali para 'defender' a capital.
[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2
Não é só você que vê o gap. O problema é ver o gap como algo ruim, quando na verdade pode ser uma coisa boa.rodrigo escreveu:Eu vejo um gap, sem interceptadores e aviões de reabastecimento, gravíssimo. Um F-16 é um senhor avanço em relação ao F-5. Temos um caça de curto alcance sem reabastecedores, e com capacidade de armamento muito limitada.Skyway escreveu: Pense mais a frente. O F-16 hoje, é o F-5 Forever de amanhã. Aí quando todos estiverem aposentando Rafales, Typhoons e etc, nós estaremos colocando F-16M pra tomar conta de Brasília.
Porque podemos ser pernas de pau em muitas coisas...mas somos muito bons em fazer voar coisa velha até o infinito e além.
Eu prefiro ver o Brasil sem interceptador e sem reabastecedor, tendo com isso uma oportunidade de opiniões influentes serem "sensibilizadas" e comprarmos um dos concorrentes do "finado" FX-2.
Prefiro isso no lugar de corrermos desesperados por mais um tampão que vai condenar a FAB a conviver anos no futuro com um avião já ficando obsoleto hoje, e necas de Rafale, Gripen, SH ou outro qualquer.
O problema é essa ideia de tampão. Uma péssima ideia.
Um abraço
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Re: Alternativas para fim do FX2
É ... até o nome não ajuda... 'tampão'... não soa bem...
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Re: Alternativas para fim do FX2
A resposta do governo (seja Dilma e outros) será mais o menos assim "orçamento é X, se virem para tentar comprar alguma coisa". Se não escolher nada é uma grande oportunidade de reduzir gastos com funções pouco aparentes. A FAB não tem caça e não tem abastecedor. Ninguém sentiu falta. Pode continuar assim. Essa é a lógica.
A única forma de sensibilização é entrar em guerra em larga escala. O que não parece provável. Nesse ponto não há desculpa.
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Re: Alternativas para fim do FX2
Amigo Flávio.
Mesmo tendo caças multi-missão, como foi dito pelos amigos, precisamos que cada esquadrão cumpra uma função primária e tenha outras secundárias ou terciárias.
Um GDA possui missão primária de Defesa Aérea ou Interceptação de uma determinada região, mas isso não significa que eles não poderão fazer missões de ataque á solo ou apoio aéreo.
NENHUMA Força Aérea do mundo possui um Esquadrão que tenha qualquer tipo de missão como primária, é sempre uma missão primária e outras secundárias, que são feitas em intensidades diferentes. Exemplo:
Su-34 e o F-15E são aeronaves com missões primárias de ataque, mas ambos os caças possuem considerável capacidade de combate Ar-Ar e possuem missão secundária de interceptação e superioridade aérea.
Um GDA, na minha opinião, tem que continuar com missão primária de superioridade aérea e interceptação, mas com missões secundárias e terciárias de ataque até Mini-AEW&C, dependendo de sua capacidade de radar.
Sistema de defesa antiaéreo não pode substituir em hipótese alguma GDA's e sim complementa-los. Para defender toda a nossa extensão territorial (fronteiras), precisaríamos de camadas de defesa, sendo as frontais defesa antiaérea de curto alcance (para abater caças há baixa altitude que queiram penetrar nas DAAA), mais atrás defesas de média distância (para cobrir os de curto alcance e apoia-los), defesas de longa distância (para cobrir os de curta e média distância, sendo os de média distância e longa distância podem ser o meso sistema usando mísseis diferentes, como os sistemas Aster SAMP/T e S-350E) e defesas de extrema longa distância (para cobrir todos os sistemas anteriores, como S-300, S-400, Patriot e entre outros).
Para defender precisaríamos de:
22 baterias S-400, 22 baterias S-350E, 22 baterias de Igla-S Strelets (com 4 mísseis, com sistema automático), 22 baterias Rbs-90NG (com 2 mísseis cada e também sistema automático, com mísseis BOLIDE 2), 22 baterias Oerlikon MANTIS.
