É aquela coisa. Sem um bom sistema de C4IRS o país não tem como saber o que se passa ao redor e alhures. Mas isto parece está sendo providenciado com a implantação/integração do Sisfront/Sigaaz junto ao Sisceab. Ponto. Com direito a todas as desculpas para a segurança pública, defesa de pré-sal e outras coisas mais do que batidas, e que cabem a mínima explicação para o imaginário popular.
Mas aí temos somente parte do sistema. Porque de nada adianta eu ter um sistema capaz de me informar, por exemplo, sobre tráfego marítimo em todo o AS, ou sobre o que se passa na FIR Atlântico, se eu não tenho capacidade e nem operacionalidade para atuar, eficazmente, no mínimo, sobre estas informações. Não temos helos, nem NaPaOc ou Corvetas ou fragatas ou P-3's suficientes, e/ou bases de apoio fora do país, para isso, e nem temos perspectivas reais e críveis de que viremos a tê-los, simplesmente porque o principal interessado/responsável, não quer e não tem nenhuma responsabilidade ou zelo financeiro quanto a implementação/reequipamento destes recursos nos prazos estabelecidos por seu próprio planejamento, aludidos nos planos que ele mesmo estabeleceu.
Assim, mesmo sabendo nós de que tipo de ataque estaríamos, estamos e/ou estaremos expostos, vide nossa futurística capacidade de consciência situacional, nada, mas absolutamente nada acontece no campo do hardware operacional conforme o planejado e de forma a acompanhar aqueles evoluções do sistema de C4ISR tupiniquim. Então, tanto fez como tanto faz, na prática, se nossos principais alvos vão estar a 200 ou a 2.000 kms da costa, porque simplesmente, mesmo que venhamos a poder identificar um ataque/ameaça, não temos e nem teremos meios suficientes para defender-nos seja na costa, seja no interior do país.
A frota atual e futura da MB mal poderá defender-se, e se muito, das ameaças aéreas a si em alto mar, o se dirá defender suas bases e pontos estratégicos no litoral do país. Sem contar que futuras corvetas, se muito, também, poderão defender-se somente a si mesma e ainda com bastante limitações, vide o atual quadro da defesa AAe das mesmas, e o que se planeja, eventualmente, para a futura classe. A posse de um ou dois Nae's também não vai fazer muita diferença, posto que estes serão usados para a defesa da frota e não do litoral. Caças e patrulheiros em terra poderiam ajudar se fosses vetores novos e com grande alcance como um Su-35/PAK-FA, e mesmo assim somente em quantidades dignas de nota, e não somente um punhado para "defender" o planalto central, que está não obstante, bem longe da costa. Mas não tanto que se possa fazer imune a armas inteligentes de longo alcance de bombardeiros ou mesmo de caças pesados com apoio de Revo. Em nenhuma das situações apresentadas teremos condições de fazer frente a tal investida.
E como o povo aqui gosta de dizer, é continuar no velho esquema de cobrir a cabeça e descobrir os pés, e vice-e-versa. Até porque, se explodirem o RJ, Brasília ou SP, sempre teremos a opção de "correr para o mato" e recomeçar tudo de novo. Afinal, somos todos índios... e eles não.
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abs.