Geopolítica Brasileira

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Re: Geopolítica Brasileira

#241 Mensagem por Lirolfuti » Seg Jul 22, 2013 5:14 pm

BRASIL PEDE DISCUSSÃO SOBRE MALVINAS EM FÓRUM DE DEFESA

“A verdadeira solidariedade entre os países das Américas passa pelo respeito à pluralidade de nossas circunstâncias”, disse o Ministro da Defesa Celso Amorim

Brasil pede discussão sobre Malvinas em fórum de Defesa

Amorim se posicionou depois que seu colega da Argentina, Arturo Puricelli, denunciou as manobras militares com mísseis que o Reino Unido deve realizar nas Ilhas Malvinas

EFE

Punta del Este - O ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, reivindicou nesta segunda-feira em seu discurso no primeiro dia da 10ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas que o fórum registre a reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, o que é analisado em uma comissão à margem do debate central.

“No marco do exame de questões de defesa e segurança, o Brasil considera inescapável que esta conferência registre as reivindicações justas da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, Geórgia do Sul e Sandwich do Sul, como aliás já ocorreu no Mercosul, na Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e na Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos)”, afirmou Amorim, segundo comunicado do Ministério da Defesa do Brasil.

Amorim se posicionou depois que seu colega da Argentina, Arturo Puricelli, denunciou na mesma reunião as manobras militares com mísseis que o Reino Unido deve realizar nas Ilhas Malvinas desta segunda-feira até o dia 19 de outubro.

O tema das Malvinas não foi incluído na agenda principal da 10ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, mas é tratado desde o domingo em uma comissão paralela criada com os assuntos que não foram pactuados na última reunião preparatória da cúpula, realizada em abril. O objetivo da Argentina é que o assunto seja incluído nos debates dos ministros e na declaração final.

Amorim expressou também a vontade do Brasil de que o sistema interamericano de defesa seja mais plural e criticou o isolamento de Cuba. O ministro considerou que “em um mundo multipolar” como o atual “não há lugar para o pensamento único ou as fórmulas uniformes”.

A cooperação interamericana em defesa “será tão mais efetiva quanto mais for capaz de reconhecer a heterogeneidade de situações geopolíticas e geoestratégicas entre as várias regiões e sub-regiões do continente americano”, manifestou.

“A verdadeira solidariedade entre os países das Américas passa pelo respeito à pluralidade de nossas circunstâncias”. disse Amorim, que considerou que é “um anacronismo” o “isolamento de Cuba”.

A cúpula foi inaugurada esta segunda-feira pelo ministro da Defesa uruguaio, Eleuterio Fernández Huidobro, e tem como eixos temáticos os desastres naturais, as missões de paz e a segurança hemisférica, além da vigência do sistema interamericano.

http://www.planobrazil.com/brasil-pede- ... de-defesa/




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Re: Geopolítica Brasileira

#242 Mensagem por rodrigo » Seg Jul 22, 2013 5:24 pm

O ministro da Defesa do Brasil, Celso Amorim, reivindicou nesta segunda-feira em seu discurso no primeiro dia da 10ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas que o fórum registre a reivindicação da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, o que é analisado em uma comissão à margem do debate central.
Faltou assunto na reunião...




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Geopolítica Brasileira

#243 Mensagem por BrasilPotência » Ter Jul 23, 2013 1:33 pm

Esse Celso Amorim é um perfeito idiota, sem igual mesmo, se estiverem monitorando isto, pede pra sair seu ameba. :lol:




Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: Geopolítica Brasileira

#244 Mensagem por Bourne » Qui Jul 25, 2013 12:26 pm

Existe situações diferentes. Uma coisa é apoiar a reivindicação argentina que pode ser justificável sob a perspectiva brasileira. Outra é dar uma declaração vazia para os vizinhos sul-americanos. Se realmente existe o apoio precisa externa e conversar com os ingleses e europeus para tentar uma solução diplomática que países sério fazem. Não ficar dando indireta pela imprensa para satisfazer o público interno.

