Paraguai

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Re: Paraguai

#2926 Mensagem por romeo » Qua Dez 05, 2012 5:30 pm

Túlio escreveu:Canoa petroleira é sodas... [003] [003] [003] [003]

Mas não vejo maneira de viabilizar a exploração a menos que seja mesmo um BAITA campo, pois uma linha de tubulações ligando a algum porto também custaria ops olhos da cara...
Pô Túlio... Você nem parece acostumao às lides fronteiriças ô xente...

Faz as contas aí, companheiro :

( numero de muambeiros que passam pela ponte da amizade ) VEZES ( dois galões de 5 litros cada um ) é igual = escoamento total da produção de petróleo paraguaio.

E sem pagar impostos nem taxas !

CONTABILIDADE TABAJARA
Qualquer coisa novo cálculo é só nos solicitar !!!!




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Re: Paraguai

#2927 Mensagem por Bourne » Qua Dez 05, 2012 5:59 pm

Túlio escreveu:Triste vai ser se levantarem um barril e estiver escrito embaixo:

MADE IN CHINA!!! [003] [003] [003] [003]
Supondo que o grande comprador seja a China. Pelo baixo custo e estar do lado não duvide que o comprador seja Brasil. Principalmente se for de boa qualidade. Além de ficar pronto o projeto de exploração por idos de 2020, quando a capacidade de reino nacional deve subir. O gás natural também é muito legal. As indústrias e usinas termoelétricas seriam bem receptivas.

E o Pré-Sal? É caro.

A estrutura para retirar petróleo de campos em terra é muito mais simples e fácil do que no mar. Até uma quantidade pequena seria viável. Na pior das hipóteses coloca em cima do caminhão e manda para a refinaria mais próxima. Também tinham planos de fazer uma uma rodovia e ferrovia entre pacifico e atlântico passando pelo Paraguai. Os campos petrolíferos podem ser o financiador do projeto.




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Re: Paraguai

#2928 Mensagem por NettoBR » Seg Abr 22, 2013 10:58 am

Horacio Cartes é eleito presidente do Paraguai
21/04/2013 - Atualizado às 21h56.

Em seu discurso de vitória, o novo presidente do Paraguai, o colorado Horacio Cartes, disse que espera "ganhar a confiança de toda a população".
"Venceu o Paraguai e o meu compromisso é com todos os paraguaios da república", disse, diante da multidão colorada que o esperava em frente ao seu centro de campanha, num bairro abastado da capital, Assunção.

Com 81% das urnas apuradas, Cartes tinha 45,9% dos votos contra 36,8% do liberal Efraín Alegre.

Enrolado na bandeira do Paraguai e visivelmente emocionado, Cartes interrompeu o discurso logo no início, com a voz embargada. Os assessores subiram então o volume da polca (música típica paraguaia) para que o vencedor pudesse se recompor.

"Convido a oposição a trabalhar pela nação. Queremos um Paraguai para todos e (...) não discriminar por cores ou partidos", disse, no discurso de 10 minutos.
Com 56% dos votos apurados e após o reconhecimento da derrota por Alegre, o TSJE (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral) declarou oficialmente a vitória de Cartes.
Segundo o candidato liberal, o processo foi "transparente e adequado". "O povo paraguaio se pronunciou e nós respeitamos", disse. "Fizemos um esforço extraordinário, mas não foi possível [vencer]."

A participação foi de 68,5%, índice um pouco mais alto que nas eleições de 2003 e 2008.

Cartes é um megaempresário do país, dono de 26 empresas, a maioria de cigarros, e presidente do clube de futebol Libertad. Pairam sobre ele acusações de ligação com o narcotráfico e de lavagem de dinheiro. Ele nega seu envolvimento e argumenta que nunca foi formalmente acusado por elas.
Desde as 17h (18h de Brasília), quando pesquisas de boca de urna apontavam uma vantagem de mais de 14 pontos percentuais para Cartes, colorados já tomavam as ruas da capital, Assunção, buzinando e soltando fogos.

