Alternativas para fim do FX2

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Carlos Lima
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2206 Mensagem por Carlos Lima » Seg Set 09, 2013 3:08 am

Spock,

Desde quando Ferry range serve de balizamento para alcance de combate? Desculpe. Isso não faz o menor sentido. Ferry range é o cara encher o avião de combustível, mínimo de equipamento e querer ir de um ponto a outro.

Combate envolve trocentas prováveis configurações diferentes, com cada uma levando em consideração uma missão distinta. Isso tudo ainda é balanceado com combustível, etc.

Nos dois casos em questão, altitude, perfil de missão, condições meteorológicas servem ainda para atrapalhar mais ainda a conta.

E essa história de "falta de transparência"... por favor Spock, isso talvez seja para nós aqui da Internet, mas para quem vai comprar o avião eles são bem transparentes e pode contar com isso. :wink:

E só porque no Wikipedia não tem uma suposta configuração... isso é lá prova de transparência, mentira ou verdade? Sério mesmo?

A SAAB supostamente informa um alcance de uma aeronave que nem voou ainda com uma configuração que nunca foi testada e isso é verdade? :lol:

Se as histórias servem de alguma coisa, eu me lembro que a FAB teve que pegar as infos sobre os F414 do SHornet e dividir por 2 para chutar o desempenho do Gripen NG porque nem a SAAB sabia informar ao certo determinadas perguntas da FAB. E aí? Acreditamos nisso ou não?

Eu quero crer que a FAB não é tão amadora a esse ponto, porque se for estamos perdidos mesmo, com ou sem Gripen para ser honesto. Entendeu que nesse caso o problema vai além de ser Gripen/F-16/F-35/Su-3000. etc?

Eu prefiro acreditar que TODOS os fabricantes informaram o suficiente para que essas FAs possam fazer a sua avaliação e os seus governos possam fazer as suas escolhas.

Mas voltando a história do alcance, fica díficil questionar o alcance do Rafale, quando ele decola da França, armado até os dentes com bombas guiadas e mísseis ar-ar, joga bomba no meio da África no Mali e pousa pronto para mais missões lá em base de desdobramento no meio da África.

Isso mostra sem suposição e sem chute que na prática o avião cumpre a sua missão e cumpre bem.

Mas para deixar claro, eu sou da opinião que esse processo super poluído deveria ser enterrado e esquecido, mas esse sou eu.

[]s
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CB_Lima = Carlos Lima :)
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2207 Mensagem por Carlos Lima » Seg Set 09, 2013 3:26 am

kirk escreveu:
Carlos Lima escreveu: O que eu estava tentando dizer é que para defender um País do tamnho de Sergipe o Gripen já basta.

Para defender um país com regiões um pouco maiores para cobrir eu acho que não serve.

E na Suiça eles sempre podem contar com o Hornet para cobrir quaisquer limitações que o Gripen venha a ter.

Se o Brasil for de uma aeronave como o Gripen... eu não acho que é o ideal para o País do tamanho do nosso território.

:)

[]s
CB_Lima
Quer nos esclarecer PORQUE VC ACHA ISSO ?

kirk
Cara,

Vamos começar com uma regra de convivência... quando questionar as pessoas, vamos dar uma maneirada com as CAIXAS ALTAS... dá a impressão que você está gritando com o intermediário em questão e em posts "curtos" como esse, fica pior ainda.

Fica o toque, ok?

Voltando a questão, eu acho que para um País do tamanho de Sergipe, com um território bem pequeno para ser defendido, alcance não é exatamente um problema. Já que você não precisa ir muito longe para manter CAP ou interceptar alguém.

O resto acho que está explicado na minha resposta anterior. ;)

[]s
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2208 Mensagem por kirk » Seg Set 09, 2013 11:26 am

Carlos Lima escreveu:Spock,

Desde quando Ferry range serve de balizamento para alcance de combate? Desculpe. Isso não faz o menor sentido. Ferry range é o cara encher o avião de combustível, mínimo de equipamento e querer ir de um ponto a outro.

Combate envolve trocentas prováveis configurações diferentes, com cada uma levando em consideração uma missão distinta. Isso tudo ainda é balanceado com combustível, etc.

