Alternativas para fim do FX2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Carlos Lima
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2566 Mensagem por Carlos Lima » Ter Set 24, 2013 2:48 pm

kirk escreveu:Lima,

Não há o que negociar, o Brasil não figura em quaisquer lista negra do DOD americano ... e até o momento não vimos o Rafale figurar nas listas ITAR porque não houve uma única exportação do equipamento.

Se "conseguirem" fechar com a índia ... que hoje já figura como contrato duvidoso, veremos se há ou não equipamentos ITAR ... postei inclusive em outro fórum nome e site da empresa americana que produz as pás do turbofan M-88 do Rafale ... vamos ver no momento certo essa autonomia toda francesa.

Abs
kirk
Bom,

Ate aonde consta o Rafale nao esta na lista e nao 'e por conta de zero exportacao e sim porque os seus componentes nao estao mesmo. Se fosse isso mesmo o Gripen A /B nunca estariam na lista do ITAR no seu inicio de carreira, mas sempre fizeram parte da lista.

Com relacao a 'India 'e aguardar ja que no momento estao sendo negociadas inclusive a integracao de armas russas.

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2567 Mensagem por bcorreia » Ter Set 24, 2013 2:48 pm

kirk escreveu:
bcorreia escreveu: F-18 não pode por ser americano, mas Gripen pode, apesar de ter o coração americano? Acho que o Gripen participa dessa lista do nem fudendo. O FX-2 aparentemente ficou entre o Rafale e o SU-35
Não se trata de ausência ou presença de componentes americanos no equipamento, já argumentei, mas vou repetir, os aviões brasileiros estão recheados de componentes americanos e isso não faz deles equipamentos americanos ... ou o amigo acredita que ST ou KC-390 sejam americanos?

Trata-se de não adquirir um equipamento de uma empresa apoiada pelo USGvt, gerando empregos nos states, e ampliando sobremaneira nosso relacionamento estratégico com o USGvt ... que envolvem questões de confiança mútua, quebrada pelo episódio de espionagem, sobretudo porque não foi nada para proteger "cidadãos americanos" ... foi uma pt falta de ética para beneficiar empresas americanas ... e pior, compartilhando com seus "amiguinhos mais próximos" ...

O Gripen é um caça suéco com componentes americanos, assim como os aviões brasileiros tem componentes americanos, entretanto o relacionamento será com o Gov. Suéco e não com o americano.

Sds
kirk
Lógica interessante essa, e comprar mais de 40 motores da GE (mesmo que montados pela Volvo) não ajudaria diretamente a a gerar empregos nos States?

Os produtos da Embraer realmente estão cheios de componentes norte-americanos, na maioria componentes ITAR-free, e mesmo assim os ST tiveram vendas embargadas por causa desses componentes de origem americana, agora imagina componentes não apenas estão sobre as regras do ITAR, mas que também seria difícil de trocar por um similar como são os motores do Gripen, não acha estranho isso, haverem várias reclamações por parte da FAB mesmo sobre embargos de componentes americanos e mesmo assim bater na tecla que não há problemas em usar desses componentes? Não acha que já passou da hora de diminuir essa dependência não? Alias, no caso do KC390, existe algum outro motor ocidental do porte dos V2500 que não tenha pelo menos uma parte produzida por empresas americanas?
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2568 Mensagem por Carlos Lima » Ter Set 24, 2013 2:55 pm

kirk escreveu:
Carlos Lima escreveu: Mais ou menos Spock,

Nos avioes russos e franceses os sensors sao russos e franceses, dai e' facil para esses paises aprovarem ou nao o seu uso/integracao.

No caso dos suecos, dependendo, tem que ser negociado 'por fora'. Entao em termos de autonomia, os paises que tem total controle sobre a aeronave tem mais chance de dizer ou nao o que se pode colocar nela do que os paises que nao tem.

Ou sera que ja esquecemos do caso do TP 2000?

Mas em um ponto eu concordo 1000000000000000000000000%. Sem as devidas vantagens de integracao que sejam do nosso interesse, russos, franceses, marcianos, suecos, chineses, nao deveriam ter chances alguma de ganhar algum contrato no Brasil.

Por outro lado, um ponto fraco na nossa 'ideia' 'e que por 36 aeronaves as vantagens nunca serao l'a essas coisas.

