Geopolítica Brasileira
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Re: Geopolítica Brasileira
Já abriu mão faz muito tempo Centurião. E não é de agora.
abs.
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Re: Geopolítica Brasileira
Não se pode abandonar a faculdade se nunca cursou o segundo grau. É mais o menos essa a situação da inteligência e contra-espionagem brasileira. Basicamente precisa ser construída do zero. O que leva muito tempo e dinheiro. Não é a ONU ou ter chiliques que vão resolver.
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Re: Geopolítica Brasileira
Se depender da presteza e boa vontade de nossos governantes, voltaremos ao telégrafo (com fio - o sem fio é sofisticado demais):Bourne escreveu:Sem problemas. Nada de que os espiões digitais da NSA e outros países não resolvam. Além da ajuda por comprarem material, tecnologia e assessoria de empresas estrangeiras que seguem a legislação nacional do país de origem.
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Re: Geopolítica Brasileira
Pois é, dá no mesmoSterrius escreveu:Telegrafo era interceptado tb.
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Re: Geopolítica Brasileira
Mas, o governo pode tentar este aqui :Wingate escreveu:Pois é, dá no mesmoSterrius escreveu:Telegrafo era interceptado tb.
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Ainda com a vantagem de poder defecar na cabeça dos agentes inimigos...
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Re: Geopolítica Brasileira
Governo apressa projeto de satélite antiespionagem
04 Set 2013
Suspeita de monitoramento de Dilma pelos EUA impulsiona construção, orçada em US$ 660 mi
O governo espera iniciar em outubro a construção do satélite geoestacionário brasileiro, um projeto orçado entre U8$ 600 milhões e US$ 660 milhões. A iniciativa, que já estava em andamento, ganhou impulso após as denuncias de que as comunicações de dados do Brasil, inclusive as da presidente da República, estariam sendo monitoradas pelos Estados Unidos.
Hoje, o País está numa situação vulnerável. Comunicação de dados, telefonia, sinais de TV paga e até comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, empresa que já foi estatal, mas foi privatizada em 1997. Hoje, está nas mãos do empresário mexicano Carlos Slim, dono da operadora Claro.
"Alugamos satélite de uma empresa estrangeira", disse ao Estado o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. "Hoje, se tivermos algum problema, não temos controle nenhum sobre ele." Assim, numa situação de guerra, por exemplo, o satélite pode ter sua posição alterada e inviabilizar as comunicações no País.
O governo quer comprar o satélite e a tecnologia. No mês passado, foi escolhido um grupo franco-italiano, o Thales Alenia Space, para fornecer ambos. O satélite vai ser construído pela Visiona, que é uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, que futuramente seráumamon-tadora de satélite. A tecnologia ficará com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai irradiá-la a partir de um polo em São José dos Campos.
Com o novo satélite, pretende também aumentar a segurança das comunicações. Hoje, boa parte dos dados que transitam pelo satélite da Embratel é aberta. Com o novo satélite, os dados passarão pela Telebrás, que vai criptografar tudo antes de enviar para o espaço.
O equipamento brasileiro também terá dispositivo que desligaráterminais não autorizados. Segundo denúncias feitas a partir de documentos divulgados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Uni-dos, Edward Snowden informações podem ter sido coletadas nas comunicações por satélite.
Técnicos explicam que não há como "grampear" um satélite, mas um terminal "espião" pode ver tudo o que tenha sito transmitido por outro terminal na rnesma área de cobertura e na mesma frequência.
Outro obj etivo do satélite brasileiro - que na opinião de Bonilha é o mais importante do ponto de vista social - é levar internet banda larga a todo o País. O equipamento permitirá prover o serviço em áreas onde é difícil chegar com infraestrutura física, como a floresta amazônica.
Ao longo deste ano, a Telebrás implantou uma rede de fibra ótica na Esplanada do Ministério.
