MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3676 Mensagem por NettoBR » Seg Abr 08, 2013 2:07 pm

Bradesco, BB e Itaú são os mais rentáveis entre bancos da AL e dos EUA
08/04/2013 - 11h44

Bradesco, Banco do Brasil e Itaú Unibanco tiveram as maiores rentabilidades entre os bancos da América Latina e dos Estados Unidos em 2012, mostra levantamento da consultoria Economatica divulgada nesta segunda-feira (8).

O Bradesco liderou o ranking, com rentabilidade de 17,27% no ano passado --valor ainda assim inferior aos 19,83% de 2011. O Banco do Brasil, que havia ficado na primeira posição do levantamento em 2011, viu sua rentabilidade cair de 21,55% para 16,89% em 2012 e ficou em segundo lugar. O Itaú Unibanco figura em terceiro lugar, mesma posição do ano anterior, com rentabilidade de 16,70% em 2012.

A análise é baseada na Rentabilidade sobre o Patrimônio (ROE, na sigla em inglês), indicador de retorno do dinheiro investido pelos acionistas. Os valores utilizados são nominais, com base nas informações prestadas pelas companhias à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

LUCROS EM 2012

No ano passado, o Bradesco lucrou R$ 11,523 bilhões, 3% acima da cifra registrada um ano antes. O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 12,2 bilhões no ano passado, 0,7% maior do que o observado em 2011.
O Itaú Unibanco fechou 2012 com lucro líquido de R$ 13,59 bilhões, queda de 7% na comparação anual.

EUA VS. BRASIL

Mesmo com o avanço nos ganhos, a rentabilidade das instituições financeiras teve queda no ano passado. A mediana dos quatro bancos brasileiros com ativos superiores a US$ 100 bilhões --Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander-- atingiu 16,79% em 2012, abaixo dos 19,57% de um ano antes.

A rentabilidade dos maiores bancos dos Estados Unidos, por sua vez, aumentou. Ela passou de 7,65% em 2011 para 9,93% no ano passado, mostra o levantamento. O banco americano com maior rentabilidade foi o U.S. Bancorp, com retorno de 15,48%.

MEDIDAS DO GOVERNO

No ano passado, devido a medidas do governo, os bancos brasileiros enfrentaram um cenário de redução da taxa básica de juros e queda nos spreads --diferença entre o custo de captação dos bancos e as taxas cobradas dos clientes finais.

Em meio a margens menores, os bancos apostam no aumento do volume das operações de crédito, maior controle do calote e controle nos custos.

Apesar de terem apresentado altos lucros nominais em 2012, os três maiores bancos de capital aberto do país --Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco-- tiveram queda no lucro consolidado ajustado pela inflação (medida pelo IPCA, índice oficial de preços utilizado pelo governo)

A lucratividade dos três bancos no ano passado caiu 6,26% em relação ao ano anterior, segundo a Economatica.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... -eua.shtml




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3677 Mensagem por Bourne » Seg Abr 08, 2013 3:30 pm

Por que será que não me surpreendo. [005]

E ainda diziam que iriam quebrar com a redução de juros.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3678 Mensagem por NettoBR » Sex Abr 12, 2013 1:45 pm

Brasil prepara negociações comerciais com a Europa
10/04/2013 - 03h45

O Brasil está retomando os esforços há muito abandonados de negociar um acordo de livre comércio com a União Europeia, para contrabalançar sua dependência excessiva com relação à China e antecipar o pacto em negociação entre o bloco europeu e os Estados Unidos.

O país prepara para o segundo semestre uma oferta de concessões comerciais à União Europeia, seu maior parceiro comercial e responsável por um quinto de suas exportações e importações.

"Trata-se de um momento muito oportuno, com um presidente de fala portuguesa na Comissão Europeia, que pode facilitar", disse Carlos Eduardo Abijaodi, diretor de operações da Confederação Nacional da Indústria brasileira, em referência a José Manuel Barroso, o presidente da Comissão Europeia.

Embora os acordos possam trazer mais concorrência, abririam novos mercados, já que os tradicionais da região, como o da Argentina, estão cada vez mais fechados.

