PRIMAVERA BRASILEIRA

[rodrigo]

aqui o Brasil desapareceu das noticias

Ganhamos a copa das confederações, em cima da seleção favorita. Todos os problemas estão resolvidos. E ainda tem a esperança de sermos campeões da copa ano que vem. Aí estamos resolvidos para os próximos 100 anos no mínimo.

[Pedro Gilberto]

"Para Sousa Santos, o Congresso Nacional está divorciado das prioridades dos cidadãos".


Que o diga três medidas recentes: não indicação do procurador da República referência no combate à corrupção para o CNMP; Senado manter 2 suplentes; plebiscito apoiado por 68 % da população em pesquisa, engavetado, vindo, mais uma vez, leis de cima para baixo, a serem referendadas, ao sabor de campanhas intensas...Eu não entendo é a desculpa para parte da sociedade não estar preparada para o plebiscito mas para o referendo sim! Em suma, pensam neles em primeiro, na sociedade depois...

Não precisa gastar massa cizenta, é bem simples entender por que estão rejeitando o plebiscito: no referendo o controle do que irá acontecer é completamente do Congresso, pois com esse instrumento haverá apenas 2 opções: aceitar as mudanças que eles fizerem (ou não fizeram com foi o caso dos suplentes) ou então manter tudo do jeito que está.

Com o plebiscito, além de haver algumas perguntas sobre determinados assuntos chaves, a resposta não precisa ser apenas um Sim ou Não. Por exemplo, uma questão sobre o financiamento das eleições poderia ter as seguintes opções:

1. Misto público e privado com doações de PF e PJ (modelo atual)
2. Misto publico e privado com doações apenas de PF
3. Exclusivamente público

O risco é com o referendo a reforma politica ser tão ruim que é capaz de ser rejeita pela maioria da população mantendo os mesmos problemas de hoje

[]´s

[NettoBR]

aqui o Brasil desapareceu das noticias

Férias de julho.

[wagnerm25]

A julgar pelos últimos acontecimentos no Congresso Nacional, voltamos a programação normal.

[Túlio]

PUTZ, falei agora com minha Mãe e me disse que Porto tá pegando fogo, fecharam a ponte do Guaíba, é pedrada pra tudo que é lado, tem gente - inclusive minha Santa Mãezinha - estocando alimentos e botijões de água potável (quem mora lá sabe que NÃO se bebe água da torneira), parece que tá sodas!

E eu pensando que a Primavera Brasileira tinha acabado...

OUTRA: alguém encampou a coisa toda, a Mãe falou que tá assim de carro de som coordenando...




DIABOS!!!

Não dá para tu ires buscá-la?

Claro que sim, a questão é OUTRA: ela querer sair! Só amarrando para trazê-la para cá - e cá mantê-la, DETESTA o interior...

[NettoBR]

http://www.youtube.com/watch?v=sqkd8YQI_AY

[cabeça de martelo]

Não dá para tu ires buscá-la?

Claro que sim, a questão é OUTRA: ela querer sair! Só amarrando para trazê-la para cá - e cá mantê-la, DETESTA o interior...

Em tempos extremos, soluções extremas, dizes-lhe que ou ela entra no carro ou tu fazes um filho a uma Argentina!

[Clermont]

#VemPraRua.

Ana Pacheco - Blog do Noblat - 11.07.13.

As centenas de milhares de pessoas que foram às ruas protestar contra o nosso inferno urbano de cada dia certamente não sabiam que:

* as isenções de impostos para carro e gasolina concedidas pelo governo federal, desde 2003, deixaram de arrecadar R$ 32,5 bilhões que poderiam ter sido aplicados em transporte público (além de entupir ainda mais de carros cidades já completamente saturadas);

* com R$ 32,5 bilhões seria possível construir 150 km de metrô ou 1.500 km de corredores de ônibus;

* para saber o que significam 150 km de metrô, é só comparar a alguns metrôs de excelência: Tóquio (292 km), Seul (286 km), Moscou (269 km), Madri (293 km) e Paris (212 km);

* São Paulo, Santiago do Chile e Cidade do México começaram a construir seus sistemas de metrô na mesma época (e atrasadíssimos!): meados dos anos 1970;

* hoje, 40 anos depois, a rede de metrô da cidade de São Paulo, a maior do Brasil, tem apenas 74,3 km; a de Santiago do Chile, com metade da população de SP, tem 103 km; e a da Cidade do México, 202 km;

* reiterando: as isenções de impostos para carros e combustíveis, nos últimos dez anos, teriam construído 150 km de metrô, o dobro do que tem SP e quase o quádruplo do que tem o Rio, com apenas 40,9 km de metrô.

