LeandroGCard escreveu:Exato, é somente um exercício de imaginação, então estamos livres para montar o cenário que quisermos... .gabriel219 escreveu: Problema nenhum. Só discutindo como venceríamos a Venezuela.
Abs.
Agora Gabriel, sinto dizer que seu cenário ficou tão semelhante aos programas militares do Discovery Channel que perdeu até a graça. Tudo do nosso lado é perfeito, está disponível, dá certo e é arrasador para o inimigo. Por outro lado tudo para o lado do inimigo é incompetência, falta de disponibilidade e falta de iniciativa ou de imaginação. Só alguns pontos para exemplificar:
- Os Sukhoi venezuelanos foram recebidos entre 2006 e 2007. Se até hoje, seis anos depois, ainda não há pilotos para eles, então porque estão cogitando a aquisição de mais um lote? E se nossos AMX e A-1 podem operar à noite, efetuando até reabastecimento aéreo, porque os Sukhoi deles não podem? E porquê supor que nossos aviões estarão todos em operação (aliás, os Mirage-2000 não estariam) mas eles teriam apenas os F-5?
- Se podemos atacar as bases venezuelanas, porque os venezuelanos não atacariam nossa base em Manaus? Seus Sukhoi tem alcance para isso e operam o míssil Kh-29, com alcance de até 30 km. Não temos defesa contra este tipo de míssil.
- Nossos F-5 dificilmente conseguiriam acompanhar os A-1M em qualquer missão. Os AMX tem raio de ação de mais de 800 Km, enquanto os F-5 mal chegam a metade disso. O percurso que você colocou com mais de 2.000 km forçariam os F-5 a serem abastecidos diversas vezes (e os AMX pelo menos duas), a maioria sobre território estrangeiro ou inimigo. Quem protegeria nossos aviões de abastecimento dos caças venezuelanos? Como os AMX e F-5 sobreviveriam aos Sukhoi durante os reabastecimentos? Se supormos que a Colômbia iria nos ajudar diretamente com seus caças aí já estaríamos forçando ainda mais a coisa à nosso favor, vamos então colocar logo a USAF do nosso lado também.
- Os sistemas de AAe dos venezuelanos dificilmente estariam protegendo sua capital ao invés de suas bases aéreas, pelo simples motivo de que não temos condições de efetuar ataques estratégicos significativos apenas com AMX e F-5. Se tivéssemos uma frota de B-52, B-1 e B-2 do nosso lado poderíamos pensar em bombardear Caracas com algum efeito prático, mas sem isso qualquer militar venezuelano saberia que imobilizar seus recursos para proteger a capital seria uma grande bobagem. Melhor deixar que a atacássemos se quiséssemos, pois não causaríamos nenhum dano à capacidade de combate da Venezuela, mas aí o Brasil poderia ser apresentado como um inimigo desleal e covarde que ataca civis, o que só ajudaria o lado dos venezuelanos.
- Os venezuelanos dificilmente precisariam fazer avanços lentos, dependendo de reconhecimento por terra. Eles já operam vários drones de reconhecimento com alcance de mais de 100 km, e estão planejando a produção local deles. Mais fácil eles descobrirem nossas posições antes e atacarem nossa artilharia com seus K8W protegidos pelos Sukhoi.
- Tucanos e Mi-24 tem pouca chance de sobreviver a ataques contra colunas venezuelanas em avanço, pois estas são protegidas por mísseis IGLA.
- Posicionar as baterias de Astros em posições avançadas próximas à fronteira ou até dentro do território venezuelano seria um convite para que os venezuelanos as destruíssem com ataques de comandos, de K-8W, de OV-10 ou de helis de ataque.
-Mísseis anti-navio para os AMX ainda não estão no planejamento. Provavelmente estarão em breve, mas não ficarão disponíveis antes do MAN-1 naval estar em produção, o que com sorte acontecerá apenas em 2018. AMX com MAN-1 de lançamento aéreo no mínimo lá para 2020, quando a força de Sukhoi da Venezuela deverá ter já recebido mais MK-30 além de SU-35.
Veja bem, não estou dizendo que não venceríamos uma guerra contra a Venezuela, mas duvido muitíssimo que seria o “passeio no parque” que parece no seu cenário. Principalmente porque a Venezuela se preparou para ataques aéreos da USAF e da USN, e você está prevendo que a FAB quase sozinha conseguiria dobrá-la com extrema facilidade. Isso não me parece nem um pouco realista.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Leandro, quebrados do jeito que estão, mendigando papel higiênico e alimentos básicos Acho que não viu, e digo mais, acabou o período de compras de armamentos na Venezuela, só receberão os que já estão contratados. Além do que os pagamentos futuros com "petroMONEY" já estão totalmente comprometidos.