Alternativas para fim do FX2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Alternativas para fim do FX2

#3751 Mensagem por gabriel219 » Qui Nov 28, 2013 8:23 pm

Alguns componentes da aeronave poderiam serem trocados, como o motor (há várias opções, como RD-93, RD-33MK e EJ2000, sendo este último o que mais me agrada), aviônicas (poderíamos colocar Israelenses) entre outros.

Se 80% da aeronave seria construída aqui, porque não poderíamos mudar alguns componentes?
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3752 Mensagem por Carlos Lima » Qui Nov 28, 2013 8:33 pm

gabriel219 escreveu:Alguns componentes da aeronave poderiam serem trocados, como o motor (há várias opções, como RD-93, RD-33MK e EJ2000, sendo este último o que mais me agrada), aviônicas (poderíamos colocar Israelenses) entre outros.

Se 80% da aeronave seria construída aqui, porque não poderíamos mudar alguns componentes?
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$

E as coisas não são tão fáceis assim.

E não... não iriamos construir 80% da aeronave no Brasil. Só o motor e outros sistemas já chegam para lá de 50%.

E não são "alguns componentes"... é mais fácil fazer um avião novo.

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Re: Alternativas para fim do FX2

#3753 Mensagem por FCarvalho » Qui Nov 28, 2013 9:51 pm

Quantos KC-390 dá para comprar com cada Rafale? :roll:

abs.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3754 Mensagem por kirk » Qui Nov 28, 2013 10:03 pm

gabriel219 escreveu:Alguns componentes da aeronave poderiam serem trocados, como o motor (há várias opções, como RD-93, RD-33MK e EJ2000, sendo este último o que mais me agrada), aviônicas (poderíamos colocar Israelenses) entre outros.

Se 80% da aeronave seria construída aqui, porque não poderíamos mudar alguns componentes?
Talvez porque não haja interesse de nosso parte, nem da FAB nem mesmo do GF ... queremos sempre o melhor para nossas aeronaves e no melhor custo possível ... assim como faz a Saab faz a Embraer ... a preocupação exagerada com componentes americanos se limita aos fóruns ...

Como exemplo o GF financia todo o projeto do KC-390 e jamais pediu para a Embraer evitar componentes americanos ... na própria concorrência do FX-2 foram convidados dois americanos puros F-16 e F18, com a permissão, claro, do GF ... a paranóia está nos fóruns mas não está no Governo nem mesmo na FAB ... muito menos na Embraer ...

Problemas existem, como existem com qualquer fornecedor seja americano, francês, suéco ou russo ... simplesmente não existe essa nóia de que comprar de não americano significa independência e de americano ao contrário ...

Os suécos usam motor americano e competem com americanos em concorrências internacionais ... a própria GE é parceira de risco no Gripen E/F e fez uma oferta melhor pelo Gripen ao Brasil que o próprio SH ... pelo menos do que foi efetivamente veículado ... os americanos não são burros ... não bloqueiam vendas importantes com motores, sabem muito bem que tem concorrentes no mundo ... claro que se quisermos vender pra Cuba, Coréia do Norte, Venezuela ou Irã teremos problemas, mas fora a tal listinha negra (black-list) é tão provável ter problemas com os americanos, quanto com qualquer outro fornecedor ...

Abraços
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3755 Mensagem por bcorreia » Qui Nov 28, 2013 10:18 pm

kirk escreveu:
gabriel219 escreveu:Alguns componentes da aeronave poderiam serem trocados, como o motor (há várias opções, como RD-93, RD-33MK e EJ2000, sendo este último o que mais me agrada), aviônicas (poderíamos colocar Israelenses) entre outros.

Se 80% da aeronave seria construída aqui, porque não poderíamos mudar alguns componentes?
Talvez porque não haja interesse de nosso parte, nem da FAB nem mesmo do GF ... queremos sempre o melhor para nossas aeronaves e no melhor custo possível ... assim como faz a Saab faz a Embraer ... a preocupação exagerada com componentes americanos se limita aos fóruns ...

