PRONAE - Novos NAe's da MB (MB A-1X)

[FCarvalho]

Bom, poderia colocar esta isto no tópico sobre Nae's mas preferi colocar aqui posto que se trata de um assunto que também, cedo ou tarde, quiçá mais aquele do que este, teremos que lidar.

Na edição em banca da RFA, na reportagem sobre o UCAS-D fala-se sobre o seu sistema de pouso. E em referência a este, também faz-se menção ao próximo sistema de poucos dos Nae's americanos, o JPALS - Sistema Conjunto de Aproximação e Pouso, que visa substituir o atual, e eliminaria o pouso autônomo por radar.

Aqui segue o site da Raytheon que fala sobre o mesmo.

http://www.raytheon.com/capabilities/products/jpals/

Não é muito, mas nos dá um indicativo, de para onde caminha a evolução dos sistemas embarcados em Nae's.

Um desafio a mais para nós no Pronae?

abs.

[Skyway]

Era o calcanhar de Aquiles do F-14B, só resolvido com a adoção das F110, no F-14D!

Só uma correção, as turbinas foram modificadas da versão A para a versão B, em 1987.

[gabriel219]

Pessoal, alguém poderia responder a minha pergunta?
Existe vantagens de se escolher o "Ski-jump" ao contrário da catapulta ou não? O que seria/é melhor?

[Túlio]

Acho que ninguém te respondeu de tantas vezes que este assunto já foi discutido aqui, amigo Gabriel...

[gabriel219]

Nunca achei a resposta e se já foi discutido, sem problemas, esquecem a pergunta.
Vou ver se eu acho algo no tópico...
Abs.

[Túlio]

Tem um monte de coisa a respeito no do A-12...

EDIT - Leves a mal não mas para mim debater tudo de novo é loop, tri?

[gabriel219]

Levado a mal EU??? Que isso, se já debateram, porque debater novamente só por min???
Sem problemas cumpicha véio, só perguntei aqui porque achei que seria mais rápido, mas eu já iria pesquisar mesmo.
Abs.

[FCarvalho]

Notícia ALIDE sobre o PRONAE

http://www.alide.com.br/joomla/componen ... o-da-forca

ProNAe

O programa de projeto e construção dos dois Navios Aeródromos que substituirão o atual São Paulo, foi dividido em três fases distintas. O comandante da Marinha falou que: “na primeira ocorrerá o treinamento de cerca de 40 engenheiros brasileiros que terão a tarefa de acompanhar todo o trabalho da empresa contratada. Nesta fase, que deve custar cerca de 20 milhões de reais, serão preparados ainda os Requerimentos de Alto Nível do Sistema e os de Estado-Maior (RANS e REM) determinando, ao final, a sua exeqüibilidade. Passado esta etapa vem a segunda fase onde se dará o projeto básico e em seguida o projeto detalhado”. Só então será tomada a decisão de se construir os navios propriamente ditos na terceira fase do programa. Moura Neto comentou também que:“a Marinha pediu propostas a todos os estaleiros e escritórios de projeto interessados”, e que “os russos não estão mais fazendo parte deste programa, uma vez que eles não enviaram sua proposta, ficaram de fora”.

Alguns pontos a destacar.

Primeiro, a saber, é que a MB já tem o planejamento integral da organização do processo de seleção das empresas e do desenvolvimento técnico-comercial-industrial dos novos Nae's.
Segundo, é que já há também uma visão de custos do processo, e que já não começa nada barato, pelos US20 mi indicados pelo cmte CM.
Terceiro, e muito importante, haverá a indispensável participação da engenharia nacional no projeto, deste a sua arquitetura inicial até o final. Ponto para a MB.
Quarto, até o presente momento, foram feitas apenas a solicitação do envio de propostas técnico-comerciais para as empresas interessadas, e que os russos ficaram de fora. Se ainda está valendo as últimas informações a despeito do projeto, continuam na briga americanos, franceses, ingleses e italianos, que são os únicos com expertise na área.
Quinto, interessante notar que até o estabelecimento do RANS e REM, para a fixação dos projeto básico e detalhado, simplesmente não existe qualquer formalidade fixada no sentido de dizer que os navios serão construídos e/ou comprados. Ou seja, podemos até chegar a projetar os novos Nae's, mas daí a tê-los nas carrilhas dos estaleiros vai uma outra distância...
Sexto, é importante dizer, penso eu, que o primeiro passo já foi dado a um certo tempo, com o anúncio do próprio PRONAE, e que a solicitação de proposta foram feitas ainda no ano passado, salvo engano. Como já estamos no fim de 2013, e 2014 é ano eleitoral, Obviamente o governo não vai nem querer ouvir falar em gastos com defesa, mais do que o de costume, é provável que uma definição da empresa/escritório selecionado só venha a público em 2015, mesmo que esta escolha possa se dar ano que vem. Isto claro se a Pres. DR manter-se onde está. Caso contrário, podemos voltar inclusive a estaca zero do processo, a depender de quem venha a ocupar a cadeira do rei. Mas considerando que ela fique onde está, e a empresa for escolhida em 2015, a partir daí começa então a contar o tempo para a primeira fase do projeto, que é a de acompanhamento dos engenheiros e de formatação dos RANS/REM.