Elmar Brok, do comitê de assuntos internacionais do Parlamento Europeu, disse ao "Financial Times" que negociações bilaterais começariam na metade do ano. Em 2004, houve desacordos quanto a subsídios agrícolas. Para Brok, desta vez haverá mais margem de manobra.

A pressão sobre o Brasil surge no momento em que os EUA, concorrentes do Brasil em mercados como a soja e a carne bovina, começam a negociar com a União Europeia.

"O Brasil não pode ser uma ilha", disse Abijaodi.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... ropa.shtml




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3679 Mensagem por Sterrius » Sex Abr 12, 2013 2:07 pm

Manter mercados diversificados implica em correr atrás. Vejamos se dessa vez vai, pois é preciso aumentar os mercados sempre.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3680 Mensagem por Bourne » Sex Abr 12, 2013 6:02 pm

Os norte-americanos vão negociar e fechar os acordos antes do Brasil. Eles não tem a Argentina entravando as negociações, tem experiência nesse tipo de negócios e a industria competitiva para ceder mais com poucas perdas.

Pelas regras do Mercosul, o Brasil negocia em bloco. Tudo bem, a UE também. O entrave é que o que é bom para a Argentina (exportar commodities agrícolas) não é bom para o Brasil (possui industria forte). O país não vai cometer suicídio industrial para vender mais soja. Com a China deu meio certo devido as necessidades dos chineses. Porém ceder mais aos chineses causa chiliques nos setores prejudicados e que possuem força para evitar essa abertura.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3681 Mensagem por NettoBR » Seg Abr 15, 2013 5:52 pm

http://www.youtube.com/watch?v=BxJp6f_it9E




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3682 Mensagem por NettoBR » Qui Abr 18, 2013 12:49 pm

Brasil recebe presidente do Egito pela primeira vez
18/04/2013 - 03h02

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

Pela primeira vez na história dos dois países, um chefe de Estado do Egito, o presidente Mohamed Mursi, visitará o Brasil. Ele se reunirá com a presidente Dilma Rousseff em Brasília no dia 8 de maio.

Mursi virá acompanhado do chanceler egípcio, Mohamed Kamel Amr, e de uma delegação empresarial. Além de Brasília, deverá ter encontros com representantes do setor produtivo nacional na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O objetivo de Mursi, além de conhecer as políticas sociais e de geração de emprego do Brasil, é intensificar e diversificar as relações comerciais, hoje francamente favoráveis ao Brasil.

Segundo o embaixador Cesario Melantonio Neto, representante do Itamaraty para assuntos do Oriente Médio e ex-embaixador no Egito, o comércio bilateral é de US$ 2,7 bilhões, mas cerca de 90% são de exportações do Brasil para o país, onde também atuam empresas como Marcopolo, Randon e Camargo Corrêa.

O embaixador do Egito em Brasília, Hossam Zaki, que estava ontem em São Paulo para articular os encontros empresariais do presidente, argumenta que o momento é muito adequado para investir no país por duas circunstâncias.

Uma delas é que a operação no país é muito barata -- bem mais, por exemplo, do que no próprio Brasil--, porque a mão de obra, os impostos e a energia têm custo bastante baixo.

A outra circunstância é que o Egito é "um trampolim" para o Oriente Médio, para o norte da África e para a África Oriental, com quem o país mantém acordos de livre comércio.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2013 ... -vez.shtml




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3683 Mensagem por Andre Correa » Dom Abr 21, 2013 12:25 pm

Petrobras quadruplicou e acumulou dívida de R$ 133,9 BILHÕES desde 2009
Graça Foster alerta Mantega para dívida da Petrobras

Resultado levaria a companhia a ter sua nota rebaixada por agências de classificação de risco e perder o "grau de investimento"

http://exame.abril.com.br/negocios/noti ... -petrobras

Dívida da Petrobras beneficia Exxon e Shell

http://www.onip.org.br/noticias/sintese ... n-e-shell/

Petrobras acumulou dívida de R$ 133,9 bilhões nos últimos 4 anos

Para especialistas, companhia está chegando no limite de sua capacidade de endividamento, já que os investimentos não estão dando resultados

Imagem

RIO – Planos audaciosos de investimento, projetos com custos subestimados e falta de reajuste nos preços de combustíveis minaram o caixa da Petrobras. Com isso, a companhia tem gasto sistematicamente bem mais do que consegue gerar de receitas o que, segundo analistas, põe em dúvida a sustentabilidade de suas contas a longo prazo. Entre 2009 e 2012, o rombo no caixa da estatal pode ter acumulado US$ 54 bilhões, pelas projeções mais recentes, uma média de US$ 13,5 bilhões por ano de déficit. Especialistas acreditam que, se continuar nessa trajetória, a empresa precisará fazer nova capitalização — em 2010, a Petrobras fez um aumento recorde de capital de R$ 120,2 bilhões o equivalente a US$ 69,9 bilhões na ocasião.

Com o caixa enfraquecido, a companhia está chegando no limite de sua capacidade de endividamento, já que os investimentos não estão dando resultados, alertam os especialistas. Até setembro, as dívidas somam R$ 133,9 bilhões, valor que é 2,5 vezes a sua geração de caixa.

— Hoje, a Petrobras está gerando cerca de US$ 30 bilhões e gastando US$ 42 bilhões (projeção para o resultado fechado de 2012). Vai ter que se escolher entre reajustar os preços dos combustíveis ou aumentar seu endividamento. Ou desacelerar o plano de investimentos — afirmou Emerson Leite, chefe da área de análise de ações do Credit Suisse First Boston.

(…)

Defasagem gera perdas de R$ 20,9 bilhões

A queda na produção, num momento em que o consumo de combustíveis cresceu no país, provocou um forte aumento nas importações de gasolina e diesel. O caixa da empresa ainda é afetado pela diferença entre o preço dos combustíveis (gasolina e diesel) no mercado doméstico e internacional. Segundo cálculos feitos por Caetano, a Petrobras deixou de arrecadar R$ 20,9 bilhões entre janeiro e setembro de 2012.

(…)

No segundo trimestre do ano passado, a empresa registrou prejuízo de R$ 1,3 bilhão, o primeiro resultado negativo desde 1999. Analistas avaliam que a empresa adotou metas de investimento muito elevados a partir de 2009. O Plano de Negócios 2009/13 previa investimentos de US$ 174,4 bilhões, valor 55% maior em relação que os US$ 112,4 bilhões entre 2008 e 2012.

Para David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o problema não foi fixar metas ambiciosas, mas sim a gestão dessas metas. Para ele, a estatal perdeu sua capacidade de gerar mais caixa com as falhas na gestão, principalmente na área de exploração, desviando-se do foco, que é a produção, e com o subsídio dado aos combustíveis:

— Não dá para se enrolar na bandeira do Brasil. Subsidiar gasolina é típico de países perdulários e menos desenvolvidos. A Petrobras está subsidiando a gasolina, deixando de investir onde precisa.


http://www.implicante.org/noticias/petr ... os-4-anos/

Se apenas países perdulários e menos desenvolvidos subsidiam a gasolina, como a gasolina é tão barata nos EUA e alguns países aqui na Europa?




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3684 Mensagem por Grep » Dom Abr 21, 2013 12:40 pm

Ataque midiatico a petrobras continua, somente os lacaios correndo atraz do interesse dos chefes, nada que surpreenda.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3685 Mensagem por Bourne » Dom Abr 21, 2013 1:01 pm

Andre Correa escreveu:
(...)

