Operações Policiais e Militares
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- Andre Correa
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Re: Operações Policiais e Militares
Mas o 9mm não é mais prático para portar, menor e mais leve, e portanto, permite ao policial levar mais munições, e tendo um "kick" menor, permite maior precisão para o double tap? Estranho liberarem o .45, que na minha opinião não combina com cenário urbano de proximidade, e manter a proibição no 9mm Luger.... Tem alguma submetralhadora .45? Aquela MT-40 G2, da Taurus, licenciada da FAMAE, é .40S&W não é?
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Operações Policiais e Militares
Não acho que a diferença para o .40 seja tão grande.Andre Correa escreveu:Mas o 9mm não é mais prático para portar, menor e mais leve, e portanto, permite ao policial levar mais munições, e tendo um "kick" menor, permite maior precisão para o double tap?
Em nossas firças policiais? Acho que não.Andre Correa escreveu:Tem alguma submetralhadora .45?
No resto do mundo tem um monte, da famosa Thompson a H&K UMP em .45.
Sim.Andre Correa escreveu:Aquela MT-40 G2, da Taurus, licenciada da FAMAE, é .40S&W não é?
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- Viktor Reznov
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Re: Operações Policiais e Militares
A UMP 45 e a Thompson são duas sub-mtrs que eu conheço no calibre .45, acho que a MAC 10 também.Andre Correa escreveu:Mas o 9mm não é mais prático para portar, menor e mais leve, e portanto, permite ao policial levar mais munições, e tendo um "kick" menor, permite maior precisão para o double tap? Estranho liberarem o .45, que na minha opinião não combina com cenário urbano de proximidade, e manter a proibição no 9mm Luger.... Tem alguma submetralhadora .45? Aquela MT-40 G2, da Taurus, licenciada da FAMAE, é .40S&W não é?
EDIT: Ah sim, a Grease Gun M3A1 também é nesse calibre.
EDIT2: lembrei de mais outra, a Vector da KRISS-USA.
Agora, eu gostaria muito que se liberasse o calibre .30 Carbine pra uso civil e que se passasse a vender aqui a carabina M1 com o carregado de 30 tiros, mas isso é uma utopia.
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- Andre Correa
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Re: Operações Policiais e Militares
Eu acredito que, para aqueles que preferem a tecnica do Double Tap, as 3 munições que um arma 9mm leva a mais, podem fazer a diferença durante uma troca de tiros... E como normalmente policiais levam consigo pelo menos 3 carregadores, estamos a falar de 9 munições a mais. E com os diferentes tipos de munições no 9mm, o problema da transfixação já foi praticamente contornado.
Sei que a .40 tem um pouco mais de poder de parada, enquanto que a .45, apesar do maior poder de parada, tem um kick mais forte, o que atrapalha na a cadencia efetiva de tiros, por isso não é muito utilizada por policiais, e mais pelas FFAA, que na verdade, tem num armamento pesado a sua arma principal.
Enfim, estive a ler um pouco sobre o assunto da 9mm Luger, e realmente é daquelas coisas que só acontecem no Brasil, e que ninguém sabe o porquê, nem a razão, mas fica assim mesmo... e segue a vida
Sei que a .40 tem um pouco mais de poder de parada, enquanto que a .45, apesar do maior poder de parada, tem um kick mais forte, o que atrapalha na a cadencia efetiva de tiros, por isso não é muito utilizada por policiais, e mais pelas FFAA, que na verdade, tem num armamento pesado a sua arma principal.
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Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Operações Policiais e Militares
Reportagem especial sobre a tropa de elite da Polícia Civil de Goiás - GT-3, feita pela bela repórter Melany Bessa da Tv Serra Dourada, afiliada local do SBT.
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Fonte: Tv Serra Dourada/Sbt/Youtube
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- Túlio
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Re: Operações Policiais e Militares
Andre Correa escreveu:Eu acredito que, para aqueles que preferem a tecnica do Double Tap, as 3 munições que um arma 9mm leva a mais, podem fazer a diferença durante uma troca de tiros... E como normalmente policiais levam consigo pelo menos 3 carregadores, estamos a falar de 9 munições a mais. E com os diferentes tipos de munições no 9mm, o problema da transfixação já foi praticamente contornado.
Sei que a .40 tem um pouco mais de poder de parada, enquanto que a .45, apesar do maior poder de parada, tem um kick mais forte, o que atrapalha na a cadencia efetiva de tiros, por isso não é muito utilizada por policiais, e mais pelas FFAA, que na verdade, tem num armamento pesado a sua arma principal.
