Geopolítica Brasileira
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Re: Geopolítica Brasileira
Aliança do Pacífico surge como bloco regional "pragmático"
Entidade formada por Chile, Colômbia, México e Peru procura evitar comparações, mas pragmatismo colide com a visão mais ideológica do grupo sul-americano
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo ... 48354.html
Ameaça ao Mercosul?24/05/2013 | 12h13Atualizada em 24/05/2013 | 21h48
Léo Gerchmann
leo.gerchmann@zerohora.com.br
Se você observar o mapa da América Latina, do sul chileno ao norte mexicano, terá a impressão de que Chile, Colômbia, México e Peru, unidos no bloco chamado Aliança do Pacífico, tratam de dominar a economia da região pelas bordas, esvaziando o protagonismo do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Essa é a leitura que alguns analistas fazem da entidade que surge com o propósito de ser "pragmática" para se tornar opção de livre mercado, conforme diz protocolo lavrado quinta-feira em Cali, na Colômbia.
— Eles disseram que querem ser pragmáticos. É tudo que o Mercosul não é. O Mercosul e a Unasul caem de importância na medida em que esse tipo de bloco surge. E repara bem: eles já virão abraçados com o grande mercado dos Estados Unidos, enquanto o Mercosul, um órgão cada vez mais político, fica aqui parado nessa retórica que rejeita a liberalização econômica — diz João Paulo Peixoto, especialista em política internacional da Universidade de Brasília (UnB).
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também é presidente pro tempore do novo bloco, carregou nas tintas ao dizer que o órgão será "dinâmico" e, sem se prender a preconceitos ideológicos, transformar-se no "motor da região". O objetivo é eliminar 90% das tarifas externas entre seus integrantes e criar uma zona de livre comércio.
— O Mercosul tem sua importância para a região, e esse bloco do pacífico não é uma ameaça. Vai favorecer o comércio entre seus integrantes, entre eles e o Mercosul e também com outros países — pondera Antônio Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais também da UnB, em um claro debate acadêmico que já se inicia.
Ciente da polêmica, Juan Manuel Santos saiu a público na noite de quinta-feira para dizer que a Aliança do Pacífico não representa uma "força política" que irá se contrapor ao Mercosul. Não buscará será um "contraponto" a outros blocos.
— A aliança é uma iniciativa de integração que não pretende competir com outros mecanismos de integração política ou econômica que existam no continente — ressalvou Santos, em entrevista coletiva.
Também com o nítido objetivo de evitar interpretações negativas ao Mercosul, o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse à "não tira o sono" do Brasil.
— O mundo é cheio de concorrência, não há antagonismo — disse ele.
Aliança do Pacífico
Chile, Colômbia, Peru e México
População: 209 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 2 trilhões
Mercosul
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai (suspenso, mas na iminência de retornar) e Venezuela
População: 279 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 3,3 trilhões
Entidade formada por Chile, Colômbia, México e Peru procura evitar comparações, mas pragmatismo colide com a visão mais ideológica do grupo sul-americano
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/mundo ... 48354.html
Ameaça ao Mercosul?24/05/2013 | 12h13Atualizada em 24/05/2013 | 21h48
Léo Gerchmann
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Se você observar o mapa da América Latina, do sul chileno ao norte mexicano, terá a impressão de que Chile, Colômbia, México e Peru, unidos no bloco chamado Aliança do Pacífico, tratam de dominar a economia da região pelas bordas, esvaziando o protagonismo do Mercosul e da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
Essa é a leitura que alguns analistas fazem da entidade que surge com o propósito de ser "pragmática" para se tornar opção de livre mercado, conforme diz protocolo lavrado quinta-feira em Cali, na Colômbia.
— Eles disseram que querem ser pragmáticos. É tudo que o Mercosul não é. O Mercosul e a Unasul caem de importância na medida em que esse tipo de bloco surge. E repara bem: eles já virão abraçados com o grande mercado dos Estados Unidos, enquanto o Mercosul, um órgão cada vez mais político, fica aqui parado nessa retórica que rejeita a liberalização econômica — diz João Paulo Peixoto, especialista em política internacional da Universidade de Brasília (UnB).
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também é presidente pro tempore do novo bloco, carregou nas tintas ao dizer que o órgão será "dinâmico" e, sem se prender a preconceitos ideológicos, transformar-se no "motor da região". O objetivo é eliminar 90% das tarifas externas entre seus integrantes e criar uma zona de livre comércio.
— O Mercosul tem sua importância para a região, e esse bloco do pacífico não é uma ameaça. Vai favorecer o comércio entre seus integrantes, entre eles e o Mercosul e também com outros países — pondera Antônio Jorge Ramalho, especialista em relações internacionais também da UnB, em um claro debate acadêmico que já se inicia.
Ciente da polêmica, Juan Manuel Santos saiu a público na noite de quinta-feira para dizer que a Aliança do Pacífico não representa uma "força política" que irá se contrapor ao Mercosul. Não buscará será um "contraponto" a outros blocos.
— A aliança é uma iniciativa de integração que não pretende competir com outros mecanismos de integração política ou econômica que existam no continente — ressalvou Santos, em entrevista coletiva.
Também com o nítido objetivo de evitar interpretações negativas ao Mercosul, o assessor internacional da Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse à "não tira o sono" do Brasil.
— O mundo é cheio de concorrência, não há antagonismo — disse ele.
