Ataque à Síria

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Re: Ataque à Síria

#166 Mensagem por Penguin » Sáb Ago 31, 2013 9:11 pm

Marechal-do-ar escreveu:
Penguin escreveu:O Putin vai defender a Síria?!
Vai defender os interesses russos, como sempre fez.
O verdadeiro problema é a politica interna e a opinião pública dos EUA. Essa pode causar danos.
Putin nada fará na prática. Apenas [026] [005]




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Re: Ataque à Síria

#167 Mensagem por Bourne » Sáb Ago 31, 2013 9:14 pm

O Putin não faz nada. Apenas está bancando Assad e se esforçará para infernizar um eventual próximo governo oposicionista. Sem a Rússia, em menor medida Irã, Assad teria tido o mesmo destino de Kadafi e Sadan. A região é muito mais complicada do que aparenta.




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Re: Ataque à Síria

#168 Mensagem por Penguin » Sáb Ago 31, 2013 9:20 pm

Bourne escreveu:O Putin não faz nada. Apenas está bancando Assad e se esforçará para infernizar um eventual próximo governo oposicionista. Sem a Rússia, em menor medida Irã, Assad teria tido o mesmo destino de Kadafi e Sadan. A região é muito mais complicada do que aparenta.
Banca desde que as regras do jogo sejam as da ONU.
O "Ocidente" não quer derrubar Assad. Nem Israel quer. O que viria depois?
Um ataque agora, se ocorrer, terá caráter "punitivo", não "derrubativo".




Editado pela última vez por Penguin em Sáb Ago 31, 2013 9:29 pm, em um total de 2 vezes.
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Re: Ataque à Síria

#169 Mensagem por Penguin » Sáb Ago 31, 2013 9:21 pm





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Re: Ataque à Síria

#170 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Ago 31, 2013 9:26 pm

Penguin escreveu:Putin nada fará na prática.
Acho improvável o Putin enviar tropas mas, entre as medidas que ele pode tomar:
- Vetar qualquer resolução da ONU;
- Financiar o Assad;
- Enviar armas, que terão que ser pagas pelo próximo governo.
- O apoio pode usar um intermediário, no caso Irã.

Não acho que o Putin tenha qualquer amor pelo Assad mas, um governo do lado dele é melhor do que um contra, acho que o Putin até aprovaria uma intervenção, se o Obama deixasse ele escolher o sucessor.

E o Assad por si não tem mais força nenhuma hoje, quem combate os rebeldes é o apoio do Irã.




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Re: Ataque à Síria

#171 Mensagem por Penguin » Sáb Ago 31, 2013 9:46 pm

Rússia planeja retirar efetivo de base naval na Síria
29 de agosto de 2013, em Conflitos em andamento, Geopolítica, Noticiário Internacional, Operações Navais, Recursos Humanos, por Nicholle Murmel

Imagem

Por Steve Gutterman; Edição de Elizabeth Piper (C) Reuters 2013

De acordo com informe da agência de notícias Interfax divulgado ontem, a Marinha russa estaria preparando a retirada de seu evetivo da base naval em Tartus, no litoral da Síria.

Caso as informações procedam, o plano refletiria preocupação das autoridades navais russas diante do provável ataque por parte dos Estados Unidos e forças aliadas ao regime do presidente Bashar al-Assad – em retaliação a um possível ataque com armas químicas que teriam matado centenas de pessoas, inclusive civis.

A base relativamente modesta no porto de Tartus é a única da Marinha russa fora do território que compreende a antiga União Soviética, e tem como função principal abastecer navios de guerra durante longos desdobramentos que muitas vezes passam pela região do Mediterrâneo.

Citando fontes anônimas ligadas ao comando da Marinha, a Interfax reporta que o efetivo da base teria embarcado em um navio de apoio atracado no local, e que demais embarcações de guerra o escoltariam para fora da Síria. A agência não informa se o navio deixou mesmo o país, nem quantas pessoas embarcaram. O Ministério da Defesa se recusou a comentar as informações, alegando que a questão é de jurisdição da Marinha. O Ministério não confirma, mas analistas acreditam que haja em torno de 100 técnicos russos na base naval.