A resposta do Amorin fez foi uma declaração vazia em um fórum de defesa para apoiar o Ministro argentino. O Brasil não pretende entrar em guerra com os ingleses pelas ilhas e não tem peso militar para por medo. Isso é uma questão diplomática que precisa se manter como diplomática. Posições na Unasul e Mercosul são de praxe e teriam que dar suporte ir conversas com os ingleses e europeus.

Do jeito que oi conduzido o debate vai virar mais uma canelada da diplomacia brasileira. Eles precisam reaprender como se faz política externa.




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Re: Geopolítica Brasileira

#245 Mensagem por Penguin » Sáb Jul 27, 2013 11:31 am

26/07/2013 - 03h30
Marcelo Coutinho: Divisões na América Latina

Em 2010, em artigo neste espaço, defendi que o predomínio ocidental estava longe do fim. Minha posição contracorrente destoava da maioria dos analistas, entre os quais havia virado moda falar em mundo pós-americano. Fareed Zakaria foi só um desses autores.

Com a mesma facilidade peremptória, diz-se agora exatamente o contrário, que talvez a China esteja exaurindo o seu crescimento e que os Estados Unidos estão de volta, com a revolução tecnológica e energética promovida pelo xisto. Uma mudança radical em menos de três anos.

Fora dos EUA, tantos ressentimentos contra o chamado império criaram "wishful thinkings", tomando desejos por realidade. Simples: se não gostamos da grande potência do norte, então compramos a tese do seu declínio imediato.

O lugar-comum do mundo pós-americano serviu para vender livros, fazer gracejos e criar novas expectativas como a dos Brics. Agora, em refluxo, os mesmos analistas e consumidores de suas análises temem que o Brasil seja prejudicado pelo fim da exuberância chinesa e pela recuperação norte-americana.

Dizem que pode haver uma fuga de capitais em direção aos EUA e uma crise entre os emergentes, com os exageros de praxe. Mas, na realidade, a força de Washington perdurará em um mundo em deslocamento para o Pacífico, onde também fica a costa oeste americana.

A novidade é que a Europa já entendeu as mudanças em curso e, finalmente, pode realizar um acordo comercial com os EUA na tentativa de preservar a força do Atlântico Norte. A questão é quando o Brasil vai perceber esse cenário.

O Itamaraty tem demonstrado uma preocupante dissonância cognitiva, selecionando apenas os pedaços de informação que parecem mostrar que estamos bem, enquanto ignora dados mais relevantes. Esse é um traço da nossa cultura.

A política de prestígio da diplomacia brasileira valoriza excessivamente a conquista de um cargo na Organização Mundial do Comércio e menospreza o processo estrutural que nos torna dependentes da exportação de commodities. Pior, começam a se orgulhar disso.

Nos últimos cinco anos, Brasília dedicou-se a preparar uma política externa parecida com a era do café. Não é concebível como, em tão pouco tempo, jogamos no lixo décadas de uma luta pela diversificação industrial das relações internacionais.

Derrotado na OMC, o México e parceiros da Aliança do Pacífico "roubam" os investimentos que viriam para o Brasil. Os países da franja liberal da costa oeste latino-americana, como Peru, Chile e Colômbia, crescem mais com estabilidade econômica do que os estranhos desenvolvimentistas primário-exportadores do outro lado do continente.

Não obstante os discursos oficiais, a América do Sul é uma região partida. De um lado, temos democracias de mercado dinâmico com alternância de poder. De outro, regimes cada vez mais autoritários, com economias estatizadas e desorganizadas. Para variar, a posição do Brasil não é clara.

No século 19, já havia divisão. Os países mais bem-sucedidos até meados do século 20 foram aqueles que conseguiram conjugar alternância entre liberais e conservadores. Talvez vivamos outra bifurcação novamente que marcará o século 21.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Geopolítica Brasileira

#246 Mensagem por irlan » Sáb Jul 27, 2013 8:11 pm

A Solução é simples....só colocar o Lula no GF denovo! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Geopolítica Brasileira

#247 Mensagem por Penguin » Dom Jul 28, 2013 10:08 am

..




Editado pela última vez por Penguin em Sex Fev 02, 2018 6:00 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Geopolítica Brasileira

#248 Mensagem por wagnerm25 » Sáb Ago 03, 2013 10:11 pm

Triste que esse discurso de presidente de diretório acadêmico ainda comova alguém. Parece que estou lendo uma matéria de 1970.

Enquanto a Dilma não se livrar dessas malas ideológicas herdadas da era Lula, seu governo vai ser essa coisa sem rumo que tá aí hoje.

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Assessor de Dilma diz que "obra de Chávez" precisa ser concluída

O assessor especial para assuntos internacionais da presidência, Marco Aurélio Garcia, disse neste sábado durante o Foro de São Paulo que "a obra" do falecido presidente venezuelano Hugo Chávez "ainda está em aberto" e "deve ser concluída".

Garcia participou do segundo dia de debates do fórum que reúne 10 países de esquerda da América Latina, realizado em São Paulo até amanhã, domingo, e hoje foi dedicado à análise do legado político e ideológico de Chávez, morto em 5 de março passado vítima de um câncer na região pélvica.

Por ocasião da volta de Hugo Chávez à Venezuela, para retomar o tratamento de um câncer, o site da TV Iguana, da Venezuela, divulgou fotos antigas do mandatário venezuelano. As imagens vão desde a época de colégio até o período em que Chávez serviu no exército. A TV não identifica o ano em que as imagens foram feitas Leia mais Reprodução/TV Iguana

O assessor da presidente Dilma Rousseff considerou que a morte do líder bolivariano "foi uma gigantesca perda para a Venezuela, para toda América Latina e, especialmente, para o Brasil".

Garcia destacou a "proximidade" que havia tanto no aspecto pessoal como no ideológico entre Chávez e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que coincidiram no poder durante oito anos, e com Dilma.

O político sustentou que Hugo Chávez "foi um ardoroso nacionalista" que "defendia a soberania frente às ameaças imperiais", mas que usou esse mesmo "frenesi" a favor de uma maior integração regional.

A Chávez, entre outros líderes latino-americanos, García atribuiu "o fortalecimento" do Mercosul (que a Venezuela preside durante este semestre), da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

No entanto, sustentou que "a obra" de Chávez não foi concluída e que os partidos do leque da esquerda latino-americana devem levá-la adiante.

Entre outros aspectos dessa "obra" inconclusa, García citou a necessidade de que a Venezuela realize "uma transformação produtiva" e que a região realize "seus sonhos de verdadeira independência".

Neste dia de homenagem à memória do líder bolivariano, a delegação venezuelana é liderada por Adán Chávez, irmão do presidente morto e governador do estado de Barinas, onde os dois nasceram.

As 19 sessões do Foro de São Paulo terminam amanhã e na sessão de encerramento é esperada a presença do presidente da Bolívia, Evo Morales.




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Re: Geopolítica Brasileira

#249 Mensagem por Clermont » Dom Ago 04, 2013 5:16 pm

wagnerm25 escreveu:Triste que esse discurso de presidente de diretório acadêmico ainda comova alguém. Parece que estou lendo uma matéria de 1970.

Enquanto a Dilma não se livrar dessas malas ideológicas herdadas da era Lula, seu governo vai ser essa coisa sem rumo que tá aí hoje.
E o que acontece se a própria Roussef for uma "dessas malas ideológicas herdadas da era Lula"?

Ela teria que se "autolivrar" de si mesma...




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Re: Geopolítica Brasileira

#250 Mensagem por FCarvalho » Dom Ago 04, 2013 5:26 pm

Infelizmente o que mais tem nesse país é político 'mala sem alça', E pior, os do tipo que acham que 1968 nunca acabou, estão, penso, onde jamais deveriam ter chegado.

E no que compete a sua capacidade de livrar as coisas, são incomparáveis em descolar e livrar-se de si qualquer coisa que inspire sentido de alteridade.

E viva-se com isso. Tem problema não, amanhã é segunda-feira... de novo. [027]

abs.




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Re: Geopolítica Brasileira

#251 Mensagem por IvanOTerrivel » Seg Ago 05, 2013 2:00 am

Só mesmo essa raça do PT para achar que a dita obra (qual por sinal) de Hugo Chavez deve continuar.

Que esse povo tem pra ensinar? Aonde nós iremos nos aliando a Chavezs e Evos. Cambada de cucaracha, inclusive nós.




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Re: Geopolítica Brasileira

#252 Mensagem por Bourne » Sáb Ago 10, 2013 9:10 pm

Novidade? Acho que não. [005]
Brasil detectou fraqueza diante de argentinos
Despreparo para uma guerra regional alarmou militares
10 de agosto de 2013 | 16h 49

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2693,0.htm

Marcelo de Moraes, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - Após reprimir todos os movimentos internos de rebelião contra o governo, os militares brasileiros do Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA) voltaram suas atenções para o estudo de hipóteses de guerra e de como deveria ser a preparação do País para isso. Segundo documentos do EMFA que relatam os debates da reunião do órgão em 17 de abril de 1978, os militares enxergavam a Argentina como o inimigo mais provável, com uma possível aliança com outros países do sul do continente, como Uruguai e Paraguai, na chamada hipótese de Guerra Delta.

O temor grande de uma batalha no Cone Sul não vinha tanto pelo poderio do rival, mas da fraqueza das tropas brasileiras, como admitem na transcrição de suas conversas os militares presentes no encontro de 1978. "Talvez o maior proveito desse trabalho de planejamento, na fase em que está, tenha sido o de nos permitir uma visão panorâmica do despreparo militar do Brasil", diz o então vice-comandante do EMFA, o vice-almirante Ibsen Câmara, que secretariou a reunião presidida pelo general Tácito de Oliveira, na ocasião ministro-chefe do EMFA.

"Porque todos nós conhecemos, dentro de nossas forças, o próprio despreparo. Mas estamos agora aqui no EMFA examinando os planos de aprestamento e verificando que o conjunto está extremamente fraco, mesmo para o inimigo relativamente fraco como o que nós estamos imaginando", acrescentou o almirante Ibsen, que viria a se celebrizar pelo trabalho na defesa do meio ambiente, especialmente na preservação das baleias.

Para se preparar para uma eventual guerra, as forças foram instadas a organizar "planos de aprestamento", que consistiriam nas medidas a serem adotadas na área de preparação e logística, por exemplo, para uma ação que precisasse ser imediata. A confusão entre os militares já começou aí, uma vez que cada força interpretou a ordem do jeito que considerou mais adequado e os planos se tornaram insatisfatórios para atender ao pedido do governo.

Além disso, as dificuldades logísticas e a falta de efetivos e de equipamentos foram expostas claramente pelos participantes da reunião. "Para esse plano de emergência, esse aprestamento inicial, fizemos uma repartição dos meios existentes no momento. Deslocamos para o Teatro de Operações Sul aquilo que podemos deslocar, já sabendo de antemão que essas forças deslocadas ou previstas para o TO Sul não respondem ao grau de ameaça do provável inimigo. Elas são insuficientes", afirmou no encontro o brigadeiro Waldir de Vasconcelos, mais tarde ministro-chefe da EMFA, falando sobre a participação da Força Aérea num suposto conflito contra a Argentina. "Em matéria de Força Aérea, é muitas vezes superior a nós", reconheceu o brigadeiro.

Diante das dificuldades, na reunião seguinte, em 15 de agosto, o general Tácito acaba defendendo a necessidade de criação de um Plano Nacional de Segurança "que vise a proporcionar o reaparelhamento das Forças Armadas". Para propor o plano, o ministro do EMFA enviou um relatório ao presidente Ernesto Geisel. O general disse no encontro que o documento "procuraria retratar de maneira objetiva a situação extremamente precária na qual se encontram as Forças Armadas em termos de efetivo poder militar".




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Re: Geopolítica Brasileira

#253 Mensagem por Bourne » Sáb Ago 10, 2013 9:25 pm

Segunda parte [005]
Geisel vetou dinheiro para reaparelhamento
10 de agosto de 2013 | 16h 53

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/inte ... 2695,0.htm

Marcelo de Moraes, de O Estado de S. Paulo
BRASÍLIA - No final de 1978, a economia brasileira capengava e o País se esforçava para tentar escapar do subdesenvolvimento. Gastar fortunas para reequipar as Forças Armadas estava longe de ser a prioridade do general Geisel, que se preparava para deixar o governo no ano seguinte. Em razão disso, o ministro-chefe do EMFA, general Tácito Oliveira, contou aos companheiros militares que a intenção do presidente não era a de repassar grandes quantias para as forças como forma de precaução contra guerras improváveis.