Aliança do Pacífico
Chile, Colômbia, Peru e México
População: 209 milhões de habitantes
PIB conjunto: US$ 2 trilhões
Mercosul
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai (suspenso, mas na iminência de retornar) e Venezuela
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Geopolítica Brasileira
É claro, um lado é um bloco político e o outro é um bloco econômico.
Teoricamente, o Mercosul é político E econômico, mas atualmente só se sustenta na política mesmo.
Pra mim, ele já está num estado que ou vai ou racha. Ou aprofunda a integração, vira uma UE da vida, ou então que se acabe, ou vire apenas um TLC entre os membros, sem nenhuma amarra adicional.
Teoricamente, o Mercosul é político E econômico, mas atualmente só se sustenta na política mesmo.
Pra mim, ele já está num estado que ou vai ou racha. Ou aprofunda a integração, vira uma UE da vida, ou então que se acabe, ou vire apenas um TLC entre os membros, sem nenhuma amarra adicional.
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Re: Geopolítica Brasileira
O Mercosul é bem mais econômico do que político. Observe que não conseguem fechar acordos e agir em conjunto na esfera internacional no âmbito político. O que é muito difícil mesmo a europa continua dividida politicamente com reticência em como agir na esfera internacional de forma coordenada.
Na América do Sul, os acordos são acima de tudo econômicos. O projeto político de integração que tinha como ator principal o Mercosul naufragou nos anos 1990. Uma das críticas é que o projeto de integração regional virou um monte de acordos bilaterais de liberalização comercial com alguma tendência a integração financeira e monetária, mas sem avanços no mesmo porte na esfera política. A principal faceta são os projetos de integração em infraestrutura que para chegar aos mercados regionais e permitir integração produtiva.
A América não vai virar uma UE. Está sim muito mais próximo de virar uma integração estilo asiática onde é econômica e financeira. O próprio mercosul caminhou para isso. Só falta oficializar. A vantagem é manter uma liberdade grande entre os membros e evitar os conflitos da construção de uma união política em que os países são heterogêneos.
Na América do Sul, os acordos são acima de tudo econômicos. O projeto político de integração que tinha como ator principal o Mercosul naufragou nos anos 1990. Uma das críticas é que o projeto de integração regional virou um monte de acordos bilaterais de liberalização comercial com alguma tendência a integração financeira e monetária, mas sem avanços no mesmo porte na esfera política. A principal faceta são os projetos de integração em infraestrutura que para chegar aos mercados regionais e permitir integração produtiva.
A América não vai virar uma UE. Está sim muito mais próximo de virar uma integração estilo asiática onde é econômica e financeira. O próprio mercosul caminhou para isso. Só falta oficializar. A vantagem é manter uma liberdade grande entre os membros e evitar os conflitos da construção de uma união política em que os países são heterogêneos.
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Re: Geopolítica Brasileira
Que se encerre esse bloco de merda logo, e que o Brasil estabeleça acordos bilaterais com os países ou blocos de seu interesse.
Brava Gente, Brasileira!!!
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Re: Geopolítica Brasileira
Vice de Obama busca "sintonizar" Brasil e EUA durante visita.
Pablo Uchoa
Da BBC Brasil em Washington
Figura política de peso no governo americano, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chega ao Brasil nesta quarta-feira com a missão de ampliar a sintonia entre os dois países, que têm vivido um período de reaproximação desde o início do governo de Dilma Rousseff.
O vice de Barack Obama deve impulsionar as discussões em temas como energia e ressaltar a importância do Brasil nas relações externas do seu país quando visitar o Rio e Brasília.
Biden, sublinham analistas, encabeçou no passado discussões importantes em temas domésticos, como a legislação de controle de armas, e carrega experiência em temas internacionais, por sua atuação, por exemplo, no envolvimento americano no Iraque, Afeganistão e Paquistão.
Portanto, sua escolha para uma visita que está sendo considerada “mais uma demonstração do compromisso americano com as nossas parcerias nas Américas”, como disse a jornalistas em Washington um alto funcionário do governo americano, é mais que meramente simbólica.
“No passado, o vice-presidente tinha uma função muito mais cerimonial, mas desde Al Gore (vice de Bill Clinton) essa figura tem extrapolado as expectativas”, disse à BBC Brasil o diretor do Instituto para o Estudo da Diplomacia na Universidade de Georgetown, em Washington, James Seevers.
“Recentemente, Gore, Cheney (Dick Cheney, vice de George W. Bush) e Biden se tornaram figuras muito importantes nos seus respectivos governos. Portanto, a visita do vice a um país estrangeiro transmite a mensagem de grande engajamento diplomático dos EUA”, avaliou.
Cooperação energética
Biden começou na segunda-feira, em Bogotá, capital da Colômbia, uma visita de cinco dias a três países do hemisfério. Na terça-feira, ele estará em Trinidad e Tobago, onde aproveitará para se reunir com líderes de todo o Caribe.
No Brasil, ele visitará na quarta-feira uma unidade da Petrobras no Rio de Janeiro. A Casa Branca informou que o vice-presidente discutirá a cooperação no campo energético com autoridades e dirigentes da petroleira brasileira.
Também estão agendados uma palestra de Biden em um evento para o público e encontros com as autoridades locais para tratar de segurança e inclusão social.