Em frente à sede do Partido Colorado, no centro da capital, e ao escritório montado pela campanha de Cartes num bairro abastado, apoiadores, vestidos de vermelho e com bandeiras do partido, já festejavam o provável retorno dos colorados ao poder, após cinco anos.

O partido conservador governou o Paraguai por 60 anos, entre 1948 e 2008.

A tranquilidade do processo eleitoral ontem só foi quebrada por uma declaração do vice-presidente do TSJE (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral), Juan Manuel Morales, que "antecipou" a vitória colorada.
Faltando mais de cinco horas para o fechamento das urnas, ele afirmou que os resultados já apontavam um vencedor, e que a tendência era "irreversível". O presidente do TSJE, Alberto Ramírez Zambonini, logo desautorizou as declarações.

BRASIL

Antes de votar, Cartes disse que o país tem tudo para voltar a dialogar com o Brasil, um "país-irmão".
"A gente quer trabalhar com o Brasil. O Paraguai tem tudo para sentar à mesa com o Brasil, um país-irmão, pra trabalhar junto", disse Cartes, durante coletiva de imprensa na manhã deste domingo (21), em Assunção.

"Temos a maior hidrelétrica do mundo com o Brasil, e hoje temos muitas indústrias do país --o que acho que está sendo muito bom para o Brasil, porque elas estão produzindo com o custo da energia daqui", disse.

O governo brasileiro suspendeu suas relações políticas de alto nível com o Paraguai logo após o impeachment-relâmpago de Fernando Lugo, em 22 de junho de 2012, rompimento político reafirmado com a suspensão do país do Mercosul.
No dia seguinte à destituição do ex-presidente, o então embaixador brasileiro no país, Eduardo dos Santos, foi convocado pelo Itamaraty para dar explicações e não voltou mais a Assunção desde então.

Santos foi promovido a secretário-geral do Itamaraty no início deste ano, e o governo brasileiro, segundo a Folha apurou, só deverá entregar as credenciais de seu novo embaixador ao próximo governo --que assume em agosto.
Segundo Cartes, também há uma predisposição de sua parte a retornar, o quanto antes, ao Mercosul. "Hoje as fronteiras caíram e há a necessidade que os países estejam todos integrados."

Imagem

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... guai.shtml




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Re: Paraguai

#2929 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 22, 2013 11:30 am

Vamos ver agora como vão funcionar as coisas com um governo paraguaio que não faz parte do "clubinho de companheiros".

abs.




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Re: Paraguai

#2930 Mensagem por Túlio » Seg Abr 22, 2013 11:53 am

Bueno, com os Colorados não tinha essa encheção de saco toda hora querendo tomar Itaipu na marra, ganhar mesada, querer canhão, subir preço da energia toda hora. Se eles mantiverem a tradição e mesmo assim desandar, vai seu treta dos "cumpanhêros" mas tenho minhas dúvidas, não tinha "cumpanhêro" na disputa lá e o Franco & cambada não eram nada benquistos...

Diria que tudo tende a se acomodar e, na próxima grande manobra que fizermos nas fronteiras, poderemos até convidar as FFAA do PY a participar...




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Re: Paraguai

#2931 Mensagem por FCarvalho » Seg Abr 22, 2013 1:27 pm

Penso que as tudo corra por esta lado aí. A presidenta pode ser quase tão ideológica quanto o seu assecla mor em assuntos externos, o sr. MAG, e seus representantes do Itamarati, mas não é trouxa de arrumar confusão em matéria de negócios.

Se privilegiar o seu pragmatismo econômico, tudo tende a se acomodar e virarmos novamente bons amigos dos paraguaios. Até porque ela já esta sendo cobrada a apresentar serviço na janela externa, a bem dos acontecimentos eleitorais futuros. E arrumar briga com os vizinhos não seria muito boa propaganda. Mesmo para com uma economia raquítica e inexpressiva como a de nossos hermanos do outro lado do rio Paraná.

