MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

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Túlio
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3661 Mensagem por Túlio » Qui Mar 28, 2013 9:56 pm

Bourne escreveu:O sistema financeiro brasileiro é amarrado. Isto é, trabalha com menos alavancagem do que nos países desenvolvidos. Além de uma regulação muito mais restritiva que chega a ser exagerada oriunda das eras de elevada inflação e dificuldades externas. Assim perde fundamento da aceleração e ampliação da crise financeira com a redução dos efeitos desestabilizadores pela economia.

No Brasil, o crédito é restrito. Os que estão com dificuldades em relação as contas são problemas de curto prazo devido a pagarem juros altos, o endividamento ser baixo e comprometimento da renda de longo prazo baixo.

Tri, Mas multiplicados por milhões os citados montes de cartões estourados na realidade NADA significam? PELAMOR, digas que SIM!!!




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3662 Mensagem por Bourne » Qui Mar 28, 2013 11:39 pm

Homi, o valor é baixo em relação a renda. O que vai acontecer se não pagar é ir para o SPC e parcelar a dívida. E não ocorrem ao mesmo tempo. Aquele que se enrola em um, se atola com os outros e perde o crédito. A maioria dos cartões de crédito não chega nem a um salário minimo devido a ser destinado a classe média baixa.

O problema é quando o endividamento envolve anos e compra de ativos com garantias. Por exemplo, financiamento e crédito imobiliário com maturação facilmente acima de cinco anos que se transformam em parte da renda. Este foi o problema nos EUA. As instituições revolveram financiar casas para quem não tinha como pagar.




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Túlio
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3663 Mensagem por Túlio » Sex Mar 29, 2013 12:30 am

Menos intranquilo agora...




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3664 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 04, 2013 8:38 am

Artigo bastante interessante.

Não tenho bases para uma análise mais profunda da conjuntura, mas em princípio tendo a concordar. Me parece que uma elevação mais forte dos juros básicos agora causaria um enorme estrago no lado da produção, com o adiamento ou corte ainda maior dos investimentos, sem que nenhum efeito digno de nota fosse aparecer do lado da inflação, a menos que o aumento fosse tão brutal a ponto de jogar o país em uma forte recessão.
E se a inflação veio da oferta?

O estadão - 3 de abril de 2013

Fernando Dantas

Darwin Dib, economista chefe da corretora e gestora de recursos CM Capital Markets, vai logo avisando: “O que estou dizendo não tem nada de heterodoxo, está nos livros textos de macroeconomia”. E, com efeito, Dib, que era o analista voltado para as contas externas no Departamento de Economia do Itaú antes do seu atual emprego, não tem nada de heterodoxo, nem é visto pelo mercado como tal.

Mas ele hoje defende um ponto de vista que pode ser considerado uma heresia por muitos economistas ortodoxos: o de que o Banco Central (BC) vai manter a Selic, a taxa básica, em 7,25% até o fim do mandato da presidente Dilma Rousseff e que, melhor do que isso, o BC está certo. Bastante firme na sua opinião, Dib considera que a heresia, na verdade, vem sendo cometida por outros economistas que defendem uma alta mais forte da Selic e veem uma séria inflação de demanda ameaçando a economia brasileira.

O economista está divulgando um relatório em que detalha a sua posição. O seu ponto fundamental é simples de ser entendido: ao crescer 0,9% em 2012, a economia brasileira claramente ficou muito abaixo do seu potencial, que é estimado em cerca de 3% pelos economistas mais conservadores.

Dessa forma, houve necessariamente um grande hiato do produto, isto é, a economia cresceu menos que o potencial, deixando fatores de produção ociosos. Isto, para ele, significa que a inflação não pode ser um fenômeno ligado à demanda, estando, portanto, ligada à oferta. E, derivada da oferta, a inflação atual não pode ser combatida com alta dos juros.

Ao BC, portanto, só resta esperar. “É como uma virose, tem de esperar passar – ao não fazer nada, o Banco Central está fazendo muita coisa”, ele diz.

Dib nota que os livros de economia tratam dos dois fenômenos, a inflação proveniente da oferta e da demanda, acrescentando que “ela quase sempre é um fenômeno de demanda superaquecida, e raramente um deslocamento da oferta”. O fato de ser um caso mais raro, porém – continua o economista –, não quer dizer que nunca aconteça.