Nos dois casos em questão, altitude, perfil de missão, condições meteorológicas servem ainda para atrapalhar mais ainda a conta.

E essa história de "falta de transparência"... por favor Spock, isso talvez seja para nós aqui da Internet, mas para quem vai comprar o avião eles são bem transparentes e pode contar com isso. :wink:

E só porque no Wikipedia não tem uma suposta configuração... isso é lá prova de transparência, mentira ou verdade? Sério mesmo?
Lima, não vai adiantar jogar uma nuvem de fumaça numa questão que está muito clara.

Tudo o que você disse depõe CONTRA as informações francesas, assim, se ferry range serve tão somente para apurar a MAIOR distância que o caça pode percorrer, com o mínimo de equipamentos e SABEMOS que a Dassault informou raio de combate de 1850 km ... ela informou exatamente o ferry range como raio de combate ... não informando armamentos, configuração, apenas jogou pra torcida (como no caso da ToT irrestrita) ... 1850 X 2 = 3.700 (ferry range informado pela Dassault) ... assim, vá comunicar a Dassault que ferry range não é raio de combate, não a mim. :D

Com relação a falta de transparência francesa, não é somente uma opinião, são as atirudes, já amplamente debatidas aqui, e não é prerrogativa minha dizer isso não, na suíça há um artigo que se intitula "non, merci Monsieur Le President" da mesma forma reclamando da obscuridade do marketing francês.
Carlos Lima escreveu:A SAAB supostamente informa um alcance de uma aeronave que nem voou ainda com uma configuração que nunca foi testada e isso é verdade? :lol:

Se as histórias servem de alguma coisa, eu me lembro que a FAB teve que pegar as infos sobre os F414 do SHornet e dividir por 2 para chutar o desempenho do Gripen NG porque nem a SAAB sabia informar ao certo determinadas perguntas da FAB. E aí? Acreditamos nisso ou não?

Eu quero crer que a FAB não é tão amadora a esse ponto, porque se for estamos perdidos mesmo, com ou sem Gripen para ser honesto. Entendeu que nesse caso o problema vai além de ser Gripen/F-16/F-35/Su-3000. etc?

Eu prefiro acreditar que TODOS os fabricantes informaram o suficiente para que essas FAs possam fazer a sua avaliação e os seus governos possam fazer as suas escolhas.
Dizer que a aeronave não voou está INCORRETO Caro Lima, é pra isso que o demonstrador foi modificado, com integração do F-414, realocamento do trem de pouso, e 4 anos de testes ... não é um bom argumento.

Estou aqui falando sobre a falta de transparência VEICULADA pela Dassault ... se fizeram ou não a mesma coisa para as informações passadas à FAB, não temos como saber, nem eu, nem você, mas unicamente os técnicos da FAB ... qualquer coisa que dissermos é especulação ... o que de fato sabemos é que o Dassault Rafale ficou em ULTIMO na avaliação da Força Aérea Brasileira ... não deve ser por acaso.
Carlos Lima escreveu:Mas voltando a história do alcance, fica díficil questionar o alcance do Rafale, quando ele decola da França, armado até os dentes com bombas guiadas e mísseis ar-ar, joga bomba no meio da África no Mali e pousa pronto para mais missões lá em base de desdobramento no meio da África.

Isso mostra sem suposição e sem chute que na prática o avião cumpre a sua missão e cumpre bem.

Mas para deixar claro, eu sou da opinião que esse processo super poluído deveria ser enterrado e esquecido, mas esse sou eu.

[]s
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Lima, não misture alhos com bugalhos, percorrer 12.000 kms até o AMX já o fez ... com reabastecimentos em vôo ... isso não conta carapálida esperta ! :lol:

Abs
Spock

Qualquer eventual CAIXA GRANDE não significa grito, só estou frisando, não precisa usar isso contra mim ! 8-]
[] kirk

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2209 Mensagem por Luís Henrique » Seg Set 09, 2013 11:55 am

kirk escreveu:
Carlos Lima escreveu: Spock

Ferry nao e combate.

[]s
CB
Não é combate mais serve de balizamento para para entendermos o REAL alcance de combate das aeronaves.

