SYRIA
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Re: SYRIA
Com todo o respeito aos colegas do velho continente, mas, dinheiro farto no bolso, empregos estáveis e muitas bolsas disso e daquilo ao longo das últimas décadas, junto à instrução progressista, democrática e laicista deixaram os europeus além de presunçosos, preguiçosos.
E, como todo bom preguiçoso e presunçoso sempre acaba deixando o tempo dar-lhe conta da memória, que por fim acaba por roubar-lhe a história, e esta as lições que lhe deu, fatalmente esta servidão ao ócio inútil da intelectualidade e civilismos pretensiosos servirá para repetir-lhe historicamente o que já compreendeu, mas que por omissão e inépcia, esqueceu.
E a régua da repetição costuma ser geralmente sempre bem mais dura do que a lição esquecida.
abs.
E, como todo bom preguiçoso e presunçoso sempre acaba deixando o tempo dar-lhe conta da memória, que por fim acaba por roubar-lhe a história, e esta as lições que lhe deu, fatalmente esta servidão ao ócio inútil da intelectualidade e civilismos pretensiosos servirá para repetir-lhe historicamente o que já compreendeu, mas que por omissão e inépcia, esqueceu.
E a régua da repetição costuma ser geralmente sempre bem mais dura do que a lição esquecida.
abs.
Carpe Diem
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Re: SYRIA
pois é, vai dizer isso aos ilustres LIDERES EUROPEUS...Túlio escreveu:CORREÇÃO: derruba-se UM insano para botar no lugar UM BANDO deles!
Mas não dá nada, a Europa é BEM longe e os Muçulmanos gostam de nós...
Eu , humilde ignorante, percebo o vespeiro em que se estão metendo, e pior- que ELES PRÓPRIOS estão ajudando a fabricar, mas pelos vistos eles não percebem...
É claro que depois ainda há que contar com os ingénuos, inocentes, ou simplesmente PARVOS, que acreditam piamente que o que se está a passar na Siria é uma luta pela "democracia e liberdade" e não uma guerra suja e bastidores para uns imporem a sua vontade.
Triste sina ter nascido português
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Re: SYRIA
http://noticias.terra.com.br/mundo/orie ... aRCRD.html
Li que os rebeldes estão em situação muito difícil, pedindo socorro pelo facebook e outras redes, os bombardeios são intensos.
Saudações
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Re: SYRIA
Israel will act if Syria falls, warns air force commander
http://www.flightglobal.com/blogs/ariel ... l-act.html
By Arie Egozi on May 23, 2013 7:02 AM | Permalink | Comments (0) | TrackBacks (0) |ShareThis
The quickly deteriorating situation in Syria yesterday brought an explicit warning.
Israeli air force commander Maj Gen Amir Eshel said that if the Syrian regime were to suddenly collapse, Israel would be forced to undertake a massive attack "within hours".
He said missions would include the destruction of vast stores of conventional and non-conventional weapons in Syria, to prevent them falling into the hands of militants, from Syria and elsewhere, and taking advantage of the chaos.
"If Syria collapses tomorrow, we could find ourselves acting very fast and in great numbers," the air force chief said during a conference at the Institute for Air and Space Strategic Studies.
"There is a huge arsenal parked there, just waiting to be looted. It could spread with each gust of wind and you will find yourself having to act very fast."
Eshel said the Assad regime in Syria could fall at any moment and many groups were eager to lay their hands on its stockpiled weapons.
In the past, during confrontations in Lebanon, the air force used its force in a "surgical" manner. This time, it seems, the attacks will be "heavy", to prevent the stockpile spreading, as happened after the Gaddafi regime in Libya collapsed.
There, the attempt to stop the looting of army bases failed and the arsenal, including a large number of anti-aircraft shoulder-launched missiles, found its way to terror organisations.
According to foreign media, Israel took a few measures, including long-range strikes by the air force, to stop these weapons from getting into Gaza.
http://www.flightglobal.com/blogs/ariel ... l-act.html
By Arie Egozi on May 23, 2013 7:02 AM | Permalink | Comments (0) | TrackBacks (0) |ShareThis
The quickly deteriorating situation in Syria yesterday brought an explicit warning.