Autoridades de Moscou apontam que há milhares de cidadãos russos na Síria – boa parte seriam mulheres casadas com sírios, e mesmo com filhos. O ministério russo para situações de emergência informou na última terça (27) que havia evacuado 89 pessoas que pediram para deixar o país, incluindo 75 cidadãos russos. Estima-se que o governo tenha retirado cerca de 730 pessoas da Síria este ano.

Moscou vem sendo o aliado mais forte do governo Assad em um conflito interno que já deixou mais de 100 mil mortos desde 2011. O país forneceu ao regime sistemas de defesa, além de vetar resoluções do Conselho de Segurança da ONU que previam condenações ou sanções e embargos. A Rússia pediu veementemente aos Estados Unidos e outras nações que não ataquem a Síria, alegando que a intervenção sem aprovação da ONU constitui violação da lei internacional.

FONTE: The Maritime Executive via Naval Open Source Intelligence (tradução e adaptação do Poder Naval a partir de original em inglês)




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Re: Ataque à Síria

#172 Mensagem por shucrut » Sáb Ago 31, 2013 10:06 pm

Bolovo escreveu:Que ataquem a Síria e o mundo todo. Depois explode metro em Nova Iorque, prédio em Londres e ninguém entende porque essas coisas ocorrem. Enquanto o Brasil não se meter nessas paradas, eu vou tacando um foda-se ao mundo e fico aqui assistindo tudo em São Paulo enquanto como pipoca. Se merecem!
Com uma central de alarme em casa, com cerca elétrica, arame fardado (concertina), muro alto,grades nas janelas além câmeras e mais câmeras. Sim, você esta comendo pipoca em São Paulo vendo tudo isso...




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Re: Ataque à Síria

#173 Mensagem por Grep » Dom Set 01, 2013 12:19 am

Penguin escreveu:
Bourne escreveu:O Putin não faz nada. Apenas está bancando Assad e se esforçará para infernizar um eventual próximo governo oposicionista. Sem a Rússia, em menor medida Irã, Assad teria tido o mesmo destino de Kadafi e Sadan. A região é muito mais complicada do que aparenta.
Banca desde que as regras do jogo sejam as da ONU.
O "Ocidente" não quer derrubar Assad. Nem Israel quer. O que viria depois?
Um ataque agora, se ocorrer, terá caráter "punitivo", não "derrubativo".
Punitivo sim, e durante essa punião por coincidencia o exercito de Assad continua se comportando mal, e novos ataques continuam sendo feitos até o enfraquecimento e derrubada do governo.




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Re: Ataque à Síria

#174 Mensagem por hades767676 » Dom Set 01, 2013 2:30 am

Por que a Rússia apoia Assad na Síria?
1. O regime de Assad, primeiro com o pai, Hafez, e depois com o filho, Bashar, sempre foi um aliado leal de Moscou
2. O regime sempre foi um cliente importante na compra de armamentos russos, pagando em dia
3. Os cristãos sírios, que representam 10% da população, apoiam em sua absoluta maioria o regime de Assad. Assim como a maior parte dos russos, são cristãos ortodoxos e veem Moscou como defensora do cristianismo no Oriente e no mundo árabe
4. Há dezenas de milhares de russos vivendo na Síria, especialmente mulheres, e elas costumam dizer que Assad garante a liberdade enquanto a oposição implementaria um conservadorismo maior no país, o segundo mais liberal do mundo árabe, depois do Líbano
5. A oposição síria é extremista islâmica, com facções ligadas à Al Qaeda e também a movimentos salafistas. Lembra, para os russos, alguns grupos separatistas no Cáucaso
6. A única base militar russa no Mediterrâneo, ainda que pequena, se localiza na Síria
7. Os EUA e seus aliados intervieram, apenas na última década, no Afeganistão, no Iraque e na Líbia. Em todas, na avaliação de Moscou, fracassaram. Bagdá tem carros-bomba diários e a guerra civil retornou com confrontos entre sunitas e xiitas. O Taleban se fortalece no Afeganistão mais uma vez. Na Guerra da Líbia, morreram proporcionalmente mais pessoas do que na Síria e o país hoje é dominado por milícias
8. A Rússia é pragmática e avalia que, nesta guerra civil, a maior chance de estabilidade seria Assad vencer a guerra. A alternativa seria mais caos e fragmentação do país, com o fortalecimento de grupos extremistas e transformando o território sírio em um oásis de terrorismo

Guga Chacra, Estadão.




