:: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
O envio de tropas é o esperado, especialmente se o Brasil quer mesmo implantar o tal tratado do Atlântico Sul. Agora vamos aguardar os angolanos e a Africa do Sul participarem também com tropas. O Congo será nosso, a Conga já é.
http://www.youtube.com/watch?feature=pl ... mtJLgTI-1o
.
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- FCarvalho
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Isto é o que faz, de fato e de direito, nossas tropas - do soldado ao general - serem respeitadas/queridas, e mais ainda requisitadas mundo afora.eligioep escreveu:Marino,
estive nas duas missões UNAVEM III(1996/97) e MINUSTAH I, e confirmo o que você escreveu. Estive presente na situação em que houve o cerco da UNITA, e em 2007 em Citè Soleil.
Apenas acrescentaria que os Jordanianos no Haiti, e os Indianos e Paquistaneses em Angola não eram respeitados por ninguém, sejam nativos, sejam tropas de outros países.
E temos o respeito não é à toa. A triagem é grande, o treinamento árduo e longo, sem economias de meios, sejam munições, tecnológicos ou humanos. E depois a cobrança é grande por parte de nossos chefes!
O soldado brasileiro, além de extremamente profissional, quando bem equipado, treinado e munido de preparação adequada e eficiente, tem ainda em si a seu favor, o dom natural de bem conviver com quem quer que seja, independente de origens, credos ou pensamentos, fruto de nossa histórica cultura de empatia e alteridade.
Que venham as missões da ONU. E que venham junto com elas, também, a responsabilidade do Estado brasileiro bem preparar seus soldados sempre, e não somente em ocasiões pontuais ou quando interessar possa.
abs.
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- FCarvalho
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Bom, estudar não significa exatamente que vamos mandar. Na verdade este 'estudar' significa que os responsáveis pelo empreendimento estão avaliando os riscos e os ganhos de se enviar tropas para estes lugares. Se julgarem que a relação custo x benefício será benéfica ao país, então iremos, sem problemas.eligioep escreveu:Carvalho,FCarvalho escreveu:O convite foi feito em função do desempenho do daquele oficial no Haiti. A ONU pretende ter alguém com capacidade negociativa e iniciativa militar capaz de dar conta do conturbado conflito congolês. E vão mandar uma "brigada de intervenção" para atuar contra as forças rebeldes
em estudo: 01 batalhão(+) do EB para o Congo e uma companhia do CFN para o Líbano!
Em todo caso, como já expressei minha opinião aqui, continuo não concordando, até prova em contrário, com o envio de tropas para estes países, visto que nossa colaboração no sentido de "modificar efetivamente o status quo do quadro de conflito", como costuma rezar o Itamarati, não seria efetivado modificado, com ou sem a nossa participação; afinal, muitos outros atores de maior peso já passaram por estes TO's e em nada, ou pouquíssima coisa conseguiram alterara a realidade, seja na UNIFIL ou na MONUSCO. Ademais é sempre bom lembrar que aquele indicativo é um mandamento básico de nossa política de participação junto as missões da ONU. Ou seja, se é apenas para servimos de 'bucha de canhão' da ONU, não tem negócio. Mas, se ao contrário, nossa participação vier a concorrer real e concretamente para incitar as partes a por fim no conflito, então é um bom negócio para nós e para todos os envolvidos.
Entrementes, como fica claro na reportagem da T&D sobre as tropas uruguaias no Congo, aquele conflito com certeza demandará de nós, e de nossas forças, forçosamente, que entremos em combate pesado. Cedo ou tarde. E com todas as suas consequências e danos colaterais, interna e externamente. Quem acompanha os conflitos africanos sabe do que estou falando. De certeza não faremos parte da tal brigada de intervenção. Mas, se sob os auspícios dos capacetes azuis já não será fácil, imagine-se sob aquela perspectiva infusiva do conflito.
Por fim, creio que se 'vamos à luta', literalmente, tenho cá para mim, que isto deve ocorrer de 2015 para diante como o EB informou. E até lá, penso eu na minha ignorância, que devemos adiantar o mais que possível os projetos COBRA, GUARANI e VBL, o mais que possível. Por quê? Simples. Porque o Congo não é o Haiti.
