Ataque à Síria
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Re: Ataque à Síria
Ocidente age como 'macaco com granada', na questão síria, diz Rússia
Potências não entendem mundo muçulmano, diz vice-premiê russo.
Aliada de Assad, Rússia é contrária a possível ataque ocidental à Síria.
Da AFP
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Rogozin, acusou o Ocidente de agir como "um macaco com uma granada na mão" em relação ao mundo muçulmano, num momento em que os Estados Unidos e várias capitais europeias avaliam uma intervenção militar na Síria.
saiba mais
"O Ocidente se comporta com o mundo muçulmano como um macaco com uma granada", escreveu no Twitter o encarregado do complexo militar-industrial russo.
A Rússia, poderoso e fiel aliado do regime de Bashar al-Assad, já advertiu que uma intervenção militar terá consequências catastróficas para os países do Oriente Médio e do norte da África.
Potências não entendem mundo muçulmano, diz vice-premiê russo.
Aliada de Assad, Rússia é contrária a possível ataque ocidental à Síria.
Da AFP
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Dmitri Rogozin, acusou o Ocidente de agir como "um macaco com uma granada na mão" em relação ao mundo muçulmano, num momento em que os Estados Unidos e várias capitais europeias avaliam uma intervenção militar na Síria.
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A Rússia, poderoso e fiel aliado do regime de Bashar al-Assad, já advertiu que uma intervenção militar terá consequências catastróficas para os países do Oriente Médio e do norte da África.
"Uma nação que confia em seus direitos, em vez de confiar em seus soldados, engana-se a si mesma e prepara sua própria queda."
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Re: Ataque à Síria
Desculpe o post seguido mas uma pergunta apenas: A Rússia entra na briga para salvar o rabo do Assad?
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Re: Ataque à Síria
Primeiro temos que saber qual tipo de ataque ocorrerá, e suas consequências para o exército sírio. Se houver somente a destruição dos depósitos de armas químicas, eu acho que nada muda. Se junto com os depósitos atacarem a força aérea síria no chão, aniquilando-a, a batata do Assad começa a assar. Mas só acredito que um ataque da OTAN faça mesmo diferença se atingir a cavalaria blindada e os quartéis convencionais. Se a Rússia vai intervir? Não acredito, já estão retirando seu pessoal do país. Fornecer armamento antiaéreo seria uma opção, mas é possível a curtíssimo prazo? Se houvesse invasão terrestre, os russos poderiam colaborar muito na defesa. Mas essa estória de 3ª guerra mundial é besteira.A Rússia entra na briga para salvar o rabo do Assad?
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
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Re: Ataque à Síria
Eu sou leigo no assunto, mas um ataque com explosivos em um depósito com armas químicas não me parece uma boa idéia não!
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Re: Ataque à Síria
EXATO! Me parece que vai é espalhar os produtos tóxicos por um largo perímetro. Mas tá certo, Vencedores não são julgados por Crimes de Guerra, a História nos ensina...
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Re: Ataque à Síria
França diz estar pronta para punir regime por ataque químico na Síria
O presidente da França, François Hollande, disse nesta terça-feira que está pronta para punir os responsáveis pelo suposto ataque químico na periferia de Damasco, na Síria. O mandatário acusou o regime de Bashar al-Assad pela ação e disse que pode aumentar seu apoio militar à oposição síria.
Os franceses avaliam, junto com americanos e britânicos, uma intervenção militar na Síria após a acusação rebelde de um ataque militar com armas químicas contra civis na região de Ghouta, área ao lado da capital síria dominada pelos opositores. Segundo ativistas, cerca de 1.300 pessoas morreram.
Já a organização Médicos Sem Fronteiras afirma que 3.600 pessoas foram atendidas com problemas neurológicos causados por intoxicação, sendo que 355 morreram. A ação aconteceu três dias após a chegada dos inspetores da ONU a Damasco para verificar denúncias de armas químicas.
"O mundo está espantado depois da confirmação da utilização de armas químicas na Síria. Tudo faz crer que foi o regime que cometeu esse ato abjeto que o condena definitivamente ante os olhos do mundo", declarou Hollande.
Para o mandatário, a comunidade internacional tem a responsabilidade de responder de forma apropriada ao ataque e lamentou a propagação do conflito. "Nossa responsabilidade é buscar a resposta mais apropriada às atrocidades do regime sírio e a França está disposta a castigar quem tomou essa decisão infame".