Para David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o problema não foi fixar metas ambiciosas, mas sim a gestão dessas metas. Para ele, a estatal perdeu sua capacidade de gerar mais caixa com as falhas na gestão, principalmente na área de exploração, desviando-se do foco, que é a produção, e com o subsídio dado aos combustíveis:

— Não dá para se enrolar na bandeira do Brasil. Subsidiar gasolina é típico de países perdulários e menos desenvolvidos. A Petrobras está subsidiando a gasolina, deixando de investir onde precisa.


http://www.implicante.org/noticias/petr ... os-4-anos/

Se apenas países perdulários e menos desenvolvidos subsidiam a gasolina, como a gasolina é tão barata nos EUA e alguns países aqui na Europa?
Não é barata. Na verdade é muito cara e motiva as montadoras a reduzirem o consumo de combustível. Ainda a transmissão dos preços internacionais é mais automático. O governo busca amenizar, mas não permanentemente. Porém a moeda forte e conversível como dólar, euro e libra ajudam a reduzir os custos. Outro fator é o subsidio descarado ao biocombustível e óleo extraído de xisto. Principalmente nos EUA e Europa. Parte da política de segurança energética e redução dos custos e dependências de fornecedores externos.

No Brasil existe uma particularidade chamada impostos da época em que a inflação era alta e imposto sobre bens de consumo era fácil impor sem ninguém se importar. Como não mudou a estrutura tributária a prática se perpetua. Assim, ao invés de reduzirem os impostos sobre combustíveis, deixam o ônus em cima da Petrobrás para amenizar o preço. O que não deveria estar na conta da empresa, mas sim da política energética do governo através de compra/venda de óleo, estoques regulatórios entre outros. O motivo de agir é que beneficio a economia e sociedade compensa a ação no longo prazo. Os países desenvolvidos cobram pouco ou nada sobre o combustível por que o custo é muito alto.

Sobre o setor lembre que David Zylbersztajn apesar de ter um currículo respeitável possui dois problemas. O primeiro que foi parar na ANP em boa parte devido a ser casado com a filha do FHC. O segundo que participou ativamente do processo de privatização e reorganização do setor energético. Em seguida, montou a DZ Negócios com relações incestuosas na defesa de interesses privados no setor de energia. Fatos que comprometem a credibilidade das declarações.

Outra coisa é que especialistas em regulação do setor de infraestrutura e energia normalmente são ignorados pela imprensa. Esses caras tem uma formação acadêmica pesada com doutorado e trabalhos muito bons. Eles mechem com modelos teóricos e experiências internacionais bem diversas. Isto é, não acredite em tudo que lê. A maioria dos chamados "especialistas" não sabe muito além do leito sobre o assunto. Por exemplo, um cara doutor e professor da USP só fala merda. Não tem vergonha de usar todo o tipo de canalhice para atacar o governo. Ao contrário que fazem tudo para defender o governo também. :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3686 Mensagem por delmar » Dom Abr 21, 2013 1:20 pm

Grep escreveu:Ataque midiatico a petrobras continua, somente os lacaios correndo atraz do interesse dos chefes, nada que surpreenda.
Pode ser companheiro, mas quando a Petrobras vai conseguir atender o mercado brasileiro? As nossas refinarias não são suficientes, o que ela vai fazer? A Petrobras vai mal, as ações estão lá embaixo. Os brasileiros que compraram ações dela amargam uma perda enorme. Ela não paga dividendos. O Brasil está importando gasolina. Precisa melhorar, e logo. Atualmente está uma merda total.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3687 Mensagem por Bourne » Dom Abr 21, 2013 1:35 pm

O problema companheiro é que na Petrobras existe conflito entre o interesse público e privado. O público é que a empresa funciona como uma reguladora dos preços do setor e aceita ter prejuízos em nome da manutenção do preço dos combustível. Os acionistas querem que a empresa bombe valorize as ações e pague dividendo.

Outro problema é que nenhum grande petroleira está interessada em montar refinarias no país. Preferem se associar a Petrobras e ficar na zona de conforto. Também não são incentivadas a construir refinarias. O que estou no aumento na importação de combustível e derivados de petróleo.

Sinceramente, na atual situação, danem-se os acionistas e que a Petrobras tenha prejuízo. Socializá-los não é uma opção. Querer que a Petrobras tenha lucro e bombe no mercado em conjunto com a manutenção do preço dos combustíveis não é possível. O mais doido é que na estrutura atual a empresa ter prejuízo é aceitável por ser acima de tudo uma agente da política energética do país e representar o interesse coletivo. Quem comprou ações da companhia deveria ter se informado da peculiaridade.