"A rede está lá, basta instalar os equipamentos e ligar os pontos", disse Bonilha, destacando que o equipamento é 100% nacional. Segundo ele, equipamentos estrangeiros, muitas vezes por imposição da legislação no país de origem, precisam ter um "backdoor", literalmente uma porta dos fundos, pela qual podem ser extraídos dados.
04 Set 2013
Suspeita de monitoramento de Dilma pelos EUA impulsiona construção, orçada em US$ 660 mi
O governo espera iniciar em outubro a construção do satélite geoestacionário brasileiro, um projeto orçado entre U8$ 600 milhões e US$ 660 milhões. A iniciativa, que já estava em andamento, ganhou impulso após as denuncias de que as comunicações de dados do Brasil, inclusive as da presidente da República, estariam sendo monitoradas pelos Estados Unidos.
Hoje, o País está numa situação vulnerável. Comunicação de dados, telefonia, sinais de TV paga e até comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, empresa que já foi estatal, mas foi privatizada em 1997. Hoje, está nas mãos do empresário mexicano Carlos Slim, dono da operadora Claro.
"Alugamos satélite de uma empresa estrangeira", disse ao Estado o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. "Hoje, se tivermos algum problema, não temos controle nenhum sobre ele." Assim, numa situação de guerra, por exemplo, o satélite pode ter sua posição alterada e inviabilizar as comunicações no País.
O governo quer comprar o satélite e a tecnologia. No mês passado, foi escolhido um grupo franco-italiano, o Thales Alenia Space, para fornecer ambos. O satélite vai ser construído pela Visiona, que é uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, que futuramente seráumamon-tadora de satélite. A tecnologia ficará com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai irradiá-la a partir de um polo em São José dos Campos.
Com o novo satélite, pretende também aumentar a segurança das comunicações. Hoje, boa parte dos dados que transitam pelo satélite da Embratel é aberta. Com o novo satélite, os dados passarão pela Telebrás, que vai criptografar tudo antes de enviar para o espaço.
O equipamento brasileiro também terá dispositivo que desligaráterminais não autorizados. Segundo denúncias feitas a partir de documentos divulgados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Uni-dos, Edward Snowden informações podem ter sido coletadas nas comunicações por satélite.
Técnicos explicam que não há como "grampear" um satélite, mas um terminal "espião" pode ver tudo o que tenha sito transmitido por outro terminal na rnesma área de cobertura e na mesma frequência.
Outro obj etivo do satélite brasileiro - que na opinião de Bonilha é o mais importante do ponto de vista social - é levar internet banda larga a todo o País. O equipamento permitirá prover o serviço em áreas onde é difícil chegar com infraestrutura física, como a floresta amazônica.
Ao longo deste ano, a Telebrás implantou uma rede de fibra ótica na Esplanada do Ministério.
"A rede está lá, basta instalar os equipamentos e ligar os pontos", disse Bonilha, destacando que o equipamento é 100% nacional. Segundo ele, equipamentos estrangeiros, muitas vezes por imposição da legislação no país de origem, precisam ter um "backdoor", literalmente uma porta dos fundos, pela qual podem ser extraídos dados.
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Re: Geopolítica Brasileira
Pra se ver como são as coisas neste nosso país. Todo mundo no governo concorda que o programa espacial é importante e necessário e precisa de apoio e de recursos estáveis. Mas.... tem que se pisar no calo de uns e outros no planalto para que a coisa passe a andar de verdade.
E assim vai com a educação, saúde, impostos, previdência, corrupção, trabalho, etc, etc...
Para nem falar em defesa, que sequer é assunto importante neste país. Aliás, nem assunto para governo é.
abs.
E assim vai com a educação, saúde, impostos, previdência, corrupção, trabalho, etc, etc...
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Re: Geopolítica Brasileira
EUA podem apoiar Brasil para órgão da ONU
04/09/2013
IGOR GIELOW
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo dos EUA cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU para tentar aplacar a crise decorrente da revelação de espionagem americana de comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores.