Assim espero.

abs




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Re: Paraguai

#2932 Mensagem por Túlio » Qua Mai 08, 2013 1:27 pm

E essa agora?

ITAIPU - PARAGUAI QUER DESPERDIÇAR ENERGIA EM UM POLO DE ALUMÍNIO DA RIO TINTO

Em um kg de alumínio cerca de 60 a 70 % do seu valor é energia. Usar a energia de Itaipu para fundir alumínio é um contrasenso


Textos abaixo Agência Estado e do jornal Valor

Título e notas DefesaNet.



Em meio aos problemas do setor elétrico brasileiro, que teve apagões e empresas insatisfeitas com mudanças de regras, o Brasil pode sofrer mais um revés. Ontem, o presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que o país vizinho consumirá mais energia com a futura instalação de uma fábrica de alumínio e, assim, deve exportar menos eletricidade ao Brasil e à Argentina.

Ou seja, além de pedir aumento dos preços, o governo paraguaio agora sinaliza a perspectiva de reduzir o volume de eletricidade vendida. "O Brasil paga hoje US$ 240 milhões pela energia de nove turbinas de Itaipu que correspondem à parte paraguaia. Pela energia de apenas uma turbina, a Rio Tinto pagará muito mais do que as nove turbinas", disse, em entrevista ao canal de televisão Telefiituro na manhã de domingo, segundo o jornal ABC Color de Assunção.

Na conversa, o principal tema foi a instalação no país de uma fábrica da Rio Tinto Alcan, braço da anglo-australiana que produz alumínio. Com a unidade, a demanda paraguaia por energia aumentará e o volume disponível para exportação cairá, explicou o presidente.

A sinalização aconteceu menos de 48 horas após a assinatura de um protocolo de intenções entre o governo de Franco e a multinacional.

Conforme o documento assinado na sexta-feira, a Rio Tinto pretende instalar um complexo para fabricação de alumínio e pode consumir mais de uma turbina de Itaipu, cerca de 1.100 mega-watts, ou 7% da produção da usina binacional.

Durante a entrevista, segundo o ABC Color, Franco disse que a chegada da Rio Tinto ao Paraguai representa o início da "soberania energética" do país e que, com isso, "Brasil e Argentina começarão a respeitar o Paraguai".

Reação. O Ministério de Minas e Energia não comentou as declarações do presidente paraguaio. De acordo com a assessoria de imprensa, os técnicos responsáveis pela área que cuida de Itaipu não foram localizados por causa da folga de Natal.

A pasta, porém, pode emitir um posicionamento amanhã, quando as equipes retornarem do feriado.

Em outras ocasiões nas quais o presidente Franco ameaçou o País com a diminuição da venda de energia de Itaipu, a posição foi sempre a mesma os paraguaios têm o direito de utilizar até metade da eletricidade produzida pela usina binacional, mas estão obrigados pelo tratado de construção da hidrelétrica a vender o restante para o Brasil.


Vanessa Dezem


O gigantesco projeto de produção de alumínio primário que a multinacional anglo-australiana RioTinto está desenhando para instalar no Paraguai, usando energia da hidrelétrica de Itaipu, está movimentando as autoridades do país. O objetivo, agora, é atrair empresas brasileiras transformadoras do metal para se instalarem no entorno e, assim, criar um polo de fabricação de itens como cabos e fios, componentes e peças fundidas e embalagens, entre outros produtos.

As negociações do governo paraguaio correm paralelas com a Rio Tinto e empresas brasileiras do setor. Segundo apurou o Valor, já existem companhias transformadoras com interesse em se estabelecer no Paraguai.

