Noticias de Portugal
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Re: Noticias de Portugal
Digam o que disser, mas os Portugueses têm bons escritores, e eles são óptimos a colocar o dedo na ferida dizendo por "a" + "b" os nossos problemas... mas como escritores que são pouco ou nada fazem. Também com este povo manso (do qual eu me incluo) o que se pode esperar?!
- cabeça de martelo
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Re: Noticias de Portugal
Homem interrompe debate e atira cartão de visitante para os deputados
Sofia Rodrigues 21/12/2012 - 12:08
Um homem, todo vestido de preto, que estava nas galerias interrompeu o debate quinzenal, com gritos e atirou o cartão de visitante que tinha ao pescoço para as bancadas enquanto exibia o seu cartão de cidadão.
"Errado!Agora falo eu!", gritou, no momento em que a Presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, anunciava que a palavra era do primeiro-ministro“, partindo o cartão em dois.
O homem foi de imediato retirado das galerias por um agente da polícia, mas antes ainda gritou "A democracia é uma ilusão".
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Re: Noticias de Portugal
FONTEMilitares da GNR são alvo de processo por não chamarem general a um condutor
Por Rosa Ramos, publicado em 21 Dez 2012 - 03:10 | Actualizado há 1 dia 8 horas
General da Força Aérea passou um vermelho e queixou-se por não ter sido tratado pelo posto
Dois militares do Trânsito do comando da GNR de Setúbal estão a ser alvo de um processo disciplinar por não terem tratado um general reformado da Força Aérea pelo posto no momento em que lhe aplicaram uma multa no IC20. O caso deu-se em Setembro, quando o general foi apanhado pela GNR a passar um sinal vermelho na zona da Costa da Caparica. De acordo com a Associação Nacional de Guardas (ANAG), que denuncia o caso, os dois militares que se inteiraram da infracção terão pedido os documentos ao automobilista tratando-o por “senhor condutor” e tendo-lhe pedido que esperasse dentro do carro até que acabassem de elaborar o auto. “O general em causa facultou os documentos todos juntos e não informou que pertencia à Força Aérea”, conta a associação.
Enquanto os dois militares estavam a tratar da multa – no valor de 78,42 euros –, o condutor terá saído do carro. “Dirigiu-se a eles, tratando-os por tu e perguntando-lhes se sabiam quem ele era. Os militares responderam que não, dado que ele não se tinha identificado”, acrescenta o sindicato. O general da Força Aérea terá pedido então a identificação aos militares e apresentou queixa contra eles por ter sido tratado por “senhor condutor” e não por “general”. Em consequência do episódio, os dois militares receberam esta semana a indicação de que tinham sido constituídos arguidos num processo disciplinar ainda a decorrer.
“A lei é igual para todos e não pode haver tratamentos diferenciados, ninguém está acima da lei”, critica o presidente da ANAG. Virgílio Ministro lamenta que “sejam punidos militares” no exercício das suas funções. “Em vez de se dissuadir os infractores na estrada, está-se a dissuadir os agentes da autoridade de cumprirem o seu dever”, defende.
Segundo o Regulamento de Continências e Honras Militares, que o i consultou, os dois guardas deveriam mesmo ter tratado o general da Força Aérea pelo posto, por ser um superior hierárquico. De acordo com o artigo 13.o do documento, “os militares, quer fardados quer em trajo civil, deverão cumprimentar todos os seus superiores hierárquicos, mesmo que estes não estejam uniformizados, desde que os reconheçam ou logo que eles se identifiquem”. No entanto, a ANAG garante que o general “não se identificou assim que foi abordado”.
Contactado pelo i, o comando-geral da GNR confirma que existe “uma participação por má conduta dos militares”, estando a decorrer um processo disciplinar, ainda em fase de instrução. Caso o inquérito conclua que os dois militares não agiram correctamente, poderão ser condenados a dias de suspensão, descontados no ordenado.
Audaces Fortuna Iuvat
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Re: Noticias de Portugal
Wasta é uma praga da civilização em alguns países mais, outros menos.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: Noticias de Portugal
Aqui é brabo, o "você sabe com quem está falando?" pega direto, teve JUIZ DE DIREITO em Osório que, estacionando o carro em local proibido, foi abordado por um Brigadiano e tacou um desses tales de WASTA nele. O PM notificou (multou) igual. O juiz fez queixa ao Cmt do 8º BPM, que fica na cidade, o qual deu razão ao soldado e se negou a instaurar IPM. O juiz, furioso, se despediu com um "vai ter volta" (não sei se ele se vingou mesmo)...
“You have to understand, most of these people are not ready to be unplugged. And many of them are so inured, so hopelessly dependent on the system, that they will fight to protect it.”
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Re: Noticias de Portugal
Aguiar-Branco põe na gaveta relatório incendiário
por Helena Pereira
Um país onde «a corrupção e o nepotismo alastraram impunemente». Onde “as estruturas económicas são medíocres e tímidas”. Onde se vive num «ambiente de rarefacção do Estado Social». Este é o retrato de Portugal, feito por um grupo de senadores, a quem o Governo pediu um trabalho sobre a revisão do Conceito Estratégico de Defesa.
O grupo, presidido pelo social-democrata Luís Fontoura, inclui pessoas como Adriano Moreira, Luís Amado, Jaime Gama, Leonor Beleza, Ângelo Correia, Gomes Canotilho, Pinto Balsemão, Figueiredo Lopes, João Salgueiro, o general Loureiro dos Santos e o almirante Vieira Matias.
A comissão, de 25 membros, tomou posse em Junho, numa cerimónia no Forte de S. Julião da Barra, a que o próprio primeiro-ministro compareceu. Depois, a 11 de Outubro, nova cerimónia formal, presidida por Passos Coelho, para a entrega do trabalho. Aguiar-Branco manifestou, nessa altura, o desejo que o novo CEDN fosse “um documento realista, exequível, que não seja apenas para registo da História, mas um guião mobilizador do que deve ser a intervenção do Governo”.
O texto final devia ser levado a Conselho de Ministros até final do ano. As ideias, contudo, são polémicas e criaram desconforto, não só junto do Ministério da Administração Interna, como na Presidência da República, que não tiveram conhecimento do relatório. No caso da Presidência, há até razões formais para que isso tivesse acontecido: a legislação em vigor atribui ao Conselho Superior de Defesa Nacional, liderado pelo PR, competências prévias na aprovação deste documento.
Percebendo o problema, o Ministério da Defesa já nem quer comprometer-se com uma nova data para a aprovação do novo Conceito Estratégico, que está a ser trabalhado, há várias semanas, por membros da equipa de Aguiar-Branco. O trabalho da equipa de sábios é tido, no Ministério da Defesa, “como um contributo entre vários”.
Aquele trabalho faz, por um lado, um diagnóstico muito negro da actual situação do país. Por outro, formula uma série de propostas polémicas, nomeadamente sobre a GNR e a PSP, que esta semana levaram inclusive à ameaça de direcção da PSP. Por último, na parte estrita de defesa, é muito ambicioso.
O texto é duro no que diz respeito às vulnerabilidades internas. Assim, Portugal é visto como «um protectorado» que luta «pela sua sobrevivência» e em que “a intervenção indébita e egoísta das corporações profissionais e económicas, está para além dos limites aceitáveis”. E a crise que o país atravessa “pode desencadear fenómenos de contestação e radicalização, detonantes de uma conflitualidade político-social susceptível de pôr em causa o regime democrático”. Já a Justiça, permitiu a «impunidade» dos “prevaricadores de colarinho branco”.
