EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#181 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 14, 2013 12:07 am

A estas alturas do campeonato, qualquer trocadinho que a FAB puder embolsar para os futuros AEW será mais do que bem vinda.

Aliás, começo a apostar que é bem capaz do E195 AEW e do P-190 ASW saem primeiro que o F-alma penada... :D

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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#182 Mensagem por Bolovo » Qui Fev 14, 2013 6:10 am

Alcantara escreveu:Isso porque estamos no Brasil, que não leva o assunto "defesa" a sério. Em países sérios, a elevação da capacidade operativa do meio em questão seria seriamente analisada e aconselhada, a pesar dos custos.
Não necessariamente. O debatido assunto da sonda de reabastecimento no E-99 é viável tecnicamente, mas não compensaria pois haveria todo um reprojeto, como dito pelo Lima, sendo talvez até mais compensador um E-99 novo com a sonda e tudo mais do que modificar as atuais. Um exemplo bobo, o Estados Unidos levam a defesa deles a sério, é deles metade do orçamento global em defesa, porém os AWACS E-3 deles até hoje voam com as mesmas turbinas dos anos 60... sendo debatido desde sempre a troca por motores mais modernos, como os CFM dos E-3 britânicos e franceses. Mas até hoje não trocaram.

Voltando ao assunto do E-99, não lembro onde eu li, acho em um estudo da FAB, citando que pra cumprir o ideal em cobertura aérea a Força Aérea precisava de "X" aeronaves AEW. Acho que era algum número entre 10 ou 15. Hoje temos 5. As vezes penso se no lugar de desenvolver uma versão AEW do E190, do KC390, enfim, talvez seja melhor adquirirmos mais 6 ou 7 aviões na mesma plataforma do E-145, só que dessa vez com as modificações existentes nos AEW indianos. Já operamos a plataforma, é consagrada, eficiente, acredito ser mais barata do que qualquer outra, e mudaria muito pouco em termos de logística, doutrina etc com os atuais E-99 (que eu modernizaria, mas não mexeria na estrutura etc).

Seria uma frota de 11, 12 E-99, sendo cinco dos "antigos" e o resto os "novos". Tudo muito padronizado, conversando na mesma língua. Uma bela frota AEW, bem espalhada pelo território teríamos uma capacidade sem igual, coisa que poucas Forças Aéreas no mundo conseguem fazer. Em número de aeronaves só ficaríamos atrás dos EUA, da Rússia, da China e da OTAN. Sei lá, pra se pensar...




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#183 Mensagem por FCarvalho » Qui Fev 14, 2013 12:19 pm

Não sei se li o mesmo documento que você, mas lembro-me bem de uma entrevista em que um oficial ligado a área AEW da FAB dizia bem claro que a necessidade da força seria para cerca de 15 aeronaves.

Óbvio que para o governo 15 aeronaves AEW, seja elas E145 ou E195, jamais farão sentido sem estarem obrigatoriamente engajadas em uma planificação maior. E neste sentido, mesmo que a FAB pedisse por mais 145 AEW, em tese mais baratos e com custos já conhecidos, e ela não conseguir encaixar esta necessidade em um dos grandes projetos da defesa, então nem 15, nem 10 e nem 1, sairá.

Volto a lembrar e insistir que para a parte civil do governo, quanto a este possível negócio, nada que voe na FAB e não sirva de táxi aéreo ou transporte para eles é de interesse ou consta como prioridade. Ou piro, mesmo torna-se motivo de questionamento e ou problematizações infindáveis sobre de sua real necessidade. Até matar a FAB no cansaço.

Em sendo assim, se vamos pagar uns US 80 milhões ou mais por um E-99 novo, ou quiçá quase US 100 ou mas por um E195 AEW, vide que serão apenas e tão somente 6 ou 7, segundo o Walter, como sendo a intenção da FAB quanto aos mesmos, tanto fez tanto faz para o governo, se ele estiver encaixado e tendo seus custos "diluídos" dentro de um grande projeto como por exemplo o SISFRON, que por hora está orçado em cerca de R$ 11 bilhões e pouco passível de qualquer tipo de contestação, seja pela sua importância no quesito "segurança pública", seja pelo envolvimento financeiro que gerará nos Estados envolvidos. E sob estes termos, o governo pode, e com certeza o fará, "escamotear" melhor as despesas com novas aeronaves AEW sem demais problemáticas quanto a sua "utilidade e necessidade".

De qualquer forma, E190/195 AEW só para (bem)depois, de 2018. Até lá vamos de R/E-99 recauchutados por uns 15 anos ainda.