Depois da descoberta do Pre-sal os acionistas começaram a gritar pela volta do monopólio estatal representado pela Petrobras no setor. Por que será? É claro que foi ignorado em nome de parceiros internacionais para exploração e outra agência que administra a partilha da produção desvinculada da Petrobras e interesses privados.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3688 Mensagem por Bourne » Seg Abr 22, 2013 7:55 am

Pelos comentários da estratégia do Eike para não virar atendente de McDonald percebi como as pessoas não entendem nada. Ficam reclamando da falta de risco, de traidor e tales. O cara fez o que eu faria. Estou no fundo do poço e preciso me salvar. Primeira parada no BNDES para arranjar dinheiro. A segunda ligar para grandes empresas nacionais e internacionais interessadas em adquirir minhas operações e encher meu caixa.

Depois os empresários sérios e comprometidos quebram e não aguentam competir. Depois vão chorar para ter dinheiro do BNDES e mais proteção de mercado. Não por ser errado em si, mas servem para conquistar terreno e avançar sobre "Berlim" e não para se encosta.
Plano de socorro a Eike tem gigante da Rússia, malaios e Petrobras

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/20 ... bras.shtml

O socorro ao combalido grupo X, como é conhecido o império de empresas de Eike Batista que levam por superstição a letra nos seus nomes, começará pela petroleira OGX. O plano envolve um sócio russo, a venda de ativos e parcerias com a Petrobras em novos campos de petróleo.

(...)




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3689 Mensagem por LeandroGCard » Seg Abr 22, 2013 8:34 am

Uma coisa que parece estar pegando muito é esta história do Pré-sal.

Com toda a onda que foi criada em torno dele o foco dos investimentos foi distorcido, inclusive com restrições normativas obrigando a Petrobrás a aplicar dinheiro no pré-sal para manter participação mesmo onde outras empresas é que querem explorar, e aí não sobrou dinheiro para a construção de refinarias. Agora a empresa (e o país) é praticamente auto-suficiente em petróleo, mas não tem combustível suficiente e é tão ou mais dependente de importações dele quanto na época em que o petróleo é que era quase todo importado.

A solução óbvia é correr e construir as refinarias necessárias o mais rapidamente possível, mas ouço falar muito pouco sobre isso por aí. Só se fala em investimentos em exploração no pré-sal, pré-sal e mais pré-sal. Refinaria, que é o que realmente está fazendo falta, só se fala quando o foco são as disputas políticas sobre onde deveriam ser construídas (o que obviamente deveria ser próximo aos pontos de produção - o correto é transportar os produtos e minimizar a movimentação da matéria-prima) e sobre parcerias inviáveis com os "companheiros bolivarianos".


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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3690 Mensagem por Andre Correa » Seg Abr 22, 2013 10:28 am

Indústria do petróleo leva 50 mil estrangeiros ao Brasil em três anos
22 de abril de 2013 • 06h39 • atualizado 06h43

O crescimento da indústria petrolífera no Brasil, aquecida com as recentes descobertas de petróleo e gás nos últimos anos, está fazendo com que o Brasil "importe" um número cada vez maior de estrangeiros com alta qualificação para trabalhar no setor.

Um levantamento feito pela BBC Brasil com a Coordenação Geral de Imigração (CGIg), que faz parte do Ministério do Trabalho em Emprego (MTE), mostra que 49.801 profissionais de países como a Grã-Bretanha, Estados Unidos, Noruega, Holanda e França entraram no Brasil entre 2010 e 2012 para trabalhar no setor de petróleo e gás.

O número, que é o mais recente divulgado pelo MTE, coloca o setor petrolífero na liderança da emissão dos vistos para estrangeiros no País, o que representa 25% de todas as permissões de trabalho temporárias e permanentes no período, dentro de uma abrangência de 15 atividades econômicas diferentes.

Em 2011, a atividade petrolífera registrou um boom com a contratação de mais de 23 mil engenheiros e técnicos da área de petróleo e gás, dado que é quase dez vezes maior ao registrado em 2006, quando apenas 2.645 profissionais de outros países entraram no Brasil para atuar em empresas do setor. Apesar de indicar uma pequena desaceleração, o ano de 2012 viu quase 17 mil permissões de trabalho sendo concedidas nas áreas ligadas ao petróleo.