Mas tem também várias propostas concretas que surpreenderam o próprio ministro da Defesa. Defende uma negociação com a UE que permita “aliviar o peso da dívida externa contraída pelo Estado após o início da crise financeira internacional”.
Propõe ainda a criação de uma “unidade de Segurança Nacional que funcione no Gabinete do primeiro-ministro” para “sintetizar” a informação recebida dos Ministérios dos Negócios Estrangeiros, da Defesa Nacional e da Administração Interna, e do Sistema de Informações da República.
E defende uma separação entre PSP e GNR, com a primeira a ficar responsável pelas áreas urbanas e policiamento de proximidade, enquanto a segunda deverá combater a criminalidade mais violenta e o terrorismo – levando Miguel Macedo a demarcar-se publicamente de tal visão, vista como uma ingerência inaceitável.
Um dos membros da comissão de revisão do CEDN explicou ao SOL que os vários elementos organizaram-se em grupos de trabalho sectoriais e que é normal que não concordem necessariamente com todos os pontos do texto.
http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Inte ... t_id=65213
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Re: Noticias de Portugal
Eu conheço histórias bem piores infelizmente, mas a questão é como isso reflete no orçamento até deixei meio para lá, afinal é época de natal e orçamento/privilégio é universal.Túlio escreveu:Aqui é brabo, o "você sabe com quem está falando?" pega direto, teve JUIZ DE DIREITO em Osório que, estacionando o carro em local proibido, foi abordado por um Brigadiano e tacou um desses tales de WASTA nele. O PM notificou (multou) igual. O juiz fez queixa ao Cmt do 8º BPM, que fica na cidade, o qual deu razão ao soldado e se negou a instaurar IPM. O juiz, furioso, se despediu com um "vai ter volta" (não sei se ele se vingou mesmo)...
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Re: Noticias de Portugal
Artigo do O Público.
Hugo Mendes, A espiral do silêncio
‘1. Há dias, foram conhecidos os resultados dos estudos Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS) e Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), realizados pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement. Em ambos os estudos participaram alunos do 4.º ano em matemática e ciências, e em leitura, respetivamente. A anterior participação de Portugal no TIMSS remonta a 1995 (ficou de fora em 1999, 2003 e 2007). Nesse ano, participaram alunos de vários níveis de escolaridade, e a média dos resultados deixou o país na cauda da classificação. Década e meia depois, Portugal melhorou muito o seu desempenho: entre 50 países, ficou em 15.º lugar na matemática, e em 19.º nas ciências, o mesmo lugar em que ficou no PIRLS, entre 45 países. Tendo em conta a classificação obtida em 1995, estes resultados indicam um progresso muito importante.
2. A real importância destes resultados foi ignorada pela comunicação social. Quem leu jornais ou viu televisões, ficou sem saber que, quando comparados os resultados de 1995 e 2011, Portugal é o país com a maior progressão na matemática, e o segundo país com maior progressão nas ciências. Nem que, de entre os países da UE, Portugal é o 7.º classificado em matemática, 8.º na leitura, e 12.º em ciências - o que significa que as aprendizagens dos alunos do 1.º ciclo do básico não ficam nada a dever à generalidade dos colegas europeus, onde as famílias têm, em média, mais recursos socioeconómicos e níveis de escolarização mais elevados.
Em 2010, com a divulgação dos resultados do PISA/2009, assistiu-se a um fenómeno semelhante. Enquanto muitos desvalorizavam a melhoria dos resultados em relação às edições anteriores (2000, 2003 e 2006), quem acompanhou os meios de comunicação ficou sem saber que, quando tido em conta o nível económico e social das famílias, os resultados dos alunos portugueses foram ainda melhores do que a média indica. Uma vez que a condição socioeconómica é uma variável explicativa essencial, quando os resultados são ajustados ao Índice de Estatuto Económico, Social e Cultural da OCDE, os alunos portugueses passam, no domínio da leitura, do 21.º para o 6.º lugar da classificação.
3. A verdade é que o espaço público está pouco disponível para receber notícias positivas sobre educação. Há muito que a cobertura jornalística e o debate privilegiam uma narrativa de que o sistema produz resultados medíocres, sendo o principal culpado o "facilitismo" promovido pelas novas pedagogias, conhecidas por "eduquês". Desde o início da década passada que os seus críticos conseguiram colonizar os meios de comunicação e afunilar o debate público. Só é estranho que, sendo os críticos do "eduquês" quase todos cientistas, não se tenham preocupado em documentar empiricamente, de forma sustentada, a sua tese. Teria sido fácil montar uma investigação que entrasse nas salas de aula e estudasse as práticas pedagógicas em ação. Porém, à parte alguns ensaios pop, não foi produzido nenhum trabalho que documente empiricamente a alegada contaminação das práticas pedagógicas pelo "eduquês" ou os seus efeitos sobre os alunos.
4. Esta atitude de seletiva atenção à realidade tem tradução na forma como muitos passaram a olhar para as instituições internacionais. De prova incontornável da mediocridade do sistema educativo, os resultados e as recomendações da OCDE passaram a ser relativizadas ou ignoradas e, nos últimos anos, valeu tudo para desvalorizar os progressos realizados: se os resultados dos estudos eram positivos, era porque os dados eram manipulados; se as recomendações convergiam com as políticas do Governo, era porque os estudos foram pagos.
Depois de 2005, a OCDE acompanhou um conjunto de medidas e produziu vários relatórios, num diálogo continuado com o Ministério da Educação. Hoje, assistimos à prática oposta: o Ministério da Educação e Ciência habituou-nos a decisões sem qualquer estudo ou avaliação, ou a partir de relatórios encomendados e com conclusões de qualidade duvidosa (como no caso do Novas Oportunidades). Chega ao ponto de excluir o país da participação no Programa para a Avaliação Internacional de Competências dos Adultos, da OCDE. Infelizmente, nenhuma decisão é tão infame como a recuperação do exame no 4.º ano, à revelia das práticas de qualquer outro país europeu e das recomendações sobre a avaliação em Portugal.
5. A consequência desta atitude não representa apenas um recuo de muitos anos na cultura de avaliação que o diálogo com as instituições internacionais criara; reduz, também, o espaço de debate público qualificado. Num momento crítico de discussão das funções sociais do Estado, ficam à vista os efeitos negativos de o debate sobre a educação estar, há muitos anos, refém de generalidades e análises rápidas e levianas: elas produzem uma visão truncada (senão mesmo errada) dos níveis de eficácia e de equidade do sistema educativo, e acabam por justificar ou legitimar políticas que significam um retrocesso de décadas.’
Hugo Mendes, A espiral do silêncio
‘1. Há dias, foram conhecidos os resultados dos estudos Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS) e Progress in International Reading Literacy Study (PIRLS), realizados pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement. Em ambos os estudos participaram alunos do 4.º ano em matemática e ciências, e em leitura, respetivamente. A anterior participação de Portugal no TIMSS remonta a 1995 (ficou de fora em 1999, 2003 e 2007). Nesse ano, participaram alunos de vários níveis de escolaridade, e a média dos resultados deixou o país na cauda da classificação. Década e meia depois, Portugal melhorou muito o seu desempenho: entre 50 países, ficou em 15.º lugar na matemática, e em 19.º nas ciências, o mesmo lugar em que ficou no PIRLS, entre 45 países. Tendo em conta a classificação obtida em 1995, estes resultados indicam um progresso muito importante.
