Bom, tal como eu disse, se a intenção era eliminar o alvo a qualquer custo, a operação foi um sucesso total. Seria ainda melhor se não houvesse uma fila gigante de pretendentes para o posto deixado
A Polícia Civil e Federal deveriam combater fortemente o tráfico no RJ, de modo a investigar os modos de abastecimento, tanto de drogas, como armamentos, e cortar o mal pela raiz, PRENDENDO os cabeças, enquanto que o policiamento ostensivo ficaria apenas para Polícia Militar. Se a viatura em solo avariou, deveria ter outras viaturas do mesmo tipo disponíveis para qualquer imprevisto, visto a prisão daquele traficante ser tão importante.
Mas trocar tiro assim, acertando inúmeras residências, sem qualquer controlo, e falar que isso é uma consequência, poder ser uma bela desculpa para os traficantes, que na justiça pagam pelos seus erros, mas não para a Polícia. Para ver como foi equivocado, e se os traficantes estivessem no bairro do Governador do Estado, ou de qualquer outra autoridade importante, e começassem a atirar no helicóptero da PCERJ, duvido que revidassem, a partir do helicóptero, com a mesma intensidade de tiros e descuido, e que o comandante da ação estaria tão centrado em eliminar os ocupantes da viatura a qualquer preço, sem preocupar-se com a segurança imediata dos outros cidadãos.
Ainda bem que não houve danos a inocentes, mas se este é o preparo que a Polícia tem no momento, precisa então melhorar, e muito, ou então deixar bem claro que essa é a intenção, e dar tempo para as pessoas de bem deixarem suas casas, pois caso os policias percam-se no calor do momento, como seres humanos, podem, e muito provavelmente irão, cometer erros irreparáveis, e que depois, não sejam julgados pelas suas atitudes, afinal, se morrer um traficante e alguns inocentes, o mais importante é que o traficante morreu, pois é assim que a CF manda, pois não?
O que não dá para continuar é excessos descontrolados de força, pontuais, sem qualquer amparo técnico ou legal, e dizer que é assim mesmo. Se é para ter clima de guerra, então que se declare a mesma formalmente, e façam como deve ser.
De maneira alguma sou contra operações policiais, mas precisam ser bem planeadas e executadas, com limites claros e delineados... não dá para justificar o despreparo dos elementos que participaram na operação, seja por coação, ou por impulso proprio, pois mesmo não estando lá no momento, sei que, para poder ali estar, tem todo um treinamento a ser cumprido, e quem escolhe trabalhar com segurança pública, não pode descontrolar-se emocionalmente, como outras pessoas poderiam. Não é um trabalho para qualquer um, e infelizmente, não há espaço para amadorismo.
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