E Dib é taxativo: uma economia que cresce apenas 0,9%, com potencial de 3%, não pode ter provocado inflação de demanda. “A não ser que os números do IBGE estejam totalmente errados”, afirma. Mesmo as tradicionais revisões do PIB, acrescenta, não vão levá-lo de forma alguma para perto do potencial.

A inflação de oferta, para o economista, foi provocada por um choque na confiança empresarial no final de 2011, por causa do agravamento naquele momento da crise europeia. Para ele, houve um erro generalizado no planejamento da produção do ano passado, que colocou a oferta bem abaixo da demanda, provocando as pressões inflacionárias.

“O sistema de decisão no capitalismo é pulverizado, e não costuma haver grandes erros pelo lado da curva de oferta, mas de vez em quando acontece”, ele avalia. Para Dib, esse choque de confiança empresarial explica por que a inflação foi generalizada, tendo uma dispersão acima de 70%.

O economista contesta a visão de que houve inflação de demanda provocada por uma recomposição setorial da economia, em que a indústria sofreu contração e os serviços ficaram aquecidos. Ele nota que os serviços cresceram apenas 1,7% em 2012, o que também é muito longe do potencial do setor, por qualquer critério que se tome.

O fato de a inflação de serviços estar muito alta, em 8,7% no acumulado de 12 meses até fevereiro, para ele é uma simples decorrência de que os preços industriais são contidos pela competição internacional (tendo em vista um câmbio relativamente estável a partir de meados do primeiro semestre de 2012). Assim, tanto proveniente da demanda quanto de um choque de oferta como o que ele acredita ter havido, a inflação só pode se expressar com o preço dos serviços subindo acima do preço dos manufaturados (ou, mais precisamente, o preço dos produtos não transacionáveis internacionalmente subindo mais do que o dos transacionáveis).

Dib também diz que a economia não está de forma alguma em pleno emprego, ou muito próximo dele, porque isto é incompatível com o fato de que o PIB cresceu muito abaixo do potencial. Ele contrapõe o recorde de baixa do desemprego na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) com o fato de que os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que registra o emprego formal, está há um ano com tendência de queda.

Quanto aos reajustes salariais acima da inflação, ele pondera que são dados “anedóticos” (isto é, não uma variável calculada agregadamente), e que podem estar ligados inclusive ao poder de determinados sindicatos de conseguir reposições acima da inflação alta provocada pelo choque de oferta.

O economista reconhece que o juro real da economia (em torno de 2%) deve estar abaixo do juro neutro (aquele que não acelera nem desacelera a demanda). Mas ele frisa que a teoria econômica mostra que o juro abaixo do neutro só causa inflação por levar a economia a crescer acima do potencial. Enquanto isto não ocorrer, explica Dib, não se pode dizer que o juro baixo esteja provocando inflação. “Nada desta inflação foi produzido pelo juro real abaixo do neutro”, afirma categoricamente.

Dib lembra ainda que o BC, nas últimas duas atas do Comitê de Política Monetária (Copom), diagnosticou que o desaquecimento está ligado à oferta, em relação à qual nada pode ser feito pela política monetária. Para ele, isto significa não só que a autoridade monetária não vai baixar a Selic para estimular a economia, mas que também não deve subir, porque a alta da inflação também estaria ligada ao choque de oferta.

Ele nota, finalmente, que nos oito anos do governo Lula era comum atribuir o sucesso econômico ao ambiente externo favorável, mas que agora os mesmos analistas subestimam a piora do cenário internacional e enfatizam fatores domésticos.

Quanto ao porquê de outros países latino-americanos estarem crescendo mais do que o Brasil, e aparentemente não terem sido afetados da mesma forma pelo fator externo, Dib diz que costuma responder a este questionamento com “não tenho a menor ideia”. Ele acrescenta que não acompanha em detalhes esses países, que certamente têm suas peculiaridades e que não são base de comparação para o Brasil.

Para Dib, não é ele que tem de explicar por que outros países reagem de forma diferente do Brasil, mas sim os economistas que defendem a alta da Selic que tem de explicar como uma economia que cresce bem abaixo do seu potencial pode estar sofrendo inflação de demanda.