Israeli air force commander Maj Gen Amir Eshel said that if the Syrian regime were to suddenly collapse, Israel would be forced to undertake a massive attack "within hours".
He said missions would include the destruction of vast stores of conventional and non-conventional weapons in Syria, to prevent them falling into the hands of militants, from Syria and elsewhere, and taking advantage of the chaos.
"If Syria collapses tomorrow, we could find ourselves acting very fast and in great numbers," the air force chief said during a conference at the Institute for Air and Space Strategic Studies.
"There is a huge arsenal parked there, just waiting to be looted. It could spread with each gust of wind and you will find yourself having to act very fast."
Eshel said the Assad regime in Syria could fall at any moment and many groups were eager to lay their hands on its stockpiled weapons.
In the past, during confrontations in Lebanon, the air force used its force in a "surgical" manner. This time, it seems, the attacks will be "heavy", to prevent the stockpile spreading, as happened after the Gaddafi regime in Libya collapsed.
There, the attempt to stop the looting of army bases failed and the arsenal, including a large number of anti-aircraft shoulder-launched missiles, found its way to terror organisations.
According to foreign media, Israel took a few measures, including long-range strikes by the air force, to stop these weapons from getting into Gaza.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: SYRIA
Deixa eu entendi:
Se o governo da Síria cair pelas mãos dos "combatentes da liberdade" apoiados pelo ocidente Israel iria bombardear inclusive os depósitos de armas químicas para destruí-las? Eles estão cientes da catástrofe que pode causar simplesmente explodir ogivas contendo agentes químicos, liberando-os no ar?
Leandro G. Card
Se o governo da Síria cair pelas mãos dos "combatentes da liberdade" apoiados pelo ocidente Israel iria bombardear inclusive os depósitos de armas químicas para destruí-las? Eles estão cientes da catástrofe que pode causar simplesmente explodir ogivas contendo agentes químicos, liberando-os no ar?
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Re: SYRIA
O problema para Israel são os muitos grupos que não estão enquadrados por nenhum dos principais fornecedores de armamento.
Existem várias fações na Síria, e ao contrário do que a imprensa apoiante de Bashar Al Assad e dos xiitas iranianos diz, a maioria deles nada tem que ver com o extremismo islâmico radical.
Porem, mesmo que nos grupos contrários a Assad existam 10% de extremistas radicais fanáticos sunitas, isso já é mais que suficiente para que em Israel os generais tenham suores frios e pesadelos.
Existem várias fações na Síria, e ao contrário do que a imprensa apoiante de Bashar Al Assad e dos xiitas iranianos diz, a maioria deles nada tem que ver com o extremismo islâmico radical.
Porem, mesmo que nos grupos contrários a Assad existam 10% de extremistas radicais fanáticos sunitas, isso já é mais que suficiente para que em Israel os generais tenham suores frios e pesadelos.
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Re: SYRIA
UE libera envio de armas a rebeldes sírios por países-membros
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira em suspender o embargo do bloco à provisão de armamentos aos rebeldes que lutam há mais de dois anos contra o regime de Bashar al-Assad, na Síria.
Todas as sanções financeiras foram renovadas por mais um ano.
O fim do embargo foi confirmado elo chanceler britânico, William Hague, por meio do Twitter, no final da noite desta segunda (horário local). Ele participa, ao lado dos demais chanceleres do bloco, de uma reunião sobre o tema, em Bruxelas.
Com o fim do embargo, os países ficam livres para enviar armas à oposição síria, como queriam o Reino Unido e a França, os únicos dois membros da UE que são também membros-permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Hague afirmou que a decisão envia uma "mensagem forte" da Europa a Assad, mas destacou que não há, no momento, planos para armar os rebeldes.
O impasse nas negociações duraram o dia todo e refletiram a hesitação da UE em fornecer armas ao conflito, que já matou 80 mil pessoas, segundo estimativas conservadoras da ONU. No fim do ano passado, a UE recebeu o prêmio Nobel da Paz.
Poucas horas antes do anúncio de Hague, o ministro de Relações Exteriores da Áustria, Michael Spindelegger, que liderava a oposição ao fim do embargo, havia afirmado que um acordo "não havia sido possível".
Conforme o jornal britânico "Guardian", Spindelegger chegou a afirmar que os países, embora continuassem reunidos, não fariam nenhum anúncio.