No mais, quanto ao Líbano, me perdoem a franqueza, mas, o CFN é o CFN...
abs.
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- Marino
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Obrigado pelo registro imparcial de quem participou pessoalmente dos eventos.eligioep escreveu:Marino,Marino escreveu:Bom, se eu fosse escritor eu teria uma imaginação bem boa.
Em Angola, por exemplo, quando um carro da ONU explodiu em uma mina plantada na estrada e tinham sobreviventes, suecos da patrulha se cagaram e disseram que nao iriam socorrer os feridos nem phudendo. Então, os brasileiros se voluntariaram, entraram no campo minado e resgataram os feridos.
Em outro posto, chegou um militar mais antigo e assumiu as funções de um brasileiro. Nao passou um mês e exigiram que, mesmo sendo mais moderno, o brasileiro reassumisse.
Contaria que naquele episódio em que uma patrulha brasileira foi cercada por membros da UNITA os guerrilheiros nao atacaram pois viram que o dispositivo adotado pelos brasileiros iria massacrar quem atacasse.
No Haiti, eu escreveria que houveram combates reais, nunca mostrados na TV, em que as tropas brasileiras foram a ponta de lança da ONU e passaram o rodo em Citè Soleil, p. Ex.
No início, eu escreveria que foram os NAVAIS a ponta de lança brasileira que entrava onde queria.
Outras tropas, consideradas de elite, como as jordanianas, foram pesadas, medidas e consideradas incapazes.
Contaria a história de snipers brasileiros que tiveram que ser repatriados para apoio psicológico, depois de acabarem com quem se interpunha aos soldados brasileiros. Isto ocorreu, eu escreveria, pq nao temos o espírito de assassinos que outros possuem, e pq nao era uma guerra NOSSA. Há diferenças entre matar pelo Brasil e por uma missão da ONU falariam, em minha história, os snipers.
Por que será que a ONU sempre quer militares brasileiros????
Mas isso se eu fosse escritor.
estive nas duas missões UNAVEM III(1996/97) e MINUSTAH I, e confirmo o que você escreveu. Estive presente na situação em que houve o cerco da UNITA, e em 2007 em Citè Soleil.
Apenas acrescentaria que os Jordanianos no Haiti, e os Indianos e Paquistaneses em Angola não eram respeitados por ninguém, sejam nativos, sejam tropas de outros países.
E temos o respeito não é à toa. A triagem é grande, o treinamento árduo e longo, sem economias de meios, sejam munições, tecnológicos ou humanos. E depois a cobrança é grande por parte de nossos chefes!
Também diria que os indianos eram "famosos" por rapinar os recursos da ONU, de apresentarem notas com valor multiplicado por "n", por desviarem para seus paióis os mantimentos e sobressalentes enviados.
Houve um caso sério com um FN brasileiro, que quando se apresentou a um batalhão da ONU determinou um balanço rigoroso dos paióis. Chegou a haver envolvimento de um general, com "g" minúsculo mesmo, indiano, para afastar o naval.
Uma vergonha, e todos os países sabiam disso.
Concordo totalmente com sua avaliação dos indianos e paquistaneses.
Que fiquem em seus cantos. Se merecem.
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- FCarvalho
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Bom, falando em missões de imposição da paz, que parece, vamos nos haver em daqui um tempo, faz-me lembrar que para este tipo de missão, nós não temos nada disso aqui em vista, que seja nacional, o me faz pensar também, que em dois anos poderemos estar vendo alguns destes veículos ao menos nas missões no Congo e no Líbano, com o Mowag Eagle IV despontando para o CFN e o LMV Iveco para o EB. Quem sabe, depois destas esperiências, não sai alguma coisa nacional. A ver como nos portaremos com veículos como estes, que nunca fizeram parte de nosso repertório moto-mecanizado, tão acostumados que estamos com as gambiarras das LR.
Mowag Eagle IV
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abs.