Considerando a FALTA DE TRANSPARÊNCIA principalmente francesa nas informações de seu avião, como o exemplo da tal ToT "irrestrita", a Dassault informa "Raio de Combate" de 1.850 km ... ou seja A METADE DO Ferry Range de 3.700 km ... assim os "espertos" franceses informam como raio de combate a metade do fery range ... ou o suficiente para ida e volta ...

PIOR não informam a CONFIGURAÇÃO ... a quantidade de armamentos para essa performance ... NÃO É LINDO ?

Veja você mesmo :

http://en.wikipedia.org/wiki/Indian_MRCA_competition

Da mesma fonte a Saab informa raio de combate de 1.300 km com 6 (seis) AAMs e 30 MIN ON-STATION ...

Assim PARECE que o Rafale tem maior alcance de combate ... mas na realidade NÃO TEM ... usando o mesmo critério francês ... o Gripen tem raio de combate na ordem de 2.035 km

Será que o amigo ENTENDEU ?

kirk
Spock, vc está misturando as coisas.

Ferry Range não tem a ver com raio de ação em combate.

O raio de ação do Gripen com todos os tanques de combustível possíveis é de 1.300 km.
O do Rafale é de 1.850 km.

Portanto, o Rafale é superior neste quesito.

Não tente provar o impossível.

Um caça mais leve e menos potente SOFRE MUITO MAIS quando você coloca armamentos nele. Quanto mais pesado for o armamento, mais ele vai sofrer.
Da para termos uma ideia disto fazendo uma analogia com carros.

Um carro 1.0 é, normalmente mais econômico que um carro 1.6.
Mas se você colocar 5 pessoas mais bagagem e enfrentar uma subida de serra, o 1.6 será mais econômico.
Se o tanque de combustível do 1.6 for maior, ai a diferença de autonomia fica maior ainda.,

Nos caças ocorre o mesmo. Quanto maior o peso da carga, mais o caça sofrerá. E obviamente, o caça MENOS POTENTE sofrerá mais.
Isto explica porque o Gripen E vence em ferry range e fica consideravelmente atrás em raio de ação.

Provando matematicamente esta questão, claro, de forma bem simples:

O Gripen E com o tanque cheio (3.2T de combustível) e SEM armamentos possui relação potência/peso de 0,97 kgF/kg.
O Rafale na mesma situação (4,7T de combustível) fica com relação potência/peso de 1,05 kgF/kg.
O Super Hornet (6,78T de combustível) fica em 0,94 kgF/kg.

Com uma carga de armamentos de 4 toneladas:
Gripen E --> 0,69
Rafale --> 0,83
Super Hornet --> 0,79

Com uma carga de armamentos de 8 toneladas:
Gripen E --> 0,54
Rafale --> 0,68
Super Hornet --> 0,68

Chegamos a conclusões interessantes:

O Rafale é o melhor na relação peso/potência quando está vazio. O Gripen fica em 2º e o SH em 3º.
Com 4 toneladas de armamento o Gripen fica em último. E por uma diferença boa.
Colocando 8 toneladas de carga, o que só daria para ser feito no Rafale e no SH já que o Gripen E não suporta todo este peso, mas da para tirarmos mais 2 aprendizados:

O Rafale e o Super Hornet FICAM EMPATADOS com esta carga de armamentos. O Rafale era superior, mas com todo este peso fica igual ao SH, pois o SH é mais potente.
E a relação potência/peso dos dois carregando 8 toneladas de carga externa fica praticamente igual à do Gripen carregando 4 toneladas.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2210 Mensagem por Petry » Seg Set 09, 2013 12:04 pm

Também acho papo furado essa história do alcance, principalmente o Su-35 e a vastidão russa. As pessoas querem um caça que saia de Canoas para interceptar no Espírito Santo. Querem que saiam de Anápolis para defender Manaus. Me referi aos russos porque sempre sitam eles pelo tamanho, e a Suíça também.

A Rússia tem 78% da população a oeste dos montes urais, numa região menor que nossa região nordeste. Numa comparação essa Rússia é mais ou menos AM+PA+RR+RO. Existe apenas uma base com Su-27 lá? Será que apenas uma base, não importando se é 12 caças ou 1.000 caças, é o suficiente?

