Cota não impede ninguém de fazer nada. Não estamos em vias de amarrar o pré-sal à educação? E os 10% e tudo mais? Se se concretizarem serão grandes avanços, mas cada coisa seu tempo.Marechal-do-ar escreveu: Essa história de cotas me parece algum compromisso firmado entre o governo brasileiro e algum orgão internacional para mudar as estatísticas de poucos negros no ensino superior, ai adotaram a solução mais fácil, o mesmo para a aprovação automática nas escolas já que o único número que entra nessas estatísticas é quantos terminaram o "K-12", não o quanto eles aprenderam, quer dizer, só para inglês ver.
Uma educação básica de qualidade desde o planejamento, a evolução das remunerações e da qualidade dos profissionais, renovação da infra-estrutura, maturação dos programas e metodologias etc. Por mais que comecemos hoje, definitivamente já não é mais coisa para esta geração, quem sabe dos meus filhos o netos.... Adotar as cotas HOJE é dizer que, por mais que medidas de médio e longo prazo sejam tomadas, já não dá mais para aceitar a realidade de quem é atendido pela universidade pública, quem precisa dela, quem está dentro, quem está de fora. NA MINHA OPINIÃO, o quadro é inaceitável. Definitivamente, a universidade pública está blindada à população. Para mim, isso é inaceitável HOJE e não pode mais esperar. Do contrário, para mim é como estar diante de um acidente de carro e se recusar a chamar a ambulância "não, não chame a ambulância, isso não vai resolver o problema, devemos é lutar por estradas mais seguras".
O PSDB está posicionado à "direita" por pura esquizofrenia da nossa política, e nem é tão direita assim, e seu figura mais lendário, o FHC, para bem ou para mal é um social-democrata. Aliás, social-democrata é o que menos o PSDB tem se mostrado.Marechal-do-ar escreveu:Quanto ao bolsa família, o que isso tem a ver com esquerda? O programa foi criado por um político de "direita" é defendido por muitos economistas de "direita" e existe em praticamente todos os países desenvolvidos, mesmo os muitos de "direita".
Bom, independentemente de quem o defende ou implementa, transferência direta de renda à população em estado de vulnerabilidade é sim uma política de esquerda, um exemplo da social-democracia em prática, alinhada com a ideia do Estado de bem-estar social.
Putin pode ser de esquerda no trato econômico, mas na política social (é de políticas sociais que estamos falando) é um conservador ferrenho!Marechal-do-ar escreveu:E viadagem não tem nada a ver com política, inclusive, a União Soviética, digo, Rússia do Putin é contra.
Nos dias de hoje, se existem esquerdistas conservadores, em geral já estão velhos. A tendência da esquerda hoje no mundo é liberal. Casamento homossexual e liberdade sexual e religiosa, educação pública, laica e democrática, saúde gratuita, transferência de renda à população vulnerável, descriminalização do consumo de drogas, abortamento, eutanásia e ortotanásia, produção sustentável, reforma agrária, são bandeiras tipicamente de esquerda atual e sensivelmente distantes já do que era imaginado na URSS. Quanto à política social, já não se pode muito dizer que alguém é de esquerda se não ele concordar com pelo menos metade desses tópicos que eu tirei como exemplo. Neste caso, Putin pode até pensar como um marxista e ser defensor do mundo multipolar, mas no campo social, FHC representaria melhor a esquerda do que ele.
abraços]