Assim sendo, gostaria de saber muito como se dará a definição de tempo para cada uma das três fases, que se seguem.

Na minhas cabeça, presumo que entre a primeira e a segunda fase poderemos levar de 2 a 3 anos. Talvez um pouco mais. A terceira fase, que é a da construção propriamente dita, e que começaria então por volta de 2018/2019, pode levar desta forma, se o plano de comissionamento do navio, já agora mandado para 2028 for seguido, quase 10 anos!

Bem, se em 2028 o navio deve ser comissionado, a mim me parece então que ele deva estar pronto por volta de 2025/2026, a fim de suscitar tempo suficiente para o seu processo de comissionamento. Ou seja, serão entre 7 ou 8 anos de estaleiro.

Vamos esperar que isto realmente possa vir a se realizar. E esperar também que o Nae SP aguente atá lá, pois mesmo se tratando de um navio reformado/revisado, ainda já será um septuagenário por volta deste tempo. Algo que não é nada bom tanto para um navio, visto o exemplo do Nae MG.

A ver também, já que a pretensão é para dois Nae's que não se espere até os anos de 2030 para dar início a sua construção. De preferência que sua construção seja concomitante a do primeiro exemplar. Porque do contrário, vamos ver um segundo Nae na MB só lá pela segunda metade deste século....

Que bons ventos os tragam.

abs.

[Hermes]

Os russos sequer responderam, mas daqui a alguns anos vai ter um monte de gente chorando que perdemos uma Ótima oportunidade de fazer negócio com eles e que a Marinha não teve visão. Anotem!

[FCarvalho]

Os russos hoje possuem uma industria naval que está passando por um processo de renovação e 'reinvenção', depois de quase vinte anos sem investimentos. Naturalmente os planos do governo são bem vistosos, mas sabem também que existe uma diferença bem grande entre o querer, o poder e o fazer.

Os Nae's russos vão sair, e polo que se diz, poderão vir a ser até 6 undes, mas isso só o tempo irá dizer. Eu tenho certeza que ainda existe capacidade de projeto e construção para tal tipo de navio na Russia.

O que não se sabe na verdade é se há fiabilidade na competência e capacidade de fazerem integralmente aquilo que se pretendem. Talvez nem eles acreditem nisso. Mas um motivo plausível, penso, e talvez até mesmo justificável para a não resposta, seja o fato de que as propostas para os novos Nae's russos serem para navios com deslocamento e propulsão totalmente fora do esquadro desejado pela MB, visto que, as últimas notícias dão a entender que estes novos navios estarão na casa das 85 mil toneladas e com propulsão nuclear. Então estaria supostamente explicado essa negativa. Mas vamos aguardar.

As atuais participantes, afora os USA, tem experiência recente no projeto e fabrico de Nae's tal como a MB deseja. Resta saber, se haverá coincidência entre a vontade e necessidades da MB e as dos governos futuros do país, a fim de que este projeto não venha a se tornar mais um daqueles "elefantes brancos" natimortos dentre os programas militares brasileiros.

Boa sorte para nós.

abs.

[FCarvalho]

Com tanta variedade de aquisições e de fornecedores dando o tom das aquisições da defesa, ainda não desisti de ver este "fornecedor" aqui vir a embalar os meus mais belos sonhos navais... e quem sabe no ano que vem Papai Noel não nos chega mais cedo.

Eu sou fã da Royal Navy.... e a MB também.



abs.

[irlan]

Eu li a carta de fim de ano do comandante da MB a sua força, sobre o PRONAE, parace que será apenas 1 Porta aviões ao invés de 2 como falaram, de cerca de 50.000 toneladas.

[FCarvalho]

Antes de mais nada, tem-se que pensar no primeiro e substituto do Nae SP. Para 2025/2028.
Se isto for conseguido dentro do cronograma, um segundo Nae está politicamente sustentado na END e estará economicamente amparado pelos desdobramentos tecnológicos, industriais, comerciais e sociais do primeiro.

abs.

[Boss]

Só para 2025 ? O A-12 vai viver até lá ?

[FCarvalho]

2025 era o primeiro prazo. Agora fala-se em 2028 como sendo o cronograma mais atual. Como não vi fonte oficial dando termo a esta questão, ficamos a saber que o novo Nae estará por esta época entrando em serviço na MB.

15 anos parece muito tempo. Mas para o histórico do planejamento da defesa no Brasil, é até um prazo bem razoável.

E sim, o Nae SP estará vivo até lá. A MB não lhe deu nenhuma outra alternativa.

abs.