Como exemplo o GF financia todo o projeto do KC-390 e jamais pediu para a Embraer evitar componentes americanos ... na própria concorrência do FX-2 foram convidados dois americanos puros F-16 e F18, com a permissão, claro, do GF ... a paranóia está nos fóruns mas não está no Governo nem mesmo na FAB ... muito menos na Embraer ...

Problemas existem, como existem com qualquer fornecedor seja americano, francês, suéco ou russo ... simplesmente não existe essa nóia de que comprar de não americano significa independência e de americano ao contrário ...

Os suécos usam motor americano e competem com americanos em concorrências internacionais ... a própria GE é parceira de risco no Gripen E/F e fez uma oferta melhor pelo Gripen ao Brasil que o próprio SH ... pelo menos do que foi efetivamente veículado ... os americanos não são burros ... não bloqueiam vendas importantes com motores, sabem muito bem que tem concorrentes no mundo ... claro que se quisermos vender pra Cuba, Coréia do Norte, Venezuela ou Irã teremos problemas, mas fora a tal listinha negra (black-list) é tão provável ter problemas com os americanos, quanto com qualquer outro fornecedor ...

Abraços
kirk
Kirk/Spock,

Apesar de ambos usarem componentes americanos, os casos são um tanto diferentes, o KC390 além de evitar ao máximo de componentes regidos sobre o ITAR, o projeto é nosso, podemos fazer e modificar da forma que nos quisermos e negociamos com os fornecedores por nós mesmos, já o Gripen além de usar um monte de coisas que podem ser negadas ou limitadas por estarem no ITAR, o projeto não é nosso, além de termos que negociar a compra com os Suecos, é bem provável que muita coisa teria que ser negociada com os fornecedores e seus governos, e não é o caso de bloquinhos ou pecinhas, mas tecnologias e sistemas inteiros.

Agora queria saber como é que uma empresa consegue fornecer melhores condições em um pacote que tem a metade das unidades negociadas pelo outro pacote, no caso as 40 e pouco turbinas no pacote do Gripen contra as 80 e tantas vendidas no pacote do SH, sem falar que um pacote viria via FMS e o outro não.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3756 Mensagem por gabriel219 » Qui Nov 28, 2013 10:42 pm

FCarvalho escreveu:Quantos KC-390 dá para comprar com cada Rafale? :roll:

abs.
2 e US$ 10 Bilhões de troco (caso seja US$ 60 milhões cada).
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3757 Mensagem por kirk » Sex Nov 29, 2013 1:38 am

bcorreia escreveu:
kirk escreveu: Talvez porque não haja interesse de nosso parte, nem da FAB nem mesmo do GF ... queremos sempre o melhor para nossas aeronaves e no melhor custo possível ... assim como faz a Saab faz a Embraer ... a preocupação exagerada com componentes americanos se limita aos fóruns ...

Como exemplo o GF financia todo o projeto do KC-390 e jamais pediu para a Embraer evitar componentes americanos ... na própria concorrência do FX-2 foram convidados dois americanos puros F-16 e F18, com a permissão, claro, do GF ... a paranóia está nos fóruns mas não está no Governo nem mesmo na FAB ... muito menos na Embraer ...

Problemas existem, como existem com qualquer fornecedor seja americano, francês, suéco ou russo ... simplesmente não existe essa nóia de que comprar de não americano significa independência e de americano ao contrário ...

Os suécos usam motor americano e competem com americanos em concorrências internacionais ... a própria GE é parceira de risco no Gripen E/F e fez uma oferta melhor pelo Gripen ao Brasil que o próprio SH ... pelo menos do que foi efetivamente veículado ... os americanos não são burros ... não bloqueiam vendas importantes com motores, sabem muito bem que tem concorrentes no mundo ... claro que se quisermos vender pra Cuba, Coréia do Norte, Venezuela ou Irã teremos problemas, mas fora a tal listinha negra (black-list) é tão provável ter problemas com os americanos, quanto com qualquer outro fornecedor ...