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Re: Ataque à Síria

#175 Mensagem por Bourne » Dom Set 01, 2013 3:28 am

Penguin escreveu:
Banca desde que as regras do jogo sejam as da ONU.
O "Ocidente" não quer derrubar Assad. Nem Israel quer. O que viria depois?
Um ataque agora, se ocorrer, terá caráter "punitivo", não "derrubativo".
Acho que tu não tem a mais breve noção de como funciona a região, o conflito entre grupos árabes, o envolvimento do ocidente e as consequências de uma ataque ocidental ao regime. Tua leitura do cenário é um mundo da fantasia onde o mundo é lindo e cor-de-rosa. A ONU e regras não importam. Por que quem manda na ONU são as potências, elas fazem as regras e interagem o tempo todo.

O Norte da África, Oriente Médio e Centro da Ásia são lugares quentes em que percebe claramente como se constrói o jogo de poder entre países com conflitos militares, políticos e diplomáticos. Os europeus e monarquias árabes estão reconstruindo a estrutura política região de forma agressiva. Derrubar Assad e colocar faz parte do projeto. Não mandam armas, apoio político e diplomático e acordam que instalações atacar por serem amantes da liberdade. Em seguida, implantar o governo simpático aos seus anseios, expulsando a influência russa e iraniana. A guerra civil e instabilidade é um efeito colateral e será controlada no futuro. Outro agravante é existem uma grande variedade de posições e conflitos que estão a flor da pele no Egito.

Para derrubá-lo não precisa ir longe. Qualquer revista de relações internacionais e analista profissionais vão traçar um cenário e consequências bem diferente. Não são teorias conspiratórias, passionais ou gente repetindo chavões. É sim formado por um corpo de gente altamente qualificado que trabalha com política internacional e oriente médio. Cada peça e movimento tem implicações e possibilidades com interações extremamente complexas.




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Re: Ataque à Síria

#176 Mensagem por Bourne » Dom Set 01, 2013 4:07 am

Grep escreveu:Punitivo sim, e durante essa punião por coincidencia o exercito de Assad continua se comportando mal, e novos ataques continuam sendo feitos até o enfraquecimento e derrubada do governo.
A Síria está destroçada. Sem o apoio externo russo, iraniano e, principalmente, hezbollah que faz o serviço sujo Assad teria caído. Porém a oposição não consegue tomar o poder nem com apoio moral e de equipamentos das monarquias árabes e europeus.

O ataque externo "punitivo" é na verdade a desculpa para enfraquecer o governo central. Observem que esses dias Holland estava animado conversando com o representante da oposição para saber o que atacar. Não é estranho. A ideia é disfarçar um apoio aéreo e tentar fazer algo parecido com o que feito na Líbia. O problema é que na Síria é coisa é muito mais complicada e Assad não está isolado como Kadafi. Colocar uma operação militar dessas tem implicações na região e na política internacional, principalmente EUA e Rússia. Por isso, Obama está usando o recursos de enrolar e jogar a responsabilidade para o Congresso.

Lembrem que depois que Kadafi caiu o norte da África pegou fogo. Forçando a intervenção francesa no Mali. É uma questão de tempo para demandar outras operações militares na região.