O francês ainda anunciou o aumento da ajuda à Coalizão Nacional Síria, o principal grupo rebelde, embora não comentou que tipo de ajuda fornecerá. Em junho, o país europeu pressionou a União Europeia a aprovar a liberação do fornecimento de armas aos insurgentes, embora não as tenha enviado até o momento.
REINO UNIDO
Com o pronunciamento de Hollande, Reino Unido, França e Estados Unidos confirmam suas intenções de fazer uma ação militar contra a Síria. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, levará a questão na próxima quinta (29) ao Parlamento para que seja avaliada.
Em entrevista nesta terça, ele afirmou que a intervenção militar deve ser uma repressão ao regime sírio pelo uso de armas químicas e não um conflito mais longo. "O uso de armas químicas na Síria é um erro e qualquer resposta deve ser legal, proporcional e planejada para controlar horrores futuros similares".
Mais cedo, o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, afirmou que as Forças Armadas estão prontas para um ataque se o presidente Barack Obama optar por isso. "Estamos prontos para atuar. Deslocamos recursos para cumprir e acatar qualquer opção que o presidente deseje realizar", declarou Hagel.
Segundo o jornal "Washington Post", Obama planeja uma ação rápida na Síria, destinada a ser uma punição ao regime de Bashar al-Assad para o uso de armas químicas. Integrantes do governo americano ouvidos pela publicação afirmam que Washington não deseja se envolver muito no conflito.
Os funcionários afirmam que esse ataque não deve durar mais de dois dias e envolverá mísseis, que seriam lançados de navios e bases no mar Mediterrâneo. Os alvos seriam instalações militares não relacionadas com os depósitos de armas químicas.
O ataque só seria autorizado após a liberação de um informe da inteligência americana sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio, consulta a países aliados e ao Congresso e a determinação de uma justificativa pela lei internacional.
Com a possibilidade de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, a decisão sobre a intervenção deverá ser tomada pela Otan, assim como na ação à antiga Iugoslávia no conflito de Kosovo, em 1999, e mais recentemente no caso da Líbia, há dois anos.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... iria.shtml
O presidente da França, François Hollande, disse nesta terça-feira que está pronta para punir os responsáveis pelo suposto ataque químico na periferia de Damasco, na Síria. O mandatário acusou o regime de Bashar al-Assad pela ação e disse que pode aumentar seu apoio militar à oposição síria.
Os franceses avaliam, junto com americanos e britânicos, uma intervenção militar na Síria após a acusação rebelde de um ataque militar com armas químicas contra civis na região de Ghouta, área ao lado da capital síria dominada pelos opositores. Segundo ativistas, cerca de 1.300 pessoas morreram.
Já a organização Médicos Sem Fronteiras afirma que 3.600 pessoas foram atendidas com problemas neurológicos causados por intoxicação, sendo que 355 morreram. A ação aconteceu três dias após a chegada dos inspetores da ONU a Damasco para verificar denúncias de armas químicas.
"O mundo está espantado depois da confirmação da utilização de armas químicas na Síria. Tudo faz crer que foi o regime que cometeu esse ato abjeto que o condena definitivamente ante os olhos do mundo", declarou Hollande.
Para o mandatário, a comunidade internacional tem a responsabilidade de responder de forma apropriada ao ataque e lamentou a propagação do conflito. "Nossa responsabilidade é buscar a resposta mais apropriada às atrocidades do regime sírio e a França está disposta a castigar quem tomou essa decisão infame".
O francês ainda anunciou o aumento da ajuda à Coalizão Nacional Síria, o principal grupo rebelde, embora não comentou que tipo de ajuda fornecerá. Em junho, o país europeu pressionou a União Europeia a aprovar a liberação do fornecimento de armas aos insurgentes, embora não as tenha enviado até o momento.
REINO UNIDO
Com o pronunciamento de Hollande, Reino Unido, França e Estados Unidos confirmam suas intenções de fazer uma ação militar contra a Síria. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, levará a questão na próxima quinta (29) ao Parlamento para que seja avaliada.
Em entrevista nesta terça, ele afirmou que a intervenção militar deve ser uma repressão ao regime sírio pelo uso de armas químicas e não um conflito mais longo. "O uso de armas químicas na Síria é um erro e qualquer resposta deve ser legal, proporcional e planejada para controlar horrores futuros similares".
Mais cedo, o secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, afirmou que as Forças Armadas estão prontas para um ataque se o presidente Barack Obama optar por isso. "Estamos prontos para atuar. Deslocamos recursos para cumprir e acatar qualquer opção que o presidente deseje realizar", declarou Hagel.
Segundo o jornal "Washington Post", Obama planeja uma ação rápida na Síria, destinada a ser uma punição ao regime de Bashar al-Assad para o uso de armas químicas. Integrantes do governo americano ouvidos pela publicação afirmam que Washington não deseja se envolver muito no conflito.
Os funcionários afirmam que esse ataque não deve durar mais de dois dias e envolverá mísseis, que seriam lançados de navios e bases no mar Mediterrâneo. Os alvos seriam instalações militares não relacionadas com os depósitos de armas químicas.
O ataque só seria autorizado após a liberação de um informe da inteligência americana sobre o uso de armas químicas pelo regime sírio, consulta a países aliados e ao Congresso e a determinação de uma justificativa pela lei internacional.
Com a possibilidade de veto da Rússia no Conselho de Segurança da ONU, a decisão sobre a intervenção deverá ser tomada pela Otan, assim como na ação à antiga Iugoslávia no conflito de Kosovo, em 1999, e mais recentemente no caso da Líbia, há dois anos.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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João Guimarães Rosa
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Re: Ataque à Síria
Os japoneses fizeram um ataque limitado em Pearl Harbor, mas os que foram atacados resolveram não deixar barato.
O desenrolar de um ataque mesmo que limitado pode acabar numa explosão nuclear, como já mostrou a história.
Claro que a Síria não tem como enfrentar nem mesmo seus vizinhos, que diria ter capacidade para enfrentar o poderio dos americanos...
Vai levar cacete e estou torcendo para não tentar revidar em Israel, Jordania ou Qatar.
Se escolher Israel para revidar - já que este país o bombardeou recentemente algumas vezes - e para isso usar o Hezbolah, vai incendiar a região toda, começando pelo Líbano que vai ser a primeira vítima da contra-ofensiva israelense.
Como não se conformam que o Assad esteja ganhando internamente, vão por em risco a explosão do conflito para fora das fronteiras da Síria.
Essse Obama é um frouxo... Não age na hora certa e deixa-se encurralar politicamente... Decepção...
Pelo menos o Bushinho era sim/sim não/não.
O desenrolar de um ataque mesmo que limitado pode acabar numa explosão nuclear, como já mostrou a história.
Claro que a Síria não tem como enfrentar nem mesmo seus vizinhos, que diria ter capacidade para enfrentar o poderio dos americanos...
Vai levar cacete e estou torcendo para não tentar revidar em Israel, Jordania ou Qatar.
Se escolher Israel para revidar - já que este país o bombardeou recentemente algumas vezes - e para isso usar o Hezbolah, vai incendiar a região toda, começando pelo Líbano que vai ser a primeira vítima da contra-ofensiva israelense.
Como não se conformam que o Assad esteja ganhando internamente, vão por em risco a explosão do conflito para fora das fronteiras da Síria.
Essse Obama é um frouxo... Não age na hora certa e deixa-se encurralar politicamente... Decepção...
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Re: Ataque à Síria
E eu ia dizer que se Romney tivesse vencido a eleição, esse ataque já tinha acontecido muito antes.Essse Obama é um frouxo... Não age na hora certa e deixa-se encurralar politicamente... Decepção...
Pelo menos o Bushinho era sim/sim não/não.
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Re: Ataque à Síria
Fazia anos que não entrava la ... mais ai esta, se ate ele concorda que esta errado deve ter caroço nesse angu.
Síria: Mais uma vez, EUA e aliados bem perto de somar forças com a… Al Qaeda
A julgar pelo noticiário da imprensa americana e europeia, Bashar Al Assad já era. A decisão de atacar a Síria e depor o ditador parece iminente. Não é a primeira vez que se tem a impressão de que se vai cruzar a linha. Desta vez, no entanto, as tintas estão mais carregadas. Não me resta, neste trabalho, alternativa que não seja dizer o que acho que tem de ser dito, em consonância com os fatos, mas na contramão da metafísica influente. Parece não haver dúvidas de que houve um ataque com armas químicas na Síria. Mas não se tem nenhuma evidência de que tenha sido perpetrado pelas forças de Assad. O tirano, reitero, estava vencendo a guerra civil — ou, vá lá, estava ao menos na ofensiva. Na hipótese de que goste de matar pessoas só por perversidade, reconheça-se: poderia ter feito muito mais vítimas com armas convencionais, e se noticiaria, de novo, a carnificina na Síria e ponto. Tanto ele como os rebeldes sabiam que um ataque químico poderia provocar a intervenção dos EUA e de aliados europeus. A quem interessa essa intervenção?
Um amigo, que conhece como poucos a região, me envia um e-mail:
“Reinaldo, infelizmente, muita gente acha que a oposição síria é formada por democratas e manifestantes pacíficos que lutam contra um regime sanguinário apoiado pelo Irã e pelo Hezbollah. Na verdade, a oposição síria é apoiada pelo Qatar e Arábia Saudita (…), e as principais facções armadas são ligadas à Al Qaeda ou, então, são salafistas ultrarradicais anticristãos e antixiitas e anti-alauítas. O regime de Assad, de viés laico, realmente é sanguinário e aliado do Irã e do Hezbollah. Portanto, a melhor opção seria o Ocidente não se envolver”.
É precisamente o que eu penso, especialmente quando há uma razoável suspeita de que o “ataque químico” foi perpetrado para, digamos assim, tirar os governantes ocidentais da apatia.
Continua esse amigo:
“Dizem que os republicanos são a favor da intervenção e estariam pressionando o democrata Obama. Mas isso não é verdade. Alguns republicanos são a favor, como o McCain e o Lindsey Graham. Mas os republicanos libertários (Rand Paul) e os isolacionistas (Ted Cruz) são contra. E apenas 25% dos americanos defendem uma intervenção depois do ataque químico.”
Trago essas questões aqui apenas para ampliar um pouco as referências. Entendo que os EUA — e seus aliados europeus — estão prestes a fazer mais uma gigantesca bobagem, agora na Síria — decorrência, aí sim, da incapacidade de Obama e sua turma de entender o mundo que os cerca. Nem se trata de saber, agora, se os EUA poderiam ou não ter impedido, lá atrás (quando começaram as manifestações contra Hosni Mubarak, no Egito), que a situação chegasse a esse ponto. Já cheguei a achar convictamente que sim. Hoje, tenho algumas dúvidas. Mas de uma coisa estou certo: um ataque à Síria juntará, mais uma vez, as forças ocidentais e os terroristas da Al Qaeda, com o agravante de que jogaria combustível no conflito entre sunitas e xiitas. O inferno, em suma!
Obama sabe muito bem que não lhe foi apresentada uma única prova de que o ataque foi perpetrado pelas forças de Assad. Está sendo empurrado pelas circunstâncias e para tentar mudar a imagem de governante inepto, incapaz de demonstrar a força dos EUA. Não é a mais nobre das motivações para se meter naquele caldeirão. Uma opinião pública ainda contrária à intervenção talvez possa frear o ânimo intervencionista. Vamos ver.
Por Reinaldo Azevedo
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ ... -al-qaeda/
Síria: Mais uma vez, EUA e aliados bem perto de somar forças com a… Al Qaeda
A julgar pelo noticiário da imprensa americana e europeia, Bashar Al Assad já era. A decisão de atacar a Síria e depor o ditador parece iminente. Não é a primeira vez que se tem a impressão de que se vai cruzar a linha. Desta vez, no entanto, as tintas estão mais carregadas. Não me resta, neste trabalho, alternativa que não seja dizer o que acho que tem de ser dito, em consonância com os fatos, mas na contramão da metafísica influente. Parece não haver dúvidas de que houve um ataque com armas químicas na Síria. Mas não se tem nenhuma evidência de que tenha sido perpetrado pelas forças de Assad. O tirano, reitero, estava vencendo a guerra civil — ou, vá lá, estava ao menos na ofensiva. Na hipótese de que goste de matar pessoas só por perversidade, reconheça-se: poderia ter feito muito mais vítimas com armas convencionais, e se noticiaria, de novo, a carnificina na Síria e ponto. Tanto ele como os rebeldes sabiam que um ataque químico poderia provocar a intervenção dos EUA e de aliados europeus. A quem interessa essa intervenção?
Um amigo, que conhece como poucos a região, me envia um e-mail:
“Reinaldo, infelizmente, muita gente acha que a oposição síria é formada por democratas e manifestantes pacíficos que lutam contra um regime sanguinário apoiado pelo Irã e pelo Hezbollah. Na verdade, a oposição síria é apoiada pelo Qatar e Arábia Saudita (…), e as principais facções armadas são ligadas à Al Qaeda ou, então, são salafistas ultrarradicais anticristãos e antixiitas e anti-alauítas. O regime de Assad, de viés laico, realmente é sanguinário e aliado do Irã e do Hezbollah. Portanto, a melhor opção seria o Ocidente não se envolver”.
É precisamente o que eu penso, especialmente quando há uma razoável suspeita de que o “ataque químico” foi perpetrado para, digamos assim, tirar os governantes ocidentais da apatia.
Continua esse amigo:
“Dizem que os republicanos são a favor da intervenção e estariam pressionando o democrata Obama. Mas isso não é verdade. Alguns republicanos são a favor, como o McCain e o Lindsey Graham. Mas os republicanos libertários (Rand Paul) e os isolacionistas (Ted Cruz) são contra. E apenas 25% dos americanos defendem uma intervenção depois do ataque químico.”
Trago essas questões aqui apenas para ampliar um pouco as referências. Entendo que os EUA — e seus aliados europeus — estão prestes a fazer mais uma gigantesca bobagem, agora na Síria — decorrência, aí sim, da incapacidade de Obama e sua turma de entender o mundo que os cerca. Nem se trata de saber, agora, se os EUA poderiam ou não ter impedido, lá atrás (quando começaram as manifestações contra Hosni Mubarak, no Egito), que a situação chegasse a esse ponto. Já cheguei a achar convictamente que sim. Hoje, tenho algumas dúvidas. Mas de uma coisa estou certo: um ataque à Síria juntará, mais uma vez, as forças ocidentais e os terroristas da Al Qaeda, com o agravante de que jogaria combustível no conflito entre sunitas e xiitas. O inferno, em suma!
Obama sabe muito bem que não lhe foi apresentada uma única prova de que o ataque foi perpetrado pelas forças de Assad. Está sendo empurrado pelas circunstâncias e para tentar mudar a imagem de governante inepto, incapaz de demonstrar a força dos EUA. Não é a mais nobre das motivações para se meter naquele caldeirão. Uma opinião pública ainda contrária à intervenção talvez possa frear o ânimo intervencionista. Vamos ver.
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Re: Ataque à Síria
Primeira vez na vida que concordei com esse Reinaldo de Azevedo. Parece que se o assunto não for o PT ou os bolivarianos (política doméstica do Brasil e América Latina), ele tem alguma capacidade de análise racional...
- rodrigo
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Re: Ataque à Síria
Strider escreveu:Eu sou leigo no assunto, mas um ataque com explosivos em um depósito com armas químicas não me parece uma boa idéia não!
O ataque deve incinerar o material químico.Túlio escreveu:EXATO! Me parece que vai é espalhar os produtos tóxicos por um largo perímetro. Mas tá certo, Vencedores não são julgados por Crimes de Guerra, a História nos ensina...
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Re: Ataque à Síria
Sim, e cruz mata vampiro...
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Re: Ataque à Síria
Essa é a desculpa que vão usar quando não encontrarem armas químicas?rodrigo escreveu:O ataque deve incinerar o material químico.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- talharim
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Re: Ataque à Síria
Engraçado que os lideres desses 3 paises arabes que acabaram indo para o inferno mais cedo ... Iraque , Libia e agora a Siria com certeza eles tinham noçao de um ataque iminente e o posterior fim de seu regime ... nao fizeram nenhum tipo de movimentaçao militar primeiro ... ja que o fim esta proximo que se lancem em algum tipo de ataque kamikaze .
O que me leva a crer que estes ditadores sanguinarios nao tem sequer um apoio total de seu exercito e muito menos de uma maioria de sua populaçao .
O generais sirios mais sensatos ja devem estar pensando no pos-Assad e em tentar preservar a melhor quantidade possivel de seus oficiais e equipamentos .
O que me leva a crer que estes ditadores sanguinarios nao tem sequer um apoio total de seu exercito e muito menos de uma maioria de sua populaçao .
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"I would rather have a German division in front of me than a French
one behind me."
General George S. Patton.
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Re: Ataque à Síria
Qualquer ataque à Síria deverá ser feito pela OTAN, assim não existe nenhum risco de envolvimento do Brasil. Como são os europeus os maiores interessados acredito que todos membros da OTAN devem colaborar. A Alemanha, a França e a Inglaterra devem fornecer 5 brigadas, cada um. A Espanha, a Itália e a Polônia 3 brigadas cada. Os demais países, como Portugal, devem mandar uma brigada cada. Os americanos colaboram com dois porta-aviões. Assim será possível mobilizar uns 100 mil combatentes que, acredito, serão suficientes.
Às armas cidadãos europeus. Formai vossos batalhões. Marchar! marchar! marchar! Os dias de glória estão chegando. Ou então como no tempo das cruzadas "Deus quer".
.
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Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.