Já em Brasília, ele será recebido pela presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para, nas palavras do funcionário da Casa Branca, “discutir assuntos globais” e “a arquitetura da parceria que construímos juntos nos últimos quatro anos”.
Embora vagas, as palavras evocam o diálogo político de alto nível que os dois países têm travado em consultas sobre temas que incluem desde a agenda bilateral à guerra civil na Síria.
Trata-se de um sinal, aponta a Casa Branca, da posição privilegiada do Brasil no esforço do governo do presidente Barack Obama para melhorar as relações com a América Latina e o Caribe no seu segundo mandato.
Obama fez no mês passado uma viagem a México e Costa Rica e receberá, nas próximas duas semanas, seus colegas do Chile e Peru em visitas de trabalho.
Mas uma das poucas visitas de Estado que a Casa Branca agenda por ano foi reservada para a presidente Dilma Rousseff, que virá a Washington em outubro.
“Do nosso ponto de vista já alcançamos muito com o Brasil, mas achamos que podemos fazer muito mais”, disse o funcionário da Casa Branca.
‘Clube de potências’
O ex-deputado, ex-conselheiro para Comércio nos governos de Obama e Bush e diretor da Escola de Política Aplicada da Universidade George Washington, Mark Kennedy, acredita que a visita de Biden será um “convite” do governo americano para que o Brasil se veja como uma “potência global engajada em eventos globais”.
“O Brasil por muito tempo se viu como um observador dos eventos globais, sentado na lateral e criticando o que outros atores estão fazendo”, sustenta o analista. “O convite de Biden é para que o Brasil se sente à mesa e pense no papel que pode assumir de forma construtiva.”
Mark Kennedy, diretor da Escola de Política Aplicada da Universidade George Washington
Mas ele ressalva que os EUA querem ver o Brasil se envolvendo nesses temas não como um ator independente, e sim como participante do “clube de potências globais” onde são discutidos os problemas geopolíticos da atualidade.
Um exemplo dessa tensão ocorreu depois que o Brasil, então governado por Luiz Inácio Lula da Silva, e a Turquia costuraram um acordo com o Irã para tentar solucionar o impasse em relação ao programa nuclear iraniano.
Mark Kennedy – que não fala pelo governo americano, mas expressa uma visão comum em Washington – avalia que o desentendimento em torno do programa iraniano exemplifica o tipo de iniciativa destinado a fracassar nas relações internacionais.
Ele diz que o Brasil “botou o carro na frente dos bois, ao achar que era o único ator político, sem passar pela etapa de se juntar ao grupo coeso de países que regularmente se sentam à mesa e resolvem esses temas”.
“Ter essa história de independência pode ser positiva para alcançar algumas coisas, mas não é saudável vê-la como algo marginal e sim central, com os grandes atores, não como um outsider”, afirma.
“O Brasil por muito tempo se viu como um observador dos eventos globais, sentado na lateral e criticando o que outros atores estão fazendo”, sustenta o analista. “O convite de Biden é para que o Brasil se sente à mesa e pense no papel que pode assumir de forma construtiva.”
Superar a desconfiança
De lá para cá, os dois países recolocaram a sua relação nos eixos, em parte dado o perfil mais discreto do governo Dilma no cenário externo, em parte porque os EUA estiveram “olhando para dentro”, nas palavras de Mark Kennedy, desde o início da crise econômica.
“Agora, o governo americano percebeu que precisa se envolver mais com seus parceiros cruciais, e o Brasil é um deles”, afirma.
Porém, apesar das palavras cordiais que partem de ambos os lados, analistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que os dois países ainda carecem do tipo de sintonia política para criar uma relação bilateral especial.
A isso se somam disputas no campo do comércio e dos subsídios agrícolas e uma “falta generalizada de novas ideias” para refrescar o relacionamento, como costuma descrever o presidente emérito do Interamerican Dialogue, Michael Shifter.
A viagem de Biden, juntamente com a visita de de Dilma aos EUA, seria uma tentativa de reverter essa situação.
“Não há dúvida de que o governo brasileiro está ampliando mais e mais (a sua influência no mundo) e que a expansão econômica do Brasil, do poder econômico do Brasil, reforça a ideia de que a atuação do Brasil seja vista como uma norma, em vez de uma exceção”, diz Mark Kennedy.
Fonte: BBC Brasil
http://www.planobrazil.com/vice-de-obam ... te-visita/
Pablo Uchoa
Da BBC Brasil em Washington
Figura política de peso no governo americano, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chega ao Brasil nesta quarta-feira com a missão de ampliar a sintonia entre os dois países, que têm vivido um período de reaproximação desde o início do governo de Dilma Rousseff.
O vice de Barack Obama deve impulsionar as discussões em temas como energia e ressaltar a importância do Brasil nas relações externas do seu país quando visitar o Rio e Brasília.
Biden, sublinham analistas, encabeçou no passado discussões importantes em temas domésticos, como a legislação de controle de armas, e carrega experiência em temas internacionais, por sua atuação, por exemplo, no envolvimento americano no Iraque, Afeganistão e Paquistão.
Portanto, sua escolha para uma visita que está sendo considerada “mais uma demonstração do compromisso americano com as nossas parcerias nas Américas”, como disse a jornalistas em Washington um alto funcionário do governo americano, é mais que meramente simbólica.