Abraços
kirk
Kirk/Spock,

Apesar de ambos usarem componentes americanos, os casos são um tanto diferentes, o KC390 além de evitar ao máximo de componentes regidos sobre o ITAR, o projeto é nosso, podemos fazer e modificar da forma que nos quisermos e negociamos com os fornecedores por nós mesmos, já o Gripen além de usar um monte de coisas que podem ser negadas ou limitadas por estarem no ITAR, o projeto não é nosso, além de termos que negociar a compra com os Suecos, é bem provável que muita coisa teria que ser negociada com os fornecedores e seus governos, e não é o caso de bloquinhos ou pecinhas, mas tecnologias e sistemas inteiros.

Agora queria saber como é que uma empresa consegue fornecer melhores condições em um pacote que tem a metade das unidades negociadas pelo outro pacote, no caso as 40 e pouco turbinas no pacote do Gripen contra as 80 e tantas vendidas no pacote do SH, sem falar que um pacote viria via FMS e o outro não.
Correia, Boa Noite, véio !

Primeiro assunto, estás enganado meu amigo, o Gripen foi oferecido com co-propriedade, para que se entenda melhor, se aproxima muito ao que ocorreu com o AMX, que foi um consórcio entre Alenia, Aermacchi e Embraer, cabendo á Brasileira 28% do projeto ... alguém tem dúvida de que o A1-M seja brasileiro ? ... no caso do Gripen foi oferecido 40% do projeto, será um caça brasileiro, assim como o AMX terá requisitos estipulados pela FAB ... se houver mimimi de gringo, busca-se outro fornecedor ... isso inclusive já aconteceu ... a Saab queria o Raytheon AN/APG-79, mesmo radar do SH e o Gov americano ficou enrolando para dar o ok, até que se contratou a Thales ... que também "mijou" pra trás ... daí resolveu-se desenvolver o Raven ES-05 AESA em conjunto com a Selex ...

A condição oferecida pela Saab é ainda melhor, pois a ToT de tudo que tivermos condições de absorver mais a linha de montagem com robôs e ferramental e laboratórios foram oferecidos a título de off-set ... ou seja nosso investimento está limitado a compra de 36 caças ... veja a proposta apresentada no Congresso Nacional :

http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... engt-Janer

A GE tem interesse de promoção do Gripen por ser "Parceira de Risco" no projeto Gripen NG ou E/F ... por esse motivo.

A GE acredita que se houver uma linha de montagem no Brasil não serão somente 36 aeronaves, além de aproveitar o maior mercado do mundo ... o dos não alinhados.

abs
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3758 Mensagem por bcorreia » Sex Nov 29, 2013 3:57 am

Kirk,

Mas uma dos méritos do AMX foi a participação da Embraer desde o esboço do projeto, com a FAB e a Embraer estando nessa praticamente desde o começo, coisa que não ocorreria com o Gripen, que além de ser uma evolução de um jato pronto, também já tinha o seu projeto bem avançado quando nos foi oferecido.

Ainda no caso dos sensores, um dos grande problemas que vejo nessa co-propriedade, é dos fornecedores não serem diretamente ligados a empresa que fabrica o caça, por mais que já tenhamos experiência de projetos com a Selex-Galileo, ainda sim teríamos que negociar essas tecnologias com eles, não creio que existira problema, mas mesmo assim é um fator que pode complicar as negociações.

Eu não tenho nada contra o Gripen, o acho um bom avião, só acho que o NG não foi lá um grande acerto da Saab, se era para reprojetar o bicho, era melhor ter partido logo para um projeto mais próximo de um quinta geração e no E/F ter se restringido basicamente a melhorias de aviônicos e sensores, deixando toda essa energia para um projeto de conceito mais recente.

Mesmo a GE sendo parceira de risco, acreditando que iria vender muitas unidades depois do FX-2, o mesmo também pode ocorrer com qualquer finalista do FX, acho muito difícil mesmo a GE conseguir fazer melhores condições, não por duvidar do projeto, mas porque a quantidade de motores vendidos para o F18 é absurdamente maior dos utilizados pelo Gripen, ainda sendo FMS
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3759 Mensagem por Alcantara » Sex Nov 29, 2013 8:44 am

Carlos Lima escreveu:
• Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
• Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
• Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
• Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produziodos, inclusive os da Suécia;
• Aviônica produzida no Brasil
Levando em consideração que o Gripen NG já está em desenvolvimento e com o protótipo sendo construído. Cadê o Brasil executando de verdade participações nesses estágios citados pelo PowerPoint?