Um dos motivos é que a oferta do metal no Brasil estagnou. O país poderá enfrentar déficit a partir deste ano ou no mais tardar 2014. Devido aos custos elevados da energia, os atuais grupos produtores - Votorantim / CBA, Alcoa, BHP Billiton, Norsk Hydro e Novelis - não têm, até o momento, planos de expansão e muito menos de instalar novas fundições no país. Pelo contrário, corre-se o risco até de novos cortes na oferta.

A Rio Tinto, que comprou a antiga canadense Alcan em 2008, traçou caminho fora do Brasil. O governo paraguaio informou ao Valor que a Rio Tinto desenha um projeto com capacidade de produção de 674 mil toneladas de alumínio primário por ano. Deverão ser investidos US$ 3,5 bilhões para a construção da unidade de fundição. Ao se considerar os desembolsos necessários à infraestrutura do parque industrial, os recursos podem ultrapassar os US$ 4 bilhões, avalia o governo.

"É do interesse do governo do Paraguai atrair empresas brasileiras para criar uma área de produção industrial de produtos de alumínio usando o material primário da RioTinto", afirmou Diego Zavala, consultor para o Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai para o projeto da Rio Tinto. Até agora, o governo recebeu cartas de intenção de 16 empresas consumidoras da matéria-prima, com interesse em se estabelecer no polo industrial.

A grande parte dessas empresas tem operações no Brasil. Entre os setores envolvidos estão laminação, extrusão (perfis para construção), fios e cabos elétricos, ligas de alumínio, reciclagem, gases industriais, ligas de aço, estruturas de metal e até de cimento.

"Levando em consideração que o parque industrial ainda está em etapa preliminar, o interesse crescente é encorajador", disse Zavala.

O projeto ainda está em fase de desenvolvimento e o governo do Paraguai está finalizando os estudos de impactos econômicos e na área de energia. Estão sendo analisados também a estrutura de impostos e a infraestrutura necessária para o parque industrial.

Segundo Zavala, a companhia foi atraída pela grande oferta de energia oferecida pelo país a baixo custo, além da proximidade de grandes mercados consumidores, como o Brasil e a Argentina. Energia é o insumo de maior peso na indústria de alumínio primário, podendo representar até um terço do custo de produção. Para os padrões mundiais, uma fundição do metal, para ser competitiva, não pode ter energia acima de US$ 30 por MWhora.

Os planos de investimentos da Rio Tinto no Paraguai podem ser considerados uma resposta à situação do mercado de alumínio global. Desde o início do ano, as principais produtoras do mundo, como Alcoa, BHP Billiton e a própria Rio Tinto, anunciaram cortes na produção do metal, que sofreu forte queda nos preços. No segundo semestre do ano passado a cotação no alumínio na Bolsa de Metais de Londres (LME) recuou 21,54%, variando entre US$ 2 mil e US$ 2,2 mil a tonelada..

Com o cenário da demanda pelo metal se degradando, diante da crise na Europa e da desaceleração do consumo da China, as empresas do setor - que enfrentam alta de custos de produção - passaram a rever suas estratégias. Elas buscam locais que possam oferecer baixos custos, principalmente de energia

"Não foi negociado ainda o preço da energia, mas o sistema elétrico do Paraguai tem energia em abundância e o governo quer estimular a instalação desse parque fabril", ressaltou Zavala. Para o Brasil, segundo ele, isso traria vantagens por se tornar uma plataforma industrial que serviria o país na oferta de alumínio primário e seus produtos, a preço competitivo.

A Rio Tinto afirmou que "não vai comentar os investimentos nessa fase" do projeto paraguaio.


http://www.defesanet.com.br/fronteiras/ ... -Rio-Tinto

Descontando o título tendencioso (para variar) do DN, comento:


:arrow: O Paraguai deve contratualmente vender a metade da energia produzida QUE NÃO FOR UTILIZAR! No caso, se a utilizar, não precisa vender.