“No passado, o vice-presidente tinha uma função muito mais cerimonial, mas desde Al Gore (vice de Bill Clinton) essa figura tem extrapolado as expectativas”, disse à BBC Brasil o diretor do Instituto para o Estudo da Diplomacia na Universidade de Georgetown, em Washington, James Seevers.
“Recentemente, Gore, Cheney (Dick Cheney, vice de George W. Bush) e Biden se tornaram figuras muito importantes nos seus respectivos governos. Portanto, a visita do vice a um país estrangeiro transmite a mensagem de grande engajamento diplomático dos EUA”, avaliou.
Cooperação energética
Biden começou na segunda-feira, em Bogotá, capital da Colômbia, uma visita de cinco dias a três países do hemisfério. Na terça-feira, ele estará em Trinidad e Tobago, onde aproveitará para se reunir com líderes de todo o Caribe.
No Brasil, ele visitará na quarta-feira uma unidade da Petrobras no Rio de Janeiro. A Casa Branca informou que o vice-presidente discutirá a cooperação no campo energético com autoridades e dirigentes da petroleira brasileira.
Também estão agendados uma palestra de Biden em um evento para o público e encontros com as autoridades locais para tratar de segurança e inclusão social.
Já em Brasília, ele será recebido pela presidente Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, para, nas palavras do funcionário da Casa Branca, “discutir assuntos globais” e “a arquitetura da parceria que construímos juntos nos últimos quatro anos”.
Embora vagas, as palavras evocam o diálogo político de alto nível que os dois países têm travado em consultas sobre temas que incluem desde a agenda bilateral à guerra civil na Síria.
Trata-se de um sinal, aponta a Casa Branca, da posição privilegiada do Brasil no esforço do governo do presidente Barack Obama para melhorar as relações com a América Latina e o Caribe no seu segundo mandato.
Obama fez no mês passado uma viagem a México e Costa Rica e receberá, nas próximas duas semanas, seus colegas do Chile e Peru em visitas de trabalho.
Mas uma das poucas visitas de Estado que a Casa Branca agenda por ano foi reservada para a presidente Dilma Rousseff, que virá a Washington em outubro.
“Do nosso ponto de vista já alcançamos muito com o Brasil, mas achamos que podemos fazer muito mais”, disse o funcionário da Casa Branca.
‘Clube de potências’
O ex-deputado, ex-conselheiro para Comércio nos governos de Obama e Bush e diretor da Escola de Política Aplicada da Universidade George Washington, Mark Kennedy, acredita que a visita de Biden será um “convite” do governo americano para que o Brasil se veja como uma “potência global engajada em eventos globais”.
“O Brasil por muito tempo se viu como um observador dos eventos globais, sentado na lateral e criticando o que outros atores estão fazendo”, sustenta o analista. “O convite de Biden é para que o Brasil se sente à mesa e pense no papel que pode assumir de forma construtiva.”
Mark Kennedy, diretor da Escola de Política Aplicada da Universidade George Washington
Mas ele ressalva que os EUA querem ver o Brasil se envolvendo nesses temas não como um ator independente, e sim como participante do “clube de potências globais” onde são discutidos os problemas geopolíticos da atualidade.
Um exemplo dessa tensão ocorreu depois que o Brasil, então governado por Luiz Inácio Lula da Silva, e a Turquia costuraram um acordo com o Irã para tentar solucionar o impasse em relação ao programa nuclear iraniano.
Mark Kennedy – que não fala pelo governo americano, mas expressa uma visão comum em Washington – avalia que o desentendimento em torno do programa iraniano exemplifica o tipo de iniciativa destinado a fracassar nas relações internacionais.
Ele diz que o Brasil “botou o carro na frente dos bois, ao achar que era o único ator político, sem passar pela etapa de se juntar ao grupo coeso de países que regularmente se sentam à mesa e resolvem esses temas”.
“Ter essa história de independência pode ser positiva para alcançar algumas coisas, mas não é saudável vê-la como algo marginal e sim central, com os grandes atores, não como um outsider”, afirma.
“O Brasil por muito tempo se viu como um observador dos eventos globais, sentado na lateral e criticando o que outros atores estão fazendo”, sustenta o analista. “O convite de Biden é para que o Brasil se sente à mesa e pense no papel que pode assumir de forma construtiva.”
Superar a desconfiança
De lá para cá, os dois países recolocaram a sua relação nos eixos, em parte dado o perfil mais discreto do governo Dilma no cenário externo, em parte porque os EUA estiveram “olhando para dentro”, nas palavras de Mark Kennedy, desde o início da crise econômica.
“Agora, o governo americano percebeu que precisa se envolver mais com seus parceiros cruciais, e o Brasil é um deles”, afirma.
Porém, apesar das palavras cordiais que partem de ambos os lados, analistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que os dois países ainda carecem do tipo de sintonia política para criar uma relação bilateral especial.
A isso se somam disputas no campo do comércio e dos subsídios agrícolas e uma “falta generalizada de novas ideias” para refrescar o relacionamento, como costuma descrever o presidente emérito do Interamerican Dialogue, Michael Shifter.
A viagem de Biden, juntamente com a visita de de Dilma aos EUA, seria uma tentativa de reverter essa situação.
“Não há dúvida de que o governo brasileiro está ampliando mais e mais (a sua influência no mundo) e que a expansão econômica do Brasil, do poder econômico do Brasil, reforça a ideia de que a atuação do Brasil seja vista como uma norma, em vez de uma exceção”, diz Mark Kennedy.