O cenário vem sendo discutido desde anteontem, segundo a Folha apurou, após o Brasil ter usado termos duros para exigir uma resposta à revelação de que a NSA (Agência de Segurança Nacional) americana tinha acesso ao conteúdo de conversas no alto escalão brasileiro.
O principal defensor da medida é o vice-presidente Joe Biden, que já vinha atuando junto ao Palácio do Planalto, tendo telefonado para Dilma logo após a eclosão do escândalo de espionagem em julho --antes, porém, da revelação de que o caso atingia a própria presidente.
A vontade americana mais urgente é salvar politicamente a visita de Estado de Dilma a Washington, em outubro, que ela pode cancelar. E, se possível, recolocar nos trilhos o principal negócio que poderia avançar nela --a venda de caças Boeing F/A-18 Super Hornet ao Brasil.
Há consenso nos meios diplomáticos de que desculpas não resolverão o problema, e de que Biden queimou-se como interlocutor por não ter jogado abertamente no telefonema de julho.
Como já ficou claro à delegação brasileira que foi discutir o monitoramento nos EUA, tampouco há disposição de Washington para mudar protocolos ou compartilhar mais dados.
Assim, restaria o gesto político. Isso ocorreu em 2010, quando Obama fez uma delicada visita à Índia. Naquele momento, o país asiático questionava os elos entre EUA e Paquistão, seu rival histórico, e uma série de questões comerciais.
Obama então fez o anúncio de apoio à pretensão indiana de ter uma vaga no Conselho de Segurança.
Desde então, os laços entre os países se aprofundaram, ainda que a cadeira na ONU permaneça no campo das ideias.
Diplomatas esperavam que o presidente pudesse falar com Dilma amanhã, na reunião do G20 em São Petersburgo, mas até ontem não havia essa sinalização.
A titularidade no conselho, hoje privilégio dos principais vencedores da Segunda Guerra Mundial (EUA, Rússia, Reino Unido e França) mais a China, dá poder de veto em questões como autorização para atacar outros países.
É objeto de desejo da diplomacia brasileira desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Há fortes restrições, contudo, à ideia dentro do Departamento de Estado --que era contrário ao endosso a Nova Déli. Setores creem que, além de ser uma promessa de difícil implementação, o apoio causaria desequilíbrio regional em favor do Brasil.
Em relação aos caças, a Folha apurou que o escândalo caiu como uma bomba entre os negociadores da Boeing e do governo americano.
Os norte-americanos haviam tomado a dianteira no negócio, que pode chegar a mais de R$ 15 bilhões, e agora enfrentam um significativo empecilho político na disputa com França (Rafale) e Suécia (Gripen).
04/09/2013
IGOR GIELOW
DIRETOR DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo dos EUA cogita dar apoio à pretensão brasileira de ocupar uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU para tentar aplacar a crise decorrente da revelação de espionagem americana de comunicações da presidente Dilma Rousseff e de seus assessores.
O cenário vem sendo discutido desde anteontem, segundo a Folha apurou, após o Brasil ter usado termos duros para exigir uma resposta à revelação de que a NSA (Agência de Segurança Nacional) americana tinha acesso ao conteúdo de conversas no alto escalão brasileiro.
O principal defensor da medida é o vice-presidente Joe Biden, que já vinha atuando junto ao Palácio do Planalto, tendo telefonado para Dilma logo após a eclosão do escândalo de espionagem em julho --antes, porém, da revelação de que o caso atingia a própria presidente.
A vontade americana mais urgente é salvar politicamente a visita de Estado de Dilma a Washington, em outubro, que ela pode cancelar. E, se possível, recolocar nos trilhos o principal negócio que poderia avançar nela --a venda de caças Boeing F/A-18 Super Hornet ao Brasil.
Há consenso nos meios diplomáticos de que desculpas não resolverão o problema, e de que Biden queimou-se como interlocutor por não ter jogado abertamente no telefonema de julho.
Como já ficou claro à delegação brasileira que foi discutir o monitoramento nos EUA, tampouco há disposição de Washington para mudar protocolos ou compartilhar mais dados.