No início do encontro, o francês Laurent Fabius repetiu que existem "suspeitas crescentes" do uso de armas químicas na Síria.
http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... rios.shtml
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os ministros das Relações Exteriores da União Europeia (UE) concordaram nesta segunda-feira em suspender o embargo do bloco à provisão de armamentos aos rebeldes que lutam há mais de dois anos contra o regime de Bashar al-Assad, na Síria.
Todas as sanções financeiras foram renovadas por mais um ano.
O fim do embargo foi confirmado elo chanceler britânico, William Hague, por meio do Twitter, no final da noite desta segunda (horário local). Ele participa, ao lado dos demais chanceleres do bloco, de uma reunião sobre o tema, em Bruxelas.
Com o fim do embargo, os países ficam livres para enviar armas à oposição síria, como queriam o Reino Unido e a França, os únicos dois membros da UE que são também membros-permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).
Hague afirmou que a decisão envia uma "mensagem forte" da Europa a Assad, mas destacou que não há, no momento, planos para armar os rebeldes.
O impasse nas negociações duraram o dia todo e refletiram a hesitação da UE em fornecer armas ao conflito, que já matou 80 mil pessoas, segundo estimativas conservadoras da ONU. No fim do ano passado, a UE recebeu o prêmio Nobel da Paz.
Poucas horas antes do anúncio de Hague, o ministro de Relações Exteriores da Áustria, Michael Spindelegger, que liderava a oposição ao fim do embargo, havia afirmado que um acordo "não havia sido possível".
Conforme o jornal britânico "Guardian", Spindelegger chegou a afirmar que os países, embora continuassem reunidos, não fariam nenhum anúncio.
No início do encontro, o francês Laurent Fabius repetiu que existem "suspeitas crescentes" do uso de armas químicas na Síria.
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Re: SYRIA
A única forma de derrubá-lo é a Otan bombardear, só que não da porque do outro lado tem o Putin!
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Re: SYRIA
O Assad tem ao seu lado o exército.
Estranho é alguém pensar que um ditador pode ser derrubado pelo povo.
Essa ideia de que cada povo deve ser deixado à sua sorte e resolver sozinho os seus problemas, é uma ideia que todos os ditadores adoram.
A não intervenção, dá aos ditadores a capacidade para chacinar o seu próprio povo.
A verdade é que a História diz que nenhum povo tem força para se ver livre de um ditador, a não ser que o exército ou a policia se queira ver livre dele.
Assad pertence a uma minoria, tem o apoio do Hezbollah e do regime fanático islâmico dos aiatolas de Qom, e curiosamente, tem o apoio de Israel, que na região é quem mais teme a sua queda.
O apoio declarado de Hassan Nasrallah e dos extremistas fanáticos do Hezbollah aos socialistas sírios e ao genocida Assad, acabou por apressar a decisão de permitir o fornecimento de armas, embora isso seja absolutamente irrelevante.
Os rebeldes recebem apoio da Arábia saudita que compra armas no mercado negro para fornecer quantas eles quiserem.
O fim do embargo europeu apenas vai facilitar o transporte das armas.
Resta saber o que fará a Turquia, que neste momento está paralisada com a ação tática por parte dos socialistas sírios, que abandonaram as regiões do Curdistão sírio aos curdos, criando assim mais uma dor de cabeça para a Turquia.
Agora, os turcos só podem esperar.
Se a coisa ficar incontrolável e as fações que tomarem o poder começarem em guerra entre si, a solução passa por voltar a criar o estado alauita (que já existiu) com capital na cidade de Tiro. Franjas do norte da Síria poderão voltar a ser incorporadas na Turquia (como já aconteceu no passado).
Se a situação se complicar mais para um conflito aberto entre sunitas e xiitas (e esse é o verdadeiro problema) então isso quer dizer que a guerra vai voltar também ao Iraque. Se os xiitas iraquianos começarem a matar os sunitas (que são minoria) isso quer dizer que a Arábia Saudita fará o que já prometeu fazer: Invadir o Iraque para proteger os sunitas.
Saí até uma intervenção dos malucos iranianos de Qom é só um passo.
A aliança silenciosa entre Israel e a Arábia Saudita voltará então a funcionar.