[]s
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Lima,

Se o objetivo fosse quaisquer autonomia ou ToT do F-414 do Gripen ... não teríamos, claro é um equipamento americano e o máximo que se conseguiria seria fabricação sob licença como fez a índia ... porém não teríamos isso com ninguém, nem com franceses nem russos, nem americanos ... ninguém propôs isso ao Brasil ... mas poderemos ter overhall na subsidiária brasileira da GE que já faz isso em motores até de maior porte.

Abs
kirk
Pois Spock,

Mas no momento a nossa lider nao me parece que ficaria feliz em assinar um contrato de Bi US$ com empresa Americana para comprar produto que nem "Made in Brasil" 'e.

E quanto a russos e franceses a vantagem deles 'e que para ganhar uma proposta dessas (principalmente agora) eles toda a liberdade de oferecerem o que quiser, ja os suecos estao limitados as partes do aviao que sao deles.

Mas sem duvida tem que dar tempo ao tempo e ver o que vai acontecer. ;)

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2569 Mensagem por nveras » Ter Set 24, 2013 3:40 pm

Carlos Lima escreveu:
kirk escreveu:Lima,

Se o objetivo fosse quaisquer autonomia ou ToT do F-414 do Gripen ... não teríamos, claro é um equipamento americano e o máximo que se conseguiria seria fabricação sob licença como fez a índia ... porém não teríamos isso com ninguém, nem com franceses nem russos, nem americanos ... ninguém propôs isso ao Brasil ... mas poderemos ter overhall na subsidiária brasileira da GE que já faz isso em motores até de maior porte.

Abs
kirk
Pois Spock,

Mas no momento a nossa lider nao me parece que ficaria feliz em assinar um contrato de Bi US$ com empresa Americana para comprar produto que nem "Made in Brasil" 'e.

E quanto a russos e franceses a vantagem deles 'e que para ganhar uma proposta dessas (principalmente agora) eles toda a liberdade de oferecerem o que quiser, ja os suecos estao limitados as partes do aviao que sao deles.

Mas sem duvida tem que dar tempo ao tempo e ver o que vai acontecer. ;)

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2570 Mensagem por kirk » Ter Set 24, 2013 3:55 pm

bcorreia escreveu:
kirk escreveu: Não se trata de ausência ou presença de componentes americanos no equipamento, já argumentei, mas vou repetir, os aviões brasileiros estão recheados de componentes americanos e isso não faz deles equipamentos americanos ... ou o amigo acredita que ST ou KC-390 sejam americanos?

Trata-se de não adquirir um equipamento de uma empresa apoiada pelo USGvt, gerando empregos nos states, e ampliando sobremaneira nosso relacionamento estratégico com o USGvt ... que envolvem questões de confiança mútua, quebrada pelo episódio de espionagem, sobretudo porque não foi nada para proteger "cidadãos americanos" ... foi uma pt falta de ética para beneficiar empresas americanas ... e pior, compartilhando com seus "amiguinhos mais próximos" ...

O Gripen é um caça suéco com componentes americanos, assim como os aviões brasileiros tem componentes americanos, entretanto o relacionamento será com o Gov. Suéco e não com o americano.

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Lógica interessante essa, e comprar mais de 40 motores da GE (mesmo que montados pela Volvo) não ajudaria diretamente a a gerar empregos nos States?

Os produtos da Embraer realmente estão cheios de componentes norte-americanos, na maioria componentes ITAR-free, e mesmo assim os ST tiveram vendas embargadas por causa desses componentes de origem americana, agora imagina componentes não apenas estão sobre as regras do ITAR, mas que também seria difícil de trocar por um similar como são os motores do Gripen, não acha estranho isso, haverem várias reclamações por parte da FAB mesmo sobre embargos de componentes americanos e mesmo assim bater na tecla que não há problemas em usar desses componentes? Não acha que já passou da hora de diminuir essa dependência não? Alias, no caso do KC390, existe algum outro motor ocidental do porte dos V2500 que não tenha pelo menos uma parte produzida por empresas americanas?
bcorreia, se os equipamentos do ST fosse ITAR-Free os americanos não poderiam embargar a venda para a Venezuela, nosso governo que financia o KC-390 e o ST não limitaram o uso de componentes americanos, então não acredito que exista esse critério na definição do Fx-2.