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- irlan
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Me desculpe a pergunta leiga FCarvalho, mas esses dois veículos apresentados...possuem blindagem?, a Agrale não possui nada parecido para nos oferecer?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
olá Irlan.irlan escreveu:Me desculpe a pergunta leiga FCarvalho, mas esses dois veículos apresentados...possuem blindagem?, a Agrale não possui nada parecido para nos oferecer?
Ambas os veículos possuem versões bldas em vários níveis de proteção, ao gosto e necessidade dos clientes.
Infelizmente, até onde sei, nem a Agrale ou outra empresa nacional possuem veículos produzidos aqui, na mesma categoria destes dois. E mesmo que tenhamos capacidade para desenvolver uma versão nacional, não teríamos tempo suficiente par afazê-lo, não antes de nossas tropas estarem no TO em ação em dois anos.
O EB se pretende desenvolver uma versão 4x4 para um bldo leve de reconhecimento, como os acima citados, que em tese, são veículos que atendem aos critérios do ROB estabelecidos para este tipo de veículo, e assim, também, candidatos certos à uma possível concorrência internacional que possa ser lançada via RFI, quando for o caso.
Eu acredito que se formos, como disse acima, é bem possível, até pelo estreito relacionamento daquelas empresas com as respectivas forças, que ambos os veículos tenham uma certa vantagem na hora de o EB, se for o caso, decidir usar este tipo de veículo nas missões no Congo e no Líbano.
A ver. Acredito que aprendemos muito com as lições tiradas com as LR "bldas" no Haiti.
abs.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Sim, ambos.irlan escreveu:Me desculpe a pergunta leiga FCarvalho, mas esses dois veículos apresentados...possuem blindagem?, a Agrale não possui nada parecido para nos oferecer?
A do IVECO é modular.
Quanto a agrale, creio que terá se a necessidade se apresentar, quem apresenta essa necessidade são as FAs.
Acho que isso acontecerá no futuro sim.
E um outro possível candidato é aquele veículo colombiano, Hunter TR12.
E é um MRAP, segundo o fabricante.
- Túlio
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Apenas complementando, o que nunca faltou foi veículo leve NACIONAL oferecido com blindagem ou ECD para isso, e desde os tempos de um antigo colega daqui que era dono de uma empresa do ramo, o Monaco (só procurar nos "membros" para ver o que a empresa dele oferecia na década passada). E lá se vão vários anos...
Se a Agrale não oferece é porque ninguém pediu ou sequer sugeriu.
Minha opinião, naturalmente, nunca fui à Agrale, ali em Caxias do Sul...
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Pois é Túlio, o negócio é alguém pedir. E no nosso caso, acho que vai demorar, pois o ROB que orientaria este pedido é de 12 anos atrás.
Agora, para pedir alguma coisa, tem que se ter demanda para algo. Me parece, que mesmo diante da possibilidade de enviarmos tropas a TO's mais quentes a serviço da ONU, mesmo isso não tem sensibilizado o comando das ffaa's, ou servido de justificativa para atualizar aquele documento ou mesmo fixar uma demanda para o mesmo junto à BID.
Não sei... parece que o EB gamou nas LR chapadas ou então acha que o Congo vai ser um passeio no parque. Até a primeira LR e/ou Marruá ir pelos ares... junto com os seus tripulantes.
abs.
Agora, para pedir alguma coisa, tem que se ter demanda para algo. Me parece, que mesmo diante da possibilidade de enviarmos tropas a TO's mais quentes a serviço da ONU, mesmo isso não tem sensibilizado o comando das ffaa's, ou servido de justificativa para atualizar aquele documento ou mesmo fixar uma demanda para o mesmo junto à BID.
Não sei... parece que o EB gamou nas LR chapadas ou então acha que o Congo vai ser um passeio no parque. Até a primeira LR e/ou Marruá ir pelos ares... junto com os seus tripulantes.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Segundo este site, o mesmo teria um custo aproximado de US$ 350.000,00jumentodonordeste escreveu:E um outro possível candidato é aquele veículo colombiano, Hunter TR12.
E é um MRAP, segundo o fabricante.