Estamos fazendo 40% do desenvolvimento do avião? Já estamos começando a produzir os pedaços do protótipo? etc etc etc.

40% de que? Já que quase metade do avião é made in USA (motor e outros sistemas). Fazer rebite de asa? e parafusar fuselagem? O que se aprende com isso?

Como eu disse... dependendo de quem fala ... eu continuo, só rindo. :lol:

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Pois eu não sei do que você está rindo.
Se isso que você está dizendo estiver acontecendo, é por incopetência DO BRASIL, e não por incapacidade dos suécos de cumprir o que foi acordado. Construir "on job" "40% da aeronave" foi o ofertado pela SAAB no início do programa Gripen NG, láááá trás. O Brasil é que retardou a sua decisão (de entrar ou não no projeto) e ficou para trás, e não o andamento do projeto do NG.

Se agora não existir mais "40% do projeto" a ser projetado/construído, debite a quem de direito.
"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3760 Mensagem por kirk » Sex Nov 29, 2013 9:32 am

bcorreia escreveu:Kirk,

Mas uma dos méritos do AMX foi a participação da Embraer desde o esboço do projeto, com a FAB e a Embraer estando nessa praticamente desde o começo, coisa que não ocorreria com o Gripen, que além de ser uma evolução de um jato pronto, também já tinha o seu projeto bem avançado quando nos foi oferecido.

A Akaer é contratada da Saab e participa do design do Gripen desde o princípio, já li que o Gripen-E/F será ligeiramente maior e maior envergadura de asas para equilibrio dos novos aviônicos e tanques internos.

Ainda no caso dos sensores, um dos grande problemas que vejo nessa co-propriedade, é dos fornecedores não serem diretamente ligados a empresa que fabrica o caça, por mais que já tenhamos experiência de projetos com a Selex-Galileo, ainda sim teríamos que negociar essas tecnologias com eles, não creio que existira problema, mas mesmo assim é um fator que pode complicar as negociações.

O mesmo modus-operandi da Embraer, no caso da Selex, ela se associou a Atmos (brasileira) que participa do projeto independente do resultado do Gripen.

http://www.aereo.jor.br/2010/01/05/sele ... do-gripen/
http://moraisvinna.blogspot.com.br/2010 ... irmam.html

Eu não tenho nada contra o Gripen, o acho um bom avião, só acho que o NG não foi lá um grande acerto da Saab, se era para reprojetar o bicho, era melhor ter partido logo para um projeto mais próximo de um quinta geração e no E/F ter se restringido basicamente a melhorias de aviônicos e sensores, deixando toda essa energia para um projeto de conceito mais recente.

Nisso eu concordo em partes contigo, gostaria de uma versão intermediária entre 4ta e 5ta geração, um design furtivo ... porém o foco da criação do E/F, além da atualização de todo o coração (base computacional), estrutura modular para melhor eficiência de upgrades, é a questão do raio de combate ... que melhorou significativamente.

Mesmo a GE sendo parceira de risco, acreditando que iria vender muitas unidades depois do FX-2, o mesmo também pode ocorrer com qualquer finalista do FX, acho muito difícil mesmo a GE conseguir fazer melhores condições, não por duvidar do projeto, mas porque a quantidade de motores vendidos para o F18 é absurdamente maior dos utilizados pelo Gripen, ainda sendo FMS

Veja, correia, a GE já deu o que tinha que dar a respeito do SH, tudo que tinha que vender já vendeu, ficará por conta das atualizações ... o F-414G tem componentes e diferenciais em relação ao F-414 do SH ... e ainda é uma aposta é onde a GE pode CRESCER em vendas, acredito que essa seja a aposta.

http://www.cavok.com.br/blog/?p=57627

Além do que a GE tem inúmeros ineresses no Brasil :

http://www.defesanet.com.br/site/upload ... e_null.jpg
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3761 Mensagem por Carlos Lima » Sex Nov 29, 2013 10:16 am

Alcantara escreveu:
Carlos Lima escreveu: Levando em consideração que o Gripen NG já está em desenvolvimento e com o protótipo sendo construído. Cadê o Brasil executando de verdade participações nesses estágios citados pelo PowerPoint?