Em uma formação, daria para cobrir 600 km de distância (só os S-350E, em formação para defesa de área, cobre o mesmo que o Aster SAMP/T, 2500km², ou seja, 625 km de distância).
Como neste mapa que fiz:
Obs: os círculos vermelhos e brancos são bases ou possíveis bases da Marinha (brancos) e locais estratégicos para o Brasil (vermelho). Os círculos azuis de menor tamanho são defesas das bases aéreas que não estariam cobertos pelos sistemas antiaéreos para cobrir nossas fronteiras. Todos os citados por mim neste parágrafo não devem ser levados em consideração.
Isso impediria uma Força Aérea de invadir o país? Possivelmente, mas potências, que possuem aeronaves furtivas (apesar de radares de banda curta) e outras com grande capacidade EW podem barrar isso e por isso precisamos de GDA's (para o Brasil no mínimo 5, com caças de 5ª Geração, com 12 caças cada, além de 7 Esquadrões de GAv Ca's com 14 caças cada), além de apoio de 10 aeronaves AEW&C (5 E-99 modernizados e mais 5 de grande capacidade, com radares do tipo Vega-M ou EL/W-2090, que poderia ser montando no E-195 ou no KC-390).
Um sistema como este deveria ser, claro, de responsabilidade da Força Aérea Brasileira.
Isso tudo não sairia por menos de R$ 20-25 Bilhões, mas dissuadiria as maiores Forças Aéreas ou Forças Navais.
Mesmo tendo caças multi-missão, como foi dito pelos amigos, precisamos que cada esquadrão cumpra uma função primária e tenha outras secundárias ou terciárias.
Um GDA possui missão primária de Defesa Aérea ou Interceptação de uma determinada região, mas isso não significa que eles não poderão fazer missões de ataque á solo ou apoio aéreo.
NENHUMA Força Aérea do mundo possui um Esquadrão que tenha qualquer tipo de missão como primária, é sempre uma missão primária e outras secundárias, que são feitas em intensidades diferentes. Exemplo:
Su-34 e o F-15E são aeronaves com missões primárias de ataque, mas ambos os caças possuem considerável capacidade de combate Ar-Ar e possuem missão secundária de interceptação e superioridade aérea.
Um GDA, na minha opinião, tem que continuar com missão primária de superioridade aérea e interceptação, mas com missões secundárias e terciárias de ataque até Mini-AEW&C, dependendo de sua capacidade de radar.
Sistema de defesa antiaéreo não pode substituir em hipótese alguma GDA's e sim complementa-los. Para defender toda a nossa extensão territorial (fronteiras), precisaríamos de camadas de defesa, sendo as frontais defesa antiaérea de curto alcance (para abater caças há baixa altitude que queiram penetrar nas DAAA), mais atrás defesas de média distância (para cobrir os de curto alcance e apoia-los), defesas de longa distância (para cobrir os de curta e média distância, sendo os de média distância e longa distância podem ser o meso sistema usando mísseis diferentes, como os sistemas Aster SAMP/T e S-350E) e defesas de extrema longa distância (para cobrir todos os sistemas anteriores, como S-300, S-400, Patriot e entre outros).
Para defender precisaríamos de:
22 baterias S-400, 22 baterias S-350E, 22 baterias de Igla-S Strelets (com 4 mísseis, com sistema automático), 22 baterias Rbs-90NG (com 2 mísseis cada e também sistema automático, com mísseis BOLIDE 2), 22 baterias Oerlikon MANTIS.
Em uma formação, daria para cobrir 600 km de distância (só os S-350E, em formação para defesa de área, cobre o mesmo que o Aster SAMP/T, 2500km², ou seja, 625 km de distância).