Esta coluna foi publicada hoje (quarta, 3/4/13), na AE-News, da Broadcast.
Leandro G. Card




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3665 Mensagem por Sterrius » Qui Abr 04, 2013 11:46 am

O complicado que mesmo quando se corta aqui ou ali o impacto na inflação tem chegado menor que o esperado.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3666 Mensagem por Andre Correa » Qui Abr 04, 2013 10:54 pm

EIKE BATISTA VIRA FATOR DE RISCO PARA TODA A ECONOMIA
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Sem petróleo, sem minério e sem crédito, o bilionário brasileiro já fica a ver navios. Consta que ele e seu novo parceiro, André Esteves, do BTG Pactual, pediram socorro à presidente Dilma Rousseff e receberam um rotundo não como resposta. Com dívidas bilionárias, o "império X" começa a ser rebaixado por agências de risco e contamina projetos de outras empresas brasileiras que tentam captar recursos internacionais

Um dos principais problemas da economia brasileira, e, por tabela, do governo Dilma Rousseff, hoje tem nome e sobrenome. Chama-se Eike Batista, rebaixado ontem pela agência de risco Standard & Poors para o nível B-, com perspectiva negativa, equivalente ao de um pré-calote. Eike prometia petróleo e entregou poços secos aos seus investidores. Prometia uma nova Vale e entregou morros inoperantes. Prometia o maior complexo industrial e portuário da América Latina e no seu porto do Açu há apenas um pier construído. Prometeu um grande estaleiro e, na prática, é ele quem começa a ficar a ver navios.

Aparentemente, este seria um problema de natureza apenas privada. Ocorre que Eike hoje deve mais de R$ 10 bilhões ao BNDES e outros bilhões a bancos como Itaú, BTG Pactual e Bradesco. Sua quebra poderia desencadear um risco de natureza sistêmica. No seu relatório, a Standard & Poors avisa que, se nada for feito, a OGX, principal empresa de Eike, queimará todo o seu caixa em 2013. Ou seja: não terá mais fôlego para rodar. E os bancos não parecem mais dispostos a colocar dinheiro nos projetos do empresário.

Como o risco é real, o bilionário e seu novo parceiro, o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, decidiram pedir a ajuda, é claro, ao governo federal. Receberam da presidente Dilma um rotundo não como resposta, como informa a jornalista Dora Kramer, na nota publicada nesta quinta-feira no Estado de S. Paulo:
Nem pensar. A presidente Dilma Rousseff ouviu, e negou socorro do governo ao empresário Eike Batista. Da reunião-apelo participaram representantes do BNDES, Itaú, Bradesco, BGT-Pactual e o próprio Eike, em dificuldades para honrar as dívidas com todos eles.

Dilma ainda alertou que se algo de pior vier a acontecer aos negócios do empresário símbolo (pelo jeito com pés de barro) da prosperidade nacional, isso afetará ainda mais a disposição interna e externa do setor privado para investir no Brasil.
Dilma tirou o time de campo e avisou a Eike e Esteves que eles devem se virar por conta própria, o que fará com que o bilionário comece a liquidar seus ativos e suas concessões. Até porque um envolvimento ainda maior do governo tem potencial para gerar grande confusão. Recentemente, o embaixador brasileiro em Cingapura disse ter sido pressionado pelo ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, a transferir um estaleiro do grupo Jurong, já em construção no Espírito Santo, para o Rio de Janeiro.

Ciente dos riscos, o governo Dilma parece querer distância de Eike, mas o problema é que a má experiência de investidores com o grupo EBX ameaça projetos de outras empresas. "O investidor simplesmente cansou de ser roubado", disse ao 247 um diretor de um grande banco de investimentos. Outro empresário, que pretendia captar recursos para projetos de infraestrutura, disse que a janela do mercado internacional se fechou. "Eike conseguiu contaminar o Brasil", afirma.

Leia, abaixo, um trecho de reportagem do Valor Econômico sobre o rebaixamento de Eike:

SÃO PAULO - A Standard & Poor’s rebaixou a nota de crédito da OGX de ‘B’ para ‘B-’, devido a preocupações com a maturação dos projetos da companhia e de seu perfil de liquidez restrito. A perspectiva é negativa, o que indica que a agência de classificação de risco vê possibilidade de novos rebaixamentos no médio prazo.