Enfim, estive a ler um pouco sobre o assunto da 9mm Luger, e realmente é daquelas coisas que só acontecem no Brasil, e que ninguém sabe o porquê, nem a razão, mas fica assim mesmo... e segue a vida
Para mim isso de stopping power não passa de LENDA! Um sujeito que leva com um .22LR HP na cabeça vai parar mais devagar que um que levar com um Magnum 44 HP?
Claro, foi uma proposição extrema, já que falamos de calibres de uso POLICIAL e que, ao menos NO BRASIL, se resumem a .38 SPL +P+, 9 mm Luger e .40 S&W. Um double tap bem efetuado no tórax com qualquer desses calibres faz qualquer vago sossegar o facho na horinha.
Claro, há as famosas EXCEÇÕES: nenhum sistema nervoso humano do mundo é exatamente igual a outro em suas reações, além do que estas podem e são afetadas por outros fatores, como nível de stress/adrenalina induzido por medo, raiva, drogas, etc. E então se pode ser obrigado a NOVO double tap.
Para mim, seria mais fácil fazer isso com 9 mm. E o .40 "escoiceia" mais, sim. Temos um projétil (ou projetil) de 155 grains (o mais comum nas Polícias Brasileiras) saindo do cano a uma velocidade semelhante à de outro de 115 grains (9 mm), ou seja, levando-se em conta a lei de ação/reação, as mãos do Atirador precisam suportar o recuo extra de uma massa de 40 grains...
Outro modo de demonstrar isso é bem pessoal: já efetuei mais de mil disparos com a arma com a qual sou mais acostumado, o famoso "canela fina" Taurus Mod. 80. Quem também o é cedo ou tarde acaba disparando um tambor inteiro com munição +P 125 grains e outro com 158 +P. Esta última, mesmo não muito mais potente/pesada, gera alguma maior dificuldade na recuperação da visada. Não é essa dificuldade toda mas atrapalha quando se está competindo com algum colega ou simplesmente se quer ser 01 no curso...
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Viktor Reznov
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Re: Operações Policiais e Militares
Essa questão do stopping power surgiu depois de testarem munições em porcos vivos. Então eu acho que há um fundo de verdade aí.Túlio escreveu:Andre Correa escreveu:Eu acredito que, para aqueles que preferem a tecnica do Double Tap, as 3 munições que um arma 9mm leva a mais, podem fazer a diferença durante uma troca de tiros... E como normalmente policiais levam consigo pelo menos 3 carregadores, estamos a falar de 9 munições a mais. E com os diferentes tipos de munições no 9mm, o problema da transfixação já foi praticamente contornado.
Sei que a .40 tem um pouco mais de poder de parada, enquanto que a .45, apesar do maior poder de parada, tem um kick mais forte, o que atrapalha na a cadencia efetiva de tiros, por isso não é muito utilizada por policiais, e mais pelas FFAA, que na verdade, tem num armamento pesado a sua arma principal.
Enfim, estive a ler um pouco sobre o assunto da 9mm Luger, e realmente é daquelas coisas que só acontecem no Brasil, e que ninguém sabe o porquê, nem a razão, mas fica assim mesmo... e segue a vida
Para mim isso de stopping power não passa de LENDA! Um sujeito que leva com um .22LR HP na cabeça vai parar mais devagar que um que levar com um Magnum 44 HP?
Claro, foi uma proposição extrema, já que falamos de calibres de uso POLICIAL e que, ao menos NO BRASIL, se resumem a .38 SPL +P+, 9 mm Luger e .40 S&W. Um double tap bem efetuado no tórax com qualquer desses calibres faz qualquer vago sossegar o facho na horinha.
Claro, há as famosas EXCEÇÕES: nenhum sistema nervoso humano do mundo é exatamente igual a outro em suas reações, além do que estas podem e são afetadas por outros fatores, como nível de stress/adrenalina induzido por medo, raiva, drogas, etc. E então se pode ser obrigado a NOVO double tap.
Para mim, seria mais fácil fazer isso com 9 mm. E o .40 "escoiceia" mais, sim. Temos um projétil (ou projetil) de 155 grains (o mais comum nas Polícias Brasileiras) saindo do cano a uma velocidade semelhante à de outro de 115 grains (9 mm), ou seja, levando-se em conta a lei de ação/reação, as mãos do Atirador precisam suportar o recuo extra de uma massa de 40 grains...
Outro modo de demonstrar isso é bem pessoal: já efetuei mais de mil disparos com a arma com a qual sou mais acostumado, o famoso "canela fina" Taurus Mod. 80. Quem também o é cedo ou tarde acaba disparando um tambor inteiro com munição +P 125 grains e outro com 158 +P. Esta última, mesmo não muito mais potente/pesada, gera alguma maior dificuldade na recuperação da visada. Não é essa dificuldade toda mas atrapalha quando se está competindo com algum colega ou simplesmente se quer ser 01 no curso...
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Re: Operações Policiais e Militares
Isso tem mais de um século, Cross véio, sei da história. Os EUA queriam saber se uma .45 era mais efetiva que uma 9 mm. Se conheces o resto, SABES que falsificaram os resultados de tudo quanto foi jeito (li na Magnum, séculos atrás) para dar .45 na fita...
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- Reginaldo Bacchi
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Re: Operações Policiais e Militares
Tulio, onde posso ler sobre isto.Túlio escreveu:Isso tem mais de um século, Cross véio, sei da história. Os EUA queriam saber se uma .45 era mais efetiva que uma 9 mm. Se conheces o resto, SABES que falsificaram os resultados de tudo quanto foi jeito (li na Magnum, séculos atrás) para dar .45 na fita...
Nos meus mais de 70 anos de leitura sobre armas leves jamais li um comentário sobre fajutice na escolha do calibre 45.
Pelo contrario, só elogios!
Inclusive até hoje só tenho lido criticas a escolha do 9 mm Parabelum.
Obrigado.
Bacchi
- Túlio
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Re: Operações Policiais e Militares
Mestre Bacchi, como disse, li na Magnum lá pelos anos 90. Minha resposta se prendeu à do Cross, que deve ter lido também...
PS.: ademais, minha visão sobre Stopping Power está acima e não é a primeira vez que posto aqui. E neste aspecto, emprego prático de armas de mão, sei do que falo, tendo inclusive participado de ações em que elas foram empregadas (inclusive contra MIM, ainda bem que ERRARAM ou talvez não estivéssemos tendo esta conversa)...
PS.: ademais, minha visão sobre Stopping Power está acima e não é a primeira vez que posto aqui. E neste aspecto, emprego prático de armas de mão, sei do que falo, tendo inclusive participado de ações em que elas foram empregadas (inclusive contra MIM, ainda bem que ERRARAM ou talvez não estivéssemos tendo esta conversa)...
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Re: Operações Policiais e Militares
Correto, Marechal. A única semelhança entre a 9mm e a .380 é o diâmetro do projétil/cartucho. Uma munição de .380 entra da mesma forma na câmara de uma arma de calibre 9mm, mas as diferenças do comprimento do cartucho impedem que esses calibres sejam intercambiáveis, como ocorre entre o 38SPL e o 357mag (o 38 pode ser utilizado num Revólver de calibre 357 mas o contrário só pode ser feito se as câmaras do tambor do revólver calibre 38 for reaberto, já que elas são cônicas (afunila na direção do projétil) e a munição de 357 é bem mais comprida).Marechal-do-ar escreveu:Henrique, apesar de alguma características parecidas o 380 e 9mm não são intercambiáveis (tipo, usar .38 em revolver .357), e o projetil do 380 é mais curto e mais leve, fica fácil reconhecer entre um e outro.
Se alguém é baleado por um 9mm então não foi uma arma da polícia, ele não obeteve a munição com policiais, etc.
E por outro lado, se um bandido é achado com uma .40 ou com essas munições existe a possibilidade da munição ter vindo da polícia, como ela não é tão fácil de contrabandear quanto a 9mm fica mais fácil de achar se foi alguém da corporação que repassou a arma e munições ao bandido.
Com relação a sua segunda afirmação, hoje é mais fácil se encontrar munição .40S&W no mercado paralelo do que de calibre .380, em grande parte devido a do uso do .40S&W atualmente está bem difundido no Brasil. Isso por se só já é o suficiente para acabar com esse mito de que se é encontrado cartuchos de munição .40S&W num local de crime que dizer que existem policiais envolvidos. Isso era uma verdade no início do uso deste calibre pelas polícias mas hoje em dia não mais, pois este calibre passou a ser um dos preferidos entre os bandidos também. Outra coisa, hoje em dia todas as munições .40S&W compradas legalmente, tanto pelas instituições quanto por usuários particulares do calibre, são marcadas com a numeração do lote no cartucho e no fundo do projétil, o que torna o uso dessas munições para cometer qualquer tipo de crime praticamente inviável, ai que entra as munições do mercado paralelo, que são produtos de contrabando.