Como neste mapa que fiz:
Obs: os círculos vermelhos e brancos são bases ou possíveis bases da Marinha (brancos) e locais estratégicos para o Brasil (vermelho). Os círculos azuis de menor tamanho são defesas das bases aéreas que não estariam cobertos pelos sistemas antiaéreos para cobrir nossas fronteiras. Todos os citados por mim neste parágrafo não devem ser levados em consideração.
Isso impediria uma Força Aérea de invadir o país? Possivelmente, mas potências, que possuem aeronaves furtivas (apesar de radares de banda curta) e outras com grande capacidade EW podem barrar isso e por isso precisamos de GDA's (para o Brasil no mínimo 5, com caças de 5ª Geração, com 12 caças cada, além de 7 Esquadrões de GAv Ca's com 14 caças cada), além de apoio de 10 aeronaves AEW&C (5 E-99 modernizados e mais 5 de grande capacidade, com radares do tipo Vega-M ou EL/W-2090, que poderia ser montando no E-195 ou no KC-390).
Um sistema como este deveria ser, claro, de responsabilidade da Força Aérea Brasileira.
Isso tudo não sairia por menos de R$ 20-25 Bilhões, mas dissuadiria as maiores Forças Aéreas ou Forças Navais.
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Re: Alternativas para fim do FX2
O GDA é o "goleiro" da Força Aérea, mesmo com o time no ataque ele continua la, esperando a hora de atuar, no caso de outras missões, mandar os aviões para uma missão de patrulha e ficar, temporariamente sem aviões de ataque, tudo bem, mas ficar sem aviões de defesa aérea ai é complicado, sendo assim, alguns aviões serão sempre designados para defesa aérea e, independente de conseguirem cumprir outra missão, vão fazer apenas a defesa aérea, nesse aspecto ter aviões multi-role nesse papel é bom do ponto de vista logístico, fica mais fácil substituir perdas e cobrir a área durante manutenção, mas essa não-especialização tem um custo, com certeza hoje esse custo é menor que nos anos 60, mas ainda existe, ainda mais para um país que precisa procurar por opções no resto do mundo e, acho que, um caça para o GDA precisa primeiro ser capaz de cumprir BEM missões de defesa aérea, depois, se nas opções que temos a não-especialização ficar em conta, tudo bem, pode adotar esse caça para os demais esquadrões, mas se ficar caro demais em relação aos ganhos logísticos então que os demais esquadrões sejam equipados com outros caças.FCarvalho escreveu:Bom, aqui Marechal, como disse, os caças atuais são mutlimissão. Então porque ter uma unidade "especializada" em defesa aérea com caças que fazem de um tudo um pouco? As coisas deveriam andar de acordo com o avanço do tempo e do conhecimento, e neste sentido, como coloquei, um esquadrão "específico" como o GDA, não ao menos com essa nomeclatura, tem/faz qualquer sentido; não nos dias de hoje.
E quando a centralização do GDA, isso eu discordo, acharia melhor se esses caças ficassem distribuídos pelo país, que eu me lembro faz muito tempo desde que 18 aviões precisaram decolar ao mesmo tempo para interceptações.
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Re: Alternativas para fim do FX2
Essa é a lógica a curto prazo. Depois vira descaso, pré-sal desprotegido, absurdo e etc. Muita gente vai ficar "chateada" sem interceptador e REVO por um tempo? Vai sim. Até porque isso vai mexer com o treinamento dos militares, com a vida deles e etc. Mas eu acho a desativação dos M2000 uma BAITA oportunidade pra FAB fincar o pé e falar que "ou compramos algo novo AGORA pra Anápolis, ou ficamos sem nada".Bourne escreveu:A resposta do governo (seja Dilma e outros) será mais o menos assim "orçamento é X, se virem para tentar comprar alguma coisa". Se não escolher nada é uma grande oportunidade de reduzir gastos com funções pouco aparentes. A FAB não tem caça e não tem abastecedor. Ninguém sentiu falta. Pode continuar assim. Essa é a lógica.