“Apesar de a companhia não ter vencimentos de dívida significativos até 2018, esperamos que ela queime todo seu caixa durante 2013”, afirmaram os analistas da S&P em nota. Ao fim do ano, a OGX tinha US$ 1,6 bilhão em caixa, valor que, na avaliação da agência, deve ser consumido em investimentos e pagamento de juros.

Com isso, alerta a S&P, a OGX precisará exercer o aumento de capital de US$ 1 bilhão mediante exercício de opção de compra do controlador Eike Batista, ou vender alguns ativos para reduzir a pressão sobre o caixa no próximo ano e manter seu nível atual de investimentos. “Não esperamos que a produção gere um fluxo de caixa operacional suficiente para continuar financiando os projetos e o pagamento de juros”, afirmam.

FONTE




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3667 Mensagem por Sterrius » Sex Abr 05, 2013 12:04 am

Como muitos dos projetos ja estão mais de 50% encaminhados, muitos deles facilmente seriam adquiridos por investidores doidos por projetos bilionarios que exigem apenas +1 ou 2 bilhões pra engatar de vez.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3668 Mensagem por Marechal-do-ar » Sex Abr 05, 2013 12:20 am

Isso se alguém ainda realmente acredita que esses projetos são viáveis...




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3669 Mensagem por Bourne » Sex Abr 05, 2013 3:20 am

Sinto clima de promoção no ar. Se tivesse alguns bilhões sobrando já tinha ligado para Eike agendar uma reunião. Diria algo como "pago 20% do valor investido. É pegar ou largar" 8-] :|

Esperem que ocorrerá algo assim nos próximos meses. Parte tomado pelo BNDES como garantia e o restante repassado para empresas sérias do BR. Intermediado pelo governo federal e BNDES. Como foi feito em 2008/2009 como parte da estratégia de enfrentamento da crise financeira internacional.

Legal são os comentários. Tudo culpa do PT, dos tucanos, da Dilma e tudo mais.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3670 Mensagem por NettoBR » Sex Abr 05, 2013 11:07 am

Pergunta: Isso não tem volta mesmo ou seria mais uma jogada dele? Esse Eike é meio malandro e suspeito... 8-] :lol:




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3671 Mensagem por Sterrius » Sex Abr 05, 2013 1:36 pm

So vamos saber com o tempo.

Mas que tem gente doido pra ver ele caindo tem.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3672 Mensagem por Algus » Sex Abr 05, 2013 6:32 pm

Mas não tem que dar mais grana pra ele, mesmo! O governo federal praticamente financia seus projetos, mas ele sempre pega mais dinheiro de todas as formas e ao invés de resolver os problemas ele cria mais e mais empresas, sendo que muitas delas sequer possuem relação com o plano principal de negócios.

O cara tem empresa de extração de carvão, de ouro, estaleiro, mineradora de ferro, petróleo, portuária, de hotéis e até de entretenimento. Investe o dinheiro que sobra e depois volta com um pires na mão pedindo mais. Só tá faltando criar uma de automóveis e depois um banco.

Mas não se enganem: A maior parte das suas empresas possui dinheiro em caixa em quantidade suficiente para tornar a empresa operacional. A LLX, por exemplo, não precisa de mais dinheiro para se tornar operacional e ainda assim existe um fundo de pensão canadense gigantesco que não para de depositar verdinha lá.

A OGX, de petróleo, amarga o fato de ter prometido muito além do que deveria cumprir. A empresa surgiu em 2007 (digo, a data do IPO) e já tem mais reserva de petróleo do que o que a Petrobrás tinha até a década de noventa, com a diferença de ter levado 10x menos tempo para isso. Mesmo considerando a evolução tecnológica é um processo impressionante. Também pudera, ele levou os melhores da Petrobrás, é filho de um ex-ministro das Minas e Energia e aliado da atual presidente... Esse cara não é burro.