Volto a repetir o Gripen é tão suéco quanto o ST é brasileiro (100%), a opção de usar componentes com a melhor performance e melhor custo/benefício independente de ser americano ou não é compartilhada pela SAAB tanto quanto pela Embraer, porém é uma OPÇÃO, que permite uma maior eficiência do equipamento relevando a segundo plano questões ideológicas, priorizando o pragmatismo e os custos do projeto.

Há outras opções? claro que há, dependendo que quais sejam as prioridades brasileiras ... se de fato forem autonomia de integrações e manutenção, custos e tecnologia para aeronaves supersônicas, não tem porque descartar o Gripen ... pode ser por outros motivos, mas nunca por ter componentes americanos ... não faz sentido se até os aviões brasileiros também tem.

Sds
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Os Estados não se defendem exigindo explicações, pedidos de desculpas ou com discursos na ONU.

“Quando encontrar um espadachim, saque da espada: não recite poemas para quem não é poeta”
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2571 Mensagem por kirk » Ter Set 24, 2013 3:57 pm

nveras escreveu: NESSA PARTE, SOMOS IMBATÍVEIS.
:lol: :lol: :lol:
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2572 Mensagem por bcorreia » Ter Set 24, 2013 4:19 pm

kirk escreveu:
bcorreia escreveu: Lógica interessante essa, e comprar mais de 40 motores da GE (mesmo que montados pela Volvo) não ajudaria diretamente a a gerar empregos nos States?

Os produtos da Embraer realmente estão cheios de componentes norte-americanos, na maioria componentes ITAR-free, e mesmo assim os ST tiveram vendas embargadas por causa desses componentes de origem americana, agora imagina componentes não apenas estão sobre as regras do ITAR, mas que também seria difícil de trocar por um similar como são os motores do Gripen, não acha estranho isso, haverem várias reclamações por parte da FAB mesmo sobre embargos de componentes americanos e mesmo assim bater na tecla que não há problemas em usar desses componentes? Não acha que já passou da hora de diminuir essa dependência não? Alias, no caso do KC390, existe algum outro motor ocidental do porte dos V2500 que não tenha pelo menos uma parte produzida por empresas americanas?
bcorreia, se os equipamentos do ST fosse ITAR-Free os americanos não poderiam embargar a venda para a Venezuela, nosso governo que financia o KC-390 e o ST não limitaram o uso de componentes americanos, então não acredito que exista esse critério na definição do Fx-2.

Volto a repetir o Gripen é tão suéco quanto o ST é brasileiro (100%), a opção de usar componentes com a melhor performance e melhor custo/benefício independente de ser americano ou não é compartilhada pela SAAB tanto quanto pela Embraer, porém é uma OPÇÃO, que permite uma maior eficiência do equipamento relevando a segundo plano questões ideológicas, priorizando o pragmatismo e os custos do projeto.

Há outras opções? claro que há, dependendo que quais sejam as prioridades brasileiras ... se de fato forem autonomia de integrações e manutenção, custos e tecnologia para aeronaves supersônicas, não tem porque descartar o Gripen ... pode ser por outros motivos, mas nunca por ter componentes americanos ... não faz sentido se até os aviões brasileiros também tem.

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Não falei que os ST tem todos os componentes ITAR-free, afirmei que a embraer procura usar componentes ITAR-free sempre que possível, como foram a escolha dos componentes para os KC390, mas se você acha que por serem ITAR-free os EUA não podem ou conseguem os embarcar.... Bom, exemplos disso existem relatados, é só buscar.

A grande diferença entre os ST, KC390 ou qualquer produto que seja desenvolvido por aqui com componentes americanos e um produto estrangeiro com esses componentes é que nos projetamos, nos temos o seu projeto, e aqui está o conhecimento do porque de cada cálculo, nós negociamos diretamente com eles para poder fazer esse uso, e em caso extremo, por ser projeto nosso, o conhecimento para adaptar o produto para outros componentes é nosso, com o Gripen não é bem o que ocorre, sem falar que, ainda teríamos que negociar com outros países além da Suécia, alias, se é pra comprar um vetor de quarta geração que só vai estar plenamente operacional na próxima década, que dificilmente terá capacidades operacionais superiores ao que já está operando agora, compra qualquer um, ou até mesmo tampax e deixa a Embraer desenvolver o seu próprio produto, capacidade para correr atrás das tecnologias e/ou mão de obra e gerir o projeto para desenvolver um ela já mostrou ter de sobra.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2573 Mensagem por kirk » Ter Set 24, 2013 5:41 pm