Estamos fazendo 40% do desenvolvimento do avião? Já estamos começando a produzir os pedaços do protótipo? etc etc etc.

40% de que? Já que quase metade do avião é made in USA (motor e outros sistemas). Fazer rebite de asa? e parafusar fuselagem? O que se aprende com isso?

Como eu disse... dependendo de quem fala ... eu continuo, só rindo. :lol:

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Pois eu não sei do que você está rindo.
Se isso que você está dizendo estiver acontecendo, é por incopetência DO BRASIL, e não por incapacidade dos suécos de cumprir o que foi acordado. Construir "on job" "40% da aeronave" foi o ofertado pela SAAB no início do programa Gripen NG, láááá trás. O Brasil é que retardou a sua decisão (de entrar ou não no projeto) e ficou para trás, e não o andamento do projeto do NG.

Se agora não existir mais "40% do projeto" a ser projetado/construído, debite a quem de direito.
Bom...

Estou rindo pois são promessas que não vale mais nada e foram ilustradas como se tivessem alguma validade, mas não tem. Continuam sendo... "promessas" e são tão vazias quanto eram anos atrás.

A África do Sul está esperando mais de 60% do off-set deles com os suecos até hoje. E aí? É culpa dos sul africanos?

Mas em todo o caso, eu tenho que concordar que por conta da nossa falta de compromisso com essa escolha estamos empacados nessa decisão a mais de uma década e é trágico e lamentável.

Seja para a tal participação no NG, seja para as propostas do SHornet ou Rafale, ou mesmo antes disso quando deveríamos ter escolhido o Gripen C ou o M2kBr lááááááá em 2005.

Hoje a realidade é que seja lá quem escolhermos dos 3 ""hoje"", não será uma decisão tão boa e tão vantajosa quanto seria em 2009.

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Re: Alternativas para fim do FX2

#3762 Mensagem por FCarvalho » Sex Nov 29, 2013 12:09 pm

Carlos, mal ou bem, vejo que a oferta da SAAB, em teoria , era a que mais se aproximava do que queria a Embraer e a FAB em termos de ganhos tecnológicos e industriais. E a bem da verdade, se tivéssemos realmente decidido alguma coisa, não em 2005, mas em 1997, com os Gripen C/D que nos eram oferecidos, hoje tranquilamente poderíamos estar discutindo um FS2020 nacional da vida.

Mas ficamos pelo caminho. E as propostas hoje, por mais que digam que tragam algum benefício naqueles campos, não terão mais os mesmos efeitos práticos, caso tivéssemos tempo para desenvolver tais ganhos, o que penso não ocorrerá, em virtude de que uma geração posterior de caças que já começam a entrar em operação e que, inclusive, nos bate agora à porta.

Fica então aquele gosto de "dejavu" em relação a este programa, que infelizmente, o governo teima em manter. Não pelos ganhos em si prometidos, mas muito mais pelo fato de que não teremos uma força aérea digna desse nome quiçá bem antes do fim desta década, caso algo não seja feito.

É lamentável dizer isso, mas a irresponsabilidade e leniência do governo, e de certa forma da FAB também, na questão, nos trouxeram até aqui desta forma. E como nenhum governo gostaria de se arriscar a receber a pecha, em plena eleições, de "responsável pelo 'óbito sob falência múltipla dos órgãos da caça' da FAB" duvido que o resultado deste programa não seja definido até dezembro, a fim de que isto possa ser usado no ano que vem, convenientemente.

Mas será só isso. 36 reles caças, com promessas de tampão do modelo escolhido, apenas para "quebrar o galho" da FAB e não se oferecer brechas à críticas de quem quer que seja, em um momento pouco oportuno para isso. Mesmo que a sociedade esteja "cag...do e andando" para o assunto. Mas em época de fluidos políticos a flor da pele, todo cuidado é pouco. Veja-se o caso das denuncias sobre o gov de São Paulo e o envolvimento do MJ.

