gabriel219 escreveu:
O F-414M talvez?
Seria um Mako turbinado (literalmente
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).
Quando ao SH.........
![Forca [002]](./images/smilies/002.gif)
Não seria não, cupincha. Já postei trocentas vezes a respeito mas, em respeito a estares há relativamente pouco tempo entre nós e seres um - em minha opinião - excelente forista, interessado e pesquisador, vou retomar. A minha idéia é fundamentada em:
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A relação cada vez mais estreita entre a EMBRAER e a BOEING é escancarada, quase escandalosa. Alguns de nós podem ser tão antiamericanos quanto quiserem mas dificilmente deixarão de reconhecer que o mercado ianque sempre foi - e ainda é e será por muito tempo - o grande sustentáculo da EMBRAER. Ela jamais chegaria ao tamanho que chegou prescindindo dele (tentou melhorar este quadro usando a China e viram no que deu, esperavam vender horrores e quando se deram conta a máquina de xerox já estava funcionando e os caras já de olho nos 170/195). Não é à toa que grande parte das peças e partes de seus aviões são "Made in USA", incluindo turbinas e aviônicos. Compra-se para poder vender...
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A Presidente Dilma, ao contrário do Presidente Lula, é uma PRAGMÁTICA. Vê a Europa continuando a afundar e os EUA se reerguendo, não importa o que diz a "esquerda" de lá. Se esse treco do xisto der mesmo certo, podemos contar (eu
DUVIDAVA ATÉ A MORTE há pouco mais de um ano, reconheço) podemos contar que os caras vão estar BEM no topo outra vez. E vêem um enorme e promissor mercado ao sul do Rio Grande, onde desponta, sedutor, um Brasil cada vez menos interessado em produzir e vender produtos industrializados com tecnologia de ponta, preferindo commodities. Uma das raras e honrosas exceções a este lastimável
status quo é precisamente a EMBRAER.
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E aí um hiato: há manifesto interesse da BOEING no nosso 390 (nem tão nosso, eis que há uma porção de partes ianques, já começando pela propulsão). Bueno, há montes de Hércules - da Lockheed-Martin, concorrente da BOEING - necessitando substituição. O Juliet, por mais que se alardeie, é claramente inferior em desempenho - e bobear, custos - e capacidades ao 390, além de seu design já dar mostras de obsolescência. Uma associação em torno deste produto, uma versão BOEING-EMBRAER (ou EMBRAER-BOEING) KC-390 teria um impacto fortíssimo no maior mercado do mundo. Aliás, a EMBRAER anunciou uma notícia bombástica a ser dada em Le Bourget. Teria a ver com isso?
The company is also is expected to announce a development in its relationship with Boeing at next-week’s air show. The pair have been partnered since last year to jointly study the market for Embraer’s KC-390 aerial refueler/transport . Aguiar says the technical work has gone “very well.”
The first of two KC-390 prototypes is expected to roll out late next year.
With critical design review complete, Embraer has released the drawings to the supply chain, which has, in turn, begun fabricating parts.
Embraer is expected to make an announcement about the way forward for the KC-390 at next week’s air show.
http://www.aviationweek.com/Blogs.aspx? ... 28cadb0aec
Convenhamos, pode ser viagem minha e eles apenas anunciarem um primeiro cliente mas...
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A meu ver, a BOEING não lançou na mesa a carta que seria talvez decisiva: a produção ou simples montagem/manutenção da F-414 na planta da GE-Celma (talvez dificuldades de fazer um acordo com a GE, tipo montar uma nova linha para menos de uma centena de turbinas), o que baratearia os custos para nós, afinal, não se teria de mandar vir todas as peças dos EUA nem mandar turbinas inteiras para lá quando fosse necessário manutenir em maior grau. E com o bônus de que acabaria se formando uma cadeia de fornecedores aqui mesmo, até por questão de economia (competitividade) para a própria GE. Talvez a pequena quantidade de Super Hornets a ser possivelmente encomendada crie empecilhos a isso. Lotes adicionais, na forma de OPÇÕES, poderiam ajudar mas ainda assim a quantidade de turbinas ainda seria moderada demais, sempre A MEU VER. Mas e se:
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A EMBRAER recebesse sinal verde do GF para desenvolver um substituto para o AMX? Um que conservasse (e aperfeiçoasse) o que ele tem de melhor e adicionasse capacidades adicionais (5G). Aliás, cabe aí minha definição pessoal de 5G:
1 - A aeronave precisa ser "limpa", ou seja,
bomb-bays/missile-bays embora com capacidade para pilones, quando possível usá-los.