2. A real importância destes resultados foi ignorada pela comunicação social. Quem leu jornais ou viu televisões, ficou sem saber que, quando comparados os resultados de 1995 e 2011, Portugal é o país com a maior progressão na matemática, e o segundo país com maior progressão nas ciências. Nem que, de entre os países da UE, Portugal é o 7.º classificado em matemática, 8.º na leitura, e 12.º em ciências - o que significa que as aprendizagens dos alunos do 1.º ciclo do básico não ficam nada a dever à generalidade dos colegas europeus, onde as famílias têm, em média, mais recursos socioeconómicos e níveis de escolarização mais elevados.
Em 2010, com a divulgação dos resultados do PISA/2009, assistiu-se a um fenómeno semelhante. Enquanto muitos desvalorizavam a melhoria dos resultados em relação às edições anteriores (2000, 2003 e 2006), quem acompanhou os meios de comunicação ficou sem saber que, quando tido em conta o nível económico e social das famílias, os resultados dos alunos portugueses foram ainda melhores do que a média indica. Uma vez que a condição socioeconómica é uma variável explicativa essencial, quando os resultados são ajustados ao Índice de Estatuto Económico, Social e Cultural da OCDE, os alunos portugueses passam, no domínio da leitura, do 21.º para o 6.º lugar da classificação.
3. A verdade é que o espaço público está pouco disponível para receber notícias positivas sobre educação. Há muito que a cobertura jornalística e o debate privilegiam uma narrativa de que o sistema produz resultados medíocres, sendo o principal culpado o "facilitismo" promovido pelas novas pedagogias, conhecidas por "eduquês". Desde o início da década passada que os seus críticos conseguiram colonizar os meios de comunicação e afunilar o debate público. Só é estranho que, sendo os críticos do "eduquês" quase todos cientistas, não se tenham preocupado em documentar empiricamente, de forma sustentada, a sua tese. Teria sido fácil montar uma investigação que entrasse nas salas de aula e estudasse as práticas pedagógicas em ação. Porém, à parte alguns ensaios pop, não foi produzido nenhum trabalho que documente empiricamente a alegada contaminação das práticas pedagógicas pelo "eduquês" ou os seus efeitos sobre os alunos.
4. Esta atitude de seletiva atenção à realidade tem tradução na forma como muitos passaram a olhar para as instituições internacionais. De prova incontornável da mediocridade do sistema educativo, os resultados e as recomendações da OCDE passaram a ser relativizadas ou ignoradas e, nos últimos anos, valeu tudo para desvalorizar os progressos realizados: se os resultados dos estudos eram positivos, era porque os dados eram manipulados; se as recomendações convergiam com as políticas do Governo, era porque os estudos foram pagos.
Depois de 2005, a OCDE acompanhou um conjunto de medidas e produziu vários relatórios, num diálogo continuado com o Ministério da Educação. Hoje, assistimos à prática oposta: o Ministério da Educação e Ciência habituou-nos a decisões sem qualquer estudo ou avaliação, ou a partir de relatórios encomendados e com conclusões de qualidade duvidosa (como no caso do Novas Oportunidades). Chega ao ponto de excluir o país da participação no Programa para a Avaliação Internacional de Competências dos Adultos, da OCDE. Infelizmente, nenhuma decisão é tão infame como a recuperação do exame no 4.º ano, à revelia das práticas de qualquer outro país europeu e das recomendações sobre a avaliação em Portugal.
5. A consequência desta atitude não representa apenas um recuo de muitos anos na cultura de avaliação que o diálogo com as instituições internacionais criara; reduz, também, o espaço de debate público qualificado. Num momento crítico de discussão das funções sociais do Estado, ficam à vista os efeitos negativos de o debate sobre a educação estar, há muitos anos, refém de generalidades e análises rápidas e levianas: elas produzem uma visão truncada (senão mesmo errada) dos níveis de eficácia e de equidade do sistema educativo, e acabam por justificar ou legitimar políticas que significam um retrocesso de décadas.’
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Re: Noticias de Portugal
http://www.facebook.com/notes/nuno-barr ... 8693813498MENSAGEM DE RETRIBUIÇÃO AO PEDRO E À LAURA
by Nuno Barradas on Thursday, December 27, 2012 at 4:08pm ·
Caro Pedro,
Antes de mais os meus sinceros agradecimentos pela amabilidade que tiveste em prescindir dos poucos momentos em que não tens que carregar o país às costas, para pensar um pouco em nós e nos nossos natais.
Retrataste com a clarividência de poucos a forma penosa como atravessamos esta quadra que deveria ser de alegria, amor e união. És de facto um ser iluminado e somos sem dúvida privilegiados em ter ao leme da nossa nau um ser humano de tão refinada cepa.
Gostava também de ser interlocutor de alguém que queria aproveitar o espírito de boa vontade que a quadra proporciona para te pedir sinceras desculpas…a minha mãe.
A minha mãe é uma senhora de 70 anos, que usufruindo de uma escandalosa pensão de mil e poucos euros, se sente responsável pelo miserável natal de todos os seus concidadãos. Ela não consegue compreender onde falhou, mas está convicta de que o fez…doutra forma não terias afirmado o que afirmaste. Tentarei resumir o seu percurso de vida para que nos ajudes a identificar a mácula.
A minha mãe nasceu em Alcácer do Sal começou a trabalhar com 12 ou 13 anos…já não se recorda muito bem. Apanhava ganchos de cabelo num salão de cabeleireiro, e simultaneamente aprendia umas coisas deste ofício. Casou jovem e mudou-se para a cidade em busca de melhor vida. Sem opções de emprego a minha mãe nunca se acomodou e fazia alguns trabalhos de cabeleireira ao domicilio…nunca se queixou…foi mãe jovem e sempre achou que por esse facto era a mulher mais afortunada do mundo. Arranjou depois emprego num refeitório de uma grande fábrica. Nunca teve qualquer tipo de formação mas a cozinha era a sua grande paixão.
Depois de alguns anos no refeitório aventurou-se no seu grande sonho…ter um negócio próprio de restauração. Quis o destino que o sonho se concretizasse no ano de 1974…lembras-te 1974? O ano em que te tornaste livre? Tinhas o quê? 10 anos?
Pois é…o sonho da minha mãe tem a idade da democracia.
O sonho nasceu pequeno, com pouco mais de 3 ou 4 colaboradoras. Com muita dificuldade, muito trabalho e muitas noites sem dormir foi crescendo e chegou a dar trabalho a mais de 20 pessoas. A minha mãe tem a 4ª classe.
Tu já criaste empregos Pedro? Quer dizer…criar mesmo…investir e arriscar o que é teu…telefonemas para o Relvas a pedir qualquer coisa para uma amiga da Laura não conta como criar emprego. A minha mãe criou…por isso ela não compreende muito bem onde errou. Tudo junto tem mais de 40 anos de descontos para a segurança social. Sempre descontou aquilo que a lei lhe exigia. A lei que tu e outros como tu…gente de tão abnegada dedicação, se entretém a escrever, reescrever, anular, modificar…enfim…trabalhos de outra grandeza que ela não compreende mas valoriza.