E tudo que a FAB não precisaria agora, e nem depois, em relação ao FX, seira virar o centro de uma discussão política inócua, hipócrita e mesquinha, entre dois grupos que nunca tiveram os interesses(necessidades) da FAB em atenção nas suas linhas de gestão.

Vamos torcer para que se isto for resolvido até o mês que vem, que seja feito tudo sob a mais absoluta descrição, dentro do possível. Para que em Outubro do ano que vem, quem sabe, no dia da caça, 23, possamos ser alegrados com o apontamento oficial do ganhador do FX e passemos para trás esta trite página da historia "fabiana", tendo em vista um futuro quem sabe, desta vez diferente do que vimos até agora.

Melhor pensar pra frente, e renovar as esperanças, do que ficar remoendo o que ficou para trás. Assim quem sabe, a 5a geração nos chegue mais rápida e célere do que a 4,5a G não conseguiu.

abs.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3763 Mensagem por bcorreia » Sex Nov 29, 2013 1:06 pm

kirk escreveu:
bcorreia escreveu:Kirk,

Mas uma dos méritos do AMX foi a participação da Embraer desde o esboço do projeto, com a FAB e a Embraer estando nessa praticamente desde o começo, coisa que não ocorreria com o Gripen, que além de ser uma evolução de um jato pronto, também já tinha o seu projeto bem avançado quando nos foi oferecido.

A Akaer é contratada da Saab e participa do design do Gripen desde o princípio, já li que o Gripen-E/F será ligeiramente maior e maior envergadura de asas para equilibrio dos novos aviônicos e tanques internos.

Participa, mas só no projeto e se não estou enganado das asas, ela não teve muita participação do projeto em si, e por ser um projeto "também nosso", deveria ter algum requisito operacional da FAB, o que não ocorreu, diferente dos AMX e dos KC390.

Ainda no caso dos sensores, um dos grande problemas que vejo nessa co-propriedade, é dos fornecedores não serem diretamente ligados a empresa que fabrica o caça, por mais que já tenhamos experiência de projetos com a Selex-Galileo, ainda sim teríamos que negociar essas tecnologias com eles, não creio que existira problema, mas mesmo assim é um fator que pode complicar as negociações.

O mesmo modus-operandi da Embraer, no caso da Selex, ela se associou a Atmos (brasileira) que participa do projeto independente do resultado do Gripen.

http://www.aereo.jor.br/2010/01/05/sele ... do-gripen/
http://moraisvinna.blogspot.com.br/2010 ... irmam.html

A Atmos é principalmente uma empresa que lida com radares meteorológicos, acho que a questão ai seria saber se ela teria a capacidade industrial para produzir componentes críticos desse radar como a antena e se a Selex permitiria a construção desses componentes por aqui, repassando inclusive firmware e capacidade de modificação deste. Pessoalmente gostaria que essa parceria para o Raven fosse com alguma empresa com maior experiência com radares militares, fosse a Mectron ou Bradar, que teriam uma maior capacidade de no futuro evoluir essas tecnologias para um projeto nosso.

Eu não tenho nada contra o Gripen, o acho um bom avião, só acho que o NG não foi lá um grande acerto da Saab, se era para reprojetar o bicho, era melhor ter partido logo para um projeto mais próximo de um quinta geração e no E/F ter se restringido basicamente a melhorias de aviônicos e sensores, deixando toda essa energia para um projeto de conceito mais recente.

Nisso eu concordo em partes contigo, gostaria de uma versão intermediária entre 4ta e 5ta geração, um design furtivo ... porém o foco da criação do E/F, além da atualização de todo o coração (base computacional), estrutura modular para melhor eficiência de upgrades, é a questão do raio de combate ... que melhorou significativamente.