Fonte: BBC Brasil
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Re: Geopolítica Brasileira
O SENTIDO DA INTEGRAÇÃO DA POLÍTICA PÚBLICA DO BRASIL NA AMÉRICA DO SUL
Resumo
No presente texto de investigação é realizada uma análise histórica e contemporânea da trajetória das políticas públicas brasileiras, especialmente as orientadas ao desenvolvimento regional, a fim de caracterizar o padrão de integração do território. A inflexão que se procura está na transformação da integração regional promovida tradicionalmente como meio de apropriação mercantil dos recursos, com forte exclusão social e transformação avassaladora do ambiente, buscando-se uma dinâmica mais intensa na geração de tecnologia, renda regional, inclusão social e limites de impacto ambiental. Para isso, a revisão bibliográfica percorre o histórico de integração econômica da América do Sul, através do caso brasileiro, cujos destaques são a escala econômica e a intervenção da política pública. A partir do histórico da integração regional, consideram-se algumas das características dos fatores produtivos do mercado do continente. A análise dos investimentos brasileiros e sul-americanos vigentes no Plano Mais Brasil (PMB 2012-2015) e na Agenda de Projetos Prioritários de Integração 2012 (API, 2011) mostra a conexão dos projetos, mas com traços do padrão histórico brasileiro de integração dos fatores de produção (terra, trabalho e capital) no que diz
respeito à falta de garantia da inclusão social e da preservação ambiental. O sentido que se procura relaciona-se à importância do processo econômico de integração regional, que passa pela construção de infraestrutura urbana, logística e produtiva, mas também por uma política pública brasileira ampla e articulada com os países do continente.
Palavras-chave: integração; fatores de produção; políticas públicas; Brasil; América do Sul.
Resumo
No presente texto de investigação é realizada uma análise histórica e contemporânea da trajetória das políticas públicas brasileiras, especialmente as orientadas ao desenvolvimento regional, a fim de caracterizar o padrão de integração do território. A inflexão que se procura está na transformação da integração regional promovida tradicionalmente como meio de apropriação mercantil dos recursos, com forte exclusão social e transformação avassaladora do ambiente, buscando-se uma dinâmica mais intensa na geração de tecnologia, renda regional, inclusão social e limites de impacto ambiental. Para isso, a revisão bibliográfica percorre o histórico de integração econômica da América do Sul, através do caso brasileiro, cujos destaques são a escala econômica e a intervenção da política pública. A partir do histórico da integração regional, consideram-se algumas das características dos fatores produtivos do mercado do continente. A análise dos investimentos brasileiros e sul-americanos vigentes no Plano Mais Brasil (PMB 2012-2015) e na Agenda de Projetos Prioritários de Integração 2012 (API, 2011) mostra a conexão dos projetos, mas com traços do padrão histórico brasileiro de integração dos fatores de produção (terra, trabalho e capital) no que diz
respeito à falta de garantia da inclusão social e da preservação ambiental. O sentido que se procura relaciona-se à importância do processo econômico de integração regional, que passa pela construção de infraestrutura urbana, logística e produtiva, mas também por uma política pública brasileira ampla e articulada com os países do continente.
Palavras-chave: integração; fatores de produção; políticas públicas; Brasil; América do Sul.
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Re: Geopolítica Brasileira
BRASIL: PRÓXIMA POTENCIA MILITAR
Fonte: http://www.esglobal.org/brasil-proxima-potencia-militar
Fonte: http://www.esglobal.org/brasil-proxima-potencia-militar
31 de mayo de 2013
Santiago Pérez*
Las capacidades militares de un Estado aumentan junto con su crecimiento económico y sus necesidades políticas. He aquí los múltiples motivos que impulsan el desarrollo militar brasileño.
Durante los últimos ocho años Brasil ha incrementado sus inversiones militares casi en un 500%. Si bien la economía brasileña ha crecido sustancialmente durante la última década, la pobreza continúa siendo la principal problemática social. ¿Por qué entonces destinar estos cuantiosos recursos a desarrollos militares? Una mirada estratégica a largo plazo, las nuevas necesidades derivadas del ascenso económico nacional, la defensa de las riquezas naturales y el posicionamiento brasileño dentro del concierto geopolítico global son, a grandes rasgos, algunas de las respuestas.
Para comenzar es necesario recordar que Brasil es un país con una extensa, diversa y rica geografía. Cuenta con una superficie de 8,5 millones de kilómetros cuadrados y 23.102 kilómetros de fronteras terrestres y marítimas. El país es propietario de las mayores reservas de agua dulce en todo el mundo, activo de incalculable valor en un mundo cada vez más sediento. Se estima que en la actualidad 1.000 millones de personas no tienen acceso al agua potable y es por esto que la administración del recurso acuífero será, sin dudas, uno de los grandes asuntos de la política internacional del siglo XXI. La Amazonia, considerada el pulmón del planeta, es un elemento de importancia para el equilibrio climático global por su inmensidad y características de su vegetación. Esta selva de 6 millones de kilómetros cuadrados se encuentra en un 63% dentro de territorio brasileño. El petróleo es otro recurso estratégico. Durante años el desarrollo industrial del país había estado cuestionado por su dependencia de la importación de combustibles. Tras años de inversión, la empresa estatal Petrobras ha encontrado importantes reservas submarinas en la cuenca denominada pre sal, la cual podría abastecer a cerca del 40% de la demanda petrolífera del país a medio plazo. La defensa y correcto monitoreo de tan amplia geografía requiere de una compleja logística la cual se encuentra dentro de la lógica de defensa nacional y es allí donde las Fuerzas Armadas cumplen un rol de gran importancia.
