LeandroGCard escreveu:Bem, ele teria no mínimo a mesma autonomia dos ST de ataque. Na verdade provavelmente até muito mais, porque não teria que levar armamento e poderia em vez disso carregar tanques subalares. E teria a grande vantagem de se estar operando a mesma aeronave, com todas as facilidades decorrentes que vão da facilidade organizacional e de manutenção (podem ser aeronaves do mesmo esquadrão) à simplicidade de coordenar as operações de aviões com o mesmo desempenho. É claro que se poderia operar outras aeronaves dedicadas, até algo como um R-99B, mas a complexidade e o custo disso seria sem dúvida bem maior. Não me consta que a Colômbia tenha interesse adquirir algo como um R-99B, mesmo com os bons serviços prestados pelos da FAB.
Realmente a questão da economia iria variar muito em decorrência de que tipo de equipamento seria instaldo, quais as estações de armamento iria utilizar e quantas iria utilizar.
Sobre operar a mesma aeronave, o fato de ser vantagem ou desvantagem acho que dependeria das modificações a serem feitas. Se for só de plugagem, sem maiores modificações; mesmo nesse caso vale lembrar que teriamos uma aeronave a menos disponivel por saida fazendo a função de ISR; se forem modificações maiores, o que eu acho que deve ser o caso, ai seria mais dificil ainda pois teriamos um numero de aeronaves restritas para determinada missão no esquadrão, diminuindo o numero de aeronaves de ataque.
Acho que eles não optariam pelo R-99, e sim por outra versão modificada de turbohelice como as que eles já operam.
LeandroGCard escreveu:Com relação à gerção de energia, acho que isso já está resolvido, pelo que entendi os radares SAR serão instalados no ST. A turbina dele tem uma boa capacidade de gerar energia, acho que é só instalar um gerador um pouco maior. E o enlace de dados também me parece já ser realidade, pelo que vi na coordenação dos ST colombianos com os nossos R-99 nos ataques às FARC.
Que eu saiba a Colombia está "estudando" a viabilidade de tal equipamento, assim como fez no caso do MAA-1 nos A-29.
Sobre a geração de energia, não depende so da turbina (que comcerteza teria energia para tal), mas da modificação de parte do sistema eletrico (barras, cablagem, impedancia, sistemas de backup) para que tal equipamento fosse capaz de operar; pois não adianta somente ter mais energia disponivel mas sim tambem ser capaz de conduzir essa energia com segurança.
LeandroGCard escreveu:Aí é decisão do comandante. Mas em muitos casos de guerra aberta a coisa pode ser bem simples, se está do lado de lá da linha de frente é inimigo, e pode jogar bomba em cima sem dó. É o que acontece em situações como a invasão do Iraque, os ataques de VANT´s no Afeganistão e no Paquistão, ou os bombardeios da Sérvia e da Líbia: O território abaixo é todo inimigo e eventuais baixas civis são explicadas à posteriori pelos diplomatas, sempre sob a designação de "efeitos colaterais".
E é exatamente na posição do comandante que estou pensando. Veja bem: TODOS os exemplos que você citou são perdas "colaterais" realizadas a quilometros de distancia do país sede e em nome da segurança...
Na Colombia a coisa é bem mais complicada neste aspecto: você está em uma Democracia, usando as suas FFAA dentro do seu territorio contra a sua propria população. Não haveria diplomacia envolvida porque não estamos falando outros países, haveria sim o Ministerio Publico (ou equivalente) e os partidos de oposição no Congresso instalando uma CPI (ou equivalente) para explicar o porque uma ação foi autorizada sem que houvesse duvidas que quem seria atingido seriam os inimigos.
Não acho que perdas civis serão aceitas tranquilamente neste cenario, tanto é assim que a FAC até hoje só realiza suas incursões com certeza absoluta do alvo desejado e sempre fora de ambientes urbanos.
LeandroGCard escreveu:Na luta contra guerrilha é que isso é bem mais difícil, pois é uma ação quase que de polícia e aí baixas civis precisam ser evitadas, até para não criar antipatia da população conrta as forças do governo. De qualquer forma não é um problema insolúvel, o radar SAR pode pegar o movimento abaixo e orientar a aeronaves (ou outras ligadas na rede) sobre onde procurar para confirmar os alvos visualmente. Já seria bem melhor que ficar sobrevoando e procurando aleatoriamente sem saber se existe mesmo algo lá embaixo ou não. E se se sabe onde procurar a busca visual pode ser feita mais facilmente com a ajuda de um FLIR com alto grau de magnificação (o que não funciona muito bem quando não se tem idéia de onde estão os possíveis alvos, devido ao campo de visão reduzido).
Mas mesmo assim com o SAR não seria 100% de certeza, e neste tipo de operação não se pode trabalhar com menos que isso devido aos fatores que citei acima.Tanto é assim que até onde sei os colombianos trabalham muito mais com inteligencia (em todos os niveis, principalmente HUMINT através de agentes inflitrados).
Na minha opinião seria o SAR para determinar a região, HUMINT para confirmar o objetivo e sensores oticos para confirmar o alvo.
LeandroGCard escreveu:Existem restrições, é claro, assim como no caso dos mísseis BVR citados por você. Mas qual a força aérea séria do planeta que abre mão dos BVR por causa disso? O importante é que é um recurso a mais a se somar a todos os demais já existentes, e na minha percepção pode ser sim de muita ajuda.
Certamente ninguem abre mão, apenas citei que as atuais regras de engajamento são tão restritivas que eles se tornaram armas defensivas quando deveriam ser ofensivas.
É claro que um recurso a mais sempre é de grande valia, mas acho que NESTE caso especifico ele teria suas capacidades limitadas por fatores politicos do conflito; mas convem sempre lembrar que como você citou talvez a Colombia não esteja pensando nele apenas para o atual cenario.
Leandro, em tempo: se eles estiverem falando de utilizar um RADAR para localizar alvos no terreno, algo semelhante aos modos GMTI dos radares de aeronaves de caça, então a coisa muda de conversa e boa parte dos meus argumentos caem por terra.
Ao que ouvi parece que é algo nesse sentido.
abraço