:arrow: Não vejo como culpa DO GOVERNO DO PARAGUAI que estejamos sofrendo apagões; para mim é um certo OUTRO que deve se responsabilizar pelo abastecimento energético do Brasil...

:arrow: Vejo como positivo isso tudo por dois aspectos básicos:

1 - Sem a mamata de Itaipu, se terá que desatar de uma vez nós górdios como Belo Monte e as novas usinas nucleares. Ou isso ou vem apagón dos grandes, e isso com uma Copa e uma Olimpíada no caminho.

2 - Desenvolvendo-se, o Paraguai para de encher o saco querendo aumento na mesada.




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Re: Paraguai

#2933 Mensagem por Marechal-do-ar » Qua Mai 08, 2013 1:45 pm

Bom pro Paraguai...

Eu há anos falando que a energia aqui é cara demais e inviabiliza muitas indústrias... Agora o Paraguai vai deixar de vender energia para nós, para vender energia para indústrias paraguaias construídas por dinheiro brasileiro e vender o alumínio ao Brasil...




Não foi por falta de aviso.




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Re: Paraguai

#2934 Mensagem por joao fernando » Qua Mai 08, 2013 1:57 pm

Ué, é um direito deles, o tratado fala que a energia não usada deve er vendida ao Brasil. E se vier apagão, mandamos os ecochatos pedalar bicicletas equipadas com dinamos, de modo a poder tomar o MEU banho quente




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Re: Paraguai

#2935 Mensagem por rodrigo » Qua Mai 08, 2013 2:03 pm

Túlio escreveu:E essa agora?

ITAIPU - PARAGUAI QUER DESPERDIÇAR ENERGIA EM UM POLO DE ALUMÍNIO DA RIO TINTO

Em um kg de alumínio cerca de 60 a 70 % do seu valor é energia. Usar a energia de Itaipu para fundir alumínio é um contrasenso


Textos abaixo Agência Estado e do jornal Valor

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Em meio aos problemas do setor elétrico brasileiro, que teve apagões e empresas insatisfeitas com mudanças de regras, o Brasil pode sofrer mais um revés. Ontem, o presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que o país vizinho consumirá mais energia com a futura instalação de uma fábrica de alumínio e, assim, deve exportar menos eletricidade ao Brasil e à Argentina.

Ou seja, além de pedir aumento dos preços, o governo paraguaio agora sinaliza a perspectiva de reduzir o volume de eletricidade vendida. "O Brasil paga hoje US$ 240 milhões pela energia de nove turbinas de Itaipu que correspondem à parte paraguaia. Pela energia de apenas uma turbina, a Rio Tinto pagará muito mais do que as nove turbinas", disse, em entrevista ao canal de televisão Telefiituro na manhã de domingo, segundo o jornal ABC Color de Assunção.

Na conversa, o principal tema foi a instalação no país de uma fábrica da Rio Tinto Alcan, braço da anglo-australiana que produz alumínio. Com a unidade, a demanda paraguaia por energia aumentará e o volume disponível para exportação cairá, explicou o presidente.

A sinalização aconteceu menos de 48 horas após a assinatura de um protocolo de intenções entre o governo de Franco e a multinacional.

Conforme o documento assinado na sexta-feira, a Rio Tinto pretende instalar um complexo para fabricação de alumínio e pode consumir mais de uma turbina de Itaipu, cerca de 1.100 mega-watts, ou 7% da produção da usina binacional.

Durante a entrevista, segundo o ABC Color, Franco disse que a chegada da Rio Tinto ao Paraguai representa o início da "soberania energética" do país e que, com isso, "Brasil e Argentina começarão a respeitar o Paraguai".

Reação. O Ministério de Minas e Energia não comentou as declarações do presidente paraguaio. De acordo com a assessoria de imprensa, os técnicos responsáveis pela área que cuida de Itaipu não foram localizados por causa da folga de Natal.

A pasta, porém, pode emitir um posicionamento amanhã, quando as equipes retornarem do feriado.

Em outras ocasiões nas quais o presidente Franco ameaçou o País com a diminuição da venda de energia de Itaipu, a posição foi sempre a mesma os paraguaios têm o direito de utilizar até metade da eletricidade produzida pela usina binacional, mas estão obrigados pelo tratado de construção da hidrelétrica a vender o restante para o Brasil.


Vanessa Dezem


O gigantesco projeto de produção de alumínio primário que a multinacional anglo-australiana RioTinto está desenhando para instalar no Paraguai, usando energia da hidrelétrica de Itaipu, está movimentando as autoridades do país. O objetivo, agora, é atrair empresas brasileiras transformadoras do metal para se instalarem no entorno e, assim, criar um polo de fabricação de itens como cabos e fios, componentes e peças fundidas e embalagens, entre outros produtos.

As negociações do governo paraguaio correm paralelas com a Rio Tinto e empresas brasileiras do setor. Segundo apurou o Valor, já existem companhias transformadoras com interesse em se estabelecer no Paraguai.

Um dos motivos é que a oferta do metal no Brasil estagnou. O país poderá enfrentar déficit a partir deste ano ou no mais tardar 2014. Devido aos custos elevados da energia, os atuais grupos produtores - Votorantim / CBA, Alcoa, BHP Billiton, Norsk Hydro e Novelis - não têm, até o momento, planos de expansão e muito menos de instalar novas fundições no país. Pelo contrário, corre-se o risco até de novos cortes na oferta.

A Rio Tinto, que comprou a antiga canadense Alcan em 2008, traçou caminho fora do Brasil. O governo paraguaio informou ao Valor que a Rio Tinto desenha um projeto com capacidade de produção de 674 mil toneladas de alumínio primário por ano. Deverão ser investidos US$ 3,5 bilhões para a construção da unidade de fundição. Ao se considerar os desembolsos necessários à infraestrutura do parque industrial, os recursos podem ultrapassar os US$ 4 bilhões, avalia o governo.

"É do interesse do governo do Paraguai atrair empresas brasileiras para criar uma área de produção industrial de produtos de alumínio usando o material primário da RioTinto", afirmou Diego Zavala, consultor para o Ministério da Indústria e Comércio do Paraguai para o projeto da Rio Tinto. Até agora, o governo recebeu cartas de intenção de 16 empresas consumidoras da matéria-prima, com interesse em se estabelecer no polo industrial.

A grande parte dessas empresas tem operações no Brasil. Entre os setores envolvidos estão laminação, extrusão (perfis para construção), fios e cabos elétricos, ligas de alumínio, reciclagem, gases industriais, ligas de aço, estruturas de metal e até de cimento.

"Levando em consideração que o parque industrial ainda está em etapa preliminar, o interesse crescente é encorajador", disse Zavala.

O projeto ainda está em fase de desenvolvimento e o governo do Paraguai está finalizando os estudos de impactos econômicos e na área de energia. Estão sendo analisados também a estrutura de impostos e a infraestrutura necessária para o parque industrial.

Segundo Zavala, a companhia foi atraída pela grande oferta de energia oferecida pelo país a baixo custo, além da proximidade de grandes mercados consumidores, como o Brasil e a Argentina. Energia é o insumo de maior peso na indústria de alumínio primário, podendo representar até um terço do custo de produção. Para os padrões mundiais, uma fundição do metal, para ser competitiva, não pode ter energia acima de US$ 30 por MWhora.

Os planos de investimentos da Rio Tinto no Paraguai podem ser considerados uma resposta à situação do mercado de alumínio global. Desde o início do ano, as principais produtoras do mundo, como Alcoa, BHP Billiton e a própria Rio Tinto, anunciaram cortes na produção do metal, que sofreu forte queda nos preços. No segundo semestre do ano passado a cotação no alumínio na Bolsa de Metais de Londres (LME) recuou 21,54%, variando entre US$ 2 mil e US$ 2,2 mil a tonelada..