Assim, restaria o gesto político. Isso ocorreu em 2010, quando Obama fez uma delicada visita à Índia. Naquele momento, o país asiático questionava os elos entre EUA e Paquistão, seu rival histórico, e uma série de questões comerciais.
Obama então fez o anúncio de apoio à pretensão indiana de ter uma vaga no Conselho de Segurança.
Desde então, os laços entre os países se aprofundaram, ainda que a cadeira na ONU permaneça no campo das ideias.
Diplomatas esperavam que o presidente pudesse falar com Dilma amanhã, na reunião do G20 em São Petersburgo, mas até ontem não havia essa sinalização.
A titularidade no conselho, hoje privilégio dos principais vencedores da Segunda Guerra Mundial (EUA, Rússia, Reino Unido e França) mais a China, dá poder de veto em questões como autorização para atacar outros países.
É objeto de desejo da diplomacia brasileira desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Há fortes restrições, contudo, à ideia dentro do Departamento de Estado --que era contrário ao endosso a Nova Déli. Setores creem que, além de ser uma promessa de difícil implementação, o apoio causaria desequilíbrio regional em favor do Brasil.
Em relação aos caças, a Folha apurou que o escândalo caiu como uma bomba entre os negociadores da Boeing e do governo americano.
Os norte-americanos haviam tomado a dianteira no negócio, que pode chegar a mais de R$ 15 bilhões, e agora enfrentam um significativo empecilho político na disputa com França (Rafale) e Suécia (Gripen).
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Geopolítica Brasileira
E como "pisar nesses calos" citados por você, é um pouco que dificil, pois:FCarvalho escreveu:Pra se ver como são as coisas neste nosso país. Todo mundo no governo concorda que o programa espacial é importante e necessário e precisa de apoio e de recursos estáveis. Mas.... tem que se pisar no calo de uns e outros no planalto para que a coisa passe a andar de verdade.
E assim vai com a educação, saúde, impostos, previdência, corrupção, trabalho, etc, etc...
Para nem falar em defesa, que sequer é assunto importante neste país. Aliás, nem assunto para governo é.
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Educação: Seus filhos podem estudar nas melhores escolas do país e do mundo (com o nosso dinheiro)
Saúde: O hospital mais "meia boca" que eles fazem algum procedimento é o Sirio Libanes... (com o nosso dinheiro)
Impostos: É o que os sustenta
Previdência: Qualquer obra super faturada por ai aposenta os seus sucessores até uma 3º geração
Corrupção: Ganha pão
Trabalho: Somente de terça a quinta...
Dificil pisar "nesses calos"...
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Re: Geopolítica Brasileira
Sávio, concordo com você. Infelizmente, o povo brasileiro, ao contrário de outros por aí, de tão mal acostumado ao nosso esquema de pão e circo, dificilmente fará algo realmente relevante para mudar o status quo deste nosso país tupiniquim.
E não serão manifestações durante as ´ferias escolares' que irão mudar isso...
abs.
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Re: Geopolítica Brasileira
Governo apressa projeto de satélite antiespionagem
Suspeita de monitoramento de Dilma pelos EUA impulsiona construção, orçada em US$ 660 mi
BRASÍLIA - O governo espera iniciar em outubro a construção do satélite geoestacionário brasileiro, um projeto orçado entre US$ 600 milhões e US$ 660 milhões. A iniciativa, que já estava em andamento, ganhou impulso após as denúncias de que as comunicações de dados do Brasil, inclusive as da presidente da República, estariam sendo monitoradas pelos Estados Unidos. Ele deverá entrar em órbita em 2016.
Hoje, o País está numa situação vulnerável. Comunicação de dados, telefonia, sinais de TV paga e até comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, empresa que já foi estatal mas foi privatizada em 1997. Hoje, está nas mãos do empresário mexicano Carlos Slim, dono da operadora Claro.