Editado pela última vez por henriquejr em Dom Abr 28, 2013 8:50 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Operações Policiais e Militares
Eu, particularmente, acho o calibre 9mm mais adequado para uso policial por causa dessas características que você citou. Não é a toa, que nos EUA, onde o .40S&W foi desenvolvido, suando como base o 10mm, com o intuito de ser um "calibre policial, não obteve sucesso, os policiais preferindo continuar utilizando suas armas em calibre 9mm e .45ACP (os mais conservadores).Andre Correa escreveu:Mas o 9mm não é mais prático para portar, menor e mais leve, e portanto, permite ao policial levar mais munições, e tendo um "kick" menor, permite maior precisão para o double tap? Estranho liberarem o .45, que na minha opinião não combina com cenário urbano de proximidade, e manter a proibição no 9mm Luger.... Tem alguma submetralhadora .45? Aquela MT-40 G2, da Taurus, licenciada da FAMAE, é .40S&W não é?
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Re: Operações Policiais e Militares
Assino embaixo, colega!
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Re: Operações Policiais e Militares
Manual do governo federal ensina como infiltrar agentes em presídios
29 de abril de 2013 | 2h 02
Site do Estadão
RAFAEL MORAES MOURA / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Confrontado com o fortalecimento do narcotráfico e organizações criminosas mais complexas, o governo federal criou um manual de inteligência para ser adotado em presídios de todo o País. Intitulado Doutrina Nacional de Inteligência Penitenciária, o documento - classificado como reservado, o que o deixará escondido por cinco anos - prevê técnicas de disfarce para agentes e medidas como a intercepção postal de correspondências.
O objetivo da Doutrina é subsidiar o planejamento de políticas públicas, difundir procedimentos e tornar a inteligência penitenciária um instrumento de combate ao crime organizado dentro e fora dos presídios. "Torna-se imprescindível como arcabouço para o mapeamento dos líderes e facções criminosas que, a partir dos estabelecimentos penais, tecem suas conexões e orquestrações ilícitas extra-muros, colocando em risco a segurança e a ordem pública", diz o documento, ao qual o Estado teve acesso.
A Doutrina lista uma série de "ações de busca" que podem ser executadas - que "deverão ser sigilosas, independentemente de estarem os dados (buscados) protegidos ou não", afirma o documento.
Entre as "ações de busca" citadas estão interceptação postal de correspondências, interceptação de sinais e dados, infiltração de agentes e desinformação, que consiste em "induzir alvos a erros de apreciação", levando-os a executar um comportamento determinado. Outra ação destacada é a provocação, "realizada com alto nível de especialização para fazer com que uma pessoa ou alvo modifique seus procedimentos e execute algo desejado", sem desconfianças.
Observação, memorização, foto interpretação, disfarce, análise comportamental e leitura da fala a distância são algumas das principais técnicas operacionais de inteligência mencionadas na Doutrina. O disfarce prevê o uso de recursos naturais ou artificiais para evitar o reconhecimento dos agentes. Já a foto interpretação é definida como a técnica que capacita os agentes a "interpretarem corretamente os significados das imagens obtidas".
As operações de inteligência, segundo a Doutrina, "estão sempre sujeitas ao dilema efetividade versus segurança". "Ainda que a segurança seja inerente e indispensável a qualquer ação ou operação, a primazia da segurança sobre a efetividade, ou vice-versa, será determinada pelos aspectos conjunturais", sustenta o documento.
Também está prevista a utilização de "verba secreta", que deverá ser destinada para o desenvolvimento de ações de caráter sigiloso.
Uniformidade. A Doutrina Nacional de Inteligência Penitenciária traz conceitos e valores para ser difundidos entre as agências de inteligência de todo o País, como moralidade, eficiência, legalidade e impessoalidade. "Uma Aipen (agência de inteligência penitenciária) sozinha, isolada, não consegue produzir todos os conhecimentos de que necessita. É imprescindível que ela esteja integrada a um sistema no qual dados e/ou conhecimentos possam fluir, com capilaridade", diz o texto.
De acordo com a Doutrina, "os documentos de inteligência receberão classificação de acordo com o assunto abordado, nos termos da legislação em vigor" e "não poderão ser inseridos em procedimentos apuratórios e deverão permanecer restritos às AI, enquanto perdurar a classificação sigilosa". Além disso, os dispositivos de comunicação dos agentes deverão ter segurança criptográfica.