Seus poços tem apresentado taxa de extração 3x mais lenta que o esperado, e pelo visto continuará sendo assim, mas não existe nenhuma empresa no mundo no ramo do petróleo que tenha sido fundada e, 5 anos depois, já estar extraindo petróleo. Em resumo, ela mostrou que não tem capacidade pra fazer o milagre prometido, mas mesmo assim é a empresa que mais trará dinheiro ao tio peruca.

A OGX é a que mais precisa de dinheiro (volume muito alto em comparação com as demais), mas ele poderia resolver isso simplesmente vendendo uma das reservas a outra empresa com potencial para explorá-la. Isso é até comum neste ramo, pra buscar capital e se dedicar aos objetivos principais.

Até a Petrobrás fez isso recentemente, vendendo blocos que detinha direito no México para investir no pré-sal. Mas claro, ele prefere levar o pires até a Dilma, afinal de contas a grana sempre saiu fácil lá.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3673 Mensagem por Algus » Sex Abr 05, 2013 7:55 pm

Desculpem o duplo post, mas como ele é longo escreverei aqui pra não confundir. Pretendo falar da bufunfa escondida desse cara só por meio das reservas da OGX e dos rumos que a empresa tem tomado.
Observação: A EBX detém 60% da OGX, mas o Eike não detém 100% da EBX, não sei quanto ele possui, mas deve ser acima de 50%, para se manter como sócio majoritário.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 7087,0.htm

A notícia acima é antiga. Novas descobertas da empresa apontam para reservas de 12 bilhões de barris, mas vamos trabalhar com a hipótese de ter 10bi.
Cada barril de petróleo bruto equivale a 160 litros e custa hoje, 107 dólares o tipo brent. O petróleo do Eike está concentrado especialmente na região do pré-sal, embora também tenha reservas no Nordeste. As reservas continentais são mais fáceis, rápidas e baratas para extrair, mas em compensação possuem óleo de alto grau API (quanto menor, melhor, mais caro).

Por um "milagre" ou "genialidade" do Eike, curiosamente ele comprou o direito de explorar petróleo nas melhores regiões da Bacia de Campos. Todos os blocos são de águas rasas (mais baratos para extrair) e a empresa tem uma taxa de sucesso de exploração acima de 70%. As águas possuem profundidade média de 400m enquanto a Petrobrás tem perfurado até 6000m de profundidade e ainda assim não consegue uma taxa de sucesso tão boa, mesmo sendo referência mundial neste aspecto.

Mas não vou questionar como ele conseguiu isso, vou falar sobre o quanto essas reservas valem, aproximadamente.
A Petrobrás afirma ter lucro líquido de 17% sobre a venda dos barris, ou seja, se o barril custa U$100 a estatal obtém lucro de U$17 cada.
Empresas privadas obtém lucros maiores, mas vamos trabalhar com esta margem e vamos considerar o preço do barril a U$100, uma vez que o próprio Eike ofereceu "desconto" de $5 dólares para as suas primeiras remessas.

Temos que considerar nesta conta, também, os dividendos dos acionistas, isto é, a sua participação nos lucros. A Petrobrás oferece 7% em cima do lucro (líquido, claro). Mais uma vez, estatais oferecem maiores rendimentos em relação às empresas privadas (observem os dividendos oferecidos pelo Banco do Brasil e pelos outros bancos, por exemplo), mas vamos trabalhar com este valor.
Sendo U$12 de lucro líquido 7% disso equivaleria a $0.84. Para facilitar os cálculos arredondarei para $1.

Considerando tudo isso é possível afirmar que, nas condições atuais, a OGX poderia lucrar cerca de U$110 bilhões de dólares somente considerando as reservas provadas (lucro de U$11 em cima de 10bi em reservas). Observem que não estou considerando os trilhões de litros cúbicos de gás (até porque dessa parte eu não entendo quase nada) e nem mesmo a possibilidade de refinar (que poderia virar querosene, gasolina etc, aumentando muito a margem de lucro).

Claro, é uma situação completamente impossível, tirar tudo de uma vez e vender. Com o passar do tempo o petróleo pode baixar ou subir de preço, pode dar vazamento, enfim, uma infinidade de fatores. Já li certa vez que, abaixo dos U$75 o barril não haveria lucro para Eike, os custos de exploração superariam a conta, isso também precisa ser levado em conta.