"Alugamos satélite de uma empresa estrangeira", disse ao Estado o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. "Hoje, se tivermos algum problema, não temos controle nenhum sobre ele." Assim, numa situação de guerra, por exemplo, o satélite pode ter sua posição alterada e inviabilizar as comunicações no País.
O governo quer comprar o satélite e a tecnologia. No mês passado, foi escolhido um grupo franco-italiano, o Thales Alenia Space, para fornecê-los. O satélite vai ser construído pela Visiona, uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, que será uma montadora de satélite. A tecnologia ficará com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai irradiá-la a partir de um polo em São José dos Campos.
Com o novo satélite, pretende-se também aumentar a segurança das comunicações. Hoje, boa parte dos dados que transitam pelo satélite da Embratel é aberta. No futuro modelo, os dados passarão pela Telebrás.
O equipamento brasileiro também terá dispositivo que desligará terminais não autorizados. Segundo denúncias feitas a partir de documentos do ex-técnico americano Edward Snowden, informações podem ter sido coletadas nas comunicações por satélite. Outro objetivo do satélite brasileiro - para Bonilha, o mais importante do ponto de vista social - é levar internet banda larga a todo o País. Ao longo deste ano, a Telebrás implantou uma rede de fibra ótica na Esplanada do Ministério. "A rede está lá, basta instalar os equipamentos e ligar os pontos", disse Bonilha, destacando que o equipamento é 100% nacional.
'Falsas'. O presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, repudiaram ontem a atitude do governo dos EUA de espionar a presidente Dilma Rousseff mas não opinaram se o episódio deve levar ao cancelamento de sua visita a Washington, em outubro. A questão, segundo eles, deve ser resolvida pela via diplomática.
Segundo Bernardo, os Estados Unidos não apresentaram, até agora, "nenhuma explicação razoável" para o "lamentável" episódio, e todas as justificativas sobre a espionagem "revelaram-se falsas". Dias depois da revelação sobre o caso, o governo americano alegou que a espionagem se destinava também "a proteger outros países" contra o terrorismo.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 1007,0.htm
Suspeita de monitoramento de Dilma pelos EUA impulsiona construção, orçada em US$ 660 mi
BRASÍLIA - O governo espera iniciar em outubro a construção do satélite geoestacionário brasileiro, um projeto orçado entre US$ 600 milhões e US$ 660 milhões. A iniciativa, que já estava em andamento, ganhou impulso após as denúncias de que as comunicações de dados do Brasil, inclusive as da presidente da República, estariam sendo monitoradas pelos Estados Unidos. Ele deverá entrar em órbita em 2016.
Hoje, o País está numa situação vulnerável. Comunicação de dados, telefonia, sinais de TV paga e até comunicações militares passam pelo satélite da Embratel, empresa que já foi estatal mas foi privatizada em 1997. Hoje, está nas mãos do empresário mexicano Carlos Slim, dono da operadora Claro.
"Alugamos satélite de uma empresa estrangeira", disse ao Estado o presidente da Telebrás, Caio Bonilha. "Hoje, se tivermos algum problema, não temos controle nenhum sobre ele." Assim, numa situação de guerra, por exemplo, o satélite pode ter sua posição alterada e inviabilizar as comunicações no País.
O governo quer comprar o satélite e a tecnologia. No mês passado, foi escolhido um grupo franco-italiano, o Thales Alenia Space, para fornecê-los. O satélite vai ser construído pela Visiona, uma joint venture entre a Telebrás e a Embraer, que será uma montadora de satélite. A tecnologia ficará com a Agência Espacial Brasileira (AEB), que vai irradiá-la a partir de um polo em São José dos Campos.
Com o novo satélite, pretende-se também aumentar a segurança das comunicações. Hoje, boa parte dos dados que transitam pelo satélite da Embratel é aberta. No futuro modelo, os dados passarão pela Telebrás.