(Da série: Por que trabalhamos cinco meses por ano só pra pagar impostos e os serviços públicos que temos em troca são um lixo).

[wagnerm25]

#VemPraRua.

Ana Pacheco - Blog do Noblat - 11.07.13.

(Da série: Por que trabalhamos cinco meses por ano só pra pagar impostos e os serviços públicos que temos em troca são um lixo).

Em parte é explicado pelo fato de um Juiz ganhar um rio de dinheiro para trabalhar 9 meses por ano (dois de férias e um de recesso) e reclamar que o judiciário está atolado de processos. Como não estaria?!?!?!

Esse é apenas um exemplo gritante de como o dinheiro dos impostos é usado para sustentar privilégios. Tem uma infinidade de outras situações.

Quem tiver paciência, pesquise sobre o pagamento de uma tal "diferença de URV" paga aos magistrados gaúchos. Continha de 1,4 bilhão que foi alegremente rateada pelos juízes.

[Algus]

#VemPraRua.

Ana Pacheco - Blog do Noblat - 11.07.13.

As centenas de milhares de pessoas que foram às ruas protestar contra o nosso inferno urbano de cada dia certamente não sabiam que:

* as isenções de impostos para carro e gasolina concedidas pelo governo federal, desde 2003, deixaram de arrecadar R$ 32,5 bilhões que poderiam ter sido aplicados em transporte público (além de entupir ainda mais de carros cidades já completamente saturadas);

* com R$ 32,5 bilhões seria possível construir 150 km de metrô ou 1.500 km de corredores de ônibus;

* para saber o que significam 150 km de metrô, é só comparar a alguns metrôs de excelência: Tóquio (292 km), Seul (286 km), Moscou (269 km), Madri (293 km) e Paris (212 km);

* São Paulo, Santiago do Chile e Cidade do México começaram a construir seus sistemas de metrô na mesma época (e atrasadíssimos!): meados dos anos 1970;

* hoje, 40 anos depois, a rede de metrô da cidade de São Paulo, a maior do Brasil, tem apenas 74,3 km; a de Santiago do Chile, com metade da população de SP, tem 103 km; e a da Cidade do México, 202 km;

* reiterando: as isenções de impostos para carros e combustíveis, nos últimos dez anos, teriam construído 150 km de metrô, o dobro do que tem SP e quase o quádruplo do que tem o Rio, com apenas 40,9 km de metrô.

(Da série: Por que trabalhamos cinco meses por ano só pra pagar impostos e os serviços públicos que temos em troca são um lixo).

O cara defende impostos na gasolina com a justificativa que eles possibilitariam a construção de 150 km de metrô em SP em 10 anos. Estes recursos não se transformariam em 150 km de metrô da mesma forma que não se transformou nos 40 anos que antecederam isso.

[rodrigo]

O cara defende impostos na gasolina com a justificativa que eles possibilitariam a construção de 150 km de metrô em SP em 10 anos. Estes recursos não se transformariam em 150 km de metrô da mesma forma que não se transformou nos 40 anos que antecederam isso.

RJ e SP estão em pré colapso do transporte urbano. Esses incentivos à indústria automobilística são o tiro de misericórdia na mobilidade urbana brasileira. Não existem projetos de aperfeiçoamento de transporte coletivo em nenhum cidade brasileira. Aí aparecem as soluções radicais, que logo serão necessárias, de impostos sobre combustíveis, carros e pedágios urbanos. Uma das características mais marcantes dos países mais ricos são sua rede de transporte coletivo. Mais limpo, mais rápido e mais econômico para todos os usuários.

[Bourne]

Não em grande parte dos Estados Unidos, Austrália e Canadá em que carro é tão comum e necessário quando celular e notebook. A quantidade de carros no Brasil por habitante é ridícula, bem abaixo dos países desenvolvidos em geral. Além de serem mais velhos, inseguros e caros que gera problemas de segurança no trânsito e mais ônus com acidentes que serão pelo Estado.

O problema no Brasil que tudo é caro por ser um mercado fechado e os tributos incidirem sobre bens e serviços. Então fica a impressão que outros países não pagam imposto e tudo é barato. O que não é verdade. O imposto é pago sobre renda e riqueza com imposto de renda alto com várias faixas pára quase todos pagarem. No Brasil existe imposto sobre propriedade de veículos, os tributos em cima da gasolina e combustíveis são altíssimos, inclusive sobre os insumos do transporte público. Assim o preço de qualquer coisa vai para a estratosfera.

No transporte público deveria ter isenções nos insumos, subsídios custeado por IPTU e imposto sobre carros e combustíveis. Além de repensar os contratos que são bem draconianos e permitem muita mutretamento para jogar o preço para cima, tanto das passagens quando do custo da construção da infraestrutura.