Mais que isso, os U$5 de "desconto" que comentei só valem nas etapas iniciais, isso porque as empresas precisam dar um sinal à OGX e pedir a carga com bastante antecedência e, se tratando de uma empresa nova é um grande risco, por isso o desconto de justificaria no início. Sem ele a margem de lucro saltaria para a casa dos 150 bi de dólares, o que em dilmas equivale hoje ao valor de mercado da Petrobrás!

Reservas comprovadas, contudo, podem ser vendidas antes de serem exploradas, mas a um preço muito mais baixo, claro.
Considerando a dificuldade da extração, na pior das possibilidades, se o Eike precisasse de dinheiro ele poderia vender facilmente 25% destas reservas ao valor mais baixo apresentado e rapidamente levantaria recursos suficientes para tocar o restante do projeto. Uma empresa chinesa ofereceu U$7bi em troca de 30% de participação nas reservas comprovadas, o que foi prontamente recusado por ele em 2011, na época o preço do barril era bem baixo.

Parece pouco? Na época o valor de mercado da OGX equivalia a R$64bi e o papel valia R$15. Hoje a empresa vale quase 10x menos e o papel está cotado a R$1,8!!

Mas sabem qual é o valor patrimonial da ação hoje? R$2,30! Isso mesmo, o patrimônio material da empresa (que desconsidera as reservas) por si só supera o valor da ação cotada.

Agora eu pergunto, como alguém pode obter tantos resultados positivos (recorde de desenvolvimento, segundo a própria matéria, os maiores cabeças do ramo trabalhando na empresa, parceria com o governo, a maior taxa de sucesso na perfuração etc) e fazer sua empresa valer menos que seu próprio patrimônio?

Nesta semana veio a notícia da desistência da perfuração de um terceiro poço, para acelerar a extração. As ações caíram 13% num só dia.




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3674 Mensagem por Bourne » Sáb Abr 06, 2013 8:21 pm

In USA, quando implantaram uma regulação muito mais pesada sobre o transporte rodoviário para evitar acidentes ocorreu a mesma choradeira. Até os anos 1990s, era normal ter horários impossíveis de cumprir, caminhoneiros funcionando a base de cocaína e metanfetamina, excesso de peso entre outras barbaridades. Hoje, se descumprir as medidas é multado e o embarcador também responde. Case se envolva em acidentes descumprindo as horas, excesso de peso ou drogado é cadeia e culpado pelo acidente. Não importa se foi responsável ou atingido. Dizem que funcionou. Reduziu os acidentes, melhorou as condições de trabalho e os custos relacionados.

No Brasil, ainda ocorrem coisas absurdas encaradas pelo setor como normal. Por exemplo, transporte de alimentos como frutas e verduras que ainda vão em cima de carroceria de madeira, sem refrigeração que cruzam o país com horários impossíveis. O correto seria no mínimo ir em um baú refrigerado como se faz em quase todo mundo, incluindo EUA e Turquia. Porque se dá maior tempo para transporte, flexibilidade e redução a zero das perdas de produtos.
Agronegócio e indústria querem “segurar” Lei do Descanso por 5 anos

Fonte: http://blogdocaminhoneiro.com/agronegoc ... or-5-anos/

Vale tudo para entidades empresariais defenderem a flexibilização e ou a prorrogação da Lei do Descanso (12.619). Em audiência pública convocada pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados para discutir mudanças no texto, realizada dia 26 de março, representantes do agronegócio e da indústria reclamaram dos impactos da Lei do Descanso sobre seus negócios e sobre toda a economia brasileira.

Se “pegar”, segundo eles, a lei seria capaz de gerar um aumento de 0,6% nos índices de inflação, prejudicando todo cidadão brasileiro. Os representantes também usam a falta de locais de paradas como desculpa para tornar a lei “letra morta”.

Somente os representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres (CNTTT) e do Ministério Público do Trabalho (MPT), Luiz Antonio Festino e Paulo Douglas de Moraes, defenderam a manutenção do texto como foi promulgado.

Flávio Benatti, representante da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), admitiu mudanças na Lei do Descanso, mas refutou a ideia de prorrogação de sua vigência.