O equipamento brasileiro também terá dispositivo que desligará terminais não autorizados. Segundo denúncias feitas a partir de documentos do ex-técnico americano Edward Snowden, informações podem ter sido coletadas nas comunicações por satélite. Outro objetivo do satélite brasileiro - para Bonilha, o mais importante do ponto de vista social - é levar internet banda larga a todo o País. Ao longo deste ano, a Telebrás implantou uma rede de fibra ótica na Esplanada do Ministério. "A rede está lá, basta instalar os equipamentos e ligar os pontos", disse Bonilha, destacando que o equipamento é 100% nacional.
'Falsas'. O presidente em exercício, Michel Temer, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, repudiaram ontem a atitude do governo dos EUA de espionar a presidente Dilma Rousseff mas não opinaram se o episódio deve levar ao cancelamento de sua visita a Washington, em outubro. A questão, segundo eles, deve ser resolvida pela via diplomática.
Segundo Bernardo, os Estados Unidos não apresentaram, até agora, "nenhuma explicação razoável" para o "lamentável" episódio, e todas as justificativas sobre a espionagem "revelaram-se falsas". Dias depois da revelação sobre o caso, o governo americano alegou que a espionagem se destinava também "a proteger outros países" contra o terrorismo.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 1007,0.htm
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Geopolítica Brasileira
Olha, mais entreguista impossível. Baixando as caças pra Bolívia! Volta Lamarca, volta Mariguella, bons tempos quando queria entregar o país aos soviéticos! Agora é pra Bolívia!
Petrobrás teve comportamento subimperialista na Bolívia, diz Gilberto Carvalho
Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, estatal reproduz nos países vizinhos um comportamento impositivo
SÃO PAULO - O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu nesta terça-feira, 3, que o Brasil tem que repensar seu modelo de desenvolvimento nacional e repensar as relações das empresas transnacionais brasileiras em outros países. Segundo ele, algumas empresas brasileiras, como a Petrobrás, reproduzem nos países vizinhos um comportamento impositivo que empresas de nações desenvolvidas teriam exercido no Brasil.
"Temos que ter a autocrítica de reconhecer, por exemplo, que a presença da Petrobrás na Bolívia era sim um modelo que dava corpo, dava razão, para aquilo que chamavam de comportamento subimperialista. O Brasil reproduz em relação ao seus vizinhos o mesmo comportamento que o grande imperialismo de primeiro mundo a nosso respeito", avaliou. Em maio de 2006, o presidente Evo Morales anunciou a estatização do setor de hidrocarbonetos, que impactou diretamente a petroleira brasileira.
Na semana passada, a relação brasileira com os bolivianos viveu momentos de tensão com a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado na embaixada brasileira em La Paz, mas o governo de Morales não emitiu salvo conduto para que ele viesse ao Brasil. Ele fugiu com ajuda de um diplomata brasileiro.
Segundo Carvalho, muitas dessas atitudes das empresas se dão em função da alta competitividade na hora de levar os negócios ao exterior. "A realidade não é simples em função da questão da competitividade", ressaltou.
Ele defendeu, no entanto, que haja uma mudança nesse quesito. "Quem muitas vezes representa o Brasil nesses países, para além e com muito mais publicidade que a embaixada, são as empresas", concluiu.
O ministro participou na manhã desta terça-feira, 3, da Conferência Ethos 2013, em São Paulo, e proferiu palestra com o tema ''Ampliando a competitividade do País por meio de suas empresas transnacionais''.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 3677,0.htm
Petrobrás teve comportamento subimperialista na Bolívia, diz Gilberto Carvalho
Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, estatal reproduz nos países vizinhos um comportamento impositivo
SÃO PAULO - O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu nesta terça-feira, 3, que o Brasil tem que repensar seu modelo de desenvolvimento nacional e repensar as relações das empresas transnacionais brasileiras em outros países. Segundo ele, algumas empresas brasileiras, como a Petrobrás, reproduzem nos países vizinhos um comportamento impositivo que empresas de nações desenvolvidas teriam exercido no Brasil.