Al mismo tiempo, Brasil limita con 10 países a lo largo de 15.735 kilómetros. El incremento de los flujos migratorios como consecuencia del crecimiento económico y la problemática del contrabando requieren de una estricta vigilancia. Otro asunto delicado es el narcotráfico. Perú, Colombia y Bolivia, países que comparten límites con Brasil, son los tres principales productores de cocaína del mundo y Brasil es el segundo mayor consumidor mundial (solo superado por Estados Unidos). La frontera brasileña con estas naciones es de una accidentada geografía, atravesada por cadenas montañosas, múltiples ríos y áreas selváticas de difícil acceso. La imperiosa necesidad de fiscalizar esta permeable frontera es un factor más por el que el país precisa de unas Fuerzas Armadas a la altura de las circunstancias.
Es también interesante el modo en el que el incremento de los gastos de defensa arrastra el beneficio del derrame hacia el complejo militar e industrial. En el caso brasileño este fenómeno se ve materializado en el sector aeroespacial donde la empresa Embraer tiene el papel protagonista. La compañía cuenta con aeronaves de reconocimiento y vigilancia con tecnología del más alto nivel. En lo que respecta a transporte militar la empresa está desarrollado el más ambicioso de sus proyectos. Se trata del Embraer KC-390, un avión capaz de trasladar 21 toneladas, incluyendo vehículos blindados. La unidad gozará de prestaciones superiores a la de su competidor, el Lockheed Martin Super Hércules. Distintos Ejércitos latinoamericanos e inclusive europeos ya han mostrado su interés por la mencionada aeronave, quedando así demostrado como la inversión en tecnología armamentística puede derivar en exportaciones de bienes industriales de alto valor agregado.
Sin dudas las necesidades de la política exterior ocupan un lugar principal dentro de la estrategia de desarrollo militar. Por sus dimensiones geográficas, demográficas y económicas Brasil es el líder político natural de América del Sur. La supremacía militar en el ámbito regional es un factor de importancia para la consolidación de dicho liderazgo. No es casualidad que el Estado brasileño cuente con el mayor presupuesto de defensa de la región que triplica al de Colombia, su más inmediato perseguidor. Sucede que cuando de analiza sus objetivos, Brasilia observa más de cerca los pasos de otras potencias emergentes del planeta que los movimientos de sus vecinos. Los 31.576 millones de dólares que destina a su defensa lo posicionan como el décimo primer país que más invierte en dicho sector globalmente. El segundo del continente americano (detrás EE UU) y el sexto del hemisferio occidental. De estos números se desprende que la mirada de las autoridades brasileñas apunta más hacia el equilibrio de poder global que hacia la cuestión regional. La vocación es la de ocupar un espacio de importancia dentro del emergente sistema internacional multipolar. El asunto del statu quo del Consejo de Seguridad de Naciones Unidas también se encuentra sobre la mesa. Por ahora la discusión del actual modelo de cinco miembros permanentes heredado de la Segunda Guerra Mundial está cerrada. Una eficaz fuerza militar será una cuestión necesaria, pero no suficiente, para que una futura eventual apertura del órgano a nuevos integrantes contemple la posibilidad de incluir a Brasil.
La construcción de submarinos de propulsión nuclear, en cooperación tecnológica con Francia, ya se encuentra en marcha. La marina brasileña trabaja en su base de Itaguaí, ubicada en el estado de Río de Janeiro, desde donde operaran las unidades. Si bien se trata de un proyecto que no mostrará naves funcionales hasta después de 2020, demuestra que la visión es de largo plazo y que la Defensa es una real política de Estado y no la prioridad de una administración en particular. ¿Para que un submarino de propulsión nuclear? Los 7.367 kilómetros de costas y la protección de las riquezas minerales que allí descansan así lo requieren. Por otro la discusión por la soberanía o la explotación de los recursos en la Antártida podría abrirse a largo plazo (por el momento cualquier reclamo se encuentra congelado por el Tratado Antártico). En Itamaraty observan la cuestión del sexto continente como un asunto regional y no exclusivo de los países del Cono Sur, principalmente Argentina y Chile, quienes suelen referirse a la Antártida como un área sobre la cual sus derechos son los más legítimos.
Por último, y como consecuencia de los grandes eventos que Brasil albergará en los próximos años, las Fuerzas Armadas han cumplido una importante función en la escena interno. Río de Janeiro será sede de los Juegos Olímpicos en 2016. La necesidad de garantizar la seguridad en un evento de esta magnitud requiere la utilización de carros blindados de la Marina para dar soporte a las fuerzas policiales. La recuperación del control estatal en ciertas favelas, barrios hasta hace poco dominados por grupos de narcotraficantes, fue posible gracias al apoyo militar.