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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#184 Mensagem por gogogas » Sáb Fev 16, 2013 9:25 pm

Pra quem tem F-5 com 40 anos ,15 anos creio que não é muito ...




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#185 Mensagem por rodrigo » Seg Fev 18, 2013 1:56 pm

Daqui a pouco vamos ter mais aeronaves de vigilância do que caças :oops:




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#186 Mensagem por NovaTO » Sex Abr 05, 2013 12:57 pm

Deu no Poder Aéreo: Novidades da Embraer na LAAD 2013 na área de Vigilância, Inteligência e Controle:
Plataformas ISR da Embraer: atualizações e novidades pela frente
5 de abril de 2013, em Alerta Aéreo Antecipado, Busca e Salvamento (SAR), Comando e Controle, Indústria Aeroespacial, Inteligência, Tecnologia, por Guilherme Poggio

E-190 AEW&C - proa - imagem Embraer
Imagem
vinheta-especialDentre os produtos que a Embraer Defesa & Segurança (EDS) deverá divulgar durante a LAAD 2013 estão as novas aeronaves da família ISR (Intelligence, Surveillance and Reconnaissance – Inteligência, Vigilância e Reconhecimento). A família está dividida em três categorias.
ISR AEW&C


A primeira delas e a mais conhecida é a categoria AEW&C (Airborne Early Warning and Control – Aerta Aéreo Antecipado e Controle). Estas plataformas multimissão cumprem as seguintes missões:

Alerta Aéreo Antecipado
Vigilância Ar e Mar
Gerenciamento do Espaço Aéreo
Alocação de Caças e Controle de Interceptação
Alocação de Recursos
Inteligência Eletrônica (ELINT)
Vigilância de Fronteiras
Coordenação de Busca e Salvamento
Vetoramento de Caças e Aviões-tanques

As plataformas ISR AEW&C possuem radar multimissão com tecnologia AESA (Antena de Varredura Eletrônica Ativa) multimodo pulso Doppler, permitindo a detecção e rastreamento de alvos aéreos operando a baixas altitudes, sob todos os tipos de “clutter” de radar (detecções indesejáveis).

Também possuem capacidade para gerenciamento tático e defensivo das forças. O sistema de Comando e Controle (C2) de arquitetura aberta integra processos e dissemina informação por meio de sistemas de Comunicações Táticas, Medidas de Apoio de Guerra Eletrônica, Sistema de Identificação Automática e Sistema de Autoproteção, entre outros.

Além dos sensores e sistemas de missão, as plataformas Embraer ISR AEW&C poderão ser equipadas com um sistema de comunicação tática composto de enlace de dados de banda larga com capacidade BLOS (além do campo visual) e/ou WLOS (dentro do campo visual), processados em tempo real.

EMB-145 AEWC configuracao interna

Imagem

O membro mais conhecido é o EMB-145 AEW&C, baseado na plataforma da aeronave comercial ERJ-145. Atualmente ele é utilizado pelas Forças Aéreas do Brasil (conhecido como R-99 na FAB), Grécia, México e futuramente da Índia. Há também interesse na Argentina na aeronave (veja link da lista ao final). A imagem acima mostra uma configuração interna típica.

A grande novidade está no possível oferecimento de uma versão AEW&C que empregaria a plataforma comercial E-170/190, como mostra a imagem abaixo divulgada pela Embraer. O emprego de uma plataforma maior apresenta diversas vantagens que vão desde o aumento da autonomia até uma quantidade maior do número de estações de trabalho, podendo gerenciar muito mais dados e informações ao mesmo tempo.

E190 AEWC
Imagem
O perfil da plataforma apresentada pela Embraer apresenta diversas modificações externas como a redução do número de janelas no que antes era a cabina dos passageiros, bem como mudanças aerodinâmicas nos estabilizadores horizontais em função da adição da carenagem da antena do radar sobre a fuselagem (possivelmente um Erieye). Também podem ser observadas diversas antenas espalhadas por toda a fuselagem, principalmente no dorso e no ventre. O desenho não apresenta sonda de reabastecimento fixa.
-
ISR MP
Imagem
A segunda categoria, designada como ISR MP (Maritime Patrol), está dedicada a plataformas que atuam principalmente sobre ambiente marítimo. Estas aeronaves cumprem as seguintes missões:

Patrulha Marítima (MP)
Busca e Salvamento (SAR)
Repressão ao Contrabando, Pirataria e Narcotráfico
Vigilância de Zonas Econômicas Exclusivas (EEZ)
Guerra Eletrônica (EW), Inteligência Eletrônica (ELINT)
Inteligência de Comunicações (COMINT)

EMB-145 MP interno
Imagem
As plataformas Embraer ISR MP são capazes de voar em altas velocidades e altitude durante missões de vigilância e patrulha, o que permite reduzir o tempo de reação quando necessário. Também podem voar em baixa altitude, dentro dos limites operacionais para cumprirem missões SAR.

Além dos sensores de inteligência, as plataformas Embraer ISR MP poderão ser integradas com um sistema de comunicação tática composto de enlace de dados de banda larga, com capacidade BLOS (além do campo visual) e/ou LOS (dentro do campo visual), processados em tempo real.

A plataforma mais conhecida dessa família é o EMB-145MP. Atualmente o México é o único usuário desta vesão, tendo adquirido dois exemplars em 2004. O principal sensor do avião é um radar Raytheon SeaVue, além de um FLIR AAQ-22 StarSafire. Mas a plataforma pode ser equipada outros sensores, de procedências diversas.

EMB 145 MP
Imagem
Plataformas de menor porte

Agora, além da plataforma EMB-145, a Embraer também está oferecendo plataformas menores, baseadas nos jatos executivos Phenom 300 e Legacy 600/ERJ 135. Esta é a primeira vez que o Phenom 300, o maior dos jatos executivos da família Phenom, aparece “de uniforme”. A princípio, as modificações externas parecem ser pequenas. A mais visível é um sensor tipo FLIR na seção ventral, logo atrás da asa. Pelo desenho apresentado (abaixo), não houve alteração nas janelas.

Phenom 300 MP
Imagem
Já a plataforma baseada no Legacy 600/EMB-135 possui mais alterações e assemelha-se às modificações introduzidas no EMB-145 MP. Há um sensor tipo FLIR na proa e uma carenagem entre as asas para, provavelmente, abrigar a antena de um radar de vigilância marítima. Boa parte das janelas foi removida.
Imagem
EMB-135 MP
ISR Multi Intel

A terceira e última categoria de plataformas ISR da Embraer foi denominada “ISR Multi Intel”. Essas aeronaves voam em altitudes elevadas, em qualquer condição meteorológica, dentro ou fora do teatro operacional. Sua função é apoiar operações civis ou militares em solo, como por exemplo:

Apoio Tático Direto
Inteligência Estratégica
Operações Especiais
Operações Antiterrorismo
Monitoramento Ambiental
Busca e Salvamento (SaR)

Além dos sensores de inteligência, as plataformas Embraer ISR Multi Intel poderão ser equipadas com um sistema de comunicação tática composto de enlace de dados de banda larga, com capacidade BLOS (além do campo visual) e/ou LOS (dentro do campo visual), processados em tempo real.

EMB-145 Multi intel interno
Imagem
Duas plataformas foram propostas. A primeira está baseada no EMB-145, cujo aspecto externo assemelha-se muito ao do EMB-145 MP. A disposição interna é apresentada no desenho acima. A segunda plataforma ISR Multi Intel emprega o jato executivo Phenom 300 e possui o mesmo arranjo externo do proposto para a categoria MP.

Embraer plataformas ISR
Imagem
IMAGENS: adaptadas a partir de originais da Embraer
Estamos mal de caças , mas se a FAB encomendar uns 10 de cada uma dessas plataformas estaremos bem de ISR/AEW&C :) :mrgreen:

[]'s




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#187 Mensagem por rodrigo » Seg Abr 08, 2013 3:46 pm

Estamos mal de caças , mas se a FAB encomendar uns 10 de cada uma dessas plataformas estaremos bem de ISR/AEW&C
Essas aeronaves tem sido de uma utilidade enorme, mesmo em tempos de paz. Servem de dissuasão contra aeronaves de tráfico de armas e drogas, além da coleta de diversos tipos de informações relativas à segurança nacional. Penso que a evolução natural seria patrocinar o desenvolvimento do avião plataforma no E-170/190 e quando estivesse certa a aquisição de novas aeronaves, vender as antigas.