"Temos que ter a autocrítica de reconhecer, por exemplo, que a presença da Petrobrás na Bolívia era sim um modelo que dava corpo, dava razão, para aquilo que chamavam de comportamento subimperialista. O Brasil reproduz em relação ao seus vizinhos o mesmo comportamento que o grande imperialismo de primeiro mundo a nosso respeito", avaliou. Em maio de 2006, o presidente Evo Morales anunciou a estatização do setor de hidrocarbonetos, que impactou diretamente a petroleira brasileira.
Na semana passada, a relação brasileira com os bolivianos viveu momentos de tensão com a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado na embaixada brasileira em La Paz, mas o governo de Morales não emitiu salvo conduto para que ele viesse ao Brasil. Ele fugiu com ajuda de um diplomata brasileiro.
Segundo Carvalho, muitas dessas atitudes das empresas se dão em função da alta competitividade na hora de levar os negócios ao exterior. "A realidade não é simples em função da questão da competitividade", ressaltou.
Ele defendeu, no entanto, que haja uma mudança nesse quesito. "Quem muitas vezes representa o Brasil nesses países, para além e com muito mais publicidade que a embaixada, são as empresas", concluiu.
O ministro participou na manhã desta terça-feira, 3, da Conferência Ethos 2013, em São Paulo, e proferiu palestra com o tema ''Ampliando a competitividade do País por meio de suas empresas transnacionais''.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 3677,0.htm
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Re: Geopolítica Brasileira
Pois é. É melhor começarmos a aprender espanhol , aimará, quéchua...etc...O duro vai ser ver as brasileiras usarem aquele chapéu de Bat Masterson...rodrigo escreveu:Olha, mais entreguista impossível. Baixando as caças pra Bolívia! Volta Lamarca, volta Mariguella, bons tempos quando queria entregar o país aos soviéticos! Agora é pra Bolívia!
Petrobrás teve comportamento subimperialista na Bolívia, diz Gilberto Carvalho
Para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, estatal reproduz nos países vizinhos um comportamento impositivo
SÃO PAULO - O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, defendeu nesta terça-feira, 3, que o Brasil tem que repensar seu modelo de desenvolvimento nacional e repensar as relações das empresas transnacionais brasileiras em outros países. Segundo ele, algumas empresas brasileiras, como a Petrobrás, reproduzem nos países vizinhos um comportamento impositivo que empresas de nações desenvolvidas teriam exercido no Brasil.
"Temos que ter a autocrítica de reconhecer, por exemplo, que a presença da Petrobrás na Bolívia era sim um modelo que dava corpo, dava razão, para aquilo que chamavam de comportamento subimperialista. O Brasil reproduz em relação ao seus vizinhos o mesmo comportamento que o grande imperialismo de primeiro mundo a nosso respeito", avaliou. Em maio de 2006, o presidente Evo Morales anunciou a estatização do setor de hidrocarbonetos, que impactou diretamente a petroleira brasileira.
Na semana passada, a relação brasileira com os bolivianos viveu momentos de tensão com a fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina, que estava asilado na embaixada brasileira em La Paz, mas o governo de Morales não emitiu salvo conduto para que ele viesse ao Brasil. Ele fugiu com ajuda de um diplomata brasileiro.
Segundo Carvalho, muitas dessas atitudes das empresas se dão em função da alta competitividade na hora de levar os negócios ao exterior. "A realidade não é simples em função da questão da competitividade", ressaltou.
Ele defendeu, no entanto, que haja uma mudança nesse quesito. "Quem muitas vezes representa o Brasil nesses países, para além e com muito mais publicidade que a embaixada, são as empresas", concluiu.
O ministro participou na manhã desta terça-feira, 3, da Conferência Ethos 2013, em São Paulo, e proferiu palestra com o tema ''Ampliando a competitividade do País por meio de suas empresas transnacionais''.
http://economia.estadao.com.br/noticias ... 3677,0.htm
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Re: Geopolítica Brasileira
Nossa quanta merda, pqp.
Isso que me faz até ver luz em colocar o PSDB no poder, antes capacho dos EUA que da Bolívia.
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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL