ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#271 Mensagem por Junker » Sex Nov 25, 2011 4:59 pm

Brasil e Ucrânia decidem intensificar cooperação
23/11/2011 - 19:53

Brasil e Ucrânia decidiram aprofundar a parceria estratégica e intensificar a cooperação nas esferas espacial, científica e militar. Isso foi discutido na reunião do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, Aloizio Mercadante, com o primeiro-ministro da Ucrânia, Mykola Azarov.

Mercadante destacou a cooperação estratégica na área espacial entre os países e manifestou interesse em assinar os contratos relevantes para 20-30 anos com a possibilidade de envolvimento do setor privado.

Em particular, ele notou as perspectivas de cooperação bilateral no projeto Cyclone-4. "Nós identificamos cronograma em que o foguete tem que voar em 15 de novembro de 2013. Vai ser um feriado nacional da nossa República. Nesse momento, também haverá um congresso mundial de cientistas no Brasil. E assim, o bom padrão de parceria estratégica com a Ucrânia seria criado ", disse.

Além disso, comentou, o Brasil está interessado em formação profissional em áreas de alta tecnologia e engenharia, em particular no âmbito do Programa Ciência sem Fronteiras.

Aloizio Mercadante sublinhou também que o Brasil está pronto para desenvolver a cooperação na indústria de defesa com a possibilidade de estabelecer produção conjunta: "A Ucrânia tem alta tecnologia e rica história no domínio da defesa, e isso é parceiro que nos dá confiança para o longo prazo".

Mykola Azarov afirmou estar convencido da importância da cooperação bilateral entre a Ucrânia e do Brasil em diferentes direções. "Vemos o Brasil como um parceiro muito sério. O nosso trabalho vai contribuir para o desenvolvimento ambas as nações. E nós, líderes políticos, devemos fazer tudo para essa finalidade", observou.

O chefe do governo sublinhou grandes possibilidades de cooperação na indústria espacial. Afirmou que a Ucrânia é um parceiro promissor na área, por somar desenvolvimentos científicos e tecnologias a resultados práticos.

De acordo com Mykola Azarov, a implementação do projeto Cyclone-4 confirma isso. "Atribuímos grande importância ao projeto. É um dos poucos projetos que levarão à criação de um local de lançamento em seu país", disse Mykola Azarov.

O primeiro-ministro enfatizou que o desenvolvimento da indústria espacial requer um grande número de especialistas, por meio da possibilidade de brasileiros estudarem nas universidades ucranianas. Azarov também comentou a fala de seu interlocutor sobre a oportunidade de brasileiros adquirirem conhecimento na Ucrânia na esfera de tecnologias da informação (TI). "Este é o nível elevado de formação de especialistas. Prova disso é que nosso pessoal está trabalhando em empresas líderes do mundo", ele observou, acrescentando que a Ucrânia e o Brasil podem interagir em várias áreas da ciência e tecnologia.
http://www.mct.gov.br/index.php/content ... 34989.html




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#272 Mensagem por Junker » Ter Dez 20, 2011 1:33 pm

Apresentação do MCT sobre o Programa Espacial Brasileiro:

http://www2.camara.gov.br/atividade-leg ... nload/file




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#273 Mensagem por arcanjo » Ter Jun 11, 2013 4:51 pm

11 de Junho, 2013 - 10:44 ( Brasília )
BRASIL E UCRÂNIA AMPLIAM CAPITAL DA BINACIONAL ACS

Imagem

Virgínia Silveira

O governo brasileiro aprovou, no dia 29 de maio, aumento de capital na empresa binacional ACS (Alcântara Cyclone Space), no valor de aproximadamente US$ 420 milhões. Com a decisão, que também já havia recebido sinal verde do governo ucraniano, sócio na companhia, o capital da ACS passará dos atuais US$ 498 milhões para US$ 920 milhões. Os custos desse aumento serão divididos em partes iguais entre os dois países, informou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antônio Raupp.

O aumento de capital, segundo Raupp, acontece porque os recursos destinados às atividades da ACS - desenvolvimento do foguete Cyclone 4 e a construção de uma base de lançamento para o foguete em Alcântara - foram considerados insuficientes.

Com a injeção de novos recursos, de acordo com Raupp, as obras no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, para o Cyclone 4 poderão ser retomadas. As obras tinham sido paralisadas por conta da falta de pagamento às empreiteiras, informação que o ministro não confirma.

"As obras não foram paralisadas. Apenas diminuíram de intensidade por causa do regime de chuvas na região. A ACS é devedora às empreiteiras, mas como essas empresas são grandes, as obras não são paralisadas porque se deixou de pagar um mês", explicou.

O aumento de capital e a melhoria da questão meteorológica, na opinião do ministro, devem resolver de vez os problemas relacionados à preparação da base de Alcântara para o Cyclone 4.

Atualmente, segundo o ministro, 40% das obras do sítio do Cyclone 4 estão concluídas. Na área de lançamento do VLS, o governo finalizou a construção da Torre de Lançamento, assim como pequenas melhorias e modernizações dos sistemas de operação da base. A nova torre de lançamento custou cerca de R$ 44 milhões.

O Centro de Lançamento de Alcântara apresenta uma localização estratégica, próximo da linha do Equador e a vantagem de ter o Oceano Atlântico a leste e ao norte. Desta forma, parte dos foguetes lançados dali caem no mar, longe de áreas habitadas. Segundo estudos feitos pela ACS, a estimativa para lançamento de satélites até 2020 é da ordem de 1.145, dos quais 244 são satélites comerciais. O objetivo da binacional é lançar de três a quatro satélites por ano.

"O programa com a Ucrânia se justifica comercialmente por ter a oportunidade de prestar esse serviço de lançamento e por razões estratégicas e de interesse do Brasil de ter em Alcântara dois sítios de lançamento, um para o VLS e outro para o Cyclone 4", disse.

A operação comercial de lançamentos de satélites em Alcântara, no entanto, depende de um acordo com os Estados Unidos, já que mais de 80% dos satélites comerciais lançados hoje no mundo são de origem americana.

"O Ministério das Relações Exteriores já retomou as negociações com os EUA em relação à definição de um novo acordo de salvaguardas tecnológicas. O acordo do passado está sendo rediscutido em outras condições", disse o ministro. Raupp se refere ao acordo de salvaguardas tecnológicas barrado pelo Congresso em 2002, principalmente por conta das restrições feitas ao desenvolvimento do Brasil na área espacial.

Com o novo acordo, segundo ele, o negócio da ACS tem mais condições de ser viabilizado, já que os clientes americanos representam uma parcela significativa desse mercado. "Se fizermos acordo com os EUA, não será difícil depois fazer o mesmo com o Japão e a Europa", disse. O ministro lembra que o Brasil já tem acordos de salvaguarda tecnológica com a Ucrânia e a Rússia.

Com a Ucrânia, especialistas argumentam que o acordo assinado não é vantajoso para o Brasil, porque não permite que o país tenha acesso às tecnologias espaciais associadas ao Cyclone 4, de forma proporcional à participação financeira brasileira no programa.

http://www.defesanet.com.br/space/notic ... cional-ACS


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#274 Mensagem por LeandroGCard » Qui Jun 13, 2013 12:50 pm

arcanjo escreveu:Com a Ucrânia, especialistas argumentam que o acordo assinado não é vantajoso para o Brasil, porque não permite que o país tenha acesso às tecnologias espaciais associadas ao Cyclone 4, de forma proporcional à participação financeira brasileira no programa.

arcanjo
Este acordo com a Ucrânia nunca teve como objetivo nenhuma transferência de tecnologia, é apenas uma tentativa de viabilizar a manutenção da base de Alcântara porque com o ritmo dos lançamentos do VLS isso estava ficando impossível, e a base corria sério risco de ser simplesmente abandonada. E este ponto ficará ainda pior depois de fechado o imprescindível acordo de salvaguardas com os americanos, pois as restrições deles são até maiores que as russas e ucranianas (boa parte das restrições ucranianas são já exigências americanas àquele país).

A questão é: Quanto vale o Brasil pagar apenas para que alguém use a base, de forma a justificar os gastos com a sua manutenção? Estamos investindo centenas de milhões somente para construir uma infra estrutura civil que viabilize a instalação dos sistemas de lançamento do Cyclone-4 (que aliás virão integralmente da Ucrânia), dinheiro este que está sendo retirado do nosso próprio programa espacial. Não teria sido melhor assinar logo um acordo com os EUA nos moldes que eles queriam, e deixar que empresas americanas fizessem o grosso dos investimentos em Alcântara?


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#275 Mensagem por arcanjo » Dom Jul 21, 2013 3:27 pm

21 Jul 2013
A Base de Alcântara voltou para a Agenda

Por Elio Gaspari

Está na agenda de negociações da doutora Dilma com o companheiro Obama o tema da participação americana na base de lançamento de foguetes de Alcântara. Até 2000 os Estados Unidos mostraram interesse em operar na privilegiada localização da base, pela sua proximidade da linha do Equador.

A FAB não gostava da ideia de criação de áreas restritas em seu território. À época, o PT foi um feroz adversário da iniciativa. Eleito, Lula matou a conversa.

O projeto de Alcântara é de 1983, já consumiu R$ 400 milhões, matou 21 cientistas e não serviu para lançamento relevante. Atualmente, patina numa parceria com a Ucrânia. (O programa espacial americano foi à Lua e a Marte, mas só matou 24 pessoas e um macaco.)

Pode ser boa ideia, mas vale lembrar que nos anos 50, quando JK permitiu que os Estados Unidos montassem uma base de rastreamento de mísseis em Fernando de Noronha, a charanga nacionalista assegurava que a operação resguardaria a soberania nacional na ilha.

Por baixo do pano, aceitaram um documento americano pelo qual alguns equipamentos ficariam fora da área de acesso dos brasileiros. Com isso, um oficial brasileiro foi barrado ao tentar entrar numa sala. Quando o ministro da Guerra Henrique Lott quis empunhar uma causa nacionalista em torno da proibição, o caso foi ao Estado-Maior do Exército, e o coronel encarregado do assunto respondeu:

“Tais restrições foram aceitas por Vossa Excelência.”

Ele se chamava Ernesto Geisel.


FONTE: Folha de São Paulo
http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=25022


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#276 Mensagem por BrasilPotência » Seg Jul 22, 2013 1:33 am

Pelo amor de DEUS, vão entregar o Brasil pros EUA também :?: :?: :?:

Território restrito em território nacional :?:

NUNCA




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#277 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jul 22, 2013 8:28 am

BrasilPotência escreveu:Pelo amor de DEUS, vão entregar o Brasil pros EUA também :?: :?: :?:

Território restrito em território nacional :?:

NUNCA
Esta discussão é baboseira.

Para salvar a base de Alcântara do fechamento por pura e simples falta de uso é necessário que os lançamentos de foguetes de maior porte sejam viabilizados, e o único candidato que se interessou foi a Ucrânia como o Cyclone-4, desde que o Brasil construísse a infra-estrutura civil para os lançamentos poderem ser operados. Mas a Ucrânia só conseguirá manter a viabilidade econômica do Cyclone se puder contar com os clientes de satélites americanos (ou que levem tecnologia americana), que são a grande maioria dos clientes deles. E os americanos exigem a garantia de que suas tecnologias não serão "bisbilhotadas" por terceiros (nós), assim como nós também não permitimos que os estrangeiros da AIEA bisbilhotassem nossas ultra-centrifugadoras em Aramar.

Resumindo, como não temos lançamentos próprios que justifiquem o custo de manter aberta a base de Alcântara, ou deixamos os americanos confortáveis cedendo a eles uma área que será mantida secreta para nós, ou acabaremos tendo que fechar de vez a base.


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#278 Mensagem por FCarvalho » Seg Jul 22, 2013 10:34 am

Talvez seja o preço a pagar pela nossa irresponsabilidade e provincianismo.
Porque se nós não fomos capazes de gerir a base autonomamente, pseudos-discursos nacionalistas é que não irão fazê-lo agora.
Pobre com mania de novo rico dá nisso aí. :?

abs.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#279 Mensagem por BrasilPotência » Seg Jul 22, 2013 12:37 pm

LeandroGCard escreveu:
BrasilPotência escreveu:Pelo amor de DEUS, vão entregar o Brasil pros EUA também :?: :?: :?:

Território restrito em território nacional :?:

NUNCA
Esta discussão é baboseira.

Para salvar a base de Alcântara do fechamento por pura e simples falta de uso é necessário que os lançamentos de foguetes de maior porte sejam viabilizados, e o único candidato que se interessou foi a Ucrânia como o Cyclone-4, desde que o Brasil construísse a infra-estrutura civil para os lançamentos poderem ser operados. Mas a Ucrânia só conseguirá manter a viabilidade econômica do Cyclone se puder contar com os clientes de satélites americanos (ou que levem tecnologia americana), que são a grande maioria dos clientes deles. E os americanos exigem a garantia de que suas tecnologias não serão "bisbilhotadas" por terceiros (nós), assim como nós também não permitimos que os estrangeiros da AIEA bisbilhotassem nossas ultra-centrifugadoras em Aramar.

Resumindo, como não temos lançamentos próprios que justifiquem o custo de manter aberta a base de Alcântara, ou deixamos os americanos confortáveis cedendo a eles uma área que será mantida secreta para nós, ou acabaremos tendo que fechar de vez a base.


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Aí se um dia conseguirmos avançar nos projetos nacionais Cruzeiro do Sul, VLS enfim, teremos que pedir autorização pra usarmos o nosso Centro de lançamento, eaí como fica se ouvir um sonoro não :?: E me lembro muito bem que; ao qualquer momento eles podem entrar e ''fiscalizar'' sem pedir licença, não importando o que se passa ali dentro.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#280 Mensagem por FCarvalho » Seg Jul 22, 2013 1:33 pm

Brasil Potência, não é o caso de pedirmos permissão aos americanos para fazermos os nossos lançamentos em Alcântara, mas de termos o fato mais que vexatório de que uma determinada área de Alcântara praticamente estar fora de nosso pátrio poder, e que na eventualidade de precisarmos utilizá-lo, termos de passar pelo vexame de expor o que é nosso, o lançamento e seus particulares, para estrangeiros.

Mas eu particularmente tendo a crer que a presidente DR não vá admitir tal premissa para qualquer proposta americana neste sentido. Acho até que ela preferiria fechar Alcântara a admitir uma coisa dessas. Ainda mais em se tratando de um período pré-eleitoral como já estamos vivenciando agora.

Vamos ver como as coisas podem se acomodar. Os americanos, como os ucranianos tem interesses econômicos bem grande naquela base brasileira. E que não são de pouca monta.

A ver se a tal Visita de Estado não passará de mais uma faxada ou chamariz para boi de piranha ou se alguma coisa em Washington realmente mudou em relação a nós. Eu cá com os meus botões, tenho lá minhas duvidas.

abs




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#281 Mensagem por Boss » Seg Jul 22, 2013 6:44 pm

O vagabundo que escreveu isso ainda faz uma comparação tosca e piadinha com os mortos naquele acidente. Quem dera fosse ele o nosso "macaco" da ocasião.




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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#282 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jul 22, 2013 7:17 pm

Menos, muito menos.

Não é a base inteira que ficará interditada à brasileiros, apenas um ou outro galpão onde os americanos montarão os seus satélites nos foguetes ucranianos. O restante da base é e será sempre nosso para fazermos o que quisermos, o que nas últimas décadas quer dizer praticamente nada :? .

A opção é não aceitar as cláusulas de salvaguarda americanas, e deixá-los ir lançar seus satélites em qualquer outro lugar. Opções é que não vão faltar para eles, muito pelo contrário, e no lugar deles eu iria usar apenas foguetes americanos lançados de bases americanas e que se danassem tanto Ucrânia quanto Brasil. Eles só terão interesse de lançar daqui se o preço for realmente muito convidativo, o que provavelmente exigirá subsídios, seguro pelos bancos oficiais e financiamento barato para os lançamentos, talvez via BNDES. E teremos mais é que aceitar qualquer coisa que nos impuserem se quisermos ver foguetes espaciais decolando do território nacional, já que não temos competência para fazê-lo nós mesmos. Mas com certeza pintarão bandeirinhas do Brasil nas laterais do foguete, e cada lançamento de um destes foguetes "brasileiros" será um verdadeiro espetáculo no Jornal Nacional :roll: .


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#283 Mensagem por arcanjo » Ter Jul 23, 2013 10:54 am

21/07 às 09h00
Empresa do Programa Espacial Brasileiro paralisa obras na Base de Alcântara

As denúncias são de fontes ligadas à ACS, que recebeu U$ 420 milhões em julho do governo federal

Jornal do Brasil
Cláudia Freitas


Em meio os últimos pronunciamentos do Ministério da Defesa sobre a necessidade de o Brasil possuir seu próprio satélite de comunicação militar, para não ficar vulnerável às espionagens como as denunciadas por Edward Snowden, funcionários da Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa binacional criada pelos governos do Brasil e da Ucrânia para explorar os serviços de lançamentos de satélites em bases comerciais, com o foguete ucraniano Cyclone-4, atestam que as obras do programa estão completamente paralisadas.

Segundo fontes ligadas à Base Espacial de Alcântara, onde o programa é desenvolvido no país, cerca de dois mil contratados pela ACS foram dispensados nos dois últimos meses. O cenário no local é de abandono, como mostram as fotos enviadas ao Jornal do Brasil. A maioria dos equipamentos alugados já foi devolvido e aqueles que permanecem na base estão abandonados ao ar livre e sem qualquer manutenção, segundo as mesmas fontes.

A Alcântara Cyclone Space foi criada em 2003, no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que priorizou o Programa Espacial Brasileiro, considerando a ACS seu produto principal. A criação da empresa se deu por meio de um contrato de capital binacional, provindos parte do Brasil e, em maior proporção, da Ucrânia, que detém os direitos de fabricação e tecnologia aplicada no foguete Cyclone 4, que partirá do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

No mesmo período, um incêndio destruiu um grande trecho do CLA, durante o lançamento do foguete VLS. O fato gerou especulações sobre a possível desativação da base e transferência do programa espacial para outro estado, o que não aconteceu, assim como a completa recuperação da infraestrutura do lugar, após 10 anos do acidente. O Centro de Lançamento de Alcântara apresenta uma localização estratégica, próximo da linha do Equador e com a vantagem de ter o Oceano Atlântico a leste e ao norte. O que explica o fato dos foguetes lançados do local caírem no mar, longe de áreas habitadas.

As boas intenções prevaleceram no acordo inicial firmado entre a binacional ACS e o presidente Lula. O diretor-geral brasileiro da binacional, Roberto Amaral, assumiu o compromisso de trazer divisas para o Brasil, transferindo para os cientistas brasileiros a moderna tecnologia que a Ucrânia detinha, principal país no mundo a dominar a tecnologia espacial. A expectativa era de que os seis primeiros lançamentos comerciais acontecessem do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em 2011. Para o estado do Maranhão, a ACS anunciou mudanças importantes, que chegariam com a geração de empregos para as obras no CLA e um novo planejamento urbano em Alcântara, para beneficiar os funcionários da empresa e toda a população do lugar. Escolas, hospitais e universidades seriam construídos com as verbas destinadas ao projeto.

De acordo com fontes ligadas à ACS, esse complexo funcionou nos últimos anos. O hospital erguido pela empresa dentro dos limites do CLA contava com tecnologia de ponta. A maioria dos funcionários da binacional eram moradores de Alcântara, muitos deles remanescentes das comunidades quilombolas que habitavam em massa a cidade de Alcântara. E foi na relação com as comunidades quilombolas que se deu um dos maiores imbróglios envolvendo a ACS. No momento em que a empresa binacional estava discutindo com o Ministério da Defesa o contrato de cessão de área de exploração dentro do CLA, o INCRA apresentou uma determinação judicial garantindo aos remanescentes quilombolas da cidade a posse de quase toda a península onde o CLA se situa.

A ação colocou por água abaixo a intenção do governo de expandir o programa espacial em outras partes de Alcântara. O projeto ficou limitado à área do CLA, ou seja, o sítio da ACS foi estipulado em menos de nove hectares da península. De acordo com o Ministério Público do Maranhão, há três ações propostas pelo órgão envolvendo esse caso. O MPF entende que a questão mais grave é o risco da perda de áreas tradicionais de comunidades quilombolas, por isso está movendo as ações, que tem o objetivo de garantir a integridade das comunidades. Pelas informações do MPF, em 2008 a Justiça Federal intimou a Agência Espacial Brasileira (AEB), por meio de acordo em que a Alcântara Cyclone Space e a AEB reconheceram os direitos dos quilombolas, havendo comprometimento, por parte da Cyclone Space, em realizar as obras somente no interior da área já demarcada ao CLA. A ação foi julgada com resultado favorável no mesmo ano da sua proposta pelo MPF. A outra ação é de 2003, objetivando garantir que nenhuma comunidade quilombola seja deslocada das áreas que ocupam atualmente e também exige ainda que elas tenham as suas áreas integralmente tituladas pelo INCRA. Esse processo ainda não foi julgado e está tramitando na 8ª Vara Federal de Justiça no Maranhão, enquanto o MPF aguarda pelo julgamento.