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#188 Mensagem por arcanjo » Ter Ago 06, 2013 8:31 am

05/8/2013
Defence Research and Development Organisation (DRDO) e EDS

Aeronave ERJ-145 AEW&C do lote indiano é vista em voos de teste em Campo Grande

Por Roberto Valadares Caiafa

Originalmente contratado pela Força Aérea da Índia (Indian Air Force) e em desenvolvimento conjunto com o Defence Research and Development Organisation (DRDO), o ERJ-145 AEW&C daquela força foi clicado nesta segunda feira, antes das 17:00 horas, pelo fotógrafo aeronáutico Robert Dahler, que gentilmente autorizou a divulgação da imagem, nas cercanias da Base Aérea de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. A aeronave indiana apresenta bastantes diferenças em relação a versão brasileira como montantes do radar de novo desenho com maior resistência, sistemas de autodefesa (flares/chaff, interferidores/rwr) bastante avançado e uma completa rede de antenas para atender uma moderna suíte de comunicaçãoes, elint/comint e outro sistemas desenvolvidos pelo DRDO. A aeronave também apresenta lança IFR (in flight refueling) montada sobre o teto do nariz e deslocada para a direita. Com o prefixo do fabricante PT-ZNA, é razoável super que uma ampla bateria de testes de voo devem estar sendo realizados naquela região.


Imagem

O ERJ-145 AEW&C da IAF fotografado por Robert Dahler (acima e abaixo)

Imagem

http://www.tecnodefesa.com.br/materia.php?materia=1229


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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#189 Mensagem por Wingate » Ter Ago 06, 2013 10:16 pm

rodrigo escreveu:
Estamos mal de caças , mas se a FAB encomendar uns 10 de cada uma dessas plataformas estaremos bem de ISR/AEW&C
Essas aeronaves tem sido de uma utilidade enorme, mesmo em tempos de paz. Servem de dissuasão contra aeronaves de tráfico de armas e drogas, além da coleta de diversos tipos de informações relativas à segurança nacional. Penso que a evolução natural seria patrocinar o desenvolvimento do avião plataforma no E-170/190 e quando estivesse certa a aquisição de novas aeronaves, vender as antigas.
Teremos então brevemente um "Nimrod" made in Brazil para vigiar nossos verdes mares? [051]

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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#190 Mensagem por FCarvalho » Qua Ago 07, 2013 1:48 pm

Talvez quando o sertão virar mar e o mar virar sertão... :wink: :mrgreen:

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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#191 Mensagem por Wingate » Qua Ago 07, 2013 2:19 pm

FCarvalho escreveu:Talvez quando o sertão virar mar e o mar virar sertão... :wink: :mrgreen:

abs.

Oba! Será breve então, considerando como as coisas funcionam por aqui [027] !


Wingate :mrgreen:




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#192 Mensagem por arcanjo » Seg Ago 12, 2013 10:08 am

Imagem

Na imagem acima, o Embraer EMB-145 AEWCS PT-ZNA "Prova 51" no pátio do Aeroporto Internacional de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, no dia 05 de agosto de 2013. Externamente bem diferente do modelo AEW&C (E-99) operado pela FAB, essa aeronave foi utilizada como protótipo da versão AEWCS (Airborne Early Warning and Control System) encomendada pela Força Aérea Indiana, recebendo novos sensores e equipamentos, além de uma sonda para reabastecimento aéreo. Com o término dos ensaios e a entrega de três aeronaves de série para a Índia, comenta-se que agora o PT-ZNA recebeu novas modificações e está sendo utilizado como banco de provas para testar as modificações a serem implantadas na modernização dos E-99 da Força Aérea Brasileira - Foto: Luciano Porto

http://www.spotter.com.br/atualizado.htm


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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#193 Mensagem por gabriel219 » Seg Ago 12, 2013 5:05 pm

Esqueceram de algo.
Sem querer estragar a discussão, mas precisaríamos de caças para que tais aeronaves sejam complementadas ou complementem nossa capacidade de Defesa Aérea.
Também acho que algo parecido com o A-50U seria uma boa para o Brasil, isso SE tivermos caças a altura (poderia pegar o KC-390 e colocar um radar do tipo nele).




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#194 Mensagem por Thor » Qua Ago 14, 2013 8:35 pm

Bolovo escreveu:
Alcantara escreveu:Isso porque estamos no Brasil, que não leva o assunto "defesa" a sério. Em países sérios, a elevação da capacidade operativa do meio em questão seria seriamente analisada e aconselhada, a pesar dos custos.
Não necessariamente. O debatido assunto da sonda de reabastecimento no E-99 é viável tecnicamente, mas não compensaria pois haveria todo um reprojeto, como dito pelo Lima, sendo talvez até mais compensador um E-99 novo com a sonda e tudo mais do que modificar as atuais. Um exemplo bobo, o Estados Unidos levam a defesa deles a sério, é deles metade do orçamento global em defesa, porém os AWACS E-3 deles até hoje voam com as mesmas turbinas dos anos 60... sendo debatido desde sempre a troca por motores mais modernos, como os CFM dos E-3 britânicos e franceses. Mas até hoje não trocaram.