Estranho é alguém pensar que um ditador pode ser derrubado pelo povo.
Essa ideia de que cada povo deve ser deixado à sua sorte e resolver sozinho os seus problemas, é uma ideia que todos os ditadores adoram.
A não intervenção, dá aos ditadores a capacidade para chacinar o seu próprio povo.
A verdade é que a História diz que nenhum povo tem força para se ver livre de um ditador, a não ser que o exército ou a policia se queira ver livre dele.
Assad pertence a uma minoria, tem o apoio do Hezbollah e do regime fanático islâmico dos aiatolas de Qom, e curiosamente, tem o apoio de Israel, que na região é quem mais teme a sua queda.
O apoio declarado de Hassan Nasrallah e dos extremistas fanáticos do Hezbollah aos socialistas sírios e ao genocida Assad, acabou por apressar a decisão de permitir o fornecimento de armas, embora isso seja absolutamente irrelevante.
Os rebeldes recebem apoio da Arábia saudita que compra armas no mercado negro para fornecer quantas eles quiserem.
O fim do embargo europeu apenas vai facilitar o transporte das armas.
Resta saber o que fará a Turquia, que neste momento está paralisada com a ação tática por parte dos socialistas sírios, que abandonaram as regiões do Curdistão sírio aos curdos, criando assim mais uma dor de cabeça para a Turquia.
Agora, os turcos só podem esperar.
Se a coisa ficar incontrolável e as fações que tomarem o poder começarem em guerra entre si, a solução passa por voltar a criar o estado alauita (que já existiu) com capital na cidade de Tiro. Franjas do norte da Síria poderão voltar a ser incorporadas na Turquia (como já aconteceu no passado).
Se a situação se complicar mais para um conflito aberto entre sunitas e xiitas (e esse é o verdadeiro problema) então isso quer dizer que a guerra vai voltar também ao Iraque. Se os xiitas iraquianos começarem a matar os sunitas (que são minoria) isso quer dizer que a Arábia Saudita fará o que já prometeu fazer: Invadir o Iraque para proteger os sunitas.
Saí até uma intervenção dos malucos iranianos de Qom é só um passo.
A aliança silenciosa entre Israel e a Arábia Saudita voltará então a funcionar.
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Re: SYRIA
Sim, claro, como tinha na Líbia, com os gloriosos MiG-25 prontos para enfrentar os ocidentais o o OTAN malvado.A única forma de derrubá-lo é a Otan bombardear, só que não da porque do outro lado tem o Putin!
O Putin tem mais com que se preocupar. De qualquer forma, ele poderá ficar contente com a criação do estado Alauita, que também lhe permitirá estacionar navios no mediterrâneo. Mas esse não é o problema dos russos.
O problema dos russos é Istambul, ou Constantinopla. É assim desde que os otomanos tomaram a cidade. Desde que a Russia é Russia que sempre tentou minar os interesses da Turquia, enfraquecer a Turquia para voltar a ter a cidade de Constantino para a fé ortodoxa.
O problema, para Putin ou para qualquer outro russo, é que a Turquia é um osso demasiado duro de roer e cada vez mais duro, ao que consta.
A NATO nada tem a ver com isto. O que se joga na Síria é a influência entre russos e turcos. Tudo o resto é acessório.
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Re: SYRIA
Por favor, sua comparação entre o apoio russo à Síria e o dispensado à Líbia é desproporcional (para não dizer algo pior), Putin não é o Medvedev e tem se posicionado de forma clara sobre a não intervenção.
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Re: SYRIA
O Assado poder ser um escroque genocida, mais antes ele do que um novo Taleban na síria. De todos os modos depois do que aconteceu ele sera obrigado a uma abertura politica como o povao queria dês do começo do protesto que eram pacíficos.
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Re: SYRIA
A ideia de que só pode haver um governo do Assad ou um regime Talibã, é uma ideia posta a circular pelos socialistas e restantes apoiantes das ditaduras.
Da ultima vez que vi, não havia Talibãs no governo da Tunisia, nem da Líbia, nem do Egito.
A maior parte dos que lutam contra os socialistas do Assad não têm nada que ver com os Talibã.
O problema é que para conseguir lutadores adicionais para a causa, a única forma que existe é aregimentar pessoas com base na defesa de Deus.