Acho um pouco salgado para um veículo como este, mas...
http://www.defensa.com/index.php?option ... Itemid=497
abs.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Pelo jeito só vai o General mesmo...
http://noticias.terra.com.br/mundo/afri ... aRCRD.html20 de Maio de 2013•09h25
Comandante militar é o único brasileiro em missão de paz no Congo
A partir desta semana, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, 60 anos, comandará a missão de paz das Nações Unidas no Congo, chamada de Monusco. Ele foi escolhido para a missão no mês passado. A designação oficial foi anunciada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. Santos Cruz sucede o general indiano Chander Prakash.
O brasileiro vai coordenar cerca de 20 mil militares, de 20 países. Ele será o único brasileiro das tropas. No mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a escolha de Santos Cruz é a demonstração do prestígio e respeito conquistados pelo Brasil no cenário internacional. Em entrevista à Agência Brasil, o general disse que considerava a missão "desafiadora".
"Em 44 anos de Exército, deu para aprender alguma coisa", brincou o general durante a entrevista. "Mas, sem dúvida alguma, será uma missão desafiadora. É um desafio fantástico buscar a paz em um país que tem a dimensão da Europa Central e conflitos enraizados desde sua origem", ressaltou.
Santos Cruz comandou a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) entre janeiro de 2007 e abril de 2009. Na ocasião, ele liderou 12 mil homens. Na reserva há cinco meses, o general estava na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
A missão de paz no Congo foi aprovada pelos líderes de 11 países africanos e representantes de quatro organizações regionais e internacionais. A decisão de enviar uma missão ao país foi tomada há três meses.
O general enfrentará o desafio de tentar a paz em um país cujos conflitos têm cerca de dez anos. Desde a Segunda Guerra do Congo (1998-2003), que envolveu várias nações africanas, o país vive em clima de instabilidade. Durante a guerra, mais de 5 milhões de pessoas morreram.
Com 3,9 milhões de habitantes e um passado recente da colonização francesa, o Congo é cenário também de conflitos étnicos, políticos, econômicos e de disputas por recursos naturais. Os confrontos no país africano têm raízes em um genocídio em Ruanda, ocorrido em 1994. Rebeldes hutus, grupo étnico rival dos tutsis, agem nas florestas do Leste do Congo desde então, segundo a ONU.
Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
Agência Brasil
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Túlio escreveu:Pelo jeito só vai o General mesmo...
http://noticias.terra.com.br/mundo/afri ... aRCRD.html20 de Maio de 2013•09h25
Comandante militar é o único brasileiro em missão de paz no Congo
A partir desta semana, o general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz, 60 anos, comandará a missão de paz das Nações Unidas no Congo, chamada de Monusco. Ele foi escolhido para a missão no mês passado. A designação oficial foi anunciada pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon. Santos Cruz sucede o general indiano Chander Prakash.
O brasileiro vai coordenar cerca de 20 mil militares, de 20 países. Ele será o único brasileiro das tropas. No mês passado, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que a escolha de Santos Cruz é a demonstração do prestígio e respeito conquistados pelo Brasil no cenário internacional. Em entrevista à Agência Brasil, o general disse que considerava a missão "desafiadora".
"Em 44 anos de Exército, deu para aprender alguma coisa", brincou o general durante a entrevista. "Mas, sem dúvida alguma, será uma missão desafiadora. É um desafio fantástico buscar a paz em um país que tem a dimensão da Europa Central e conflitos enraizados desde sua origem", ressaltou.
Santos Cruz comandou a Missão de Estabilização da ONU no Haiti (Minustah) entre janeiro de 2007 e abril de 2009. Na ocasião, ele liderou 12 mil homens. Na reserva há cinco meses, o general estava na Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
A missão de paz no Congo foi aprovada pelos líderes de 11 países africanos e representantes de quatro organizações regionais e internacionais. A decisão de enviar uma missão ao país foi tomada há três meses.
O general enfrentará o desafio de tentar a paz em um país cujos conflitos têm cerca de dez anos. Desde a Segunda Guerra do Congo (1998-2003), que envolveu várias nações africanas, o país vive em clima de instabilidade. Durante a guerra, mais de 5 milhões de pessoas morreram.