Pois como te digo, a minha mãe viu passar o verão quente, os tempos do desenvolvimento sem paralelo, o fechar de todas as fábricas da região, os tempos do oásis, as várias intervenções do FMI, as Expos, os Euros, do futebol e da finança…e passou por isto tudo sempre a trabalhar como se não houvesse amanhã. A pagar impostos todos os meses e todos os anos. IVA, IRC, IRS, IMI, pagamentos por conta, pagamentos especiais por conta, por ter um toldo, por ter a viatura decorada, por ter cão, de selo, de circulação, de radiodifusão…não falhando um único desconto para a sua reforma, não falhando um único imposto. E viu chegar as condicionantes da idade avançada sem lançar um queixume. E foi resolvendo todos os seus problemas de saúde que inexoravelmente foram surgindo, recorrendo a um seguro privado, tentando deixar para aqueles que realmente necessitam, o apoio da segurança social. Em mais de 40 anos de contribuição não teve um dia de baixa, não usufruiu de um cêntimo em subsídios de desemprego. E ela dá voltas e voltas à cabeça e não há forma de se recordar onde possa ter falhado. Mas certamente falhou…
Por isso Pedro, quando eu lhe li a tua carinhosa mensagem, que certamente escreveste na companhia da Laura e com um cobertor a cobrir as vossas pernas para poupar no aquecimento, ela comoveu-se, e cheia de remorsos pediu-me que por esta via te endereçasse um sentido pedido de desculpas.
Pediu também para te dizer que se sente muito orgulhosa de com a redução da sua pensão poder contribuir para que a tua missão na terra seja coroada de sucesso.
És de facto único Pedro. A forma carinhosa como te referes aos sacrifícios que os outros estão fazer, faz-me acreditar que quase os sentes como teus. Sei que sofres por nós Pedro. Sei que cada emprego que se perde é uma chaga que se abre no teu corpo…é um sofrimento atroz que te é imposto…e tudo por culpa de quem? De gente como a minha pobre mãe que mesmo sem querer tem levado toda uma vida a delapidar o património que é de todos. Por isso se a conseguires ajudar a perceber onde errou ficar-te-ei eternamente agradecido. A minha mãe ainda é daquele tipo de pessoas que não suporta a ideia de estar a dever algo a alguém...ajuda-nos pois Pedro.
Aceita por favor, mais uma vez, em nome da minha mãe, sentidas desculpas. Ela diz que apesar de reformada e com menos saúde vai continuar a trabalhar para poder expiar o tanto mal que causou.
Continua Pedro..estás certamente no bom caminho, embora alguns milhões de ingratos não o consigam perceber.
Não te detenhas…os génios raramente são reconhecidos em vida.
Um grande abraço para ti.
Um grande beijo para a Laura.
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Re: Noticias de Portugal
Quebra nas vendas de automóveis em 2012 foi a maior em 27 anos
02 Janeiro 2013, 17:08 por Nuno Carregueiro
No ano passado foram vendidos em Portugal 95.290 automóveis ligeiros de passageiros, o número mais reduzido desde 1985.
As vendas de automóveis ligeiros de passageiros desceram 37,9% no ano passado, para 95.290, o que faz de 2012 o pior ano para o sector desde 1985, ou seja, em 27 anos.
Segundo os dados da ACAP, hoje divulgados, no total dos ligeiros a queda foi ainda maior, de 40,9% para 111.299 veículos. Isto porque as vendas de automóveis comerciais baixaram 54,2% para apenas 16.009 unidades.
O mês de Dezembro foi até mais negativo do que nos meses anteriores, quando se verificava uma tendência de diminuição nas quedas homólogas das vendas. No último mês do ano passado as vendas de automóveis ligeiros de passageiros baixaram 43,6% para 6.342 unidades, enquanto nos comerciais a queda foi de 57%.
A forte degradação das vendas de automóveis aconteceu num ano em que se assistiu a um agravamento fiscal sobre o sector e em que as famílias viram o seu rendimento disponível diminuir de forma acentuada, devido ao aumento de impostos e corte de salários. As compras de bens duradouros, como são os automóveis, foram as mais penalizadas.
A queda das vendas em Portugal surge em linha com o registado no mercado europeu, que nos primeiros 11 meses do ano registou os valores de venda mais baixos em nove anos. Em Espanha o mercado automóvel também sofreu uma forte quebra, com as vendas a caírem 13% para menos de 700 mil unidades, o representa um mínimo desde que os dados começaram a ser recolhidos, em 1989.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... _anos.html
02 Janeiro 2013, 17:08 por Nuno Carregueiro
No ano passado foram vendidos em Portugal 95.290 automóveis ligeiros de passageiros, o número mais reduzido desde 1985.
As vendas de automóveis ligeiros de passageiros desceram 37,9% no ano passado, para 95.290, o que faz de 2012 o pior ano para o sector desde 1985, ou seja, em 27 anos.
Segundo os dados da ACAP, hoje divulgados, no total dos ligeiros a queda foi ainda maior, de 40,9% para 111.299 veículos. Isto porque as vendas de automóveis comerciais baixaram 54,2% para apenas 16.009 unidades.
O mês de Dezembro foi até mais negativo do que nos meses anteriores, quando se verificava uma tendência de diminuição nas quedas homólogas das vendas. No último mês do ano passado as vendas de automóveis ligeiros de passageiros baixaram 43,6% para 6.342 unidades, enquanto nos comerciais a queda foi de 57%.
A forte degradação das vendas de automóveis aconteceu num ano em que se assistiu a um agravamento fiscal sobre o sector e em que as famílias viram o seu rendimento disponível diminuir de forma acentuada, devido ao aumento de impostos e corte de salários. As compras de bens duradouros, como são os automóveis, foram as mais penalizadas.
A queda das vendas em Portugal surge em linha com o registado no mercado europeu, que nos primeiros 11 meses do ano registou os valores de venda mais baixos em nove anos. Em Espanha o mercado automóvel também sofreu uma forte quebra, com as vendas a caírem 13% para menos de 700 mil unidades, o representa um mínimo desde que os dados começaram a ser recolhidos, em 1989.
http://www.jornaldenegocios.pt/empresas ... _anos.html
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Re: Noticias de Portugal
http://enclavept.wordpress.com/2013/01/ ... nta-colunaA classe média e a quinta coluna
Posted on Janeiro 3, 2013
O modelo de sociedade que ainda hoje nos guia é essencialmente uma relíquia do estado pós primeira grande guerra, o voto universal, os serviços também universais, a paz com objectivo… tudo pagamentos feitos ao homem comum por uma aristocracia (terratenente, industrial e cada vez mais financeira) que sentiu o seu poder a falhar pela primeira vez em quase cinco séculos. O sangue que correu em Ypres, no Somme e em Verdum foi demasiado para apagar da memória. Os mortos para além de qualquer justificação. A sanidade mantida apenas a custo de um pulso pessoal forte perante a loucura do mundo. Regressou uma geração quebrada, cheia de fúria justificada contra o embuste de que foram vítimas durante quase cinco anos. Foi o apaziguamento das massas. Pelo menos das que saíram da guerra do lado vencedor. Agora não temos guerra, tirando em sítios distantes que a maioria não saberia apontar num mapa, cujos líderes se desconhecem e com costumes para os quais as pessoas se estão nas tintas. Não temos também um grande inimigo em quem concentrar os nossos terrores e manter as nossas elites na linha. A espada de Dâmocles que foi a União Soviética foi quebrada. Ao fim de um século os princípios geradores da nossa ordem social estão a dar de si. As razões para a nossa organização económica e política a desaparecer e as nossas elites já se encontram em movimento para se reorganizarem de acordo com as novas regras que elas próprias podem voltar a ditar sem interferência. Ao fim de um século o cidadão perdeu de novo a guerra.