2 - Seu design deveria privilegiar formas furtivas mas sem as caríssimas excentricidades ianques. Parece que o CTA trabalha há anos com RAM. Bueno, este, em forma de MATERIAL, seria empregado de forma permanente apenas em áreas internas (como na estrutura, ao redor da propulsão, etc) onde fosse suficientemente durável para compensar. Em outras, como as entradas de ar (notar aquelas cromadas do AMX, devem ser uma delícia para um operador de radar) deveria haver a versão comum, para uso em tempos de paz, substituível por outras feitas de RAM, para operações de guerra. O restante seria RAM na forma de PINTURA e eventualmente PAINÉIS em áreas críticas, a serem utilizados apenas em ações REAIS e apenas enquanto necessários (se degradam rápido, só os ianques mesmo para usar coisas assim em tempos de paz, não é à toa que seus F-22/35 são tão problemáticos e caros de operar, imaginem ter que trocar partes danificadas/pintura degradada o tempo todo, disponibilidade cai lá embaixo e não se precisa disso para TREINAR. É por isso que prefiro chamá-los de CAÇAS DE OPERAÇÕES ESPECIAS - eles os chamam de CAÇAS DO PRIMEIRO DIA. Isso, ao menos para mim, não é nem nunca foi 5G, sendo perfeitamente dispensável a partir do momento em que as defesas aérea e antiaérea das Forças Adversas estiverem derrotadas. Aí é deixar de lado a pintura RAM, botar os pilones e PAU NOS MENDIGOS!
3 - A aeronave precisa ser biplace, com o 2P para controlar pelo menos um par de UAVs/UCAVs, que fariam, sob supervisão humana (data-link), o trabalho mais perigoso, proporcionando uma segurança extra à aeronave tripulada.
4 - Supercruise é um
must para
CAÇAS 5G, aos quais o que interessa é chegar à NEZ de seus mísseis o mais rápido possível e ampliá-la ao imprimir uma maior velocidade inicial, a seguir disparar e dar no pé; para
AVIÕES DE ATAQUE isso é contraproducente pois, além de gerarem distorções atmosféricas que seriam notadas por meros radares meteorológicos (mesmo não podendo RASTREAR, se saberia ao menos que um ataque está vindo e de onde) isso ainda aumenta uma barbaridade a emissão IR por atrito com o ar. Não é à toa que simplesmente TODOS os aviões furtivos DE ATAQUE atualmente em uso e mesmo em projeto pelos EUA são e serão subsônicos.
5 - Para CAÇAS, as ROE vão no sentido de uma identificação positiva da natureza hostil do alvo, o que leva, na prática, o combate à beira da arena WVR, mesmo dispondo de AMRAAMs capazes de acertar um alvo muito mais distante. Fico impressionado que ainda não estejam em uso sistemas como aquele antigo telescópio usado pelos já fora de serviço F-14, que permitiam identificar o alvo BEM de longe. Com a atual tecnologia de processamento digital de imagens, deveria haver algo assim a bordo, eis que, por alguma razão, ninguém confia inteiramente em sistemas IFF.
6 - Consciência situacional elevadíssima, de modo ao(s) tripulante(s) ter(em) uma idéia exata de onde está(ão), onde estão os companheiros e onde está o inimigo e outras fontes de perigo, além das demais informações concernentes à missão, tudo isso em forma de dados facilmente acessíveis e em forma simples. Se terá que investir MUITO em hardware e capacidade de processamento, claro.
7 - Como um tripulante só possui duas mãos e dois pés e apenas cinco dedos em cada mão (essa capacidade dobra se houver um 2P), há que se esforçar muito na tecnologia de comandos por voz.
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Em linhas gerais, é como vejo tanto um CAÇA quanto um AVIÃO DE ATAQUE 5G. Certamente há mais requisitos mas me contento com estes para explicar minha visão. Bueno, falo de um HI-LO-MIX tendo, como parece se encaminhar, o Super Hornet com HI. O "pulo do gato" - sempre A MEU VER - seria um substituto do AMX e nada a ver com MAKOs e T-50s, seria um AVIÃO DE ATAQUE 5G, mantendo a excelente capacidade do AMX para operar baixo e em péssimas condições meteorológicas (que degradam os sensores das defesas inimigas). O GF deveria lançá-lo mais ou menos do mesmo modo que o Super Tucano, ou seja, com uma grande encomenda já garantida (se não me engano foram 99 STs). Isso ajudaria bastante como argumento para a GE se interessar pelo negócio, seriam turbinas para DUAS aeronaves diferentes e não apenas UMA.
É a minha opinião. Se
TEM que ser Super Hornet, dava para pegar este limão e fazer uma limonada das buenas. Viraria até caipirinha com uns GROWLERs mais adiante...
PS.: mesmo tendo quotado o colega/amigo Gabriel, o post é extensivo a todos os colegas, como sempre...
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