A única forma de sensibilização é entrar em guerra em larga escala. O que não parece provável. Nesse ponto não há desculpa.
E é lógico que a resposta do governo vai ser "ficar sem nada". E é aí que a coisa vai ser colocada nos eixos, a força!
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Re: Alternativas para fim do FX2
O Governo poderia exigir uma solução "aceitável" a um custo pré-estabelecido por ele?Skyway escreveu:Essa é a lógica a curto prazo. Depois vira descaso, pré-sal desprotegido, absurdo e etc. Muita gente vai ficar "chateada" sem interceptador e REVO por um tempo? Vai sim. Até porque isso vai mexer com o treinamento dos militares, com a vida deles e etc. Mas eu acho a desativação dos M2000 uma BAITA oportunidade pra FAB fincar o pé e falar que "ou compramos algo novo AGORA pra Anápolis, ou ficamos sem nada".Bourne escreveu:A resposta do governo (seja Dilma e outros) será mais o menos assim "orçamento é X, se virem para tentar comprar alguma coisa". Se não escolher nada é uma grande oportunidade de reduzir gastos com funções pouco aparentes. A FAB não tem caça e não tem abastecedor. Ninguém sentiu falta. Pode continuar assim. Essa é a lógica.
A única forma de sensibilização é entrar em guerra em larga escala. O que não parece provável. Nesse ponto não há desculpa.
E é lógico que a resposta do governo vai ser "ficar sem nada". E é aí que a coisa vai ser colocada nos eixos, a força!
Caberia à FAB cumprir a determinação?
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Alternativas para fim do FX2
A força (ou órgão) pode pedir o que quiser para o governo e dar a justificativa. Se vai receber é outra história. O governo, seja qual for, tende a liberar um valor menor e restringir o endividamento. E no dizer "se vira com essa verba e tenta cumprir sua tarefa".
Na história do Brasil, Geisel fez isso nos anos 1970. Chegaram planos enormes de investimentos como pedidos dos comandantes e colocou a tesoura para funcionar. Sobrou o esqueleto. Não ache que hoje será diferente.
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Re: Alternativas para fim do FX2
Amigos, em relação a questão do GDA, e suas funções, como já comentei anteriormente, penso que à luz da modernidade doutrinal, em primeiro lugar a sua denominação deveria ser mudada, pois acredito que não cabe mais em nossos dias esquadrões/grupos de caça "especialistas" nessa ou naquela missão. Isto em termos de doutrina e organização da caça da FAB. O que não impede, claro, que estes tenham determinadas missões primárias, dentre as que pode cumprir.
Neste sentido, e como os amigos já colocaram, muito bem, a própria caça da FAB em termos organizacionais precisa ser mudada, tanto em termos de capacidade quanto em operacionalidade de missão. Como fazer isto em nosso caso é que são elas, pois mesmo que tivéssemos a disposição 200 PAK-FA, que são/serão a última palavra em avião multirole, todos eles não poderão exercer o ofício de interceptadores ao mesmo tempo, no caso, por exemplo, da necessidade de nos defendermos de um hipotético ataque em grande escala que atingisse o pais como um todo, ou mesmo em situações de conflito regional, que apesar de restrito a uma determinada área limítrofe do Brasil, não impedirá que todo o resto do país seja posto em alerta em termos de defesa aérea.
Assim, para se manter o equilíbrio proposto, entre a primária e prioritária defesa aérea, e as demais missões, seria não só preciso o aumento efetivo do número de esquadrões de caça de que dispõe a FAB no médio/longo prazo, como também da quantidade de modelos que pudéssemos operar, e que vejo, à luz do exemplo americano, russo, Chinês e outros, quer seja, minimamente dois, onde um caça pesado faria a base da defesa aérea e um médio/leve cumpriria as demais missões, além de apoiar aquela primeira onde e quando necessário.