Os entraves não foram suficiente para conter novos investimentos destinados à ACS para trazer ao Brasil o Cyclone 4. Enquanto que nos limites do CLA somente o departamento de Recursos Humanos da empresa binacional está funcionando à pleno vapor, para demitir os pouco funcionários remanescentes de uma extensa folha de pagamento, na Câmara Federal o deputado Cláudio Cajado (DEM/BA) comemora a aprovação da proposta que ele sugeriu à Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, resultando no aumento do capital da ACS em US$ 420 milhões, aproximadamente. A proposta foi aprovada pelo governo brasileiro no dia 29 de maio. Agora, o capital da binacional ACS passará de US$ 498 milhões para US$ 920 milhões.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, afirmou que o aumento de capital aconteceu porque os recursos destinados ao desenvolvimento do foguete Cyclone 4 e a construção da base de lançamento do veículo no CLA foram insuficientes. Segundo ele, os novos investimentos serão divididos em partes iguais entre Brasil e Ucrânia. Raupp estima que com a injeção dos recursos as obras poderão ser retomadas.

As denúncias recebidas pelo Jornal do Brasil também dizem respeito ao motivo da paralisação das obras. Segundo as fontes, ao dispensar os funcionários, os chefes dos departamentos alegavam que “isso [demissões] está acontecendo porque a empresa [ACS] não pagou as empreiteiras”. Segundo o ministro, essa informação não é verdadeira. "As obras não foram paralisadas. Apenas diminuíram de intensidade por causa do regime de chuvas na região. A ACS é devedora às empreiteiras, mas como essas empresas são grandes, as obras não são paralisadas porque se deixou de pagar um mês", explicou Raupp, acrescentando que 40% das obras do sítio do Cyclone 4 estão concluídas.

O ministro anunciou também a construção da Torre de Lançamento, destruída no incêndio de 2003, além de pequenas melhorias e a modernizações dos sistemas de operação da base. O custo com a nova torre de lançamento foi na ordem de R$ 44 milhões. "O programa com a Ucrânia se justifica comercialmente por ter a oportunidade de prestar esse serviço de lançamento e por razões estratégicas e de interesse do Brasil de ter em Alcântara dois sítios de lançamento, um para o VLS e outro para o Cyclone 4", justificou o ministro.

O Ministério da Defesa pegou uma carona nas denúncias de Edward Snowden para reafirmar um dos seus discursos mais contundentes: que o Brasil precisa do próprio satélite de comunicação militar. O referido veículo mencionado pela Defesa é o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), cuja construção está avaliada em quase R$ 1 bilhão. A licitação está em nome da empresa Visiona Tecnologia Espacial SA, parceria entre a Telebrás e a Embraer e a conclusão do processo licitatório está previsto para o final de julho e o contrato deve ser assinado em agosto. A operação deve começar só em abril de 2016, quando completa 32 meses da assinatura do contrato, em acordo com as regras licitatórias. A construção do satélite geoestacionário foi solicitada pelo ministério da Defesa em anos anteriores. Em 2009, a previsão de conclusão do projeto era para 2014, ao custo de R$ 700 milhões.

Atualmente, o Brasil aluga a Banda X do satélite para a Embraer, que tem como controlador a mexicana Telmex, por R$ 14 milhões anual. O país depende de oito empresas estrangeiras particulares para estabelecer seus canais de comunicação via satélite dentro do próprio território, gerando um custo anual de R$ 100 milhões. Na rede mundial, o sistema funciona com os servidores-raiz da internet passando todo o seu fluxo de informações pelo controle do Departamento de Comércio dos EUA. O mesmo acontece com as redes de fibra óticas responsáveis por conectar os países. Concluindo, todas as informações passam obrigatoriamente pelo território americano.

As pesquisas feitas recentemente pela ACS são otimistas mediante os entraves ocorridos envolvendo a tecnologia espacial no Brasil. A estimativa para lançamento de satélites até 2020 chega a 1.145, sendo 244 deles de natureza comercial. A binacional pretende lançar de três a quatro satélites por ano. Porém, a operação comercial de lançamentos de satélites no CLA vai depender do relaxamento de um acordo com os Estados Unidos, considerando que 80% dos satélites lançados pelos países e com essa finalidade são de origem americana. "O Ministério das Relações Exteriores está retomando negociações com os EUA em relação à definição de um novo acordo de salvaguardas tecnológicas. O acordo do passado está sendo rediscutido em outras condições", garantiu o ministro Marco Antônio Raupp, se referindo ao acordo de salvaguardas tecnológicas barrado pelo Congresso em 2002.

