Mas não na Arabia Saudita.LeandroGCard escreveu:Deve ter muita gente em Washington respirando aliviada .Bourne escreveu:O objetivo original está sendo cumprido. Não se meter na Síria e ter uma saída viável.
Leandro G. Card
Ataque à Síria
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Re: Ataque à Síria
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Re: Ataque à Síria
São reféns dos dinheiros dos árabes.Wingate escreveu:Mas...e os demais países árabes, ficam na moita? O que fará a Arábia Saudita? O Kuwait? Os Emirados? É interessante como se omitem quando o pau quebra feio...Ninguém propõe uma intervenção tipo "árabes cuidando de árabes" sem a participação de ianques et caterva...Por que? Falta de dinheiro não é, com certeza, possuem zilhões de $$$$...É muito conveniente ter o serviço sujo a cargo de outrem...FOXTROT escreveu:Essa é a marionete mais covarde que já tive notícias!
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http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Obama: plano russo sobre a Síria é 'potencialmente positivo'
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que a proposta da Rússia para que a Síria submeta suas armas químicas a controle internacional é "potencialmente positiva" e prometeu levá-la a sério.
"É um desenvolvimento potencialmente positivo", disse Obama à emissora de televisão americana CNN.
"Se pudermos esgotar os esforços diplomáticos e alcançar uma fórmula que dê à comunidade internacional um mecanismo verificável e aplicável para lidar com essas armas químicas na Síria, então, sou a favor disso", acrescentou.
Nesta segunda, a Rússia propôs que a Síria submeta seu arsenal de armas químicas a controle internacional, para evitar um ataque americano. A proposta foi rapidamente aceita pela Síria e recebida com satisfação pela ONU e por países como França e Alemanha.
Obama expressou sua convicção de que mudança de postura do governo de Bashar al-Assad e a apresentação da proposta aconteceram em função das ameaças de ataques militares à Síria.
"Tenho de dizer que dificilmente teríamos chegado a este ponto, em que há declarações públicas como essa, sem uma ameaça militar crível", frisou Obama.
Ainda em entrevista à CNN, Obama ressaltou que não serão toleradas manobras por parte da Síria.
Em declarações à rede NBC, o presidente dos Estados Unidos admitiu, porém, que não tem certeza de que terá apoio do Congresso: "Não diria que tenho confiança. Tenho confiança de que os membros do Congresso estão levando este assunto muito a sério e que estão fazendo seu trabalho, e eu reconheço isso".
A votação prevista para a próxima quarta-feira no Senado sobre a proposta do governo de lançar ataques contra a Síria foi adiada diante do plano russo sobre o arsenal químico sírio, informou o senador democrata Harry Reid.
"Não acho que precisemos" votar rapidamente, disse o líder da maioria democrata no Senado, poucas horas depois do anúncio da votação para esta quarta-feira.
"Acho que devemos dar ao presidente (Barack Obama) a oportunidade de falar com os 100 senadores e com os 300 milhões de americanos" antes de votar, acrescentou.
Sempre os mesmos atores (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia) com variações de cenário,...
ONDE ESTÃO OS ÁRABES?
Wingate
(Desculpem o desabafo...)
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Re: Ataque à Síria
Tá difícil a vida do Obama. Não importa o que ele fizer vai ser criticado. Se ordenar o bombardeio da Síria será chamado de carniceiro, assassino, bandido cruel. Se não bombardear os mesmos elementos vão critica-lo de covarde, indeciso, fraco, banana.
Tanto faz, portanto, o que ele decidir. Vai ser criticado da mesma maneira. Penso que, cada vez mais, os cidadãos americanos vão acabar apoiando politicas isolacionistas.
.
Tanto faz, portanto, o que ele decidir. Vai ser criticado da mesma maneira. Penso que, cada vez mais, os cidadãos americanos vão acabar apoiando politicas isolacionistas.
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Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: Ataque à Síria
delmar escreveu:Tá difícil a vida do Obama. Não importa o que ele fizer vai ser criticado. Se ordenar o bombardeio da Síria será chamado de carniceiro, assassino, bandido cruel. Se não bombardear os mesmos elementos vão critica-lo de covarde, indeciso, fraco, banana.
Tanto faz, portanto, o que ele decidir. Vai ser criticado da mesma maneira. Penso que, cada vez mais, os cidadãos americanos vão acabar apoiando politicas isolacionistas.
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E os países árabes ricos que deveriam cuidar de seus irmãos....
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Re: Ataque à Síria
É que o fanatismo religioso sempre deixou populações e lideres alienados. O pessoal fala mau de Israel, mas ali naquele ninho de cobras eles se merecem. O destino dos povos daquele região infelizmente perece ser morrerem abraçadosWingate escreveu:delmar escreveu:Tá difícil a vida do Obama. Não importa o que ele fizer vai ser criticado. Se ordenar o bombardeio da Síria será chamado de carniceiro, assassino, bandido cruel. Se não bombardear os mesmos elementos vão critica-lo de covarde, indeciso, fraco, banana.
Tanto faz, portanto, o que ele decidir. Vai ser criticado da mesma maneira. Penso que, cada vez mais, os cidadãos americanos vão acabar apoiando politicas isolacionistas.
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Se não estivesse os estado de Israel ali, eles arranjariam outro motivo para se matar.
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Re: Ataque à Síria
Com a diferença de que o segundo grupo, além de não se constituir "nos mesmos elementos" do primeiro, ainda é minoritário, já que parece claro que a maioria do público americano (inclusive, até mesmo nas bases republicanas) se opõe a uma tola intervenção na Síria.delmar escreveu:Tá difícil a vida do Obama. Não importa o que ele fizer vai ser criticado. Se ordenar o bombardeio da Síria será chamado de carniceiro, assassino, bandido cruel. Se não bombardear os mesmos elementos vão critica-lo de covarde, indeciso, fraco, banana.
Sob certo ponto de visa, "isolacionistas" são as políticas intervencionistas que colocam os Estados Unidos na contramão da opinião pública mundial, gerando profunda antipatia e até ódio aos americanos, o que faz a alegria de todo tipo de oponente dos Estados Unidos, sejam esquerdistas marxistas, neofascistas ou radicais religiosos muçulmanos. E, caso realmente os cidadãos americanos acabassem apoiando "políticas isolacionistas", ou melhor dizendo, anti-intervencionistas, o mundo agradeceria e a economia americana mais ainda.Penso que, cada vez mais, os cidadãos americanos vão acabar apoiando politicas isolacionistas.
Editado pela última vez por Clermont em Ter Set 10, 2013 8:27 am, em um total de 1 vez.
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Re: Ataque à Síria
Pode até ser, porém, penso que o maior interessado e patrocinador nessas desavenças árabes é justamente Israel!
O Egito assinou o acordo de paz, porém, com o Mursi se viu que o povo egípcio segue odiando Israel e o dia que um governo de oposição conseguir se estabilizar no poder, a guerra é questão de tempo!
Na Jordânia é a mesma coisa, monarquia corrupta no poder, o dia que o povo conseguir derrubá-la volta a ser hostil.
Já nas arabias não tem povo que resolva!
O Egito assinou o acordo de paz, porém, com o Mursi se viu que o povo egípcio segue odiando Israel e o dia que um governo de oposição conseguir se estabilizar no poder, a guerra é questão de tempo!
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Re: Ataque à Síria
Hoje de manhã passei por uma livraria enquanto adentrava SP no meu voo rasteiro. Me deparo com a capa da Veja desta semana com dois destaques curiosos.
O primeiro da foto do Obama e chamado basicamente de frouxo por não atacar a Síria.
O segundo da frase com a declaração "o Brasil não é alvo de espionagem americana".
Além do caso Rosemary que não poderia faltar. Na veja tem que ter algo para atacr o PT e o vermelhos, inclusive os vermelhos do norte.
O primeiro da foto do Obama e chamado basicamente de frouxo por não atacar a Síria.
O segundo da frase com a declaração "o Brasil não é alvo de espionagem americana".
Além do caso Rosemary que não poderia faltar. Na veja tem que ter algo para atacr o PT e o vermelhos, inclusive os vermelhos do norte.
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Re: Ataque à Síria
Os países árabes precisam parar um pouco de usar o eterno bode expiatório (ISRAEL) para todos os seus infortúnios e começar a cuidar de si mesmos, do seu próprio progresso. Se Israel patrocina as desavenças é porque sabe das fraquezas e dos eternos, torpes maquiavelismos do mundo árabe. Israel é sempre o pretexto. Depois o que? O deserto?FOXTROT escreveu:Pode até ser, porém, penso que o maior interessado e patrocinador nessas desavenças árabes é justamente Israel!
O Egito assinou o acordo de paz, porém, com o Mursi se viu que o povo egípcio segue odiando Israel e o dia que um governo de oposição conseguir se estabilizar no poder, a guerra é questão de tempo!
Na Jordânia é a mesma coisa, monarquia corrupta no poder, o dia que o povo conseguir derrubá-la volta a ser hostil.
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Re: Ataque à Síria
delmar escreveu:Tá difícil a vida do Obama. Não importa o que ele fizer vai ser criticado. Se ordenar o bombardeio da Síria será chamado de carniceiro, assassino, bandido cruel. Se não bombardear os mesmos elementos vão critica-lo de covarde, indeciso, fraco, banana.
Tanto faz, portanto, o que ele decidir. Vai ser criticado da mesma maneira. Penso que, cada vez mais, os cidadãos americanos vão acabar apoiando politicas isolacionistas.
Bom amigo, por mais verdadeira que seja sua afirmação e é, foi o próprio obama que se colocou nessa posição de "alvo",
Vejamos:
Penso que atacar a Síria, tendo essa usado armas químicas seria justo, mas para isso, precisava ter o relatório final dos inspetores da ONU afirmando que foi o Assad quem usou, mas ao invés disso, o obama continuo a informação do ataque químico alardeou que o culpado pelo ataque era o Assad e que iria atacar logo.
Diversas emissoras norte americanas (sempre bem informadas), fixaram a data para iniciar o ataque que foi sendo postergado até hoje.
O ataque à Síria já havia sido decidido, o uso de armas químicas não passou de uma encenação para justificar a agressão e consequente derrubada do Assad, não contava com a posição de força da Rússia que moveu meios militares e não poupou esforços diplomáticos para impedir o ataque!
Fechado o acordo com a "entrega" das armas químicas, os russos vão fornecer o que o Assad precisar para bater os revoltosos com moral mais baixa que carro rebaixado , muitos devem abandonar o combate e tentar salvar o pescoço porque o preço vai ser bem elevado.
Digamos que o Putin deu Xeque Mate no obama!
Saudações
.
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Re: Ataque à Síria
O Putin não venceu apenas Obama, mas a Europa e Monarquias Árabes. Com o acordo Assad volta a ter legitimidade internacional e pode terminar de esmagar os rebeldes. O maior vitorioso após tudo isso acabaram sendo os russos.
-
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Re: Ataque à Síria
Síria aceita pôr arsenal químico sob controle internacional, diz agência
Informação é da agência russa Interfax, que cita o chanceler sírio.
Proposta poderia impedir o ataque americano ao regime sírio.
Da Reuters
A Síria aceitou a proposta russa de colocar suas armas químicas sob controle internacional, disse a agência russa Interfax, citando o ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem.
saiba mais
"Tivemos uma frutífera rodada de negociações com o ministro de Relações Internacionais (russo) Sergei Lavrov ontem (segunda), e ele propôs uma iniciativa relacionada às armas químicas. E à noite nós concordamos com a iniciativa russa", disse Moualem, de acordo com a Interfax.
A proposta pode evitar o possível ataque militar dos EUA ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, acusado pelo Ocidente de ter matado ao menos 1.429 civis com um ataque químico, nos subúrbios de Damasco, em 21 de agosto.
Assad nega responsabilidade e acusa os rebeldes que tentam derrubar seu governo, em uma sangrenta guerra civil que já matou mais de 110 mil pessoas em 30 meses.
O chanceler disse que a Síria concordou porque a iniciativa iria "retirar os fundamentos para uma agressão norte-americana", segundo a agência.
Pouco antes, o Kremlin anunciou que a proposta russa sobre armas químicas foi discutida entre o presidente Vladimir Putin e seu colega americano Barack Obama, às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo, na semana passada.