Governo restringirá à compra de caças para reequipar Forças Armadas brasileiras a resposta econômica ao monitoramento norte-americano

Depois de adotar um tom bastante duro contra as ações de espionagem norte-americana em seu discurso na abertura da 68º Assembleia-Geral das Organizações das Nações Unidas (ONU), a presidente Dilma Rousseff, em sua viagem aos Estados Unidos nesta semana, pretende deixar claro para os empresários e autoridades do país que não deixará que o caso atrapalhe as parcerias comerciais entre Brasil e Estados Unidos.

Esse será o recado que a presidente deverá passar nas demais reuniões das quais participará em solo americano. A agenda inclui, por exemplo, encontro com empresários que participarão de um seminário, promovido pelo banco Goldman Sachs e pelo Grupo Bandeirantes, para discutir oportunidades de investimentos em infraestrutura no Brasil, na quarta-feira.

De acordo com interlocutores da presidente, embora ela entenda que o episódio da espionagem norte-americana teve fins econômicos, Dilma, estrategicamente, optou por tratar os dois assuntos – espionagem e comércio – de forma desvinculada.

Análise: Espionagem causa mal-estar, mas não muda relações de EUA e Brasil

A única consequência econômica do episódio, se depender da presidente, deverá ser em relação ao acordo de cooperação na área da defesa, que envolve a compra de 36 caças que o governo brasileiro pretende fechar com o objetivo de reequipar as Forças Armadas.

Dilma entende que, para essa negociação, na qual a norte-americana Boeing vinha aparecia entre as favoritas, vale muito mais o critério da “confiança mútua” entre países, que as possíveis vantagens técnicas do modelo norte-americano F-18 Super Hornet. Isso porque a meta brasileira é conseguir um acordo que envolva transferência de tecnologia e uma parceria em longo prazo.

Sinais

O sinal de que o governo brasileiro não está mais disposto a fechar a parceria com os Estados Unidos já foi dado na nota emitida por ocasião do cancelamento da visita de estado que Dilma faria aos Estados Unidos no dia 23 de outubro.

Os dois governos emitiram simultaneamente notas sobre a recusa do convite pela presidente. A nota da Casa Branca ressalta a parceria nessa área. “O presidente Obama aguarda com esperança a oportunidade de receber a presidente Rousseff em Washington, em data a ser decidida por acordo. Outros importantes mecanismos de cooperação, entre os quais diálogos presidenciais sobre cooperação política, econômica, energética e de defesa, continuarão”, diz o texto.

Sem condições: Dilma diz que cancelou viagem por 'ausência de apuração'

Já a nota do Planalto não inclui a Defesa entre as parcerias estratégicas para o Brasil com os Estados Unidos. “O governo brasileiro tem presente a importância e a diversidade do relacionamento bilateral, fundado no respeito e na confiança mútua. Temos trabalhado conjuntamente para promover o crescimento econômico e fomentar a geração de emprego e renda. Nossas relações compreendem a cooperação em áreas tão diversas como ciência e tecnologia, educação, energia, comércio e finanças, envolvendo governos, empresas e cidadãos dos dois países”, diz o texto.
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/20 ... e-eua.html
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2574 Mensagem por BrasilPotência » Ter Set 24, 2013 9:00 pm

Pelo que entendi, nada muda na relação Brasil-EUA, exceto a compra de caças que não será mais made in USA.
Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2575 Mensagem por MAJOR FRAGUAS » Ter Set 24, 2013 10:08 pm

Bravo!!! Agora so precisa bater o martelo emntre o gripen ou Rafale e acabar com essa doença que ja dura anos e que se chama FX, ou cancela tudo pega aqueles 18 SU-30K e encomenda 36 PAKF50... :D
Sds Coloradas!
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2576 Mensagem por Penguin » Ter Set 24, 2013 11:15 pm

kirk escreveu:
bcorreia escreveu: Lógica interessante essa, e comprar mais de 40 motores da GE (mesmo que montados pela Volvo) não ajudaria diretamente a a gerar empregos nos States?