Um gripen em Manaus seria tão ruim assim? A diferença entre Su-35 e Gripen na prática iria ser utilizado? Não me vale uma vantagem teórica que na prática nunca venha acontecer.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2211 Mensagem por Túlio » Seg Set 09, 2013 12:20 pm

Mas vai longe esse Super Trunfo, hein? :lol: :lol: :lol: :lol:

Olhem, para mim Gripen já tá bão, pois:

:arrow: Não dá nem pra comparar com o que temos atualmente, Matusa e F-5. É MASSACRE!!!

:arrow: Sobra uma beiradinha para a Indústria Nacional.

:arrow: Por fim, ia dar finalmente para zoarmos os Foristas Chilenos, pois tenho certeza que, no tão amado ST dos Fóruns de Defesa, ele apanharia do Gripen E/F em quase tudo. :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:


Quanto ao surrado "argumento" - normalmente subtendido, raramente explícito - de que é filhote do satanás e basta um embargozitcho básico para a FAB ficar no chão, devolvo com um ARGUMENTO antigo meu e que jamais foi contraditado e sim ignorado/tergiversado/desqualificado: se HOJE os EUA nos embargarem, a FAB fica no chão. E tudo indica que isso vale para AMANHÃ também, vide KC-390, vide Super Tucano, vide Black/SeaHawk, Amazonas, Hércules, Sapão, A-1M, etc. E pior, a MB também logo fica inteirinha nas bases, pois a propulsão de simplesmente TODAS as nossas escoltas ou é ianque ou é Inglesa (o que dá na mesma); mesmo as tão sonhadas FREMM usam turbinas GE. Até o EB dança, pois TODA a sua artilharia de tubo autopropulsada é ianque. E isso para ficar em poucos exemplos...

O fator decisivo, para mim, é que ou a Suécia arranja um parceiro de qualidade$$$ para tocar o projeto - mas sem essa de só três dúzias - ou o Gripen será seu último caça nacional. Assim, são os mais propensos - sempre A MEU VER - a fazerem concessões.

É o que penso. 8-]
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2212 Mensagem por NovaTO » Seg Set 09, 2013 12:44 pm

O caça Gripen E tem menor carga paga? Tem. Tem menor relação peso/potência plenamente carregado? Tem.

Agora cabe lembrar que o Gripen E ou Rafale ou F-18E SH não operam sozinhos e ficarão em uma única base, coisa do tipo, Anápolis para interceptar aeronaves invadindo a Amazônia, o vindo pelo sul (Uruguai/Argentina) ou mesmo pelo leste (Atlântico Sul/Central).

Inicialmente todos farão exatamente o mesmo que é guarnecer o DF/sede do GF. Depois um esquadrão para defender o "Pré-Sal". E finalmente quem sabe outros esquadrões ao sul e norte, e quem sabe no nordeste.

É bom lembrar que teremos boa capacidade de operar REVO se pelo menos metade dos 28 KC-390 tiverem equipamentos REVO.

Seria interessante ter caças pesados? SIM. Mas com planejamento. No momento vejo a FAB pensando em modernização e não expansão de suas capacidades, mesmo porque o GF não dá sinais que vá mudar seu regime orçamentário em relação à Defesa.

E por fim, sou a favor de um caça pesado para um esquadrão de elite, mas no caso, o SU-35S(BM), ou melhor ainda o PAKFA. :)

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2213 Mensagem por Bourne » Seg Set 09, 2013 12:55 pm

Implicar com o recheio americano do Gripen é esquizofrenia. Quase tudo na FAB e forças armadas é americano ou OTAN, sem perspectiva de mudar. Sem estrutura acabou os caças sejam quais forem.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2214 Mensagem por Thor » Seg Set 09, 2013 1:09 pm

Luís Henrique escreveu:
Spock, vc está misturando as coisas.

Ferry Range não tem a ver com raio de ação em combate.

O raio de ação do Gripen com todos os tanques de combustível possíveis é de 1.300 km.
O do Rafale é de 1.850 km.

Portanto, o Rafale é superior neste quesito.

Não tente provar o impossível.