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Re: Ataque à Síria

#177 Mensagem por Bourne » Dom Set 01, 2013 4:25 am

Atoning for Libya: Germany Seeks Low Profile in Syria
http://www.spiegel.de/international/wor ... 19491.html
By Daryl Lindsey

Protests against a possible military strike in Syria have been largely muted in Germany this week. Here, Left Party demonstrators hold a sign: "Bombs don't create peace." Zoom
REUTERS
Protests against a possible military strike in Syria have been largely muted in Germany this week. Here, Left Party demonstrators hold a sign: "Bombs don't create peace."
All eyes are on the international community this week as the US prepares to strike Syria. In Germany, political leaders are keen to avoid a repeat of the embarrassing mistakes made in the run-up to the Libya intervention. Experts say Berlin will offer political support but little else.

Will it come this weekend? Early next week? Or will it follow the G-20 summit in Russia, which begins on Thursday? Few in Germany doubt the likelihood that the United States will launch some kind of strike against Syria in the coming days. British Prime Minister David Cameron may have suffered a bitter defeat by a negative vote in his country's parliament on Thursday, but that likely won't stop the US from acting.

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In comments made to the New York Times and the Washington Post published on Friday, White House officials began signalling that the US would act unilaterally if it has to. Pentagon officials also stated that a fifth US destroyer carrying dozens of Tomahawk cruise missiles has been moved into the eastern Mediterranean Sea. A red line is a red line -- and most expect Washington to respond in order to protect its credibility.
The growing calls for a military strike are in response to the Aug. 21 chemical weapons attack in Syria -- an attack that White House officials believe was conducted by dictator Bashar Assad's forces. "The message the Americans are sending is that they are planning a small attack against Syrian army installations," says Henning Riecke, the head of the trans-Atlantic relations program and expert on German and US security policy at the German Council on Foreign Relations in Berlin. "The goal here is to cause damage to demonstrate to Assad that if he deploys chemical weapons, then the costs will be greater to him than the benefits. That's how deterrent is intended to work."

'Germany Will Stand in the Way'

Coming as it does just weeks before a national election, the developments create discomfort for incumbent Chancellor Angela Merkel and her Social Democrat challenger, Peer Steinbrück, given that two-thirds of Germans oppose an international military intervention against Syria. Worse yet, what would happen if the US were to ask for anything beyond political support from Germany?

"Election campaigns are a bad time to go to war, and Germany's Western allies know that, too," says Markus Kaim, a security policy expert at the German Institute for International and Security Affairs (SWP), a Berlin-based think tank that advises the government on foreign policy matters.

More likely, he and other experts say -- particularly given Berlin's abstention from the United Nations Security Council vote on the Libya intervention in 2011 -- Washington is unlikely to ask for much if anything at all.

"At the very most, the Germans will be asked to act friendly and cooperative from the sidelines," says DGAP's Riecke. "In other words, to provide political support for the mission, approach the critics in Moscow and Beijing diplomatically and not undertake any political countermeasures." Earlier this week, Merkel's spokesman called for punitive measures against Syria and "consequences" in the wake of the chemical weapons attack. Riecke said he interpreted this to be an announcement that, "Germany will not stand in the way."

Germany Seeks to Avoid Embarrassment

In the corridors of power in Berlin, the international isolation Germany faced after its abstention from the Libya vote hangs over the current Syria debate like an 800-pound gorilla. At the time, the US, Britain and France moved ahead to establish a no-fly zone in the country without Germany's support.

"It was a mistake and some in (Merkel's) government readily admit that today," says SWP's Kaim. "The lack of coordination with our Western allies and the abstention put German on the same side as Russia and China. It was a meltdown for German politics and the government is now seeking to avoid that."

It's a position shared by General Harald Kujat, the retired former head of Germany's Bundeswehr armed forces. He calls the abstention and subsequent "errors" made by the German government over Libya a "disaster," both militarily and politically. This time around, he says, the only thing the German government will do is "seek to avoid making any major mistakes -- but no more than that."

When asked what Germany could provide if Washington moves to strike next week or after the G-20 summit in St. Petersburg, Kujat has few illusions. "When it comes to geopolitical issues," he says, "Germany plays no role. We are merely extras, and if you're an extra, then you need to make sure you don't disrupt the performance taking place on stage. But disrupt is precisely what we did in Libya."