Carência. Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça informou que a Doutrina "será lançada em maio com distribuição restrita aos chefes de inteligência das penitenciárias federais e dos sistemas prisionais estaduais e do Distrito Federal". A pasta alega que havia "a carência de instrumento que permitisse nortear a integração entre as agências de inteligência penitenciária e facilitar o compartilhamento de informações entre elas, de maneira padronizada".
De acordo com o ministério, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) tem aproximadamente 1.100 servidores, mas, sob a alegação de "motivos de segurança", não foi informado quantos atuam nos serviços de inteligência penitenciária. O ministério ressalta que cabe aos Estados a implementação das estratégias.
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Depois dessa notícia, só falta terem mandado uma cópia do dito manual para os manos
Wingate
29 de abril de 2013 | 2h 02
Site do Estadão
RAFAEL MORAES MOURA / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Confrontado com o fortalecimento do narcotráfico e organizações criminosas mais complexas, o governo federal criou um manual de inteligência para ser adotado em presídios de todo o País. Intitulado Doutrina Nacional de Inteligência Penitenciária, o documento - classificado como reservado, o que o deixará escondido por cinco anos - prevê técnicas de disfarce para agentes e medidas como a intercepção postal de correspondências.
O objetivo da Doutrina é subsidiar o planejamento de políticas públicas, difundir procedimentos e tornar a inteligência penitenciária um instrumento de combate ao crime organizado dentro e fora dos presídios. "Torna-se imprescindível como arcabouço para o mapeamento dos líderes e facções criminosas que, a partir dos estabelecimentos penais, tecem suas conexões e orquestrações ilícitas extra-muros, colocando em risco a segurança e a ordem pública", diz o documento, ao qual o Estado teve acesso.
A Doutrina lista uma série de "ações de busca" que podem ser executadas - que "deverão ser sigilosas, independentemente de estarem os dados (buscados) protegidos ou não", afirma o documento.
Entre as "ações de busca" citadas estão interceptação postal de correspondências, interceptação de sinais e dados, infiltração de agentes e desinformação, que consiste em "induzir alvos a erros de apreciação", levando-os a executar um comportamento determinado. Outra ação destacada é a provocação, "realizada com alto nível de especialização para fazer com que uma pessoa ou alvo modifique seus procedimentos e execute algo desejado", sem desconfianças.
Observação, memorização, foto interpretação, disfarce, análise comportamental e leitura da fala a distância são algumas das principais técnicas operacionais de inteligência mencionadas na Doutrina. O disfarce prevê o uso de recursos naturais ou artificiais para evitar o reconhecimento dos agentes. Já a foto interpretação é definida como a técnica que capacita os agentes a "interpretarem corretamente os significados das imagens obtidas".
As operações de inteligência, segundo a Doutrina, "estão sempre sujeitas ao dilema efetividade versus segurança". "Ainda que a segurança seja inerente e indispensável a qualquer ação ou operação, a primazia da segurança sobre a efetividade, ou vice-versa, será determinada pelos aspectos conjunturais", sustenta o documento.
Também está prevista a utilização de "verba secreta", que deverá ser destinada para o desenvolvimento de ações de caráter sigiloso.
Uniformidade. A Doutrina Nacional de Inteligência Penitenciária traz conceitos e valores para ser difundidos entre as agências de inteligência de todo o País, como moralidade, eficiência, legalidade e impessoalidade. "Uma Aipen (agência de inteligência penitenciária) sozinha, isolada, não consegue produzir todos os conhecimentos de que necessita. É imprescindível que ela esteja integrada a um sistema no qual dados e/ou conhecimentos possam fluir, com capilaridade", diz o texto.
De acordo com a Doutrina, "os documentos de inteligência receberão classificação de acordo com o assunto abordado, nos termos da legislação em vigor" e "não poderão ser inseridos em procedimentos apuratórios e deverão permanecer restritos às AI, enquanto perdurar a classificação sigilosa". Além disso, os dispositivos de comunicação dos agentes deverão ter segurança criptográfica.
Carência. Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça informou que a Doutrina "será lançada em maio com distribuição restrita aos chefes de inteligência das penitenciárias federais e dos sistemas prisionais estaduais e do Distrito Federal". A pasta alega que havia "a carência de instrumento que permitisse nortear a integração entre as agências de inteligência penitenciária e facilitar o compartilhamento de informações entre elas, de maneira padronizada".
De acordo com o ministério, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) tem aproximadamente 1.100 servidores, mas, sob a alegação de "motivos de segurança", não foi informado quantos atuam nos serviços de inteligência penitenciária. O ministério ressalta que cabe aos Estados a implementação das estratégias.
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