Um caça mais leve e menos potente SOFRE MUITO MAIS quando você coloca armamentos nele. Quanto mais pesado for o armamento, mais ele vai sofrer.
Da para termos uma ideia disto fazendo uma analogia com carros.

Um carro 1.0 é, normalmente mais econômico que um carro 1.6.
Mas se você colocar 5 pessoas mais bagagem e enfrentar uma subida de serra, o 1.6 será mais econômico.
Se o tanque de combustível do 1.6 for maior, ai a diferença de autonomia fica maior ainda.,

Nos caças ocorre o mesmo. Quanto maior o peso da carga, mais o caça sofrerá. E obviamente, o caça MENOS POTENTE sofrerá mais.
Isto explica porque o Gripen E vence em ferry range e fica consideravelmente atrás em raio de ação.

Provando matematicamente esta questão, claro, de forma bem simples:

O Gripen E com o tanque cheio (3.2T de combustível) e SEM armamentos possui relação potência/peso de 0,97 kgF/kg.
O Rafale na mesma situação (4,7T de combustível) fica com relação potência/peso de 1,05 kgF/kg.
O Super Hornet (6,78T de combustível) fica em 0,94 kgF/kg.

Com uma carga de armamentos de 4 toneladas:
Gripen E --> 0,69
Rafale --> 0,83
Super Hornet --> 0,79

Com uma carga de armamentos de 8 toneladas:
Gripen E --> 0,54
Rafale --> 0,68
Super Hornet --> 0,68

Chegamos a conclusões interessantes:

O Rafale é o melhor na relação peso/potência quando está vazio. O Gripen fica em 2º e o SH em 3º.
Com 4 toneladas de armamento o Gripen fica em último. E por uma diferença boa.
Colocando 8 toneladas de carga, o que só daria para ser feito no Rafale e no SH já que o Gripen E não suporta todo este peso, mas da para tirarmos mais 2 aprendizados:

O Rafale e o Super Hornet FICAM EMPATADOS com esta carga de armamentos. O Rafale era superior, mas com todo este peso fica igual ao SH, pois o SH é mais potente.
E a relação potência/peso dos dois carregando 8 toneladas de carga externa fica praticamente igual à do Gripen carregando 4 toneladas.
Eu consegui entender o que o Kirk colocou anteriormente.
Ele se referiu que os números difundidos pela Dassault são um pouco confusos, pois, como você mesmo disse, se um caça possui um ferry range de 3700km, espera-se que seu combat radius seja um pouco menor que a metade, pois são coisas distintas e óbvias, na minha opinião. E o que vemos difundido é exatamente a metade, coincidência ou não. Provavelmente a Dassault colocou uma versão de uns 3 tq extras + CFT e só uns poucos mísseis AAM, sem tempo on station. É disparar e meia-volta-volver...
Os números de raio de combate só podem ser comparados em missões semelhantes. Não adianta comparar um raio de combate definido como foi o do Gripen, por exemplo, com x mísseis AAM, mais 30 minutos realizando CAP (provavelmente com 0,9M), com uma missão de ataque a baixa altura com 8000kg... banana=uva??
O que vale é o que a FAB pensou em exemplos típicos de missões possíveis em cenários dentro de nossa doutrina. E nesses cenários que as aeronaves e os testes foram conduzidos.
Posso estar errado, mas dificilmente uma aeronave dessas decolará para uma missão de ataque com plena carga de bombas. O que é comum vermos é umas 2/4 LGB e mísseis de autodefesa. Quando se planeja um sistema de alvo a ser atingido, desconheço uma missão com 15 alvos diferentes para apenas uma aeronave. Isso acontece apenas no XBOX de meu filho, ou em outra missão que esteja muito fora da realidade que já presenciei em outras FA.
Abraços
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2215 Mensagem por JL » Seg Set 09, 2013 1:18 pm

Túlio e o Bourne, falaram tudo. Aqui tem uns colegas que tem essa mania anti-americana, olha eu não também não gosto de como eles nos tratam, mas creio que não será melhor com a França ou com outro país qualquer. Tudo depende de política externa e comercial. Ou seja de que lado jogamos na geopolítica mundial. Mas a realidade é essa o Brasil militarmente é extremamente dependente dos EUA para jogar contra. No fundo o Brasil precisa escolher que caminho vai seguir e não ficar bipolar como é.
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2216 Mensagem por kirk » Seg Set 09, 2013 1:41 pm

Thor escreveu:
Luís Henrique escreveu:
Spock, vc está misturando as coisas.