O processo começou no dia que o muro de Berlim caiu. A última ameaça credível às elites ocidentais estava morta. As potências comunistas depressa seriam desmembradas e absorvidas no sistema-mundo de forma particularmente vingativa e punitiva (como não se fez com a RFA em 1949 diga-se). A partir deste momento o regresso de alguns elementos à vida Europeia, talvez mundial, seria inevitável. O desemprego estrutural (um nome pseudo técnico que visa tapar a realidade: desemprego permanente) estava destinado a regressar. Ao fim de duas décadas cá está ele. Em larga escala como não era visto desde a ascensão do fascismo, e com mais ou menos os mesmos efeitos. Ao criar uma situação irresolúvel para milhões de pessoas está-se a desintegrá-las da sociedade que fazem parte. A partir desse momento saem de um circuito e entram noutro, que apesar da vulnerabilidade acrescida e miséria tem também menos limites e fornece menos razões para alguém se conformar com imposições exteriores. Ao contrário dos Bourbon, que apesar de nada esquecerem nada aprenderam, as elites europeias aprenderam e sabem, pelo menos em parte, as consequências das suas acções. Não é por acaso que surgem propostas de militarização crescente das forças policiais. Não se trata apenas de recompensar o único corpo paramilitar (com a excepção da polícia política) que permaneceu fiel ao antigo regime de 73. É o reconhecimento que a partir deste momento haverá duas tarefas. Lidar com os cidadãos (que mantêm empregos e são “respeitáveis”) e o que em breve receberá o nome de “escumalha” (desempregados permanentes completamente desintegrados que vivem numa realidade quase paralela). A primeira tarefa requer algum tato e a segunda apenas repressão.
Apesar de terem existido recentemente algumas manifestações de grande dimensão temos causa para perguntar porque é que estamos perante um processo que parece em grande medida silencioso. A resposta é um segredo social sujo. Os portugueses empregues e que se encontram a salvo do pior estão prontos a aceitar esta versão dos acontecimentos e a nova realidade que os acompanha. Daí preferirem ignorar tudo o que se passa à sua volta e prosseguirem o seu estilo consumista e alienador. Não querem lidar com política (coisa que aliás pensavam que estava morta). Não querem lidar com o lado negro da sua realidade, isso só acontece aos novos sub-humanos que, começam a acreditar, são realmente inteiramente responsáveis pela sua sorte. Os “debates” públicos (não merecem esse nome porque as conclusões já foram retiradas antes de uma só palavra ter sido proferida) centram-se em encontrar responsáveis individuais pelos “azares” do país num padrão amplamente reconhecido como a busca por bodes expiatórios para obter paz social – afinal os culpados terão sido punidos. Mas ignorada, porque é demasiado volumosa e útil ao novo sistema que começa a emergir, está a verdadeira quinta coluna. A classe média que resta que pensa que irá sobreviver a tudo e está disposta a vender os seus vizinhos pela promessa de “protecção” e mais alienação.
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Re: Noticias de Portugal
GRANDES OPÇÕES DO PLANO – 2013
4.4 - Política de defesa nacional
Entre 2012 e 2015, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) orientará a sua atividade tendo presentes os objetivos permanentes da política de defesa nacional e as missões atribuídas às Forças Armadas, e que se encontram constitucionalmente definidas, bem como o facto de a incerteza que vem caracterizando o contexto internacional exigir respostas flexíveis, eficazes e eficientes, num quadro cooperativo alargado.
Nesse sentido o MDN continuará a executar medidas e ações que garantam maior eficiência e eficácia, que permitam encontrar o equilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades das Forças Armadas, libertando recursos onde eles são menos necessários, para os alocar onde realmente fazem falta.
Concluído o Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (PREMAC) no MDN, com a consequente racionalização das estruturas e melhor utilização dos recursos, 2013 assistirá ao desenvolvimento do processo de reorganização da Estrutura Superior da Defesa Nacional e das Forças Armadas, orientada para o incremento, coordenação e exploração de sinergias entre as diferentes estruturas.
Neste quadro, é intenção do MDN prosseguir o caminho decorrente da revisão e aprovação do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, iniciando, de forma sequente, coerente e célere, a revisão do Conceito Estratégico Militar, das Missões das Forças Armadas, do Sistema de Forças
Nacional e do Dispositivo de Forças.
No âmbito do relacionamento com a União Europeia, Portugal apoiará a Política Comum de Segurança e Defesa, incluindo as vertentes de investigação e desenvolvimento e da indústria.
No contexto da NATO, prosseguirá o apoio à STRIKEFORNATO, que atingiu já a sua plena capacidade operacional, e continuar o desenvolvimento do processo de transferência da Escola de Comunicações e de Sistemas de Informação da NATO para Portugal, assegurando a plena participação nacional no processo de transformação da Aliança.
O esforço nacional em missões humanitárias e de paz, sob a égide de organizações internacionais, através do empenhamento das Forças Armadas Portuguesas, manter-se -á em 2013, dando continuidade ao compromisso com a segurança e a estabilidade internacionais.
As relações, bilaterais e multilaterais, com os países de língua oficial portuguesa serão reforçados, seja no domínio da cooperação técnico -militar seja no apoio à reforma do setor da segurança, havendo abertura para dar continuidade à integração de contingentes militares de países de língua portuguesa nas forças nacionais destacadas, tal como sucedido com Timor -Leste (na UNIFIL, no Líbano), e com Moçambique (na operação ATALANTA, no Índico).
Portugal intensificará ainda as relações externas de defesa e o relacionamento: com os nossos aliados e parceiros, destacando -se a relação estratégica privilegiada com os EUA; com a região do Mediterrâneo e do Magreb; bem como com parceiros atuais e potenciais na área da economia de defesa.
Por outro lado, no ano letivo de 2013 -2014, realizar-se-ão ajustamentos nos estabelecimentos militares de ensino não superior, desenvolvendo e consolidando medidas de integração e otimização de recursos iniciadas em 2012, tendo em vista a coerência do projeto educativo assente nas características próprias da instituição militar e a sua eficiência.
Por sua vez, prosseguirá a restruturação dos estabelecimentos fabris do Exército, dotando -os de novos modelos organizacional e jurídico e racionalizando estruturas e recursos, dando continuidade ao processo iniciado em 2012.
Em 2013 continuarão os trabalhos com vista ao início da atividade do Polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas, resultante da fusão dos Hospitais Militares dos Ramos das Forças Armadas. Paralelamente continuará a avaliação da reforma do sistema de saúde militar, tendo como objetivo a prestação de melhores serviços, suportada por recursos humanos, financeiros e materiais adequados às necessidades e financeiramente sustentados.
No decurso de 2013, serão também promovidas medidas que permitam a redução do custo anualmente suportado pela assistência na doença aos militares, em linha com o estabelecido nos acordos internacionais celebrados.
O processo de criação do «balcão único» de apoio aos antigos combatentes e aos deficientes das Forças Armadas, iniciado em 2012, e que pretende garantir, a este universo de ex-militares, um acesso mais fácil e procedimentos mais ágeis, continuará a ser desenvolvido, por forma a poder ser executado até final do ano.