Por natureza você não consegue que um árabe lute pela liberdade, mas pode faze-lo lutar por Deus.
Então essa é a única opção que resta.
Não é uma opção adequada, porque já se fez isso no passado com tremendos resultados negativos como vimos no Afeganistão. Mas desde aí, tem havido pelo menos alguma preocupação em tentar distinguir quem são os grupos a quem se vai entregar armas.
Quando não há segurança do que se está a fazer, então enviam-se grupos de ligação, que facilitam a ligação com o apoio aéreo.
E o apoio aéreo foi o suficiente para derrubar o exército de Kadafi, que estava armado com os equipamentos mais sofisticados.
Na Síria, o importante é impedir a força aérea da Siria de atuar. Neste momento eles já estão na fase das soluções de recurso. O país já tem falta de tudo e as peças que havia de reposição já foram utilizadas. O combustível para aviação já não abunda e o que existe pode ser sabotado pelos rebeldes.
Os russos não estão interessados em participar numa guerra em que aparecem claramente ao lado dos xiitas, principalmente quando dentro da Russia as minorias islâmicas são sunitas.
Depois disso, os russos não têm capacidade para fazer nada que não seja colado às fronteiras.
Eles não podem afrontar os turcos, por causa da ligação através do Bósforo.
Creio que o que a Russia pode fazer de mais eficiente, é pressionar o governo de Chipre para que tente evitar quaisquer iniciativas militares a partir das bases que a Grã Bretanha tem na ilha em Dhekelia e Akrotiri.
Com base nessas instalações, é possível chegar à Síria.
Mas trata-se de bases soberanas do Reino Unido, e o governo da Chipre não tem autoridade real para impedir os britânicos de as utilizarem.
É algo que normalmente esquecemos. Depois da independência de Chipre, a Grã Bretanha manteve um território de aproximadamente 300 km2 na ilha.
A cidade de Al Qusayr, onde o Hezbollah está a apoiar os socialistas sírios fica a 15 minutos de voo dos Tornado da RAF.
Os russos para fazerem chegar um IL-76 a Latakia, sem autorização de sobrevoo por parte da Turquia precisam de no minimo 4 horas.
É preciso dizer mais alguma coisa ?
Da ultima vez que vi, não havia Talibãs no governo da Tunisia, nem da Líbia, nem do Egito.
A maior parte dos que lutam contra os socialistas do Assad não têm nada que ver com os Talibã.
O problema é que para conseguir lutadores adicionais para a causa, a única forma que existe é aregimentar pessoas com base na defesa de Deus.
Por natureza você não consegue que um árabe lute pela liberdade, mas pode faze-lo lutar por Deus.
Então essa é a única opção que resta.
Não é uma opção adequada, porque já se fez isso no passado com tremendos resultados negativos como vimos no Afeganistão. Mas desde aí, tem havido pelo menos alguma preocupação em tentar distinguir quem são os grupos a quem se vai entregar armas.
Quando não há segurança do que se está a fazer, então enviam-se grupos de ligação, que facilitam a ligação com o apoio aéreo.
E o apoio aéreo foi o suficiente para derrubar o exército de Kadafi, que estava armado com os equipamentos mais sofisticados.
Na Síria, o importante é impedir a força aérea da Siria de atuar. Neste momento eles já estão na fase das soluções de recurso. O país já tem falta de tudo e as peças que havia de reposição já foram utilizadas. O combustível para aviação já não abunda e o que existe pode ser sabotado pelos rebeldes.
Os russos não estão interessados em participar numa guerra em que aparecem claramente ao lado dos xiitas, principalmente quando dentro da Russia as minorias islâmicas são sunitas.
Depois disso, os russos não têm capacidade para fazer nada que não seja colado às fronteiras.
Eles não podem afrontar os turcos, por causa da ligação através do Bósforo.
Creio que o que a Russia pode fazer de mais eficiente, é pressionar o governo de Chipre para que tente evitar quaisquer iniciativas militares a partir das bases que a Grã Bretanha tem na ilha em Dhekelia e Akrotiri.
Com base nessas instalações, é possível chegar à Síria.
Mas trata-se de bases soberanas do Reino Unido, e o governo da Chipre não tem autoridade real para impedir os britânicos de as utilizarem.