Voltando ao assunto do E-99, não lembro onde eu li, acho em um estudo da FAB, citando que pra cumprir o ideal em cobertura aérea a Força Aérea precisava de "X" aeronaves AEW. Acho que era algum número entre 10 ou 15. Hoje temos 5. As vezes penso se no lugar de desenvolver uma versão AEW do E190, do KC390, enfim, talvez seja melhor adquirirmos mais 6 ou 7 aviões na mesma plataforma do E-145, só que dessa vez com as modificações existentes nos AEW indianos. Já operamos a plataforma, é consagrada, eficiente, acredito ser mais barata do que qualquer outra, e mudaria muito pouco em termos de logística, doutrina etc com os atuais E-99 (que eu modernizaria, mas não mexeria na estrutura etc).

Seria uma frota de 11, 12 E-99, sendo cinco dos "antigos" e o resto os "novos". Tudo muito padronizado, conversando na mesma língua. Uma bela frota AEW, bem espalhada pelo território teríamos uma capacidade sem igual, coisa que poucas Forças Aéreas no mundo conseguem fazer. Em número de aeronaves só ficaríamos atrás dos EUA, da Rússia, da China e da OTAN. Sei lá, pra se pensar...
Não recordo se já comentaram isso por aqui, talvez até eu já tenha postado algo parecido.
Para o desempenho de uma aeronave AEW, temos que levar em conta várias considerações. Tamanho da antena e potência de transmissão (energia e dissipação de calor) são os principais fatores que influenciam na detecção dos alvos. Entretanto, o número de posições operacionais a bordo determinará a real capacidade de se realizar ações complexas e em maiores áreas (somado ao alcance do radar). O E-99 é uma boa aeronave para alarme aéreo antecipado e para controle de interceptações contra aeronaves ilícitas, principalmente contra os voos transfronteiriços. Quando se coloca uma aeronave AEW para controlar 2 pacotes de ataques, com várias escoltas combatendo, com ambiente eletromagnético que se monitorado pode auxiliar nas ações táticas, com a preocupação da defesa de seu território e com limitações de alcance do radar, número de rádios para C2 e poucas posições para dividir essas tarefas, certamente deve ser um encargo muito grande para a equipe de missão... Agora pense com seria a prestação desse serviço numa aeronave com um radar bem maior, com mais potência (energia) disponível, com 14 posições operacionais (ao invés de 3 a 5), todas interligadas... é outra estória, certamente. Num E-3 normalmente são 3 oficiais supervisores (diretor geral, de alocação de armas e de vigilância/identificação), 2 ou 3 controladores de interceptação, 3 de identificação/vigilância, 1 de ESM, 2 de Comunicações, 1 de Datalink, 1 de manutenção.
Embora uma aeronave como os E-99 seja excelente para missões de menor porte, dentro de nossa realidade de emprego na Amércia do Sul, para uma guerra de verdade, nada melhor que um grande AWACS.
Abraços,




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Re: EMBRAER EMB 145 AEW&C R-99/E-99

#195 Mensagem por FCarvalho » Qui Ago 15, 2013 4:10 pm

Talvez seja pensando nisso que a Embraer, que não é boba e nem nada, está disponibilizando a família E-190/195 como uma opção para a nova plataforma de AEW no Brasil e no exterior, principalmente este último, que com a nova versão E2 poderá introduzir não só maiores e melhores capacidades para estes vetores, como nos disponibilizará, também, maiores e melhores expectativas de crescimento do projeto para o futuro, inclusive no que diz respeito à exportações. E sem descartar os E-99's.

Sempre pensei que a aquisição de mais AEW como substitutos dos atuais E-99 poderia ser feito nos mesmos moldes do KC-390, de forma a incluir parcerias internacionais, principalmente na AS, a partir da tal integração regional de que tanto se fala.

E há mercado potencial para tal aeronave nos mesmos parceiros atuais do KC-390 para um E-195E2 AEW ou mesmo para versões do E-99. Com custos de investimento dvididos, prazos de pgto diluídos e co-participação industrial, esta proposta poderia vingar. Ademais, o próprio número de aeronaves ideal para a FAB poderia ser atingida sob esta perspectiva, que sejam de 15 a 18 aviões.

Se na AS podemos comprar, conjuntamente com outros países, 51 ou mais Embraer KC-390 por US$ 60 a 110 mi a unde, porque não 15 a 18 Embraer E-195E2 AEW para a FAB e outras 9 a 12 undes a preços semelhantes e ainda divididos com os custos com vizinhos? Ou será que 24 a 40 aeronaves AEW não é mercado e nem demanda suficiente para este tipo de investimento?

abs.




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