Os EUA afirmam que levam a proposta russa a sério, mas advertem para que ela não seja usada como "manobra protelatória".
Ao mesmo tempo, a França anunciou que vai propor uma resolução vinculante, no Conselho de Segurança da ONU, para definir como pode ser feito esse monitoramento do arsenal sírio.
Informação é da agência russa Interfax, que cita o chanceler sírio.
Proposta poderia impedir o ataque americano ao regime sírio.
Da Reuters
A Síria aceitou a proposta russa de colocar suas armas químicas sob controle internacional, disse a agência russa Interfax, citando o ministro de Relações Exteriores da Síria, Walid al-Moualem.
saiba mais
"Tivemos uma frutífera rodada de negociações com o ministro de Relações Internacionais (russo) Sergei Lavrov ontem (segunda), e ele propôs uma iniciativa relacionada às armas químicas. E à noite nós concordamos com a iniciativa russa", disse Moualem, de acordo com a Interfax.
A proposta pode evitar o possível ataque militar dos EUA ao regime do presidente sírio Bashar al-Assad, acusado pelo Ocidente de ter matado ao menos 1.429 civis com um ataque químico, nos subúrbios de Damasco, em 21 de agosto.
Assad nega responsabilidade e acusa os rebeldes que tentam derrubar seu governo, em uma sangrenta guerra civil que já matou mais de 110 mil pessoas em 30 meses.
O chanceler disse que a Síria concordou porque a iniciativa iria "retirar os fundamentos para uma agressão norte-americana", segundo a agência.
Pouco antes, o Kremlin anunciou que a proposta russa sobre armas químicas foi discutida entre o presidente Vladimir Putin e seu colega americano Barack Obama, às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo, na semana passada.
Os EUA afirmam que levam a proposta russa a sério, mas advertem para que ela não seja usada como "manobra protelatória".
Ao mesmo tempo, a França anunciou que vai propor uma resolução vinculante, no Conselho de Segurança da ONU, para definir como pode ser feito esse monitoramento do arsenal sírio.
"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara sua própria queda."
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Re: Ataque à Síria
Estão evitando uma guerra aberta contra o Irã .Wingate escreveu:Mas...e os demais países árabes, ficam na moita? O que fará a Arábia Saudita? O Kuwait? Os Emirados? É interessante como se omitem quando o pau quebra feio...Ninguém propõe uma intervenção tipo "árabes cuidando de árabes" sem a participação de ianques et caterva...Por que? Falta de dinheiro não é, com certeza, possuem zilhões de $$$$...É muito conveniente ter o serviço sujo a cargo de outrem...
Sempre os mesmos atores (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia) com variações de cenário,...
ONDE ESTÃO OS ÁRABES?
Wingate
(Desculpem o desabafo...)
Muito antes de Israel existir a maior briga dentro do OM já era entre os xiitas e os sunitas, e esta ainda é a maior divisão que existe entre os países da região. A Arábia Saudita não se armou até os dentes por receio de Israel mas sim do Irã, e este está cercado por nações sunitas hostis por ambos os lados (os árabes de um e o Paquistão do outro, embora dificilmente o Paquistão se comprometesse em uma guerra contra o Irã que sem dúvida o enfraqueceria perante a Índia). Os iranianos se sentem acuados não apenas pelos seus vizinhos mas pela maior parte do mundo ocidental, que segue a antipatia que os americanos cultivam pelo país desde a derrubada do Xá, e por isso são uma nação sempre em pé de guerra. E os árabes sabem que não se deve mexer com uma fera acuada.
Desde a derrubada do governo sunita do Sadam os iranianos passaram a ter maior liberdade de movimentos e buscaram ampliar sua região de influência, reforçando os "tampões" entre eles e seus inimigos potenciais (thanks, little Bush ). E entre estes tampões está a Síria, que já recebe ajuda iraniana de todos os tipos, embora de forma não totalmente declarada. A guerra na Síria na verdade se converteu em uma guerra por procuração entre as monarquias do golfo e o Irã, como acontecia no sudeste da Ásia, na África e no próprio OM na década de 60 entre os países ocidentais e os comunistas. Isso explica por exemplo a intervenção do Hizbolah.