É algo que normalmente esquecemos. Depois da independência de Chipre, a Grã Bretanha manteve um território de aproximadamente 300 km2 na ilha.
A cidade de Al Qusayr, onde o Hezbollah está a apoiar os socialistas sírios fica a 15 minutos de voo dos Tornado da RAF.
Os russos para fazerem chegar um IL-76 a Latakia, sem autorização de sobrevoo por parte da Turquia precisam de no minimo 4 horas.
É preciso dizer mais alguma coisa ?
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Re: SYRIA
A SÍRIA NÃO É NOSSA GUERRA.
Por quê deveriam os americanos morrerem por um triunfo sunita em Damasco?
Patrick J. Buchanan - 28.05.13.
A terra três vezes prometida como foi chamada.
É a terra ao norte de Meca e Medina e ao sul da Anatólia, entre o Mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico.
Em 1915 - o ano de Galípoli, que forçou a renúncia do Primeiro Lorde do Almirantado Winston Churchill - a Grã-Bretanha, para conquistar o apoio árabe em sua guerra contra os turcos otomanos, comprometeu-se, no Acordo McMahon, com a independência destas terras sob domínio árabe.
Foi por isso que Lawrence da Arábia e os árabes combateram.
Em novembro de 1917, no entanto, um mês antes do general Allenby levar seu exército para Jerusalém, Lorde Balfour, numa carta ao Barão Rothschild, declarou que o governo de Sua Majestade olhava favoravelmente para a criação, nestas mesmas terras, de um lar nacional para o povo judeu.
Entre estes comprometimentos conflitantes havia sido entabulado, em 1916, um acordo secreto entre Mark Sykes da Grã-Bretanha e François Georges-Picot da França. Com a aprovação silenciosa da Rússia tzarista, que havia recebido a promessa de Istambul, estas terras seriam subdivididas e postas sob controle britânico e francês.
A França pegou a Síria e o Líbano. A Grã-Bretanha pegou a Transjordânia, Palestina e Iraque, e arrancou o Kuwait.
Vladimir Lenin descobriu o tratado Sykes-Picot nos arquivos do Tzar e os publicou, para que o mundo pudesse ver do que, verdadeiramente, tratava-se a Grande Guerra. Sykes-Picot mostrou-se irreconciliável com a declaração de Woodrow Wilson de que ele e seus aliados - os impérios britânico, francês, italiano, russo e japonês - estavam todos lutando "para tornar o mundo seguro para a democracia."
A hipocrisia imperial apareceu nua e exposta.
Os idealísticos Quatorze Pontos de Wilson, anunciados no início de 1918 foram engendrados para recapturar o terreno alto moral. Porém, foi da implementação de Sykes-Picot que tanta hostilidade e ódio árabes viriam - e de onde o atual Oriente Médio emergiu.
Nove décadas depois, o mapa Sykes-Picot do Oriente Médio parece estar para sofrer uma revisão, e um novo mapa, com suas fronteiras desenhadas com sangue, está emergindo, ao londo das linhas do que H.G. Wells chamou "fronteiras naturais" da espécie humana.
"Há um mapa político natural e necessária do mundo", escreveu Wells, "que transcende" estes estados artificiais, e este mapa natural da espécie humana verá nações estabelecidas por sobre a base de língua, cultura, credo, raça e tribo. O mapa natural do Oriente Médio começou a se firmar.
A Síria está-se desintegrando, com xiitas alauítas enfrentando sunitas, cristãos alinhando-se com Damasco, druzos divididos e curdos procurando se libertar e unir-se com seus parentes na Turquia, Iraque e Irã. O sonho deles: uma nação curda enraizada numa identidade étnica comum.
O Hezbollah xiita controla o sul do Líbano, e com o Irã xiita está apoiando o exército e regime liderados por xiitas de Bashar Assad.
Juntos, estão moldando uma subnação de Damasco à Homs, até o Mediterrâneo. O leste e o norte da Síria podem ser perdidos para os rebeldes sunitas e a Frente Al-Nusra, uma aliada da Al-Qaida.
A guerra sectária agora está se espraiando para o Líbano.
O Iraque, também, parece estar se desintegrando. o enclave curdo no norte está agindo como uma nação independente, efetuando acordos petrolíferos com Ancara.