Os produtos da Embraer realmente estão cheios de componentes norte-americanos, na maioria componentes ITAR-free, e mesmo assim os ST tiveram vendas embargadas por causa desses componentes de origem americana, agora imagina componentes não apenas estão sobre as regras do ITAR, mas que também seria difícil de trocar por um similar como são os motores do Gripen, não acha estranho isso, haverem várias reclamações por parte da FAB mesmo sobre embargos de componentes americanos e mesmo assim bater na tecla que não há problemas em usar desses componentes? Não acha que já passou da hora de diminuir essa dependência não? Alias, no caso do KC390, existe algum outro motor ocidental do porte dos V2500 que não tenha pelo menos uma parte produzida por empresas americanas?
bcorreia, se os equipamentos do ST fosse ITAR-Free os americanos não poderiam embargar a venda para a Venezuela, nosso governo que financia o KC-390 e o ST não limitaram o uso de componentes americanos, então não acredito que exista esse critério na definição do Fx-2.

Volto a repetir o Gripen é tão suéco quanto o ST é brasileiro (100%), a opção de usar componentes com a melhor performance e melhor custo/benefício independente de ser americano ou não é compartilhada pela SAAB tanto quanto pela Embraer, porém é uma OPÇÃO, que permite uma maior eficiência do equipamento relevando a segundo plano questões ideológicas, priorizando o pragmatismo e os custos do projeto.

Há outras opções? claro que há, dependendo que quais sejam as prioridades brasileiras ... se de fato forem autonomia de integrações e manutenção, custos e tecnologia para aeronaves supersônicas, não tem porque descartar o Gripen ... pode ser por outros motivos, mas nunca por ter componentes americanos ... não faz sentido se até os aviões brasileiros também tem.

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kirk
Por falar em ITAR....o satelite que o Brasil selecionou da Thales....

06 de Setembro, 2013 - 11:43 ( Brasília )
SGDC - RESTRIÇÕES DO ITAR E SGDC-2 SÓ EM 2022
Satélite brasileiro não está totalmente livre de restrições militares norte-americanas. Segundo satélite (SGDC-2) deverá operar em 2022

Fonte Teletime - 05 Setembro 2013

Um detalhe até então desconhecido da escolha do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Brasileiro, o SGDC-1, cujo fornecedor (Thales Alenia) foi anunciado há poucas semanas, é que ele não é um satélite imune à regulamentação militar norte-americana. Não é, portanto, um satélite ITAR-free. ITAR é a sigla para International Traffic in Arms Regulations, que é a regulação dos EUA que limita o compartilhamento de informações e a venda de equipamentos que possam ter relevância militar para o governo norte-americano. Na prática, qualquer tecnologia desenvolvida nos EUA que seja classificada como ITAR está sujeita a essas restrições, mesmo quando comercializadas por uma empresa estrangeira.

No caso do satélite brasileiro, a Thales é uma empresa francesa, que em tese teria condições de fornecer um satélite sem essas restrições do ITAR. Mas na prática, chegar aos custos, escala e prazos necessários sem passar por nenhuma tecnologia norte-americana é quase impossível. Segundo fontes que acompanharam o processo de contratação do satélite, isso significa que algumas partes da tecnologia do satélite não poderão ser compartilhadas com brasileiros, mas não se sabe exatamente o quê. Ainda segundo essas fontes, a limitação do ITAR não deve se aplicar à capacidade em banda X do satélite, que será usada para fins militares.

VLS

Nesse caso, os fornecedores escolhidos dos componentes e subsistemas do satélite seriam ITAR-Free. Também existe a expectativa de que parte da tecnologia a ser utilizada pelo lançador (cujo fornecedor é a Arianespace) poderá ser absorvida pela equipe envolvida no projeto do Veículo Lançador de Satélite (VLS), trabalho há anos sendo desenvolvido no Brasil para lançamento de pequenos satélites e que teve significativa perda de material humano e atraso quando ocorreu o acidente na base de Alcântara, em 2003, matando mais de 20 pessoas envolvidas no projeto.

Originalmente, o projeto do SGDC previa que ele fosse totalmente livre dessas restrições inerentes ao ITAR, até para que o governo pudesse maximizar a transferência tecnológica, mas isso não foi possível nas condições de preço e prazo disponíveis. Ainda assim, a avaliação é de que o acordo firmado com a Thales permitirá a incorporação de uma quantidade razoável de conhecimento ao processo.

A expectativa é de que até abril ou maio de 2014, quando o satélite passará a ser efetivamente construído, a Agência Espacial Brasileira (AEB) anuncie como será a participação de empresas brasileiras ligadas a esse segmento no processo de transferência tecnológica.

Not made in Brazil

Um outro detalhe sobre o SGDC-1: ele não tem, pelo menos até esse momento, nenhum componente fabricado no Brasil, mas isso ainda pode mudar. Existe a possibilidade de que alguns sistemas secundários possam contar com fornecedores brasileiros. Mas isso será avaliado posteriormente, dentro do projeto final do satélite, e de modo a assegurar a performance e a segurança do equipamento nas condições contratadas, segundo fontes ouvidas por este noticiário.

SGDC-2 só deve operar em 2022

O projeto original do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Brasileiro (SGDC) prevê um total de três satélites para uso civil e militar. Desde a sua origem, o projeto já sofreu inúmeras mudanças de escopo, prazo e orçamento. Uma mudança recente, em função até do atraso para a escolha do SGDC-1, foi a data prevista para operação (agora oficialmente meados de 2016) e a previsão do cronograma para o SGDC-2. Originalmente, o segundo satélite seria contratado em 2016. Agora, a expectativa do governo é que ele comece a ser contratado em 2019 para entrar em operação até 2022. O terceiro satélite só viria depois disso, caso não se opte por fazer dois de uma vez.

O SGDC-1, que ficará na posição 75°W (a dispensa de licitação foi, aliás, aprovada nesta quinta, 5, pela Anatel), deve começar a ser construído em cerca de nove meses, a partir do momento em que a Visiona (prime-contractor) tiver o mandato da Telebras para assinar o contrato com a Thales, o que deve acontecer no próximo mês.

A construção das instalações que abrigarão o centro de controle deve começar ainda este ano, e será coordenada pela Telebras e pelos órgãos de defesa. A única restrição, nesse caso, é que os dois centros de controle ficarão em áreas militares, no Rio de Janeiro e em Brasília.

Outra variação nos planos originais se deu no orçamento. O primeiro satélite deveria ter custado R$ 700 milhões, mas com a variação cambial, o custo está estimado entre R$ 1 bilhão e R$ 1,1 bilhão. Segundo apurou este noticiário, com a preocupação crescente do governo com a soberania de suas informações, a tendência é que não haja dificuldades para fazer esse ajuste orçamentário, mas é algo que ainda precisará ser discutido com o governo.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2577 Mensagem por kirk » Qua Set 25, 2013 12:27 am

kirk escreveu:
bcorreia escreveu: Lógica interessante essa, e comprar mais de 40 motores da GE (mesmo que montados pela Volvo) não ajudaria diretamente a a gerar empregos nos States?

Os produtos da Embraer realmente estão cheios de componentes norte-americanos, na maioria componentes ITAR-free, e mesmo assim os ST tiveram vendas embargadas por causa desses componentes de origem americana, agora imagina componentes não apenas estão sobre as regras do ITAR, mas que também seria difícil de trocar por um similar como são os motores do Gripen, não acha estranho isso, haverem várias reclamações por parte da FAB mesmo sobre embargos de componentes americanos e mesmo assim bater na tecla que não há problemas em usar desses componentes? Não acha que já passou da hora de diminuir essa dependência não? Alias, no caso do KC390, existe algum outro motor ocidental do porte dos V2500 que não tenha pelo menos uma parte produzida por empresas americanas?
bcorreia, se os equipamentos do ST fosse ITAR-Free os americanos não poderiam embargar a venda para a Venezuela, nosso governo que financia o KC-390 e o ST não limitaram o uso de componentes americanos, então não acredito que exista esse critério na definição do Fx-2.

Volto a repetir o Gripen é tão suéco quanto o ST é brasileiro (100%), a opção de usar componentes com a melhor performance e melhor custo/benefício independente de ser americano ou não é compartilhada pela SAAB tanto quanto pela Embraer, porém é uma OPÇÃO, que permite uma maior eficiência do equipamento relevando a segundo plano questões ideológicas, priorizando o pragmatismo e os custos do projeto.

Há outras opções? claro que há, dependendo que quais sejam as prioridades brasileiras ... se de fato forem autonomia de integrações e manutenção, custos e tecnologia para aeronaves supersônicas, não tem porque descartar o Gripen ... pode ser por outros motivos, mas nunca por ter componentes americanos ... não faz sentido se até os aviões brasileiros também tem.

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06 de Setembro, 2013 - 11:43 ( Brasília )
SGDC - RESTRIÇÕES DO ITAR E SGDC-2 SÓ EM 2022
Satélite brasileiro não está totalmente livre de restrições militares norte-americanas. Segundo satélite (SGDC-2) deverá operar em 2022

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Um detalhe até então desconhecido da escolha do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Brasileiro, o SGDC-1, cujo fornecedor (Thales Alenia) foi anunciado há poucas semanas, é que ele não é um satélite imune à regulamentação militar norte-americana. Não é, portanto, um satélite ITAR-free. ITAR é a sigla para International Traffic in Arms Regulations, que é a regulação dos EUA que limita o compartilhamento de informações e a venda de equipamentos que possam ter relevância militar para o governo norte-americano. Na prática, qualquer tecnologia desenvolvida nos EUA que seja classificada como ITAR está sujeita a essas restrições, mesmo quando comercializadas por uma empresa estrangeira.

No caso do satélite brasileiro, a Thales é uma empresa francesa, que em tese teria condições de fornecer um satélite sem essas restrições do ITAR. Mas na prática, chegar aos custos, escala e prazos necessários sem passar por nenhuma tecnologia norte-americana é quase impossível. Segundo fontes que acompanharam o processo de contratação do satélite, isso significa que algumas partes da tecnologia do satélite não poderão ser compartilhadas com brasileiros, mas não se sabe exatamente o quê. Ainda segundo essas fontes, a limitação do ITAR não deve se aplicar à capacidade em banda X do satélite, que será usada para fins militares.

VLS

Nesse caso, os fornecedores escolhidos dos componentes e subsistemas do satélite seriam ITAR-Free. Também existe a expectativa de que parte da tecnologia a ser utilizada pelo lançador (cujo fornecedor é a Arianespace) poderá ser absorvida pela equipe envolvida no projeto do Veículo Lançador de Satélite (VLS), trabalho há anos sendo desenvolvido no Brasil para lançamento de pequenos satélites e que teve significativa perda de material humano e atraso quando ocorreu o acidente na base de Alcântara, em 2003, matando mais de 20 pessoas envolvidas no projeto.

Originalmente, o projeto do SGDC previa que ele fosse totalmente livre dessas restrições inerentes ao ITAR, até para que o governo pudesse maximizar a transferência tecnológica, mas isso não foi possível nas condições de preço e prazo disponíveis. Ainda assim, a avaliação é de que o acordo firmado com a Thales permitirá a incorporação de uma quantidade razoável de conhecimento ao processo.

A expectativa é de que até abril ou maio de 2014, quando o satélite passará a ser efetivamente construído, a Agência Espacial Brasileira (AEB) anuncie como será a participação de empresas brasileiras ligadas a esse segmento no processo de transferência tecnológica.

Not made in Brazil

Um outro detalhe sobre o SGDC-1: ele não tem, pelo menos até esse momento, nenhum componente fabricado no Brasil, mas isso ainda pode mudar. Existe a possibilidade de que alguns sistemas secundários possam contar com fornecedores brasileiros. Mas isso será avaliado posteriormente, dentro do projeto final do satélite, e de modo a assegurar a performance e a segurança do equipamento nas condições contratadas, segundo fontes ouvidas por este noticiário.

SGDC-2 só deve operar em 2022

O projeto original do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação Brasileiro (SGDC) prevê um total de três satélites para uso civil e militar. Desde a sua origem, o projeto já sofreu inúmeras mudanças de escopo, prazo e orçamento. Uma mudança recente, em função até do atraso para a escolha do SGDC-1, foi a data prevista para operação (agora oficialmente meados de 2016) e a previsão do cronograma para o SGDC-2. Originalmente, o segundo satélite seria contratado em 2016. Agora, a expectativa do governo é que ele comece a ser contratado em 2019 para entrar em operação até 2022. O terceiro satélite só viria depois disso, caso não se opte por fazer dois de uma vez.

O SGDC-1, que ficará na posição 75°W (a dispensa de licitação foi, aliás, aprovada nesta quinta, 5, pela Anatel), deve começar a ser construído em cerca de nove meses, a partir do momento em que a Visiona (prime-contractor) tiver o mandato da Telebras para assinar o contrato com a Thales, o que deve acontecer no próximo mês.

A construção das instalações que abrigarão o centro de controle deve começar ainda este ano, e será coordenada pela Telebras e pelos órgãos de defesa. A única restrição, nesse caso, é que os dois centros de controle ficarão em áreas militares, no Rio de Janeiro e em Brasília.

Outra variação nos planos originais se deu no orçamento. O primeiro satélite deveria ter custado R$ 700 milhões, mas com a variação cambial, o custo está estimado entre R$ 1 bilhão e R$ 1,1 bilhão. Segundo apurou este noticiário, com a preocupação crescente do governo com a soberania de suas informações, a tendência é que não haja dificuldades para fazer esse ajuste orçamentário, mas é algo que ainda precisará ser discutido com o governo.
É o que eu disse ao Lima anteriormente, tem equipamentos que somente saberemos de de fato são ITAR-free quando acontecer a exportação ... é o caso do Rafale ... só saberemos quando for exportado ... até lá vamos ter que engolir esse blá, blá, bla´de ITAR-Free, como afirmou a Thales antes de fechar o contrato.

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2578 Mensagem por Carlos Lima » Qua Set 25, 2013 12:41 am

:shock:

O que tem a ver o satellite com o Rafale?

Até agora não existe prova alguma que o Rafale tem dependências com relação ao ITAR e os franceses já disseram isso ínumeras vezes.

E se observar bem a reportagem, no caso do Satélite o que impediu o ITAR free foi preço. O que tem pouco a ver com um caça em produção em série.

Uma coisa é uma coisa... outra coisa é outra coisa. ;)

Por enquanto pelo menos até que provem o contrário, o Rafale é ITAR free.

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2579 Mensagem por bcorreia » Qua Set 25, 2013 4:45 am

kirk escreveu: É o que eu disse ao Lima anteriormente, tem equipamentos que somente saberemos de de fato são ITAR-free quando acontecer a exportação ... é o caso do Rafale ... só saberemos quando for exportado ... até lá vamos ter que engolir esse blá, blá, bla´de ITAR-Free, como afirmou a Thales antes de fechar o contrato.

Sds
kirk
Bom, francofobia a parte, a matéria é bem explicita quando fala de custos e prazos para justificar o uso dos componentes sobre o ITAR, mas seria interessante saber quais são esses componentes, seriam esses relacionados ao controle do satélite como sensores inerciais ou manobradores, ou teria algo diretamente relacionado aos transponders que pudesse comprometer a segurança dos dados retransmitidos?

Mas acho interessante para o FX-2 acompanhar como será o desenrolar desse satélite, até porque, como a Thales também é a fornecedora dos sistemas eletrônicos do Rafale, e essa compra também envolve ToTs, será interessante de ver como se dará essa transferência de uma empresa privada, que terá repassar essa tecnologia a uma empresa que não é sua subsidiária.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2580 Mensagem por Bourne » Qua Set 25, 2013 8:07 am

Se o projeto provém de um país membro da OTAN, a tendência é ter componentes americanos em maior ou menor grau. Além disso são aliados e vão agir em conjunto quando for necessário. E, os fatos recentes, mostram uma relação muito próxima política, militar e de apoio mútuo.

Se querem equipamentos livres de interferências ocidentais a alternativa é fabricá-los e/ou comprar no oriente.

O satélite é fabricando por empresa estrangeira que segue as leis nacionais. Nada impede de terem a capacidade de tirá-lo do ar ou grampeá-lo, se necessário e por ordem do país de origem. Os técnicos brasileiros não tem condições de achar esses problemas por que não conhecem o projeto e terão pouco acesso a informações sensíveis. Isto é, pouco muda com a proteção de dados brasileira, tira a pressão do mercado, mas mantém desprotegido os sistemas de comunicações nacional. É mais jogar para a torcida, assim como as ToTs mágicas.
Trancado