Mas se os países árabes assumirem o apoio sem limites aos rebeldes sírios o Irã pode fazer o mesmo, e o potencial dele em termos de pessoal, equipamento e recursos é muito maior que o das monarquias árabes, que só contam mesmo com dinheiro. Os árabes sabem disso, e por isso incitam os EUA contra o Irã, esperando que os americanos lutem a guerra que eles é que querem seja travada, com o aplauso dos europeus que dependem do petróleo importado. Resta ver se o Obama vai mesmo cair nesta ou verá a tempo a armadilha em que se meteu.
Leandro G. Card
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Re: Ataque à Síria
LeandroGCard escreveu:Estão evitando uma guerra aberta contra o Irã .Wingate escreveu:Mas...e os demais países árabes, ficam na moita? O que fará a Arábia Saudita? O Kuwait? Os Emirados? É interessante como se omitem quando o pau quebra feio...Ninguém propõe uma intervenção tipo "árabes cuidando de árabes" sem a participação de ianques et caterva...Por que? Falta de dinheiro não é, com certeza, possuem zilhões de $$$$...É muito conveniente ter o serviço sujo a cargo de outrem...
Sempre os mesmos atores (EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia) com variações de cenário,...
ONDE ESTÃO OS ÁRABES?
Wingate
(Desculpem o desabafo...)
Muito antes de Israel existir a maior briga dentro do OM já era entre os xiitas e os sunitas, e esta ainda é a maior divisão que existe entre os países da região. A Arábia Saudita não se armou até os dentes por receio de Israel mas sim do Irã, e este está cercado por nações sunitas hostis por ambos os lados (os árabes de um e o Paquistão do outro, embora dificilmente o Paquistão se comprometesse em uma guerra contra o Irã que sem dúvida o enfraqueceria perante a Índia). Os iranianos se sentem acuados não apenas pelos seus vizinhos mas pela maior parte do mundo ocidental, que segue a antipatia que os americanos cultivam pelo país desde a derrubada do Xá, e por isso são uma nação sempre em pé de guerra. E os árabes sabem que não se deve mexer com uma fera acuada.
Desde a derrubada do governo sunita do Sadam os iranianos passaram a ter maior liberdade de movimentos e buscaram ampliar sua região de influência, reforçando os "tampões" entre eles e seus inimigos potenciais (thanks, little Bush ). E entre estes tampões está a Síria, que já recebe ajuda iraniana de todos os tipos, embora de forma não totalmente declarada. A guerra na Síria na verdade se converteu em uma guerra por procuração entre as monarquias do golfo e o Irã, como acontecia no sudeste da Ásia, na África e no próprio OM na década de 60 entre os países ocidentais e os comunistas. Isso explica por exemplo a intervenção do Hizbolah.
Mas se os países árabes assumirem o apoio sem limites aos rebeldes sírios o Irã pode fazer o mesmo, e o potencial dele em termos de pessoal, equipamento e recursos é muito maior que o das monarquias árabes, que só contam mesmo com dinheiro. Os árabes sabem disso, e por isso incitam os EUA contra o Irã, esperando que os americanos lutem a guerra que eles é que querem seja travada, com o aplauso dos europeus que dependem do petróleo importado. Resta ver se o Obama vai mesmo cair nesta ou verá a tempo a armadilha em que se meteu.
Leandro G. Card
Assim é...e esses "maquiavelismos" colocam aquela região nesse eterno inferno...E aí lembramos aquele trágico poema do Rudyard Kipling, "The White Man´s Burden".Os árabes sabem disso, e por isso incitam os EUA contra o Irã, esperando que os americanos lutem a guerra que eles é que querem seja travada, com o aplauso dos europeus que dependem do petróleo importado. Resta ver se o Obama vai mesmo cair nesta ou verá a tempo a armadilha em que se meteu.
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Re: Ataque à Síria
Esses circunstancialismos apenas demonstram que há muito mais forças em ação na região que russos x americanos. A coisa é muito mais complicada.
O governo americano, já tinha dito que Assad tem que ir embora.
Já tinha dito que as armas químicas eram a linha vermelha.
A utilização de armas químicas pelo regime, encostou os americanos à parede.