A Anbar sunita no oeste está apoiando os rebeldes sunitas além da fronteira na Síria. E o regime xiita em Bagdá está sendo flagelado pelo terror sunita que pode reacender a guerra civil sectária de 2006-2007, desta vez sem as tropas americanas do general Petraeus para negociar uma trégua ou servirem de tampão.
A Turquia sunita é o lar de 15 milhões de curdos e 15 milhões de xiitas. E o papel de seu primeiro-ministro como intermediárioa entre os embarques de armas qataris e sauditas para os rebeldes sunitas da Síria não é apreciado por seu próprio povo.
Assistindo o crescente xiita - Hezbollah no Líbano, a Síria de Assad, o Iraque de Nuri al-Maliki, o Irã dos aiatolás - colocado em risco pela perda potencial de seu eixo sírio, Teerã e o Hezbollah parecem dispostos a arriscarem bem mais nesta guerra síria do que a coalizão sunita de sauditas, qataris e turcos.
Quem ousar, vence.
Embora os turcos tenham um exército de 400 mil homens, equipado pela OTAN, uma população três vezes maior do que a Síria e uma economia doze vezes maior, e eles sejam, com os israelenses, as mais fortes nações na região, parecem querer que os americanos cuidem do problema deles.
O presidente Obama merece ser louvado por resistir aos clamores intervencionistas liberais e neocons, para nos arrastar para mais outra guerra sem fim. Pois nós não temos nenhum interesse na derrubada de Assad.
Nós vivemos com ele e seu pai por quarenta anos. E o quê nossa intervenção na Líbia para derrubar Moammar Khadaffi produziu, além de um estado falhado, a atrocidade de Benghazi e a difusão da al-Qaida no Mali e no Níger?
Por quê deveriam os americanos morrerem por um triunfo sunita na Síria? No melhor dos casos, teríamos um novo regime da Confraria Muçulmana em Damasco, como no Cairo. No pior, nós poderíamos conseguir um santuário privilegiado para esta filial da al-Qaida, a Frente Al-Nusra.
Enquanto as fronteiras Sykes-Picot desaparecem e as nações criadas pelos mapeadores de Paris em 1919-1920, desintegram-se, uma Guerra dos Trinta Anos muçulmana parece estar irrompendo na terra três vezes prometida.
Esta não é, e não deve tornar-se, uma guerra da América.
Por quê deveriam os americanos morrerem por um triunfo sunita em Damasco?
Patrick J. Buchanan - 28.05.13.
A terra três vezes prometida como foi chamada.
É a terra ao norte de Meca e Medina e ao sul da Anatólia, entre o Mar Mediterrâneo e o Golfo Pérsico.
Em 1915 - o ano de Galípoli, que forçou a renúncia do Primeiro Lorde do Almirantado Winston Churchill - a Grã-Bretanha, para conquistar o apoio árabe em sua guerra contra os turcos otomanos, comprometeu-se, no Acordo McMahon, com a independência destas terras sob domínio árabe.
Foi por isso que Lawrence da Arábia e os árabes combateram.
Em novembro de 1917, no entanto, um mês antes do general Allenby levar seu exército para Jerusalém, Lorde Balfour, numa carta ao Barão Rothschild, declarou que o governo de Sua Majestade olhava favoravelmente para a criação, nestas mesmas terras, de um lar nacional para o povo judeu.
Entre estes comprometimentos conflitantes havia sido entabulado, em 1916, um acordo secreto entre Mark Sykes da Grã-Bretanha e François Georges-Picot da França. Com a aprovação silenciosa da Rússia tzarista, que havia recebido a promessa de Istambul, estas terras seriam subdivididas e postas sob controle britânico e francês.
A França pegou a Síria e o Líbano. A Grã-Bretanha pegou a Transjordânia, Palestina e Iraque, e arrancou o Kuwait.
Vladimir Lenin descobriu o tratado Sykes-Picot nos arquivos do Tzar e os publicou, para que o mundo pudesse ver do que, verdadeiramente, tratava-se a Grande Guerra. Sykes-Picot mostrou-se irreconciliável com a declaração de Woodrow Wilson de que ele e seus aliados - os impérios britânico, francês, italiano, russo e japonês - estavam todos lutando "para tornar o mundo seguro para a democracia."