Ferry Range não tem a ver com raio de ação em combate.

O raio de ação do Gripen com todos os tanques de combustível possíveis é de 1.300 km.
O do Rafale é de 1.850 km.

Portanto, o Rafale é superior neste quesito.

Não tente provar o impossível.

Um caça mais leve e menos potente SOFRE MUITO MAIS quando você coloca armamentos nele. Quanto mais pesado for o armamento, mais ele vai sofrer.
Da para termos uma ideia disto fazendo uma analogia com carros.

Um carro 1.0 é, normalmente mais econômico que um carro 1.6.
Mas se você colocar 5 pessoas mais bagagem e enfrentar uma subida de serra, o 1.6 será mais econômico.
Se o tanque de combustível do 1.6 for maior, ai a diferença de autonomia fica maior ainda.,

Nos caças ocorre o mesmo. Quanto maior o peso da carga, mais o caça sofrerá. E obviamente, o caça MENOS POTENTE sofrerá mais.
Isto explica porque o Gripen E vence em ferry range e fica consideravelmente atrás em raio de ação.

Provando matematicamente esta questão, claro, de forma bem simples:

O Gripen E com o tanque cheio (3.2T de combustível) e SEM armamentos possui relação potência/peso de 0,97 kgF/kg.
O Rafale na mesma situação (4,7T de combustível) fica com relação potência/peso de 1,05 kgF/kg.
O Super Hornet (6,78T de combustível) fica em 0,94 kgF/kg.

Com uma carga de armamentos de 4 toneladas:
Gripen E --> 0,69
Rafale --> 0,83
Super Hornet --> 0,79

Com uma carga de armamentos de 8 toneladas:
Gripen E --> 0,54
Rafale --> 0,68
Super Hornet --> 0,68

Chegamos a conclusões interessantes:

O Rafale é o melhor na relação peso/potência quando está vazio. O Gripen fica em 2º e o SH em 3º.
Com 4 toneladas de armamento o Gripen fica em último. E por uma diferença boa.
Colocando 8 toneladas de carga, o que só daria para ser feito no Rafale e no SH já que o Gripen E não suporta todo este peso, mas da para tirarmos mais 2 aprendizados:

O Rafale e o Super Hornet FICAM EMPATADOS com esta carga de armamentos. O Rafale era superior, mas com todo este peso fica igual ao SH, pois o SH é mais potente.
E a relação potência/peso dos dois carregando 8 toneladas de carga externa fica praticamente igual à do Gripen carregando 4 toneladas.
Eu consegui entender o que o Kirk colocou anteriormente.
Ele se referiu que os números difundidos pela Dassault são um pouco confusos, pois, como você mesmo disse, se um caça possui um ferry range de 3700km, espera-se que seu combat radius seja um pouco menor que a metade, pois são coisas distintas e óbvias, na minha opinião. E o que vemos difundido é exatamente a metade, coincidência ou não. Provavelmente a Dassault colocou uma versão de uns 3 tq extras + CFT e só uns poucos mísseis AAM, sem tempo on station. É disparar e meia-volta-volver...
Os números de raio de combate só podem ser comparados em missões semelhantes. Não adianta comparar um raio de combate definido como foi o do Gripen, por exemplo, com x mísseis AAM, mais 30 minutos realizando CAP (provavelmente com 0,9M), com uma missão de ataque a baixa altura com 8000kg... banana=uva??
O que vale é o que a FAB pensou em exemplos típicos de missões possíveis em cenários dentro de nossa doutrina. E nesses cenários que as aeronaves e os testes foram conduzidos.
Posso estar errado, mas dificilmente uma aeronave dessas decolará para uma missão de ataque com plena carga de bombas. O que é comum vermos é umas 2/4 LGB e mísseis de autodefesa. Quando se planeja um sistema de alvo a ser atingido, desconheço uma missão com 15 alvos diferentes para apenas uma aeronave. Isso acontece apenas no XBOX de meu filho, ou em outra missão que esteja muito fora da realidade que já presenciei em outras FA.
Abraços
Boa Tarde Thor,

O amigo de fato entendeu bem o que eu quis dizer !