'A Lot More Time'

Of course, there certainly is some aid, albeit largely symbolic, that the Bundeswehr could provide. DGAP's Riecke points to assistance like the monitoring of additional airspace by German military personnel using AWACs reconnaissance planes, for example. But such aid would likely only become relevant if there were a longer-term intervention in Syria, a prospect few seem to be seriously considering at this time.

In terms of the brief missile strikes the Obama administration appears to be planning, there's not much Germany can do to help. "If the Bundeswehr were to participate, it would require a lot more time," notes Kujat.

And even then, it would face severe limitations. The Bundeswehr has already been stretched close to its limits with deplyoments in Afghanistan, Kosovo and along Turkey's border, where Bundeswehr troops man Patriot surface-to-air missile batteries as part of NATO operations. It is also hamstrung by physical limitations. Whereas Britain has bases in nearby Cyprus and the US in Crete, Germany has none.

If a longer engagement were to take shape, DGAP's Riecke says there could still be a bit role for Germany to play. "I could imagine that the Germans might be asked to monitor a larger share of the airspace with AWACs planes, but I'm not sure the Americans would really even need that," he says.

Germany Could Offer Its Soft Power

For now, the main thing Germany has to offer is diplomacy -- the soft power it wields as the European Union's largest economy and as a partner of Russia.

Political support is important, "but it is also important that we act constructively in the international bodies where we have seats and votes -- in NATO, at the European Union, which still hasn't stated a position on Syria, and at the G-20 summit next week where we will sit at the same table as the other Western actors, including Russia and the US. At these forums, Germany has the ability to help shape foreign and security policy. The country may not be decisive, but it can still state its position and push for things," former Bundeswehr General Kujat says. Despite strained relations between Merkel and Russian President Vladimir Putin, he says "Germany still has good ties to Russia as well as a very good name in the Arab world."

The point of a strike, argues SWP's Kaim, is to assert pressure on Assad to eschew chemical weapons, but just as importantly to push for movement in Syrian peace talks in Geneva. Kaim sees a possible strike next week as opening a "window of opportunity" for European diplomacy.

"If there is a strike next week, then Damascus, Moscow and Tehran would have to reassess their options," Kaim says. "Wouldn't that be a terrific opportunity for Germany and the EU, together with the British, French or even Polish foreign minister and EU foreign affairs chief Catherine Ashton to say: We're going to fly to Damascus and use this opportunity for a fresh diplomatic start?"

'Broad Consent for the Americans to Take a Step'

There's almost universal consensus that next week's G-20 summit in Russia should be used as an opportunity to seek a deal with Moscow. "Perhaps a compromise is actually possible with Russia," says military observer Kujat. "It's certainly not in the interest of the Russians for Assad to be using chemical weapons against his own people. As Assad supporters, this would discredit the country."

So far, though, there are no signs Moscow is ready to seek a deal. "Russia is against any resolution of the UN Security Council which may contain an option for the use of force," Russian Deputy Foreign Minister Gennady Gatilov said on Friday. The statement came after a UN meeting seeking to come up with a resolution on the Syrian crisis failed to reach any agreement.
US Secretary of Defense Chuck Hagel said Friday that the Obama administration doesn't want to go it alone, but it appears increasingly likely it will. This time, though, in sharp contrast to the Iraq war, there is far less resistance to the US taking solo action in Syria. Although Germans would like to see a solution take shape at the United Nations Security Council, foreign policy experts note that those efforts have failed so far.

"The Security Council has been dysfunctional and its members have been unable to find agreement on any kind of sensible approach," says trans-Atlantic relations observer Riecke. "Russia blocked that. That's why, mostly in the Western world, there is a large degree of support, acceptance or at least tolerance for the Americans to take a step."




