henriquejr escreveu:FCarvalho escreveu:Interessa saber agora, com esta avaliação preliminar positiva sobre o IA2, como fica uma eventual proposta da Taurus com o seu "FAT 5,56" (ex-ART5,56) baseado nos M-4 para as ffaa's.
Na minha opinião, a Taurus entrou nessa área de fuzil pensando basicamente no mercado policial, pois sabe que a IMBEL sempre terá a preferência das FAs. Hoje as polícias estão esquipadas, em sua grande maioria, por velhos fuzis Imbel MD-2 e FAL (muito deles doados pela MB). Esses fuzis, principalmente o primeiro, nunca foram muito populares, pelos motivos que todos aqui sabem. Algumas forças policiais que tiveram, em algum momento, mais apoio do seu respectivo governo, conseguiram adquirir, mediante autorização judicial, fuzis M-16/M-4 (RJ, GO, PR). Acho que a Taurus viu este nicho de mercado, principalmente com a aproximação da Copa e das Olimpíadas.
Para terem uma ideia, o BOPE da PM/RN tentou adquirir um lote de submetralhadoras HK MP-5, para equipar sua equipe de intervenções táticas e não conseguiu simplesmente porque não conseguiu, junto ao EB, as permissões necessárias! Hoje esta unidade se encontra equipa com carabinas Taurus CT-30.
Bem isto pode até ser a ideia principal por detrás da proposta de um novo fuzil. Mas, se for realmente isso, para que então a Taurus largou mão do seu teórico ART5,56 baseado na carabina CT5,56 e voltada para uso policial, e que, alternativamente, tinha a função automática para uso militar, mas que até hoje "ninguém sabe, ninguém viu"?
E também, se é para concorrer com um novo fuzil para as PM's, até onde sei, em termos legais, há muitas restrições para operar-se fuzis automáticos, tanto que o número destes é bem limitado nestas organizações, ficando na maior parte do tempo no uso de tropas do tipo BOPE? O mercado não seria tão grande assim então que justificasse se adotar o conceito mecânico das M-4 para ser aplicado na verdade na versão fuzil do teórico ART5,56?
Bom, acho que a Taurus, salvo engano, viu nos problemas e na demora no desenvolvimento do IA2 uma brecha para tentar colocar ali um produto seu, e sabendo das colocações que tu fizestes. Assim sendo, lançou mão de um pequeno estrategema, com a adoção dos mecanismos da M-4, tanto para contrabalançar o protecionismo dado à Imbel por parte do EB, como para queimar etapas e custos de desenvolvimento, e oferecer às ffaa's uma arma nacional baseado em uma outra já totalmente provada, reconhecida e consagrada no mercado, e nos campos de batalha mundo afora, fato este muito apreciado não só no EB, como nas demais ffaa's, no caso de produtos novos.
Pode dar certo. Ou não. De qualquer forma, vamos ter que esperar como o MD - e o EB - vai reagir a esta novidade, posto que até agora, não havia "concorrência" neste assunto. Tomara, espero, que as soluções sejam as mais adequadas as nossas necessidades, e não as conveniências de este ou aquele interessado.
abs.