Obama ganhou eleições acusando os republicanos de falta de legitimidade para ir para a guerra, logo perderia a cara se fizesse a mesma coisa que o Bush.
A remoção das armas químicas da Síria é uma boa tentativa para salvar a cara, mas é também uma ação em defesa de Israel, porque é exactamente o que Israel quer:
Manter Bashar al Assad no poder, mas retirar-lhe as armas mais letais.
Bashar ficará domado e à mercê de Israel.
Mas independentemente dos golpes de barriga, o regime socialista alauita tem os dias contados. Por muitas garrafas de oxigenio que dêem a Bashar ele sabe que chegou ao fim da linha.
Para já poderá ter evitado ter que fugir pelo esgoto. Mas há muito que tem as barbas de molho. Ele já esgotou todas as possibilidades que tinha para salvar a cara e para sair de cena.
Há ainda que considerar a posição da Turquia, que disse aos americanos que era preciso uma ação continuada contra o regime sírio e que um ataque não serviria de nada.
Depois, John Kerry vem dizer que se prepara um ataque incrivelmente pequeno.
As palavras foram mal escolhidas, porque para os padrões americanos, um ataque incrivelmente pequeno pode ser devastador, mas o que passa é a imagem. Os turcos ficaram irritados, e Obama quase não falou com Erdogan no G20.
No fim da história, o que resta são 6.000.000 de pessoas (30% da população) que fugiu das suas casas. Mais de 2.000.000 de refugiados em países vizinhos, e quase 110.000 mortos, número que vai continuar a subir.
A esmagadora maioria dos refugiados não vai voltar com medo de Assad. Milhares de ex-soldados do exército sírio que desertaram, estão na Turquia e no Líbano e não vão voltar porque obviamente serão mortos se Assad os puder matar.
Só este simples facto, gerará uma instabilidade nas fronteiras da Síria, que nunca mais deixará de existir até que Bashar se vá embora.
Com o país em turbulência constante, a Síria de pouco serve como aliado para russos e para iranianos.
O governo americano, já tinha dito que Assad tem que ir embora.
Já tinha dito que as armas químicas eram a linha vermelha.
A utilização de armas químicas pelo regime, encostou os americanos à parede.
Obama ganhou eleições acusando os republicanos de falta de legitimidade para ir para a guerra, logo perderia a cara se fizesse a mesma coisa que o Bush.
A remoção das armas químicas da Síria é uma boa tentativa para salvar a cara, mas é também uma ação em defesa de Israel, porque é exactamente o que Israel quer:
Manter Bashar al Assad no poder, mas retirar-lhe as armas mais letais.
Bashar ficará domado e à mercê de Israel.
Mas independentemente dos golpes de barriga, o regime socialista alauita tem os dias contados. Por muitas garrafas de oxigenio que dêem a Bashar ele sabe que chegou ao fim da linha.
Para já poderá ter evitado ter que fugir pelo esgoto. Mas há muito que tem as barbas de molho. Ele já esgotou todas as possibilidades que tinha para salvar a cara e para sair de cena.
Há ainda que considerar a posição da Turquia, que disse aos americanos que era preciso uma ação continuada contra o regime sírio e que um ataque não serviria de nada.
Depois, John Kerry vem dizer que se prepara um ataque incrivelmente pequeno.
As palavras foram mal escolhidas, porque para os padrões americanos, um ataque incrivelmente pequeno pode ser devastador, mas o que passa é a imagem. Os turcos ficaram irritados, e Obama quase não falou com Erdogan no G20.
No fim da história, o que resta são 6.000.000 de pessoas (30% da população) que fugiu das suas casas. Mais de 2.000.000 de refugiados em países vizinhos, e quase 110.000 mortos, número que vai continuar a subir.
A esmagadora maioria dos refugiados não vai voltar com medo de Assad. Milhares de ex-soldados do exército sírio que desertaram, estão na Turquia e no Líbano e não vão voltar porque obviamente serão mortos se Assad os puder matar.
Só este simples facto, gerará uma instabilidade nas fronteiras da Síria, que nunca mais deixará de existir até que Bashar se vá embora.
Com o país em turbulência constante, a Síria de pouco serve como aliado para russos e para iranianos.