Com o cenário da demanda pelo metal se degradando, diante da crise na Europa e da desaceleração do consumo da China, as empresas do setor - que enfrentam alta de custos de produção - passaram a rever suas estratégias. Elas buscam locais que possam oferecer baixos custos, principalmente de energia

"Não foi negociado ainda o preço da energia, mas o sistema elétrico do Paraguai tem energia em abundância e o governo quer estimular a instalação desse parque fabril", ressaltou Zavala. Para o Brasil, segundo ele, isso traria vantagens por se tornar uma plataforma industrial que serviria o país na oferta de alumínio primário e seus produtos, a preço competitivo.

A Rio Tinto afirmou que "não vai comentar os investimentos nessa fase" do projeto paraguaio.


http://www.defesanet.com.br/fronteiras/ ... -Rio-Tinto

Descontando o título tendencioso (para variar) do DN, comento:


:arrow: O Paraguai deve contratualmente vender a metade da energia produzida QUE NÃO FOR UTILIZAR! No caso, se a utilizar, não precisa vender.

:arrow: Não vejo como culpa DO GOVERNO DO PARAGUAI que estejamos sofrendo apagões; para mim é um certo OUTRO que deve se responsabilizar pelo abastecimento energético do Brasil...

:arrow: Vejo como positivo isso tudo por dois aspectos básicos:

1 - Sem a mamata de Itaipu, se terá que desatar de uma vez nós górdios como Belo Monte e as novas usinas nucleares. Ou isso ou vem apagón dos grandes, e isso com uma Copa e uma Olimpíada no caminho.

2 - Desenvolvendo-se, o Paraguai para de encher o saco querendo aumento na mesada.
Isso é um risco muito maior e mais real ao Brasil do que todas as hipóteses de invasão pensadas, treinadas e doutrinadas durante décadas. Simplesmente porque é fácil do Paraguai conseguir investidores estrangeiros para esse negócio genial: montar a fábrica de alumínio para usar energia elétrica praticamente de graça. E o Brasil, operando no limite faz uns 20 anos, vai entrar em desespero. E não tem solução, a não ser se inventarem alguma coisa como a CIA do Bush, dizendo que lá tem ADM ou qualquer coisa do gênero.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

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Re: Paraguai

#2936 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Mai 08, 2013 2:04 pm

Começando com aqueles atores ditos, globais, que fazem campanha contra Belo Monte tendo que tomar banho gelado, nunca mais usar o Ar-Condicionado nos 19 cômodos de suas casas, não ligarem mais o notebook pra postar fotos de beijinhos no Facebook, etc, etc, etc...




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Re: Paraguai

#2937 Mensagem por Túlio » Qua Mai 08, 2013 2:11 pm

Vejo que compreenderam meu ponto. Se os paraguas vão usar a energia DELES em seu próprio País, o Brasil que tome vergonha e vá tratar de cuidar de suas próprias necessidades. Eu começaria fechando a FUNAI e o IBAMA, comprometidos com a META de nos ver de volta à idade da pedra...




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Re: Paraguai

#2938 Mensagem por Túlio » Qua Mai 08, 2013 2:15 pm

Acrescento que os apagões constantes foram uma bandeira política que guindou um certo partido ao poder, onde se mantém até hoje. Bueno, se quiserem continuar na vida boa, terão de rever alguns CONCEITOS... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:




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Re: Paraguai

#2939 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Mai 08, 2013 2:23 pm

Se houver apagão ninguém vai suportar a TPM do Bourne tendo que perder os episódios de The Big Bang Theory e Two and a Half Man.




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Re: Paraguai

#2940 Mensagem por Túlio » Qua Mai 08, 2013 2:30 pm

Ninguém vai suportar A MINHA TPM ficando sem DB, vou virar o maior pinguço aqui da região... :lol: :lol: :lol: :lol:




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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