De todas formas si medimos el presupuesto de defensa en relación al PIB, Brasil invierte todavía muy poco, solo el 1,6%. Algunos ejemplos de países equivalentes así lo demuestran. India destina el 2,5%, Francia el 2,3%, Rusia el 4,4% y China el 2%. En otras palabras, los gastos brasileños tienen margen de crecimiento lo que abre un horizonte de posibilidades hacia el futuro. Como sucedió a lo largo de la historia con distintas potencias, las capacidades militares de un Estado aumentan junto con su crecimiento económico y sus necesidades políticas. Dentro de esta lógica, Brasil, no es una excepción.
*Santiago Pérez es licenciado en Relaciones Internacionales, analista político y columnista de una decena de medios gráficos y digitales del mundo de habla hispana.
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Re: Geopolítica Brasileira
Brasil - Equador - Preocupação com aproximação da Colômbia à OTAN
Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e do Equador, María Fernanda Espinosa, expressaram na quinta-feira "preocupação" pela aproximação da Colômbia à OTAN e destacaram que é um tema que deve ser discutido "em nível regional". "Evidentemente é um tema que nos preocupa, é um passo que está afastando a Colômbia, há preocupação", disse Espinosa em entrevista coletiva conjunta com Amorim em Quito.
"Acho que vamos empreender um diálogo, uma reflexão sobre isto para que estejamos todos melhor informados. Somos um espaço de integração comum na América do Sul e é importante que estes temas sejam discutidos, conversados em nível regional", completou.
Celso Amorim comentou que deve ser respeitada a soberania dos países, mas apontou que vê "com preocupação uma aproximação, no nível que seja, se é parceiro, se é membro, que seria, de um país da UNASUL, do Conselho de Defesa, com uma aliança defensiva militar extrarregional".
Na terça-feira passada o governo da Colômbia esclareceu que está interessado em ser "parceiro" e não membro da OTAN e definiu como "uma tempestade em um copo de água" a reação de alguns países da região a um anúncio sobre o tema feito pelo presidente Juan Manuel Santos no último sábado.
O ministro colombiano de Defesa, Juan Carlos Pinzón, comentou sobre a polêmica, que, segundo reconheceu, se originou em um problema de falta de "precisão" por parte da Colômbia.
Os governos da Venezuela, Nicarágua e Bolívia se pronunciaram de maneira muito crítica nos últimos dias sobre o inesperado anúncio de que a Colômbia assinará este mês um acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Santos disse que o acordo que será assinado tem como objeto "iniciar todo um processo de aproximação, de cooperação, com planos de também entrar nessa organização".
"A Colômbia não pode e não quer fazer parte da OTAN", ressaltou na terça-feira Pinzón, ao explicar que o propósito do governo "é ser um parceiro na cooperação, como são agora Austrália, Nova Zelândia, Japão, entre outros países".
No meio das críticas e acusações lançadas a Santos pelos governos da Bolívia, Venezuela e Nicarágua, Estados Unidos, cujo vice-presidente, Joe Biden, visitou Bogotá na semana passada, apoiou a Colômbia "como membro capaz e forte" em sua aproximação a "muitas organizações multilaterais", como, por exemplo, a OTAN.
Por sua vez, fontes da Aliança Atlântica disseram na segunda-feira à Agência EFE em Bruxelas que a Colômbia "não preenche os critérios geográficos" para ser membro e que por enquanto está sendo preparado um acordo que "permitiria a troca de informação classificada entre a Aliança e Colômbia" em "atividades específicas conjuntas".
http://www.defesanet.com.br/geopolitica ... bia-a-OTAN
Os ministros da Defesa do Brasil, Celso Amorim, e do Equador, María Fernanda Espinosa, expressaram na quinta-feira "preocupação" pela aproximação da Colômbia à OTAN e destacaram que é um tema que deve ser discutido "em nível regional". "Evidentemente é um tema que nos preocupa, é um passo que está afastando a Colômbia, há preocupação", disse Espinosa em entrevista coletiva conjunta com Amorim em Quito.
"Acho que vamos empreender um diálogo, uma reflexão sobre isto para que estejamos todos melhor informados. Somos um espaço de integração comum na América do Sul e é importante que estes temas sejam discutidos, conversados em nível regional", completou.
Celso Amorim comentou que deve ser respeitada a soberania dos países, mas apontou que vê "com preocupação uma aproximação, no nível que seja, se é parceiro, se é membro, que seria, de um país da UNASUL, do Conselho de Defesa, com uma aliança defensiva militar extrarregional".
Na terça-feira passada o governo da Colômbia esclareceu que está interessado em ser "parceiro" e não membro da OTAN e definiu como "uma tempestade em um copo de água" a reação de alguns países da região a um anúncio sobre o tema feito pelo presidente Juan Manuel Santos no último sábado.
O ministro colombiano de Defesa, Juan Carlos Pinzón, comentou sobre a polêmica, que, segundo reconheceu, se originou em um problema de falta de "precisão" por parte da Colômbia.
Os governos da Venezuela, Nicarágua e Bolívia se pronunciaram de maneira muito crítica nos últimos dias sobre o inesperado anúncio de que a Colômbia assinará este mês um acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Santos disse que o acordo que será assinado tem como objeto "iniciar todo um processo de aproximação, de cooperação, com planos de também entrar nessa organização".
"A Colômbia não pode e não quer fazer parte da OTAN", ressaltou na terça-feira Pinzón, ao explicar que o propósito do governo "é ser um parceiro na cooperação, como são agora Austrália, Nova Zelândia, Japão, entre outros países".
No meio das críticas e acusações lançadas a Santos pelos governos da Bolívia, Venezuela e Nicarágua, Estados Unidos, cujo vice-presidente, Joe Biden, visitou Bogotá na semana passada, apoiou a Colômbia "como membro capaz e forte" em sua aproximação a "muitas organizações multilaterais", como, por exemplo, a OTAN.
Por sua vez, fontes da Aliança Atlântica disseram na segunda-feira à Agência EFE em Bruxelas que a Colômbia "não preenche os critérios geográficos" para ser membro e que por enquanto está sendo preparado um acordo que "permitiria a troca de informação classificada entre a Aliança e Colômbia" em "atividades específicas conjuntas".
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- Sterrius
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Re: Geopolítica Brasileira
Se a america do sul tem preocupação da colombia se aproximar da OTAN que forneça as soluções que a colombia procura na Otan ao invés de apenas palavras.
O fato da Venezuela, Bolivia e Equador criticarem abertamente só reforça o quanto a Colômbia se sente cercada diplomaticamente. Logo mais que natural procurar ajuda do outro lado do atlântico ja que um certo gigante do continente não vai se intrometer, e quando muito ajuda os 3 países acima. (Como foi no caso da renovação das tropas americanas, criticou e não ofereceu nada em troca da não renovação).
O fato da Venezuela, Bolivia e Equador criticarem abertamente só reforça o quanto a Colômbia se sente cercada diplomaticamente. Logo mais que natural procurar ajuda do outro lado do atlântico ja que um certo gigante do continente não vai se intrometer, e quando muito ajuda os 3 países acima. (Como foi no caso da renovação das tropas americanas, criticou e não ofereceu nada em troca da não renovação).
- Boss
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Re: Geopolítica Brasileira
Em outras palavras, a Colômbia quer oficializar o status de capacho.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- suntsé
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Re: Geopolítica Brasileira
Cada país tem o direito de procurar o que é melhor para si. E a Colômbia ao meu ver tem mais motivos para procurar estreitar os laços com a OTAN do que com seus "vizinhos" cujos todos os seus movimentos de esquerda veem a FARC como heróis. E se depende sem do temperamento morno dos seus "amigos" do sul, as FARC ja teriam tomado o país inteiro.
Todos sabemos que o apoio financeiro e militar dos EUA contra as FARC foi fundamental para que a mesma perde-se folego e entrase em declínio.
É claro que outros potência vão fincar o pé solidamente aqui na AS, porque aqui a maioria dos países sabem falar muito e fazer pouco.
Todos sabemos que o apoio financeiro e militar dos EUA contra as FARC foi fundamental para que a mesma perde-se folego e entrase em declínio.
É claro que outros potência vão fincar o pé solidamente aqui na AS, porque aqui a maioria dos países sabem falar muito e fazer pouco.
- Sávio Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
O que deveria estar sendo feito por nosso querido e amado país. Mas ainda estamos deitados, sonolentos, eternamente, em berço esplendido.suntsé escreveu: É claro que outros potência vão fincar o pé solidamente aqui na AS, porque aqui a maioria dos países sabem falar muito e fazer pouco.
Ou seja, será necessário que uma potência venha lá do outro lado do mundo ou do hemisfério fazer o que o gigante ali do lado não fez.
- suntsé
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Re: Geopolítica Brasileira
È que somos anti-imperialistas, pacifistas, amantes da paz e do amor universal. Então no contexto psicológico da nossa mediucre liderança fortalecer as forças armadas, a Industria de defesa e Aéro-Espacial para suprir nossas necessidades de defesa. Reconhecer as FARC como um grupo terrorista, dar assistência financeira e militar para a Colômbia combater as FARC e o narco-trafico é coisa para países imperialistas sedentos de sangue...Sávio Ricardo escreveu:O que deveria estar sendo feito por nosso querido e amado país. Mas ainda estamos deitados, sonolentos, eternamente, em berço esplendido.suntsé escreveu: É claro que outros potência vão fincar o pé solidamente aqui na AS, porque aqui a maioria dos países sabem falar muito e fazer pouco.
Ou seja, será necessário que uma potência venha lá do outro lado do mundo ou do hemisfério fazer o que o gigante ali do lado não fez.
A ordem do dia é dar um foda-se para os problemas graves do continente como o narco-trafico e grupos guerrilheiros, é deixar a casa ao deus dará....por que temos medo que grupos bolivarianos ou de esquerda nos chamem de imperialistas
Eu preferia mil vezes que o Brasil fosse um leão com personalidade como a Turquia, do que este país que fica sempre em sima do muro.
- Sávio Ricardo
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Re: Geopolítica Brasileira
Discordo em dizer que o Brasil "fica sempre em cima do muro".
O Brasil MORA em cima do muro, mantém residência fixa ali a tempos.
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- FCarvalho
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Re: Geopolítica Brasileira
Isso é porque a nossa tradição diplomática sempre se esqueceu de ensinar aos seus formandos - e dificilmente consegue convencer a seus quadros mais antigos - o que os cadetes de nossas academias militares aprendem desde já os primeiros anos, que é: países não tem amigos, mas interesses. E que nossos interesses sempre estarão acima de quaisquer amigos e "companheiros" que venhamos a ter.Sávio Ricardo escreveu:Discordo em dizer que o Brasil "fica sempre em cima do muro".
O Brasil MORA em cima do muro, mantém residência fixa ali a tempos.
abs.
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