As Leis de Programação Militar (LPM) e de Programação de Infraestruturas Militares (LPIM) serão revistas, equilibrando as necessidades de reequipamento das Forças Armadas e a manutenção do património da defesa nacional com as disponibilidades económico-financeiras atuais. Para 2013 o MDN irá reduzir em 45,7 % os valores previstos pela Lei de Programação Militar - redução significativa que implica a manutenção do esforço de revisão e renegociação de contratos atualmente em vigor.
Será dada continuidade à reestruturação do setor empresarial da defesa, em curso desde 2012, dinamizando a atividade da EMPORDEF - Empresa Portuguesa de Defesa, SGPS, S. A., e das suas participadas na procura de novos parceiros e parcerias internacionais que tragam valor acrescentado para a economia nacional, para o tecido empresarial e para as áreas da inovação científica e tecnológica.
O MDN prosseguirá os esforços de coordenação com outros ministérios em áreas onde o aproveitamento de capacidades e de sinergias pode potenciar e reforçar a capacidade de resposta nacional perante diversas situações de interesse público e das populações.
A atividade do MDN terá em atenção os compromissos a que Portugal está obrigado no quadro do apoio económico-financeiro prestado pelas instituições internacionais, sendo o MDN parte ativa do esforço nacional de contenção da despesa pública.
A racionalização de estruturas e de recursos, tendo em vista maior eficácia e eficiência das Forças Armadas, pretende igualmente aprofundar o conceito de umas forças armadas ao serviço das pessoas.
http://www.operacional.pt/grandes-opcoe ... 0%93-2013/
4.4 - Política de defesa nacional
Entre 2012 e 2015, o Ministério da Defesa Nacional (MDN) orientará a sua atividade tendo presentes os objetivos permanentes da política de defesa nacional e as missões atribuídas às Forças Armadas, e que se encontram constitucionalmente definidas, bem como o facto de a incerteza que vem caracterizando o contexto internacional exigir respostas flexíveis, eficazes e eficientes, num quadro cooperativo alargado.
Nesse sentido o MDN continuará a executar medidas e ações que garantam maior eficiência e eficácia, que permitam encontrar o equilíbrio entre os recursos disponíveis e as necessidades das Forças Armadas, libertando recursos onde eles são menos necessários, para os alocar onde realmente fazem falta.
Concluído o Plano de Redução e Melhoria da Administração Central do Estado (PREMAC) no MDN, com a consequente racionalização das estruturas e melhor utilização dos recursos, 2013 assistirá ao desenvolvimento do processo de reorganização da Estrutura Superior da Defesa Nacional e das Forças Armadas, orientada para o incremento, coordenação e exploração de sinergias entre as diferentes estruturas.
Neste quadro, é intenção do MDN prosseguir o caminho decorrente da revisão e aprovação do Conceito Estratégico de Defesa Nacional, iniciando, de forma sequente, coerente e célere, a revisão do Conceito Estratégico Militar, das Missões das Forças Armadas, do Sistema de Forças
Nacional e do Dispositivo de Forças.
No âmbito do relacionamento com a União Europeia, Portugal apoiará a Política Comum de Segurança e Defesa, incluindo as vertentes de investigação e desenvolvimento e da indústria.
No contexto da NATO, prosseguirá o apoio à STRIKEFORNATO, que atingiu já a sua plena capacidade operacional, e continuar o desenvolvimento do processo de transferência da Escola de Comunicações e de Sistemas de Informação da NATO para Portugal, assegurando a plena participação nacional no processo de transformação da Aliança.
O esforço nacional em missões humanitárias e de paz, sob a égide de organizações internacionais, através do empenhamento das Forças Armadas Portuguesas, manter-se -á em 2013, dando continuidade ao compromisso com a segurança e a estabilidade internacionais.
As relações, bilaterais e multilaterais, com os países de língua oficial portuguesa serão reforçados, seja no domínio da cooperação técnico -militar seja no apoio à reforma do setor da segurança, havendo abertura para dar continuidade à integração de contingentes militares de países de língua portuguesa nas forças nacionais destacadas, tal como sucedido com Timor -Leste (na UNIFIL, no Líbano), e com Moçambique (na operação ATALANTA, no Índico).
Portugal intensificará ainda as relações externas de defesa e o relacionamento: com os nossos aliados e parceiros, destacando -se a relação estratégica privilegiada com os EUA; com a região do Mediterrâneo e do Magreb; bem como com parceiros atuais e potenciais na área da economia de defesa.
Por outro lado, no ano letivo de 2013 -2014, realizar-se-ão ajustamentos nos estabelecimentos militares de ensino não superior, desenvolvendo e consolidando medidas de integração e otimização de recursos iniciadas em 2012, tendo em vista a coerência do projeto educativo assente nas características próprias da instituição militar e a sua eficiência.
Por sua vez, prosseguirá a restruturação dos estabelecimentos fabris do Exército, dotando -os de novos modelos organizacional e jurídico e racionalizando estruturas e recursos, dando continuidade ao processo iniciado em 2012.
Em 2013 continuarão os trabalhos com vista ao início da atividade do Polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas, resultante da fusão dos Hospitais Militares dos Ramos das Forças Armadas. Paralelamente continuará a avaliação da reforma do sistema de saúde militar, tendo como objetivo a prestação de melhores serviços, suportada por recursos humanos, financeiros e materiais adequados às necessidades e financeiramente sustentados.
No decurso de 2013, serão também promovidas medidas que permitam a redução do custo anualmente suportado pela assistência na doença aos militares, em linha com o estabelecido nos acordos internacionais celebrados.
O processo de criação do «balcão único» de apoio aos antigos combatentes e aos deficientes das Forças Armadas, iniciado em 2012, e que pretende garantir, a este universo de ex-militares, um acesso mais fácil e procedimentos mais ágeis, continuará a ser desenvolvido, por forma a poder ser executado até final do ano.
As Leis de Programação Militar (LPM) e de Programação de Infraestruturas Militares (LPIM) serão revistas, equilibrando as necessidades de reequipamento das Forças Armadas e a manutenção do património da defesa nacional com as disponibilidades económico-financeiras atuais. Para 2013 o MDN irá reduzir em 45,7 % os valores previstos pela Lei de Programação Militar - redução significativa que implica a manutenção do esforço de revisão e renegociação de contratos atualmente em vigor.
Será dada continuidade à reestruturação do setor empresarial da defesa, em curso desde 2012, dinamizando a atividade da EMPORDEF - Empresa Portuguesa de Defesa, SGPS, S. A., e das suas participadas na procura de novos parceiros e parcerias internacionais que tragam valor acrescentado para a economia nacional, para o tecido empresarial e para as áreas da inovação científica e tecnológica.
O MDN prosseguirá os esforços de coordenação com outros ministérios em áreas onde o aproveitamento de capacidades e de sinergias pode potenciar e reforçar a capacidade de resposta nacional perante diversas situações de interesse público e das populações.
A atividade do MDN terá em atenção os compromissos a que Portugal está obrigado no quadro do apoio económico-financeiro prestado pelas instituições internacionais, sendo o MDN parte ativa do esforço nacional de contenção da despesa pública.
A racionalização de estruturas e de recursos, tendo em vista maior eficácia e eficiência das Forças Armadas, pretende igualmente aprofundar o conceito de umas forças armadas ao serviço das pessoas.

