http://www.youtube.com/watch?v=ceHuD5IXCiE
http://www.youtube.com/watch?v=tgymnEoA3wY
Moderador: Conselho de Moderação
NettoBR escreveu:João Barone lançando o livro "1942 - O Brasil e sua Guerra Quase Desconhecida".
Entrevista começa em 13:27min.
http://www.youtube.com/watch?v=4wMG3E5zG0I
wagnerm25 escreveu:Estive recentemente em Berlim e tive oportunidade de fazer uma visita guiada ao Reichstag. Nesse visita, passa-se na frente da entrada do gabinete da Angela Merkel e na ante-sala os alemães preservaram inscrições que os soviéticos fizeram em maio de 1945 por ocasião da queda de Berlim. Segundo a guia, a preservação é para que nunca se esqueça do preço que a Alemanha pagou pelo totalitarismo.
pt escreveu:Num outro tópico, surgiu a questão dos armamentos e da superioridade do armamento alemão como justificação da superioridade das armas alemãs na primeira fase da guerra.
Normalmente esquecemos as datas em que os sistemas de armas entraram ao serviço e por isso há alguma confusão.
O chamado Tiger-B (que os ingleses chamaram de King Tiger e os alemães apodaram depois do fim da guerra de Koenigstiger) que na realidade era o PzKpfw VI-B é uma viatura que entrou ao serviço no outono de 1944 (por volta de Setembro/Outubro).
Já se combatia na França e estava em curso a maior operação a leste «Bagration».
É absolutamente irrelevante que o «King Tiger» fosse pesado ou bem armado. A verdade é que ele foi produzido em números tão pequenos que a sua utilidade foi mínima.
Nessa fase, o que realmente ajudou os alemães foram os caça-tanques, entre os quais se destaca o pequeno Hetzer, fabricado na Checoslováquia e as várias derivações do PzKpfw-IV convertidas em caça-tanques:
Hetzer : http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/TER.aspx?nn=77
PzKpfw IV : http://www.areamilitar.net/DIRECTORIO/ter.aspx?NN=79
Já na primeira fase da guerra, os alemães como disse anteriormente, estavam equipados com carros de combate inferiores aos dos outros países.
Temos tendência a reforçar a ideia dos polacos a atacar tanques com cavalos, mas esquecemos que os tanques leves polacos estavam melhor armados que os alemães.
Temos tendência a esquecer que o exército da França também era um exército altamente mecanizado, com armas blindadas bastante mais poderosas que as dos alemães.
O que contou do lado alemão foram as táticas utilizadas.
Os tanques alemães fugiam ao confronto com outros tanques e preocupavam-se em avançar a todo o custo, muitas vezes sabendo que corriam o risco de ficar cercados (o que aconteceu inumeras vezes).
Quando ficavam cercados, os alemães não paravam, mas utilizavam os Stuka para atacar as tropas que lhes cortavam os abastecimentos. Atrás vinha a infantaria e a logística alemã.
Como os franceses tinham um sistema logístico completamente obsoleto, eles não tinham como reparar os seus tanques, nem como reabastece-los devidamente.
Os franceses tinham unidades blindadas e tinham meios de reabastecimento de combustível, mas como os generais não acreditavam que as unidades se movimentassem por grandes extensões de terreno, o reabastecimento seria sempre o disponível para a divisão ou batalhão. Quando a reserva da unidade se esgotava, não havia como repor o combustível.
Na frente leste em 1941, os russos nem capacidade de reabastecimento ao nível de divisão tinham. Eles tinham o combustível que tinham nos depósitos e absolutamente mais nada. Por isso, ficaram parados no primeiro dia centenas de tanques.
Todos os tanques alemães tinham rádio.
Na França apenas os comandantes de companhia tinham. O resto das comunicações era feito por bandeiras.
Os militares russos quando recebiam tanques, a primeira coisa que faziam era remover o rádio, porque podiam aproveitar o espaço que ele ocupava dentro do tanque.
Como eles não utilizavam o rádio não havia problema.
Quando começou a guerra, o principal problema dos russos foi não saberem onde estavam as suas tropas e as tropas receberem ordens por estafetas, que chegavam atrasadas (o mesmo aconteceu na França).
A rapidez dos avanços alemães, nada teve que ver com a rapidez dos carros blindados.
Eles era rápidos porque recebiam as ordens na hora atraves de rádio. O inimigo reagia muito muito tarde, depois de receber ordens enviadas por estafetas.
Nessa altura os alemães já tinham ultrapassado os obstáculos e tinham iniciado uma nova ofensiva.
Na França este tremendo diferencial na rapidez da transmissão de ordens, não se notou nos primeiros dois dias. Mas quando se rompeu a linha de defesa em Sedan, foi o descalabro.
Daqui a minha conclusão, de que o meio mais estratégico e mais importante para a Alemanha na primeira fase da guerra, não disparava, não tinha munição e não podia atacar o inimigo.
Mas foi o mais devastador de todos: A rapidez da comunicação, dada pela utilização massiva de rádios a todos os níveis da estrutura.
Cumprimentos
Aliás, talvez não tenha sido coincidência que o general Guderian, apesar de ser originariamente oficial da arma de infantaria, passou grande parte de seu serviço na Grande Guerra em unidades de comunicações, especializando-se em transmissão por rádio.pt escreveu:Todos os tanques alemães tinham rádio.
Na França apenas os comandantes de companhia tinham. O resto das comunicações era feito por bandeiras.
Os militares russos quando recebiam tanques, a primeira coisa que faziam era remover o rádio, porque podiam aproveitar o espaço que ele ocupava dentro do tanque.
Como eles não utilizavam o rádio não havia problema.
(...)
A rapidez dos avanços alemães, nada teve que ver com a rapidez dos carros blindados.
Eles era rápidos porque recebiam as ordens na hora atraves de rádio. O inimigo reagia muito muito tarde, depois de receber ordens enviadas por estafetas.
(...) Mas foi o mais devastador de todos: A rapidez da comunicação, dada pela utilização massiva de rádios a todos os níveis da estrutura.
Quem não se comunica, se trumbica!