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2217 Mensagem por Túlio » Seg Set 09, 2013 1:43 pm

Já eu, o que entendi do Super Trunfo debate é que se quer porque quer provar que um caça, dentro da Doutrina da FAB, deve ser capaz de decolar da BACO (RS) plenamente armado e atacar uma frota que se prepara para invadir Natal (RN) e/ou enfrentar caças que atacam Manaus (AM).

Que diferença faz se um caça voa 100 nm mais longe do que o outro, nas mesmas condições? Ou se leva 20.000 lbs de armamentos? Se ele cumpre as missões previstas e necessárias à Força, tá valendo, oras. Aliás, quem vai querer mandar um caça com 20,000 lbs de armas de uma vez só? Haja alvo! E o alcance, ó...

A título ilustrativo, para falar do que interessa, custos horários do Gripen C/D na África do Sul:

http://www.aereo.jor.br/2013/09/05/voar ... -por-hora/
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2218 Mensagem por Carlos Lima » Seg Set 09, 2013 3:57 pm

Bom...

Concordo com todo mundo que disse que se no fim das contas a FAB escolher qualquer um dos 3 para substituir o F-5 está ótimo.

Mas para isso o F-16 já resolveria o problema com sobra.

Por outro lado eu continuo achando que poderíamos dar um passo mais a frente do que já demos, e aeronaves como o SHornet, Rafale, Typhoon ou o Su-35 na minha opinião representam isso.

Uma aeronave como o Gripen E, é boa, pelo que está sendo planejado, quando voar terá o seus méritos, mas para um país do nosso tamanho acho que poderíamos ter algo melhor.

Sei lá,

Se é para ter avião "barato" eu sou mais o F-16, já que ""barato"" pode significar "enfrentar pindaíbas orçamentárias" e o que não falta é operador e peça e upgrade de F-16 sobrando por aí.

Por essas e outras que essa shortlist é bem estranha, porque por um lado da a idéia de que uma aeronave ""mais barata"" é o que está sendo pensado, por outro lado tem aeronaves de desempenho bem diferentes.

Além disso tem o "barato" da propaganda e o barato da realidade. A África do Sul está pagando mais do que o dobro do que a propaganda... não recebeu 1/5 dos offsets... e está tentando ver o que dá para fazer para manter o Gripen C que teoricamente por ser 'mais leve' do que a versão que nem existe ainda, há uma grande chance de que seja mais barata do que o Gripen E.

Além disso tem toda a história do preço/tempo e disponibilidade de sobressalentes, etc. Se estamos pensando em barato ou caro, vai ter F-16 voando em +2040 pelo andar da carruagem. :lol:

Mas enfim, vamos ver no que isso vai dar... [029]

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Re: Alternativas para fim do FX2

#2219 Mensagem por Túlio » Seg Set 09, 2013 4:06 pm

Esta parte do custo horário "seco" e "molhado" do Gripen eu mostrei de propósito, é para ver como as peças de uma aeronave com menor produção (e isto se estende ao Rafale) influem no custo operacional. Não é só QAV. O F-16 custa menos, pois embora consuma bem mais fuel, suas peças estão por toda parte e, portanto, a custo muito menor. Ao longo da vida útil, creio que isso seria dramático.

Por outro lado, no ST o F-16 apanha e feio dos dois caças acima citados (exceto por o Rafale ter - e de longe - o PIOR pod e necas de HMD, e não permitir "estrangeiros" como os equipamentos Israelenses)...
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Re: Alternativas para fim do FX2

#2220 Mensagem por Carlos Lima » Seg Set 09, 2013 4:16 pm

Véio,

Entendo o ST, mas de onde você tirou que o Rafale tem o pior POD, e não aceita equipamento israelense? Se fosse o caso ele nem competia na Índia (quanto mais ganhar).

E quanto ao HMD, é uma opção francesa, não que ninguém possa faze-lo.

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