Pois é, mas pra gastar toda essa energia num avião de quarta geração que vai ficar plenamente operacional na terceira década desse século, algo mais furtivo teria sido uma solução bem melhor. Ainda mais com os "proclamados" baixos custos operacionais que a Saab cita para o NG

Mesmo a GE sendo parceira de risco, acreditando que iria vender muitas unidades depois do FX-2, o mesmo também pode ocorrer com qualquer finalista do FX, acho muito difícil mesmo a GE conseguir fazer melhores condições, não por duvidar do projeto, mas porque a quantidade de motores vendidos para o F18 é absurdamente maior dos utilizados pelo Gripen, ainda sendo FMS

Veja, correia, a GE já deu o que tinha que dar a respeito do SH, tudo que tinha que vender já vendeu, ficará por conta das atualizações ... o F-414G tem componentes e diferenciais em relação ao F-414 do SH ... e ainda é uma aposta é onde a GE pode CRESCER em vendas, acredito que essa seja a aposta.

http://www.cavok.com.br/blog/?p=57627

Além do que a GE tem inúmeros ineresses no Brasil :

http://www.defesanet.com.br/site/upload ... e_null.jpg
Tudo bem a GE ter interesses aqui, só não compreendo como que um cliente que comprou umas 2000 unidades dessa turbina (como é FMS o comprador inicialmente seria o governo americano), conseguiria ter menos vantagens que um que se contemplando todos os 120 previstos para o FX2 teria umas 300 turbinas
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3764 Mensagem por Olinda » Sex Nov 29, 2013 2:05 pm

kirk escreveu:Mais companheiros incrédulos : :D
A SAAB apresentou, em sua proposta recentemente entregue ao Comando da Aeronáutica, um programa de transferência de tecnologia que inclui:

• 100% de todas as tecnologias solicitadas pelo Comando da Aeronáutica;
• 100% das tecnologias solicitadas pelas maiores empresas do setor aeroespacial, em especial a Embraer;
• Processo de transferência “on the job training” – Aprender fazendo;
Responsabilidade por 40% das atividades de desenvolvimento realizados por empresas brasileiras;
• Participação em todas as atividades de desenvolvimento;
Produção de 80% da estrutura da aeronave (asas, segmentos da fuselagem, portas, etc.) por empresas brasileiras, para todos os Gripens NG a serem produziodos, inclusive os da Suécia;
• Aviônica produzida no Brasil
http://www.defesanet.com.br/fx2/noticia ... engt-Janer
Mais uma pra sua "diversão" CB !! :mrgreen:

Por isso que não dá para acreditar mais na proposta da SAAB.

Se existe ainda pendente 40 % do desenvolvimento, como estão fabricando um protótipo?

Se 80% da fuselagem é diferente da do Gripen-Demo. Como podem garantir a entrega apartir de 2017, se ainda haverá homologação da estrutura com os demais componentes incluindo turbina?
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Olinda
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Re: Alternativas para fim do FX2

#3765 Mensagem por Olinda » Sex Nov 29, 2013 2:11 pm

FIGHTERCOM escreveu:
Olinda escreveu:
Houve exigencia de participação da industria nacional pela FAB no projeto do KC-390? Caso houvesse poderia-se comprar tecnologia e repassar para empresas nacionais, mas o custo seria muito maior.

O KC-390 é um projeto 100% da Embraer.
No caso do projeto de caça seria em associação com outro país/ Empresa, seria uma parceria, compartilhando conhecimentos.

O ponto é se o Brasil teria/tem condições de entrar em um projeto de caça. Se foi dito que poderia/pode desenvolver um projeto próprio.
Olinda,

Participação da indústria nacional é o mínimo que se espera de um projeto que está sendo bancado pelo Governo/FAB, ou seja, dinheiro do contribuinte brasileiro. Além do mais, o fato de ser um projeto nacional, não obriga, a priori, o governo a comprar tecnologias e repassar às empresas. Participa do projeto quem pode e tem capacidade para tal. No caso do KC390 ficou evidente que não houve empresas brasileiras capacitadas e a Embraer optou por selecionar fornecedores estrangeiros.


Abraços,

Wesley
Mas estamos falando de um projeto conjunto de um caça, onde as tecnologias dominadas por cada país seriam compartilhadas.

Se fosse para o Brasil desenvolver e construir um caça sozinho, realmente fica dificil, mas estamos falando de parceria.
Trancado