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Re: Ataque à Síria

#178 Mensagem por FoxTroop » Dom Set 01, 2013 8:41 am

O potencial de dar jorda grossa é tanto que todos os países que têm fronteira com a Síria fecharam o seu espaço aéreo a qualquer movimento de ataque à Síria, com a excepção da Turquia. Nem as bases em Chipre podem ser usadas pois o governo cipriota também fechou o seu espaço aéreo a aeronaves de guerra com destino a um possível ataque a Assad.

Resta, portanto, o ataque com misseis a partir dos navios de guerra ao largo da costa da Síria.

Quanto a ataques "punitivos" e "limitados e não derrubativos" é sonhar. Pura e simplesmente não existe. Vide o caso da Líbia onde ataques punitivos acabaram em conflito completo e com botas no terreno e o caso do Mali onde, apesar dos ataques aéreos só se conseguiu parar os "rebeldes" enviando contingentes para o terreno.




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Re: Ataque à Síria

#179 Mensagem por FCarvalho » Dom Set 01, 2013 8:45 am

E quanto mais demora, mais piora a situação. :roll:

abs.




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Re: Ataque à Síria

#180 Mensagem por Penguin » Dom Set 01, 2013 8:55 am

Bourne escreveu:
Penguin escreveu:
Banca desde que as regras do jogo sejam as da ONU.
O "Ocidente" não quer derrubar Assad. Nem Israel quer. O que viria depois?
Um ataque agora, se ocorrer, terá caráter "punitivo", não "derrubativo".
Acho que tu não tem a mais breve noção de como funciona a região, o conflito entre grupos árabes, o envolvimento do ocidente e as consequências de uma ataque ocidental ao regime. Tua leitura do cenário é um mundo da fantasia onde o mundo é lindo e cor-de-rosa. A ONU e regras não importam. Por que quem manda na ONU são as potências, elas fazem as regras e interagem o tempo todo.

O Norte da África, Oriente Médio e Centro da Ásia são lugares quentes em que percebe claramente como se constrói o jogo de poder entre países com conflitos militares, políticos e diplomáticos. Os europeus e monarquias árabes estão reconstruindo a estrutura política região de forma agressiva. Derrubar Assad e colocar faz parte do projeto. Não mandam armas, apoio político e diplomático e acordam que instalações atacar por serem amantes da liberdade. Em seguida, implantar o governo simpático aos seus anseios, expulsando a influência russa e iraniana. A guerra civil e instabilidade é um efeito colateral e será controlada no futuro. Outro agravante é existem uma grande variedade de posições e conflitos que estão a flor da pele no Egito.

Para derrubá-lo não precisa ir longe. Qualquer revista de relações internacionais e analista profissionais vão traçar um cenário e consequências bem diferente. Não são teorias conspiratórias, passionais ou gente repetindo chavões. É sim formado por um corpo de gente altamente qualificado que trabalha com política internacional e oriente médio. Cada peça e movimento tem implicações e possibilidades com interações extremamente complexas.
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A Rússia e a China têm vetado e continuarão vetando qualquer resolução do CS da ONU que contrarie seus interesses relacionados com a Síria. É esse o jogo. Fora desse âmbito, as opções são limitadas para ambos, sem que corram grandes riscos.
A Rússia pode tentar enviar armas, mas sem garantia que chegue ao destinatário.


O "Ocidente" não quer derrubar Assad. Nem Israel quer. O que viria depois?
Faltou adicionar agora.
Se por um lado a derrubada de Assad pode parecer tentadora para o "Ocidente", cortando os vínculos do Hezbollah/Líbano/Síria com o Irã, por outro lado, pode-se instalar um regime fundamentalista patrocinado pelo Arabia Saudita ou algo sem controle, pior para Israel e para o "Ocidente".
Lembrar que dos 90% de sírios muçulmanos, 75% são sunitas.


Um ataque agora, se ocorrer, terá caráter "punitivo", não "derrubativo".
Caso não esteja tudo combinado com a Arabia Saudita & companhia e Turquia, não creio que um ataque punitivo será o fim da Assad. Apenas amenizará que o "Ocidente" siga desmoralizado com a história de não se cruzar a linha vermelha.
Porém se as coisas já estiverem coordenadas....




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