[Bourne]

Exemplo da burocracia de alguns órgãos públicos brasileiros. No caso, o Professor Sergio Braga foi comprar alguns PCs para pesquisa, teve que passar pela burocracia da UFPR e recebeu um equipamento defasado e caro. Essas dificuldades são replicadas em qualquer contrato público. Isto é, o sistema é foda parceiro.

UMA VERGONHA: Preço de um micro Lenovo [???] no pregão da UFPR, com processador I5, completamente defasado, uma verdadeira geringonça: R$ 3.200,00. Você demora um mês para receber o computador e, quando ele chega, está com defeito. ONDE ESTÁ O MINISTÉRIO PÚBLICO QUE NÃO INVESTIGA ESTES PREGÕES E SISTEMAS DE COMPRAS DE UNIVERSIDADE PÚBLICAS BRASILEIRAS?

Então Luiz: as verbas deveriam ser distribuidas diretamente aos pesquisadores, e não passar pela conta única e pelo sistema de pregões da UFPR. O CNPq já faz isso. A Fundação Araucária foi que optou por este sistema arcaico das universidades brasileiras. A solução seria contratar diretamente com o pesquisador e as partes interessadas. Por exemplo: as empresas poderiam pagar bolsas e transferir verbas diretamente para pesquisadores e bolsistas. Não há uma figura jurídica para isso. Se eu fizer um convênio com uma empresa e arranjar verba para comprar equipamentos, por exemplo, isso tem que passar por toda a burocracia da universidade. Isso é que tem que acabar. Temos que prestar contas, sim, mas aos nossos pares e pelos resultados na pesquisa, e não ficar perdendo tempo preenchendo processos ridículos e indo atrás da tramitação disso. A solução disso seria simples, basta as UFES autorizarem o repasse de bolsas diretamente para os pesquisadores, dentre outras várias iniciativas. É melhor do que ficar recorrendo a fundações e outros expedientes. O resultado disso é que estamos sempre reféns de burocratas dos mais diferentes níveis. No CNPq prestamos contas dos gastos diretamente pela internet, nada disso passa pela universidade.

Esse é o modelo que o Professor recebeu. O preço na loja apenas R$ 1.599. O estado só pagou o dobro de um loja comum como a Magazine Luiza.

http://www.magazineluiza.com.br/noteboo ... 8/in/note/

Com 3,2 mil comprava um notebook do demônio ou um desktop pronto para rodar qualquer coisa.

[Algus]

Eu entendo o que quis dizer, Rodrigo, mas vc entende que não haveria +150km de metrô em 10 anos só por causa destes impostos, né? Até porque a malha paulista tem umas boas décadas, não chega na metade disso e, como o Bourne bem lembrou, as tributações sempre foram elevadas.

No caso da desoneração da gasolina, me corrijam se eu estiver enganado, só a parte que cabia ao Governo Federal foi tirada. O grosso da tributação vem dos governos estaduais.
Não me recordo qual o percentual deste imposto, mas sei que a Petrobrás vem perdendo dinheiro vendendo gasolina com preço abaixo da média e ainda assim pagamos muito alto nos combustíveis.

Sobre os automóveis creio que nem é preciso comentar. As pessoas usam (e continuarão usando) porque o transporte público é uma droga e não porque carros são financeiramente viáveis.

[rodrigo]

Não em grande parte dos Estados Unidos, Austrália e Canadá em que carro é tão comum e necessário quando celular e notebook.

Nesses países há opção de transporte público. Nas principais metrópoles, o metrô transporta mais da metade da população. Cidades do porte de São Paulo, como Nova Iorque, Chicago e Toronto, tem malha metroviária superior à do Brasil inteiro! Além de uma malha viária, urbana e interestadual, muito superior à nossa. Não há como comparar o Brasil com esses países. Nos EUA e Canadá, só viaja em estrada quem quer, as empresas de ônibus tem pequena participação no mercado interestadual, e o avião e trem dominam.

Eu entendo o que quis dizer, Rodrigo, mas vc entende que não haveria +150km de metrô em 10 anos só por causa destes impostos, né? Até porque a malha paulista tem umas boas décadas, não chega na metade disso e, como o Bourne bem lembrou, as tributações sempre foram elevadas.

A maioria do que o Brasil não tem, e precisa, é por causa da má gestão e corrupção. Sou contra o incentivo à aquisição de novos veículos automotores. Dentro de poucos anos não haverão malha viária, estacionamento e combustível para tantos veículos. Por isso que os países que planejam para o futuro apostam em massa no transporte coletivo e veículos elétricos. O brasileiro da classe média pra cima é caipira em relação à automóvel, enxergando nisso um símbolo de status ou evolução social.