Veja abaixo um resumo das falas dos representantes da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da Confederação Nacional da Indústria (CNT), da CNT, e do empresário Aldo Locatelli. Também confira o que pensa a representante do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), Sônia Branco, segundo quem a lei precisa “ser flexibilizada, e muito”.

CNA

Luís Antonio Fayet, consultor de Logística da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), alegou que o impacto da lei no custo de transporte foi de 14%. E que isso representa 0,6% de impacto sobre a inflação. “A lei necessita de ajustes”, disse. Ele defendeu que sua implantação seja escalonada em cinco anos. “E que ninguém seja penalizado no período da implementação da lei.”

Para Fayet, mesmo que escalonadamente, a lei só deve ser obedecida nos trechos previamente homologados pelo governo. E que a Lei do Descanso também seja flexibilizada de acordo com o tipo de carta. “Tenho de tratar diferentemente uma carga de minério de uma carga explosiva”, declarou.

CNI

Fabíola Pasini, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentou um discurso parecido com o da CNA. Quer a “implementação gradual dos dispositivos da lei ou a prorrogação da sua vigência para que não gere perdas demasiadas ao setor produtivo. Ela ensaiou uma defesa dos motoristas. “A lei esqueceu que o Brasil possui uma vasta extensão territorial e uma extensão de rodovias com diferentes características de forma que não é possível atender aos requisitos da lei de forma imediata”, afirmou.

Lembrou da inflação que a lei pode trazer e que este custo será repassado a toda sociedade. “Há aumento do custo de transporte que certamente será repassado para o consumidor final”, disse. Segundo a representante da indústria, a Lei do Descanso está na contramão dos esforços do governo para incentivar a economia e segurar a inflação.

Para Fabíola, a lei deveria ser implantada aos poucos, iniciando pelas rotas com maior tráfego do Sul e do Sudeste. E deve levar em conta as especificidades de cargas. “Que o intervalo de descanso seja vinculado ao tipo de carga e a existência de pontos de paradas”, declarou.
E ainda fez um apelo: “Precisamos vender nossos produtos para o mundo e sem que haja modificação da lei não será possível.”

Postos

O maior revendedor de diesel do País, Aldo Locatelli, também foi convidado para a audiência. Ele defendeu a flexibilização da lei e sugeriu que o tempo de descanso seja vinculado ao trecho percorrido. “Que sejam 800 km em vez de horas”, afirmou. Locatelli disse que o governo deveria ser mais rigoroso na fiscalização dos motoristas com mau comportamento nas estradas e estimou que os postos poderão passar a cobrar R$ 50 para abrigarem os caminhões por noite.

MUBC

Sônia Branco, coordenadora do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC) na Baixada Santista, disse que a lei “precisa ser flexibilizada, e muito”. Ela argumenta para isso a falta de local para o caminhoneiro descansar e a falta de infraestrutura nos portos. “O caminhoneiro vai ficar parado no meio do nada esperando o bandido”, discursou.

De acordo com Sônia, a lei precisa ser diferente para cada tipo de carga transportada. “Gostaria de propor aos senhores que acompanhassem um caminhoneiro numa jornada de trabalho saindo do Sul para chegar ao porto. Ai vocês vão onde eles poderiam parar, se existe essa possibilidade”, declarou.
CNT

O presidente da NTC&Logística, Flávio Benatti, que na ocasião representou a Confederação Nacional de Transportes (CNT), disse que a lei pode ser flexibilizada, mas que o setor não aceita sua prorrogação. Ele fez um histórico sobre as discussões que levaram à 12.619, desde 2007, quando o Ministério Público do Trabalho (MPT) passou a autuar transportadoras de Rondonópolis (MT).

“Sempre entendemos que a atividade do motorista carecia de uma regulamentação”, declarou. Benatti contou que a própria CNT procurou o Ministério Público do Trabalho para negociar. “Começamos uma conversa que envolveu trabalhadores, caminhoneiros autônomos e empresários, e chegou-se a uma legislação, que também foi negociada com a Casa (Câmara dos Deputados)”, ressaltou.

O representante da CNT também rebateu o discurso de que não há como cumprir a lei por falta de paradas. “Podemos não ter os pontos ideais, mas os pontos existem tanto é que os caminhoneiros sempre descansaram em algum lugar. O que temos de fazer é lutar pela adequação dos pontos”, afirmou.
Benatti diz que a CNT concorda com a diminuição do tempo de descanso, desde que seja feita de forma isonômica para os caminhoneiros autônomos e empregados. A lei prevê que o motorista pare meia hora a cada quatro horas ao volante e onze horas entre dois dias de trabalho. Os empregados não podem trabalhar mais que 10 horas por dia (8 horas normais e duas extras) e 44 horas semanais.

“Entendemos que a flexibilização possa vir, mas que venha também para os celetistas. Do contrário, haverá desemprego”, disse ele. No entendimento de Benatti,
se só os autônomos puderem descansar menos, os embarcadores não contratarão mais as empresas de transporte. Ele contou que a CNT, junto com entidades de autônomos, está preparando um documento com propostas sobre o tempo de descanso a ser entregue à comissão da Câmara.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que não participou da audiência, defende que o tempo de descanso entre dois dias de trabalho seja reduzido de 11 horas para 8 horas.
Fonte: Carga Pesada




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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

#3675 Mensagem por Bourne » Seg Abr 08, 2013 9:05 am

Gasto sobe e conta de Estados tem o pior resultado desde 1999
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GUSTAVO PATU
DE BRASÍLIA

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1258 ... 1999.shtml

Com apoio do governo federal, a atual safra de governadores reduziu o aperto nas contas dos Estados aos menores níveis desde o ano anterior à aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que passou a vigorar em 2000.

Estímulos oficiais tendem a elevar mais as despesas

Gastos em expansão e estímulos oficiais à aceleração das obras e outros investimentos fizeram cair pela metade, ao longo de pouco mais de um ano, o montante poupado dos orçamentos para o abatimento de dívidas.

Editoria de Arte/Folhapress

Conhecida como superavit primário, essa poupança caiu do equivalente a 0,72% do Produto Interno Bruto, em 2011, para 0,36% nos 12 meses encerrados em fevereiro.

Levantamento feito pela Folha aponta que pelo menos sete Estados --Rio de Janeiro, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Acre, Amapá e Roraima-- e o Distrito Federal contabilizaram deficit primário no ano passado.

Em outras palavras, a arrecadação de impostos e outras receitas não financeiras foi incapaz de cobrir as despesas com pessoal, ações sociais, custeio e investimentos.

Em 2011, apenas Pernambuco e Sergipe haviam fechado no vermelho. Quinze anos atrás, o número de deficitários chegava às duas dezenas, o que impulsionou a adoção da legislação para o controle dos resultados fiscais.

Enquanto a economia e a arrecadação de impostos crescem em ritmo mais lento, o governo Dilma Rousseff tem elevado as possibilidades de endividamento dos Estados e oferecido financiamento para obras públicas.

INVESTIMENTOS

Sob o comando do aliado Sérgio Cabral (PMDB), o Rio viveu uma reviravolta: de um superavit de R$ 2,6 bilhões, em 2011, a um deficit de R$ 0,9 bilhão no ano passado.

A Secretaria da Fazenda do Rio informou considerar natural haver deficit devido ao programa de investimentos de longo prazo do Estado.

Os investimentos subiram de R$ 4,7 bilhões para R$ 5,3 bilhões de 2011 para 2012. Bem mais volumosos, gastos com pessoal e custeio também tiveram alta, de R$ 37,6 bilhões para R$ 42 bilhões.

A secretaria acrescentou que as contas do Estado respeitam os limites de endividamento fixados pela legislação e o programa de ajuste fiscal negociado com a União desde a década de 90.

O maior deficit do país, de R$ 1,1 bilhão, foi contabilizado em Pernambuco, onde Eduardo Campos (PSB) ensaia deixar a aliança nacional com o PT e se lançar candidato ao Planalto em 2014.

Segundo a Fazenda pernambucana, o resultado foi negociado com a União --que, na condição de principal credora, pode restringir a expansão de gastos e dívidas dos Estados.

"Cabe registrar, ainda, que só foi possível a efetivação de tal espaço fiscal em virtude do baixíssimo nível de endividamento do Estado, uma vez que em 2012 o estoque da dívida correspondeu a 45% da receita corrente líquida, diante de um limite de 200% [fixado na legislação]", diz nota enviada à Folha
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