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Re: Noticias de Portugal
mais um exemplo da moralidade laranja. Tachos para os boys e jotinhas:
Governo tem 164 “especialistas” a ganhar até 5775 euros por mês
Por Sandra Almeida Simões, publicado em 5 Jan 2013 - 03:10 | Actualizado há 8 horas 9 minutos
Auditoria do Tribunal de Contas revela dúvidas sobre a experiência profissional destes técnicos, até porque 15% têm entre 24 e 29 anos
“Figuras sem limite”: é desta forma que o Tribunal de Contas (TC) se refere aos técnicos especialistas e pessoal técnico-administrativo e auxiliar recrutados pelo governo. As diferentes regras para o recrutamento de especialistas e a ausência de limites impostos para as suas remunerações, aliadas às dúvidas sobre as suas habilitações literárias, representam “risco ao nível da despesa” dos gabinetes governamentais, revela a auditoria do TC.
No total existem 164 técnicos especialistas, cujas remunerações podem atingir 5775 euros. De acordo com a auditoria do TC, são três os especialistas que auferem um vencimento-base mensal entre 4615 euros e 5775 euros, mais do que o chefe de gabinete do primeiro-ministro. No topo dos especialistas mais bem remunerados estão também 6% de técnicos que ganham um salário superior ao de chefe de gabinete de membros do governo (3892 euros mensais).
A maioria, 56,7% – ou 93 especialistas –, recebeu, nos últimos dois anos, um vencimento-base mensal igual ao auferido por adjuntos de gabinete de membros do governo (3069 euros por mês).
Para demonstrar a “flexibilidade remuneratória” dos especialistas, o TC constata que a maioria destes técnicos ganha significativamente mais que um técnico superior da função pública, cujo vencimento se situava, em 2011 e 2012, em 1625 euros e 1610 euros, respectivamente.
A auditoria alerta para o facto de, apesar de se tratar de “especialistas”, não ser feita referência às suas “habilitações literárias” nem à sua “origem”. “Porém, 15,3% destes técnicos apresentam idades compreendidas entre 24 e 29 anos, o que suscita a questão do seu grau de experiência profissional.
O governo defende que a não integração na tabela remuneratória do vencimento dos técnicos especialistas permite diferenciá-lo de acordo com o grau de exigência e complexidade técnica das funções exercidas por esta categoria. “Sucede que não é possível verificar a correspondência entre o grau de tecnicidade e a respectiva remuneração, devido à não divulgação das habilitações literárias do pessoal que integra os gabinetes”, reclama o TC.
Subsídios
Ainda em matéria de remuneração do pessoal dos gabinetes, o TC refere que o Ministério das Finanças não enviou prova documental de que o pagamento do 13.º e 14.º mês foi suspenso aos membros e trabalhadores dos gabinetes. Em sede de contraditório, as Finanças garantiram ao TC que o “próprio governo determinou que qualquer situação que seja identificada deve ser imediatamente corrigida”.
A auditoria acusa o governo de, em matéria de transparência e publicidade da informação de gabinetes ministeriais, não divulgar o montante da despesa afectada aos gabinetes. Apesar de elogiar as medidas legislativas implementadas, o TC garante que as mesmas não são suficientes, “podendo não contribuir para a estabilização ou contenção da despesa dos gabinetes”.
http://www.ionline.pt/dinheiro/governo- ... -euros-mes
Governo tem 164 “especialistas” a ganhar até 5775 euros por mês
Por Sandra Almeida Simões, publicado em 5 Jan 2013 - 03:10 | Actualizado há 8 horas 9 minutos
Auditoria do Tribunal de Contas revela dúvidas sobre a experiência profissional destes técnicos, até porque 15% têm entre 24 e 29 anos
“Figuras sem limite”: é desta forma que o Tribunal de Contas (TC) se refere aos técnicos especialistas e pessoal técnico-administrativo e auxiliar recrutados pelo governo. As diferentes regras para o recrutamento de especialistas e a ausência de limites impostos para as suas remunerações, aliadas às dúvidas sobre as suas habilitações literárias, representam “risco ao nível da despesa” dos gabinetes governamentais, revela a auditoria do TC.
No total existem 164 técnicos especialistas, cujas remunerações podem atingir 5775 euros. De acordo com a auditoria do TC, são três os especialistas que auferem um vencimento-base mensal entre 4615 euros e 5775 euros, mais do que o chefe de gabinete do primeiro-ministro. No topo dos especialistas mais bem remunerados estão também 6% de técnicos que ganham um salário superior ao de chefe de gabinete de membros do governo (3892 euros mensais).
A maioria, 56,7% – ou 93 especialistas –, recebeu, nos últimos dois anos, um vencimento-base mensal igual ao auferido por adjuntos de gabinete de membros do governo (3069 euros por mês).
Para demonstrar a “flexibilidade remuneratória” dos especialistas, o TC constata que a maioria destes técnicos ganha significativamente mais que um técnico superior da função pública, cujo vencimento se situava, em 2011 e 2012, em 1625 euros e 1610 euros, respectivamente.
A auditoria alerta para o facto de, apesar de se tratar de “especialistas”, não ser feita referência às suas “habilitações literárias” nem à sua “origem”. “Porém, 15,3% destes técnicos apresentam idades compreendidas entre 24 e 29 anos, o que suscita a questão do seu grau de experiência profissional.
O governo defende que a não integração na tabela remuneratória do vencimento dos técnicos especialistas permite diferenciá-lo de acordo com o grau de exigência e complexidade técnica das funções exercidas por esta categoria. “Sucede que não é possível verificar a correspondência entre o grau de tecnicidade e a respectiva remuneração, devido à não divulgação das habilitações literárias do pessoal que integra os gabinetes”, reclama o TC.
Subsídios
Ainda em matéria de remuneração do pessoal dos gabinetes, o TC refere que o Ministério das Finanças não enviou prova documental de que o pagamento do 13.º e 14.º mês foi suspenso aos membros e trabalhadores dos gabinetes. Em sede de contraditório, as Finanças garantiram ao TC que o “próprio governo determinou que qualquer situação que seja identificada deve ser imediatamente corrigida”.
A auditoria acusa o governo de, em matéria de transparência e publicidade da informação de gabinetes ministeriais, não divulgar o montante da despesa afectada aos gabinetes. Apesar de elogiar as medidas legislativas implementadas, o TC garante que as mesmas não são suficientes, “podendo não contribuir para a estabilização ou contenção da despesa dos gabinetes”.
http://www.ionline.pt/dinheiro/governo- ... -euros-mes
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Re: Noticias de Portugal
CRISE
Vice presidente do PSD 'manda calar' Mota Amaral
por Agência Lusa (editado por João Pedro Henriques)Hoje
O vice-presidente do PSD Pedro Pinto disse que o deputado social-democrata Mota Amaral não esteve à altura "do seu passado e das suas responsabilidades" quando alertou para o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal.
Mota Amaral teve "palavras pseudo-simpáticas", mas que apenas serviram "para dificultar a necessidade de esperança que o país precisa", disse aquele dirigente social-democrata (e também deputado).
"[Mota Amaral] fez uma declaração que não está ao nível do seu passado e das suas responsabilidades", considerou Pedro Pinto, referindo-se ao alerta de ontem do deputado açoreano para o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal face à "crescente indignação" dos cidadãos, que "não veem nem finalidade, nem fim, para os cortes de benefícios".