Para o ministro Raupp, o novo acordo com o governo americano vai viabilizar os negócios da binacional ACS, oferecendo maiores oportunidades no mercado mundial, levando em conta que os clientes americanos detêm uma parcela significativa desse ramo. "Se fizermos acordo com os EUA, não será difícil depois fazer o mesmo com o Japão e a Europa", disse Raupp, acrescentando que o Brasil tem acordos de salvaguarda tecnológica com a Ucrânia e a Rússia. No caso da Ucrânia, os especialistas brasileiros não veem vantagens no negócio para o Brasil, pelo fato do acordo assinado entre os países não permite que o país tenha acesso às tecnologias espaciais associadas ao Cyclone 4. A proibição existe pela proporcionalidade de participação financeira brasileira no programa.

Com tantos acordos ainda indefinidos, a população de Alcântara ainda viverá por um tempo, também não definido, com o cenário que hoje domina a cidade, marcado por ruínas de grandes obras inacabadas, em contraste com os prédios históricos. A atmosfera mística preservada pelas comunidades quilombolas, por enquanto, é o que existe de real no sentimento do povo da cidade, que fica a uma hora de São Luís, a capital do Maranhão.

http://www.jb.com.br/pais/noticias/2013 ... alcantara/


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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#284 Mensagem por FCarvalho » Ter Jul 23, 2013 12:38 pm

Para o ministro Raupp, o novo acordo com o governo americano vai viabilizar os negócios da binacional ACS, oferecendo maiores oportunidades no mercado mundial, levando em conta que os clientes americanos detêm uma parcela significativa desse ramo. "Se fizermos acordo com os EUA, não será difícil depois fazer o mesmo com o Japão e a Europa", disse Raupp, acrescentando que o Brasil tem acordos de salvaguarda tecnológica com a Ucrânia e a Rússia. No caso da Ucrânia, os especialistas brasileiros não veem vantagens no negócio para o Brasil, pelo fato do acordo assinado entre os países não permite que o país tenha acesso às tecnologias espaciais associadas ao Cyclone 4. A proibição existe pela proporcionalidade de participação financeira brasileira no programa.

Com tantos acordos ainda indefinidos, a população de Alcântara ainda viverá por um tempo, também não definido, com o cenário que hoje domina a cidade, marcado por ruínas de grandes obras inacabadas, em contraste com os prédios históricos. A atmosfera mística preservada pelas comunidades quilombolas, por enquanto, é o que existe de real no sentimento do povo da cidade, que fica a uma hora de São Luís, a capital do Maranhão.
Para mim esta parte é a melhor expressão da nossa irresponsabilidade em matéria de Ciência e Tecnologia. No Brasil, como investimento em educação e P&D não rende dividendo no curtíssimo prazo, vê-se este tipo de coisas não somente em Alcântara, mas espalhados com não poucos exemplos, pelo país inteiro.

É a prova cabal do nosso despreparo para estarmos entre os grandes do mundo. Enquanto o pensamento nacional não sair desta relação macunaímica entre o povo e a política, continuaremos a ver situações como estas se repetindo, e o Brasil, diga-se o governo, fingindo que não é consigo e a sociedade mais preocupada com os 'quilombolas' do Maranhão do que com os reais fatos de interesse no presente caso.

E ainda tem gente que acredita que não estamos mais no país do futebol, carnaval e bunda.

abs




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rodrigo
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Re: ALCÂNTARA CYCLONE SPACE/AEB - News

#285 Mensagem por rodrigo » Ter Jul 23, 2013 2:22 pm

A Ucrânia, quando trouxer foguetes para serem lançados em Alcântara, vai deixar quem quiser se aproximar de material sensível? Duvido! Principalmente porque é facilmente conversível em ICBM. Então essa conversa contra americano, francês e etc, de ferir a soberania brasileira ao criar zonas restritas, é besteira. Se não vierem os gringos, vamos fazer lançamentos daqui a 200 anos.

Agora o modo Obama off: Se nosso projeto tiver apenas finalidade pacífica, não valeu a pena.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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