Destaco o trecho
Primeiro erro é considerar um projeto de caça atual e que vai tirar o piloto. É um erro por que não tem sentido. O conceito de drone é para ser algo barato, descartável, possa ser produzido em grande quantidade e permite desenvolver soluções para diferentes tarefas. Ele só precisa cumprir a missão. Constituindo soluções bem mais em conta que caças e helis que seriam subutilizados e/ou se arriscariam de forma desnecessária. Como também, uma alternativa ao crescente custo dos helis e caças tripulados. Só por na conta: para uma missão de vigilância e anti-guerrilha é aconselhável um F35 de US$ 100 milhões ou predador de cinco milhões?Túlio escreveu:
(...)
Mas há mais. Tens idéia de quanto custaria apenas para tirar o piloto do cockpit e fazer a aeronave sozinha executar todas as tarefas dele e ainda tomar decisões quando algo dá errado?
Vamos examinar como seria esse supercaça Terminator: primeiro tiramos o piloto, o assento ejetável e demais sistemas de apoio à vida, como ar condicionado, OBOGS, etc. Depois instrumentos, HUD, manche, manetes de potência e esses trecos aí que pilotos usam para...bem, para PILOTAR! Ei, está ficando tri, já largamos economizando uma nota legal! E ainda podemos botar mais combustível e equipamentos no lugar. Ou um bomb-bay. Mas peraí: se não tem um ser humano a bordo, quem liga para o limite de 9 g? Vamos é dar uma reforçada das buenas na estrutura toda, de modo a que ela resista a esforços muito mas MUITO maiores. É, é melhor ficarmos com o bomb-bay mesmo e aproveitar para tacar um senhor empuxo vetorado nas turbinas.
Mas credo, acabamos de fazer um caça que, tendo mais asa e empuxo vetorado por todo o voo, pode ser até mais manobrável que os próprios AAMs/SAMs, afinal, agora podemos usar a mesmas técnicas e materiais empregados em mísseis supermanobráveis nos caças, cujo atual grande problema é que, se puxar g demais, mata o piloto e agora não temos mais esse problema.
(...)
Por exemplo, os caças chineses e ensaios dos norte-americanos para criar uma força de ataque efetiva para os primeiros dias da guerra que realizem missões suicidas. Assim transformando a aeronave em uma plataforma de lançamento de bombas que não poderiam ser feitas eficientemente por misseis. Para atacar uma defesa aérea densa constitui um linha de ataque interessante. Melhor que mandar um piloto para morte, jogar fora uma aeronave de US$ 100 milhões e não destruir o alvo. No outro extremo construir "aeromodelos" para vigilância e recolhimento de informações em que qualquer soldado com o mínimo de treinamento opera.
O segundo erro achar que os drones agem sozinhos. Eles estão apresentando um nível de automação crescente derivado do próprio avanço da tecnologia. Porém ainda são dependentes de "pilotos de PC" para orientar e melhor atuar no cenário. Inclusive agindo em conjunto com aeronaves de suporte, caças tripulados e estrutura de comando. Essa é a ideia em implementação pela US Navy, Air Force e europeus.
O teu caça do Terminator é uma viagem total. Ele não precisa ser hiper manobrável e dançar os misseis inimigos. Ele só precisa se esconder, jogar as bombas e tentar voltar para casa. Além de ser uma missão muito específica e nobre que devem ficar no papel deles. Imagine um "co-piloto" há algumas centenas de pilotos ajudando o bichinho a chegar ao algo. Não venham com a história de "é fácil roubar drone e usar contra o inimigo" que não é. O motivo é ser uma guerra eletrônica bem sofisticada entre ambos e, se podem roubar o drone, também poem derrubar o avião tripulado. A não ser que se volte a voar de P51 Mustang.
--------------
Os moderadores não reclamem do Off-Topic. Estamos discutindo o FX de 2113