Mas teremos nós a oportunidade, ou diria, a celeridade para nos organizarmos nesta direção, de ter dois caças principais, capazes de cumprir todas as missões com equidade, e priorizando cada um as suas qualidades, quando desde o inicio do FX lá em 1997, a FAB só tem falado em um único caça para substituir a todos, por questão de custos ou outro?
Não seria hora de rever tal premissa, com vista até a nos possibilitar outras alternativas mais maleáveis e coerentes com a realidade nossa e vista de outrem lá fora? Ou seguimos no mesmo caminho traçado, olhando apenas para o nosso próprio nariz. Ou seria umbigo...
abs.
Neste sentido, e como os amigos já colocaram, muito bem, a própria caça da FAB em termos organizacionais precisa ser mudada, tanto em termos de capacidade quanto em operacionalidade de missão. Como fazer isto em nosso caso é que são elas, pois mesmo que tivéssemos a disposição 200 PAK-FA, que são/serão a última palavra em avião multirole, todos eles não poderão exercer o ofício de interceptadores ao mesmo tempo, no caso, por exemplo, da necessidade de nos defendermos de um hipotético ataque em grande escala que atingisse o pais como um todo, ou mesmo em situações de conflito regional, que apesar de restrito a uma determinada área limítrofe do Brasil, não impedirá que todo o resto do país seja posto em alerta em termos de defesa aérea.
Assim, para se manter o equilíbrio proposto, entre a primária e prioritária defesa aérea, e as demais missões, seria não só preciso o aumento efetivo do número de esquadrões de caça de que dispõe a FAB no médio/longo prazo, como também da quantidade de modelos que pudéssemos operar, e que vejo, à luz do exemplo americano, russo, Chinês e outros, quer seja, minimamente dois, onde um caça pesado faria a base da defesa aérea e um médio/leve cumpriria as demais missões, além de apoiar aquela primeira onde e quando necessário.
Mas teremos nós a oportunidade, ou diria, a celeridade para nos organizarmos nesta direção, de ter dois caças principais, capazes de cumprir todas as missões com equidade, e priorizando cada um as suas qualidades, quando desde o inicio do FX lá em 1997, a FAB só tem falado em um único caça para substituir a todos, por questão de custos ou outro?
Não seria hora de rever tal premissa, com vista até a nos possibilitar outras alternativas mais maleáveis e coerentes com a realidade nossa e vista de outrem lá fora? Ou seguimos no mesmo caminho traçado, olhando apenas para o nosso próprio nariz. Ou seria umbigo...
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Re: Alternativas para fim do FX2
Com certeza. E ai caberia a FAB fornecer o estudo técnico do que seria "aceitável".Penguin escreveu:O Governo poderia exigir uma solução "aceitável" a um custo pré-estabelecido por ele?Skyway escreveu: Essa é a lógica a curto prazo. Depois vira descaso, pré-sal desprotegido, absurdo e etc. Muita gente vai ficar "chateada" sem interceptador e REVO por um tempo? Vai sim. Até porque isso vai mexer com o treinamento dos militares, com a vida deles e etc. Mas eu acho a desativação dos M2000 uma BAITA oportunidade pra FAB fincar o pé e falar que "ou compramos algo novo AGORA pra Anápolis, ou ficamos sem nada".
E é lógico que a resposta do governo vai ser "ficar sem nada". E é aí que a coisa vai ser colocada nos eixos, a força!
Caberia à FAB cumprir a determinação?
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Re: Alternativas para fim do FX2
Se os recursos forem limitados, as opções serão limitadas tb, não?Skyway escreveu:Com certeza. E ai caberia a FAB fornecer o estudo técnico do que seria "aceitável".Penguin escreveu: O Governo poderia exigir uma solução "aceitável" a um custo pré-estabelecido por ele?
Caberia à FAB cumprir a determinação?
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