A hipocrisia imperial apareceu nua e exposta.
Os idealísticos Quatorze Pontos de Wilson, anunciados no início de 1918 foram engendrados para recapturar o terreno alto moral. Porém, foi da implementação de Sykes-Picot que tanta hostilidade e ódio árabes viriam - e de onde o atual Oriente Médio emergiu.
Nove décadas depois, o mapa Sykes-Picot do Oriente Médio parece estar para sofrer uma revisão, e um novo mapa, com suas fronteiras desenhadas com sangue, está emergindo, ao londo das linhas do que H.G. Wells chamou "fronteiras naturais" da espécie humana.
"Há um mapa político natural e necessária do mundo", escreveu Wells, "que transcende" estes estados artificiais, e este mapa natural da espécie humana verá nações estabelecidas por sobre a base de língua, cultura, credo, raça e tribo. O mapa natural do Oriente Médio começou a se firmar.
A Síria está-se desintegrando, com xiitas alauítas enfrentando sunitas, cristãos alinhando-se com Damasco, druzos divididos e curdos procurando se libertar e unir-se com seus parentes na Turquia, Iraque e Irã. O sonho deles: uma nação curda enraizada numa identidade étnica comum.
O Hezbollah xiita controla o sul do Líbano, e com o Irã xiita está apoiando o exército e regime liderados por xiitas de Bashar Assad.
Juntos, estão moldando uma subnação de Damasco à Homs, até o Mediterrâneo. O leste e o norte da Síria podem ser perdidos para os rebeldes sunitas e a Frente Al-Nusra, uma aliada da Al-Qaida.
A guerra sectária agora está se espraiando para o Líbano.
O Iraque, também, parece estar se desintegrando. o enclave curdo no norte está agindo como uma nação independente, efetuando acordos petrolíferos com Ancara.
A Anbar sunita no oeste está apoiando os rebeldes sunitas além da fronteira na Síria. E o regime xiita em Bagdá está sendo flagelado pelo terror sunita que pode reacender a guerra civil sectária de 2006-2007, desta vez sem as tropas americanas do general Petraeus para negociar uma trégua ou servirem de tampão.
A Turquia sunita é o lar de 15 milhões de curdos e 15 milhões de xiitas. E o papel de seu primeiro-ministro como intermediárioa entre os embarques de armas qataris e sauditas para os rebeldes sunitas da Síria não é apreciado por seu próprio povo.
Assistindo o crescente xiita - Hezbollah no Líbano, a Síria de Assad, o Iraque de Nuri al-Maliki, o Irã dos aiatolás - colocado em risco pela perda potencial de seu eixo sírio, Teerã e o Hezbollah parecem dispostos a arriscarem bem mais nesta guerra síria do que a coalizão sunita de sauditas, qataris e turcos.
Quem ousar, vence.
Embora os turcos tenham um exército de 400 mil homens, equipado pela OTAN, uma população três vezes maior do que a Síria e uma economia doze vezes maior, e eles sejam, com os israelenses, as mais fortes nações na região, parecem querer que os americanos cuidem do problema deles.
O presidente Obama merece ser louvado por resistir aos clamores intervencionistas liberais e neocons, para nos arrastar para mais outra guerra sem fim. Pois nós não temos nenhum interesse na derrubada de Assad.
Nós vivemos com ele e seu pai por quarenta anos. E o quê nossa intervenção na Líbia para derrubar Moammar Khadaffi produziu, além de um estado falhado, a atrocidade de Benghazi e a difusão da al-Qaida no Mali e no Níger?
Por quê deveriam os americanos morrerem por um triunfo sunita na Síria? No melhor dos casos, teríamos um novo regime da Confraria Muçulmana em Damasco, como no Cairo. No pior, nós poderíamos conseguir um santuário privilegiado para esta filial da al-Qaida, a Frente Al-Nusra.
Enquanto as fronteiras Sykes-Picot desaparecem e as nações criadas pelos mapeadores de Paris em 1919-1920, desintegram-se, uma Guerra dos Trinta Anos muçulmana parece estar irrompendo na terra três vezes prometida.
Esta não é, e não deve tornar-se, uma guerra da América.