Para o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Paulo Buarque de Macedo Guimarães, o trabalho de estrangeiros na indústria petrolífera brasileira está diretamente ligado à falta de mão de obra brasileira qualificada para atuação no setor.

"A demanda por profissionais qualificados no setor petrolífero é um assunto que nos preocupa há muito tempo", disse ele à BBC Brasil. "O fato de estrangeiros estarem repondo os brasileiros nesse mercado não é bom para a economia", afirmou.
"Uma empresa chega a pagar, além do salário, mais de US$ 100 mil para manter um profissional estrangeiro e sua família no País. Seria muito mais competitivo contratar um profissional brasileiro, que está criticamente em falta no País", disse Guimarães à BBC Brasil.

Pré-sal
A entrada de estrangeiros para atuarem no setor teve um pico em 2011, quando começaram os diversos projetos da Petrobras para criar a infraestrutura para exploração do chamado pré-sal, porção do subsolo que se encontra sob uma camada salina situada alguns quilômetros abaixo do leito do mar.

A assessoria da Petrobras confirmou à BBC Brasil que prevê investimentos de US$ 53,4 bilhões no pré-sal para o período entre 2011 e 2015. Somente nas áreas de cessão onerosa (áreas que o governo concedeu à Petrobras - Lei 12.276/2010) serão investidos US$ 12,4 bilhões.

Com isso, a participação do pré-sal na produção brasileira de petróleo deve passar dos atuais 2% em 2011 (dado mais recente disponível) para 18% em 2015 e para 40,5% em 2020.

Apesar de liderar a demanda por profissionais estrangeiros da área petrolífera, a Petrobras não contrata diretamente estes profissionais. De acordo com a legislação brasileira, que rege a estatal, não é permitida a participação de estrangeiros nos processos seletivos públicos da empresa. Somente brasileiros ou portugueses que tenham adquirido o direito de morar e viver no Brasil participam dos concursos. A Petrobras terceiriza a contratação de profissionais estrangeiros. Estes trabalham para empresas brasileiras ou estrangeiras.

O engenheiro francês Guillaume Pringuay, que trabalha para a multinacional Technip, é um dos estrangeiros que está ajudando o Brasil a desenvolver a tecnologia para exploração petrolífera em bacias de grande profundidade, em parceria com a Petrobras.

Entre os anos de 2009 e 2012, ele trabalhou especificamente com projetos para familiarizar engenheiros brasileiros com a tecnologia para operações em águas profundas.

"Fizemos um trabalho muito grande de troca de experiências com os brasileiros. Os engenheiros no Brasil ganharam excelente experiência nos últimos anos, mas infelizmente eles ainda são poucos para a grande demanda da exploração em grande profundidade", disse Pringuay em entrevista à BBC Brasil. Para ele, os desafios da prospecção de petróleo em profundidades acima de 2 mil metros ainda vai exigir que o Brasil continue trazendo profissionais estrangeiros nos próximos anos.

"Ainda haverá, por algum tempo, a necessidade do Brasil trazer engenheiros do exterior para suprir a demanda da exploração de águas profundas. Já habilitamos a tecnologia para prospecção em até 2.500 metros de profundidade no Brasil, mas ainda precisamos de mais gente trabalhando nisso", explicou o engenheiro francês.

Os especialistas em recursos humanos confirmam a tendência de mais contratações de estrangeiros na área petrolífera do Brasil. "Na área naval, por exemplo, vemos muitos profissionais da Filipinas e até de países nórdicos (trabalhando no Brasil)", disse à BBC Brasil Agilson Valle, diretos da Talent Boutique, uma consultoria de RH especializada na busca de profissionais que queiram trabalhar na América Latina.

"Começamos a ver também muitos profissionais de outros países produtores na América Latina, como Colômbia, Venezuela e México", disse ela. "Mas nesse setor os profissionais ficam por menos tempo no país ou em contratos de rotação."

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