E não antes também da catatônica, alzhaimeresca, onanística Copa do MundoFCarvalho escreveu:Pois sim pt, acho que a dimensão das problemáticas entre os dois países são diametralmente opostas, mas mesmo assim, se observarmos o andar da carruagem brasileira, o que aporta à China em termos de segurança de suas vias externas marítimas sobre o indico e o Pacífico Ocidental, nos toca, também, em termos de Atlântico Sul, visto que também nós estamos no mesmo estado comparativo a outros atores importantes e, não menos atuantes por estas paragens, e que mesmo não nos fazendo qualquer admoestação sobre isto, ainda assim não deixam de operar, sutilmente, o seu poder por estas bandas de cá.pt escreveu: Acho que comparar a China com qualquer outro país não faz muito sentido.
A comparação com o Brasil teria sempre que passar pela comparação demográfica, que parece que toda a gente esqueceu.
A China está num campeonato completamente diferente. Nesse campeonato estão os Estados Unidos por causa de serem um país muito rico, e está a India como principal rival dos chineses.
A China tem uma força aérea superior à indiana e um exército igualmente superior, mas a marinha da China é inferior à da India em muitos aspectos.
O pior problema para a China, é que os chineses não têm capacidade para garantir a segurança dos seus abastecimentos de petroleo que vêm do médio oriente.
Em caso de conflito entre os dois países (que acabará por acontecer de uma forma ou de outra) a India possui a capacidade de secar a China, impedindo a chegada de petroleo aos portos chineses.
A China responde, tentando tomar os recursos naturais no mar do sul da China e a India responde apoiando o Vietname, e avisando que poderá defender os seus interesses naquele mar.
A China, tem um programa de construção de porta-aviões mais atrasado e acima de tudo não tem a experiência da India.
A principal arma com que conta a China é a influência de Pequim sobre governo do Paquistão e em parte também no Bangladesh e no Sri-Lanka. Neste último caso, há uma guerra surda entre os dois países. A China terá que construir uma grande base no Indico para apoiar a sua navegação e o Sri-Lanka é o lugar preferido.
Claro que a India não quer nem ouvir falar nisso.
Assim, o poder das duas marinhas vai medir-se em termos de porta-aviões. Singapura, Malásia e Indonésia vão ser cruciais neste jogo.
Em tempo, é sempre bom lembrar que o Brasil ainda tem cerca de 95% de seu comercio exterior vindo do mar, e que todas as nossas rotas de suprimento estão fadadas a passarem por estreitos sobre os quais, hoje, sequer temos a mínima capacidade de atuação, vide as distâncias e a nossa efêmera capacidade de projeção de poder naval e aérea. Isto sem contar que o comercio de cabotagem cresce a olhos vistos nos últimos anos, embora sobre este cenário também pouco ou quase nada nós possamos fazer, vide a atualidade - e exiguidade histórica - de nossos meios, e a que se apresenta no futuro.
Talvez a maior diferença esteja mesmo no contexto em que não há muito o que se fazer, vide as diferenças históricas que nos separam, com a China sendo uma potencia de poder centralizado e diretivo, nas mãos de uns poucos, e assim sendo, com pouca ou nenhuma abertura para outras opiniões ou discussões sobre o que deve ser feito ou como fazer. Nós ao contrário, somos uma tal de democracia, onde jecas fazem a politica, larápios cuidam das finanças públicas e idiotas os põem lá para fazer o que fazem.
Nestes termos meu amigo, realmente fica bem difícil alguma comparação plausível. Temos demandas tão gigantes quanto nossos desafios na área de defesa, assim como a China tem os seus. A diferença é que lá a classe dirigente sabe o que quer e onde chegar, e o que tem de fazer para conseguir seus objetivos, coisa que nós aqui, por enquanto, e sabe-se lá quando, vamos saber ou dar-nos a conhecer.
E até que um dia saibamos, vamos tentando ser no presente, o futuro que tanto almejamos. Futuro este que nunca chega. Não antes das próximas eleições.
abs.
Wingate