"(O presidente) disse que não há nenhuma possibilidade de uma guerra no curto prazo e constitui um esforço muito grande despender uma quantia dessa, sem ter em vista nenhuma guerra iminente", afirmou. "A situação do Brasil não será de declarar ou participar de uma guerra, mesmo em conflito na América do Sul", acrescentou, propondo que os militares fizessem propostas mais exequíveis de reaparelhamento.

"Quando não se tem essa possibilidade de participar de uma guerra teremos que refletir um pouco. Desejamos tudo ou um pouco menos", declarou o ministro do EMFA. A dificuldade de arrumar os recursos esquentou até a temperatura dos debates entre o comandante do Estado-Maior da Armada, almirante Eddy Espellet, e o comandante do Estado-Maior da Aeronáutica, brigadeiro Mário Paglioli Lucena.

Após dizer que concordava com as ponderações do brigadeiro, o almirante Espellet sugeriu que se pedissem menos recursos. "Temos de fazer uma tentativa para pedir menos. Agora, o brigadeiro Lucena quer tudo. Não pode. Tem de pedir menos e dizer que o recurso é insuficiente."

O brigadeiro reagiu: "Não é tudo, não. É o mínimo indispensável para que as Forças de Superfície possam andar. Se houver uma guerra amanhã, nós seremos destruídos no chão e o Exército não terá condições de se movimentar", protestou. "Perfeito, claro, certo", concordou Espellet. "É o mínimo. Nós também estamos mal. A Marinha não está bem. Está péssima", admitiu.

"O mínimo que pleiteamos", insistiu Lucena, "é dispormos de aviões estratégicos, pois, se assim não for, correremos o grave risco de fazermos a guerra no nosso próprio território. Não é isto que desejamos. Se não tivermos a capacidade de destruir a Força Aérea, eles terão a iniciativa de nos destruir. E é o que o inimigo virá fazer, dada a vantagem que ele hoje tem. A utilização das bases mais próximas à nossa fronteira permitirá que os A-4 alcancem Brasília, inclusive. Na realidade, o inimigo dispõe de mais poder de fogo que nós."
É uma visão profissional do brigadeiro e almirante. Principalmente do Brigadeiro Lucena que afirma claramente que não tem como destruir a força aérea inimiga (a argentina no caso) no chão, mas sim eles vão fazê-lo e chegam para atacar brasileira se quiserem. Hoje seria diferente frente aos Su-30 da Venezuela, os F16 da Colômbia ou eventuais Mirage da Argentina? Creio que não.




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Re: Geopolítica Brasileira

#254 Mensagem por Boss » Sáb Ago 10, 2013 9:50 pm

Mas Geisel, um dos nossos grandes líderes da ditabranda, fez isso ? :shock:

Achei que era coisa só dos canalhas da esquerda revanchista.

As FAs querendo acabar com as FAs... :o




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Re: Geopolítica Brasileira

#255 Mensagem por Bourne » Sáb Ago 10, 2013 10:10 pm

Não é acabar com as FA's. Não tem dinheiro e o país estava prestes a quebrar. Sem guerra não tem dinheiro para as FA's. Era uma política que vinha mais o menos desde Castelo Branco. Com o advento do plano estratégico de Brasil Potência é que o poder militar passou a ser considerado essencial, mas sem urgência devido a falta de recursos e perspectiva de conflito.

O que foi um erro. Por que os argentinos tiveram um governo extremamente militarizado e ao invés das Falklands poderia ter bombardeado o Sul, ainda conseguir declarar uma vitória ao deixar o Brasil sem capacidade militar. O objetivo da Guera para legitimar o ditadura argentina e mostrar força teria sido cumprido. Possivelmente sem intervenção militar externa, mas um acordo diplomático negociado intermediado por outras potências desejável e esperado. os anos seguintes seriam bem diferentes para as relações do brasil com o resto do continente e as forças armadas.




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