Com 3,9 milhões de habitantes e um passado recente da colonização francesa, o Congo é cenário também de conflitos étnicos, políticos, econômicos e de disputas por recursos naturais. Os confrontos no país africano têm raízes em um genocídio em Ruanda, ocorrido em 1994. Rebeldes hutus, grupo étnico rival dos tutsis, agem nas florestas do Leste do Congo desde então, segundo a ONU.
Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.
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Re: :: Nova missão de paz para o Brasil? +CONGO
Vamos aguardar um pouco mais Túlio. O EB em notícias anteriores deu a entender que não estaria disponível para outras missões com a envergadura de um btl, não antes de 2015.
E como já comentei aqui mesmo, o poder político, junto ao Itamarati, vai esperar o Gen Santos Cruz, digamos, 'mandar notícias' de lá primeiro para ver se realmente nos é conveniente enviar tropas para lá, de forma que a nossa participação tenha alguma relevância, como no Haiti.
Lembre-se que o Congo é hoje considerada a missão mais perigosa da ONU no mundo, e que a situação lá é bem diferente da MINUSTAH. Então se formos, não vamos a passeio. Vamos isso sim é literalmente "pra porrada". E EM sendo assim, a avaliação dos riscos e da relação custo x benefício deve ser mais do que bem medida.
Ninguém aqui tem a intenção de servir de bucha de canhão para a ONU em um conflito que, basicamente, é muito mais complexo de se resolver do que a simples participação de uma tropa da ONU possa, por si só, tentar impor.
Até por isso, coloquei a questão dos bldos lvs acima, que nem sequer experiência - ou doutrina - de uso temos, visto que até o Uruguai, antes de ir para lá deu um jeitinho de comprar uns Piranha I usados e recauchutados dos canadenses a fim de poder mobiliar duas companhias de seu btl. Além de muitas .50, lança-rojões e outras traquinagens mais.
Vamos aguardar. As coisas podem sair, talvez, antes do que pensemos. E se formos mesmo, vamos saber em pouco tempo então, se além de bons em Missões de Manutenção da Paz, temos cacife, ou não, para impor a paz tno Congo, e nos habilitar a fazê-lo, também, e porque não, na missão da ONU no Mali.
Afinal, para quem gosta e sabe bem sambar, mexer as cadeiras numa dança do ventre não será nenhum problema, nas areias quentes dos desertos do norte da Africa.
abs.
E como já comentei aqui mesmo, o poder político, junto ao Itamarati, vai esperar o Gen Santos Cruz, digamos, 'mandar notícias' de lá primeiro para ver se realmente nos é conveniente enviar tropas para lá, de forma que a nossa participação tenha alguma relevância, como no Haiti.
Lembre-se que o Congo é hoje considerada a missão mais perigosa da ONU no mundo, e que a situação lá é bem diferente da MINUSTAH. Então se formos, não vamos a passeio. Vamos isso sim é literalmente "pra porrada". E EM sendo assim, a avaliação dos riscos e da relação custo x benefício deve ser mais do que bem medida.
Ninguém aqui tem a intenção de servir de bucha de canhão para a ONU em um conflito que, basicamente, é muito mais complexo de se resolver do que a simples participação de uma tropa da ONU possa, por si só, tentar impor.
Até por isso, coloquei a questão dos bldos lvs acima, que nem sequer experiência - ou doutrina - de uso temos, visto que até o Uruguai, antes de ir para lá deu um jeitinho de comprar uns Piranha I usados e recauchutados dos canadenses a fim de poder mobiliar duas companhias de seu btl. Além de muitas .50, lança-rojões e outras traquinagens mais.
Vamos aguardar. As coisas podem sair, talvez, antes do que pensemos. E se formos mesmo, vamos saber em pouco tempo então, se além de bons em Missões de Manutenção da Paz, temos cacife, ou não, para impor a paz tno Congo, e nos habilitar a fazê-lo, também, e porque não, na missão da ONU no Mali.
Afinal, para quem gosta e sabe bem sambar, mexer as cadeiras numa dança do ventre não será nenhum problema, nas areias quentes dos desertos do norte da Africa.
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