"A situação geral do país em vez de melhorar, como o Governo promete e todos desejaríamos, tem vindo a degradar-se e basta ter os olhos abertos para comprovar o alastramento de uma verdadeira catástrofe", afirmou Mota Amaral, num artigo de opinião intitulado "Orçamento de Estado (OE) 2013 - a prova de fogo", publicado sexta-feira no jornal Correio dos Açores.
Pedro Pinto diz que Mota Amaral pensa que se pode "adiar a crise por mais tempo sem atacar a fundo" os problemas do país, mas adverte que "os portugueses são sábios e não querem mais mentiras" sobre a realidade do país.
No artigo, Mota Amaral, antigo presidente da Assembleia da República (2002-2005) e antigo presidente do Governo Regional dos Açores (1976-1995) considerou que o "enorme aumento de impostos" determinado para 2013 vai "reduzir contribuintes à insolvência, fazer falir muitas empresas e aumentar o desemprego", acrescentando que a entrada em aplicação das leis que facilitam o despedimento e despejos "só pode piorar a fratura social".
"Parece-me ter sido um erro a voluntariosa opção por ir além da 'troika', quando a mais elementar prudência - que, como ensinam os clássicos, é a principal virtude requerida aos governantes - aconselhava a ater-se ao conteúdo programático do memorando de entendimento, alegrando assim a base parlamentar e social de apoio ao cumprimento do mesmo", escreveu Mota Amaral.
O deputado social-democrata açoriano referiu que alertou "em tempo e no lugar devido" para o "custo reputacional" que o executivo sofreria ao adotar uma medida expressamente negada durante a campanha eleitoral, nomeadamente redução a metade do subsídio de Natal dos funcionários públicos e pensionistas em 2011, agravada com a retirada total dos mesmo e do subsídio de férias em 2012.
"Julgo que foi mal avaliado o risco de descredibilização do Governo com situações dessas e outras e o impacto da mesma na necessária mobilização da sociedade portuguesa para as reformas necessárias, ditadas pela nossa participação no euro e pela nossa inserção na economia global", referiu.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx ... 25&page=-1
Vice presidente do PSD 'manda calar' Mota Amaral
por Agência Lusa (editado por João Pedro Henriques)Hoje
O vice-presidente do PSD Pedro Pinto disse que o deputado social-democrata Mota Amaral não esteve à altura "do seu passado e das suas responsabilidades" quando alertou para o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal.
Mota Amaral teve "palavras pseudo-simpáticas", mas que apenas serviram "para dificultar a necessidade de esperança que o país precisa", disse aquele dirigente social-democrata (e também deputado).
"[Mota Amaral] fez uma declaração que não está ao nível do seu passado e das suas responsabilidades", considerou Pedro Pinto, referindo-se ao alerta de ontem do deputado açoreano para o "alastramento de uma verdadeira catástrofe" em Portugal face à "crescente indignação" dos cidadãos, que "não veem nem finalidade, nem fim, para os cortes de benefícios".
"A situação geral do país em vez de melhorar, como o Governo promete e todos desejaríamos, tem vindo a degradar-se e basta ter os olhos abertos para comprovar o alastramento de uma verdadeira catástrofe", afirmou Mota Amaral, num artigo de opinião intitulado "Orçamento de Estado (OE) 2013 - a prova de fogo", publicado sexta-feira no jornal Correio dos Açores.
Pedro Pinto diz que Mota Amaral pensa que se pode "adiar a crise por mais tempo sem atacar a fundo" os problemas do país, mas adverte que "os portugueses são sábios e não querem mais mentiras" sobre a realidade do país.
No artigo, Mota Amaral, antigo presidente da Assembleia da República (2002-2005) e antigo presidente do Governo Regional dos Açores (1976-1995) considerou que o "enorme aumento de impostos" determinado para 2013 vai "reduzir contribuintes à insolvência, fazer falir muitas empresas e aumentar o desemprego", acrescentando que a entrada em aplicação das leis que facilitam o despedimento e despejos "só pode piorar a fratura social".
"Parece-me ter sido um erro a voluntariosa opção por ir além da 'troika', quando a mais elementar prudência - que, como ensinam os clássicos, é a principal virtude requerida aos governantes - aconselhava a ater-se ao conteúdo programático do memorando de entendimento, alegrando assim a base parlamentar e social de apoio ao cumprimento do mesmo", escreveu Mota Amaral.
O deputado social-democrata açoriano referiu que alertou "em tempo e no lugar devido" para o "custo reputacional" que o executivo sofreria ao adotar uma medida expressamente negada durante a campanha eleitoral, nomeadamente redução a metade do subsídio de Natal dos funcionários públicos e pensionistas em 2011, agravada com a retirada total dos mesmo e do subsídio de férias em 2012.
"Julgo que foi mal avaliado o risco de descredibilização do Governo com situações dessas e outras e o impacto da mesma na necessária mobilização da sociedade portuguesa para as reformas necessárias, ditadas pela nossa participação no euro e pela nossa inserção na economia global", referiu.
http://www.dn.pt/politica/interior.aspx ... 25&page=-1
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Re: Noticias de Portugal
Glória Araújo foi detida em Lisboa por crime ao volante no dia do seu 37.º aniversário.
Glória Araújo, deputada do Partido Socialista (PS), foi detida na passada sexta-feira em Lisboa, por conduzir com excesso de álcool no sangue (2,41 gramas por litro), bem acima do limite a partir do qual esta infracção é qualificada como crime (1,2 g/l).
A notícia foi avançada pela Rádio Renascença. Contactada pelo PÚBLICO, a deputada socialista recusou fazer qualquer comentário.
“Agradeço o seu contacto, mas não vou fazer qualquer comentário”, respondeu Glória Araújo, deputada desde 2005, eleita pelo círculo do Porto. Também o porta-voz do grupo parlamentar socialista, Luís Rego, recusou fazer qualquer comentário sobre o assunto.
Segundo a Renascença, tudo aconteceu na sexta-feira, dia em que Glória Araújo completou 37 anos.
A deputada foi detida numa operação stop no centro de Lisboa às 3h20 da madrugada e foi depois notificada para comparecer perante o Tribunal de Pequena Instância Criminal de Lisboa, desconhecendo-se o resultado da audiência com o juiz.
Ao abrigo do Código da Estrada, os condutores são punidos se apresentarem uma taxa de alcoolemia igual ou superior a 0,5 g/l (contra-ordenação grave). A partir de 0,8 g/l, é considerada uma contra-ordenação muito grave e uma taxa igual ou superior a 1,2 g/l é considerada crime.
O Código Penal prevê uma pena de prisão até um ano ou multa até 120 dias para quem cometer o crime de condução sob efeito de álcool, além de ficar sujeito a uma pena acessória de retirada da carta de condução por um período entre três meses e três anos.
Natural de Aveiro, Glória Maria da Silva Araújo passou a infância e juventude em Paços de Ferreira, vivendo actualmente em Lousada.
Licenciada em engenharia mecânica, a deputada socialista faz parte da Comissão para a Ética, a Cidadania e a Comunicação, sendo suplente na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas e na Comissão de Defesa Nacional. A nível partidário, integra a comissão nacional do PS.
Glória Araújo já participou até em acções sobre a segurança na estrada, como a Comissão Interparlamentar da Segurança Rodoviária (Setembro de 2008) e um encontro com empresários em Lousada para debater a Estratégia Nacional para a Segurança Rodoviária (Março de 2009).
Se a vergonha pagasse imposto...

"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."