TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

[Túlio]

Já fui grande entusiasta desse lance de NACIONALIZAÇÃO - de certo modo ainda sou mas sei que é sonho apenas - até me dar conta do modelo de aeronave típica da EMBRAER: pouco mais do que fuselagem e superfícies alares são de fato Nacionais, e olhe lá! Motor ninguém faz nem quer fazer - e a EMBRAER não aceitaria um que não fosse Europeu ou ianque, pois seria ruim para "o mercado"; radar nem pensar, quem faria? A Mectron fabricante de carcaça de radar obsoleto (Scipio)? Necas também; Pneus - NEM PNEU, POWS, quer pneu tem que importar!!! - também não é "economicamente viável"; Sistemas de comunicações, FMS, MMS, RWR, assento ejetor, tudo, tudo tem que vir de fora!

Que diabos de "caça nacional" seria esse? A ficha caiu quando vi o "Grande Argumento" de venda do Super Tucano para a USAF: o avião de Brasileiro só tem praticamente o nome, é quase todo Made In USA, e é uma aeronave relativamente simples, agora vamos imaginar um caça 4 ou 5G, fica sodas...

Para mim, pega 36 "F - qualquer um" e (na FAB todo caça é "F", o Mirage III virou F-103, o Mirage 2000 virou F-2000 e assim por diante, não venham dizer que estou botando pilha pelo SH, SE vier algum caça vai virar "F-alguma coisa", só isso - aliás, creio que lá no "andar de cima" da FAB não gostam mesmo do Rafale, ele não tem qualquer número, só nome e letras, imaginem a dor de cabeça para fazer dele um "F - algo") garante os códigos-fonte para integrar eventuais armas nossas (tenho até medo de perguntar o grau de nacionalidade de um A-Darter ou mesmo do MAR-1) neles e fim. Tá más do que bueno, é assim que vejo atualmente...

[Carlos Lima]

Já fui grande entusiasta desse lance de NACIONALIZAÇÃO - de certo modo ainda sou mas sei que é sonho apenas - até me dar conta do modelo de aeronave típica da EMBRAER: pouco mais do que fuselagem e superfícies alares são de fato Nacionais, e olhe lá! Motor ninguém faz nem quer fazer - e a EMBRAER não aceitaria um que não fosse Europeu ou ianque, pois seria ruim para "o mercado"; radar nem pensar, quem faria? A Mectron fabricante de carcaça de radar obsoleto (Scipio)? Necas também; Pneus - NEM PNEU, POWS, quer pneu tem que importar!!! - também não é "economicamente viável"; Sistemas de comunicações, FMS, MMS, RWR, assento ejetor, tudo, tudo tem que vir de fora!

Que diabos de "caça nacional" seria esse? A ficha caiu quando vi o "Grande Argumento" de venda do Super Tucano para a USAF: o avião de Brasileiro só tem praticamente o nome, é quase todo Made In USA, e é uma aeronave relativamente simples, agora vamos imaginar um caça 4 ou 5G, fica sodas...

Para mim, pega 36 "F - qualquer um" e (na FAB todo caça é "F", o Mirage III virou F-103, o Mirage 2000 virou F-2000 e assim por diante, não venham dizer que estou botando pilha pelo SH, SE vier algum caça vai virar "F-alguma coisa", só isso - aliás, creio que lá no "andar de cima" da FAB não gostam mesmo do Rafale, ele não tem qualquer número, só nome e letras, imaginem a dor de cabeça para fazer dele um "F - algo") garante os códigos-fonte para integrar eventuais armas nossas (tenho até medo de perguntar o grau de nacionalidade de um A-Darter ou mesmo do MAR-1) neles e fim. Tá más do que bueno, é assim que vejo atualmente...

Pois é,

Por isso que quando essas propostas maravilhosas aparecem para 36 caças que irão geram milhares de empregos, etc etc etc eu coloco as minhas barbas de molho.

Quanto maior a esmola, maior a minha desconfiança.

Até porque nenhum desses países do nosso short-list pode se dar ao luxo de ver empregos na área aeroespacial indo embora assim do dia para a noite sem cobrar um preço muito alto por isso.

A não ser para fazer porta de canhão e tampa de trem de pouso.

[]s
CB_Lima

[Túlio]

Lima véio, mesmo que os estrangeiros topassem, NÓS não toparíamos: a EMBRAER não toparia, o GF não toparia, nosso empresariado não toparia...

[Bourne]

Nacionalização nos termos que se passou a comumente discutir no DB é muito limitada. É um espelho para índio ficar feliz. A questão é dar suporte a futuros desenvolvimento em diferentes áreas. O que não vai sair comprando 36 ou 120 unidades de qualquer caça estrangeiro. Pode não sair um sistema super avançado nacional, mas cumpre o objetivo de apoio a industria e produtos civis e militares relacionados. Assim ganha a simpatia da federação das industrias, embraer e relacionadas, GF e outros. O dinheiro surge do nada. Igual para os projetos da marinha que parece que irá ganhar as escoltas ano que vem.

[Túlio]

Essa gente precisa aprender em definitivo uma coisa: TEM QUE GERAR OBRA!!!

Estaleiro pra fazer navio faz isso, base naval pra Segunda Esquadra faz isso, estaleiro pra fazer sub faz isso, Base de Submarinos faz isso.

A MARINHA INVENTOU A PÓLVORA!

Agora a FAB tem que inventar a dela, de como casar caças com obra (que quer dizer empreiteira, que quer dizer grandes doações de campanha)!

[Carlos Lima]

Essa gente precisa aprender em definitivo uma coisa: TEM QUE GERAR OBRA!!!

Estaleiro pra fazer navio faz isso, base naval pra Segunda Esquadra faz isso, estaleiro pra fazer sub faz isso, Base de Submarinos faz isso.

A MARINHA INVENTOU A PÓLVORA!

Agora a FAB tem que inventar a dela, de como casar caças com obra (que quer dizer empreiteira, que quer dizer grandes doações de campanha)!

O grande problema é que a 'virgem' já foi oferecida para o sacríficio antes mesmo da hora certa...

Com a Boeing abanando a Embraer dificulta qualquer possibilidade de barganha realista do Governo.

Aí vão dizer... a Embraer é uma empresa 'privada'...'

É mas não é... Ela é uma empresa privada e (deveria ser) estratégica, com isso determinadas associações deveriam ser vistas com muito mais cuidado.

Só no Brasil em meio a uma concorrência bilionária uma associação entre a 'principal' beneficiária e um dos concorrentes antes de terminarem as negociações e o resultado final ser divulgado seria possível.

Perde-se espaço de manobra nas negociações, mesmo que a Boeing saia vencedora do processo pelos méritos da melhor proposta.

É a linguiça correndo atrás do cachorro... mas no Brasil...

[]s
CB_Lima

[Túlio]

Para mim dá na mesma (a EMBRAER com controle Nacional já é praticamente ianque) e para a FAB, desde que tenha como escrever "F" antes de um número, tudo tri também...

[Bourne]

Interessados existem muitos. A empreiteiras são um dos atores. No mundo real não se escolhe o melhor equipamento, mas sim o mais adequado dentro do contesto e plano industrial. O resto é trocar figurinha e brincar de aviãozinho.

[knigh7]

.

[JT8D]

Essa gente precisa aprender em definitivo uma coisa: TEM QUE GERAR OBRA!!!

Estaleiro pra fazer navio faz isso, base naval pra Segunda Esquadra faz isso, estaleiro pra fazer sub faz isso, Base de Submarinos faz isso.

A MARINHA INVENTOU A PÓLVORA!

Agora a FAB tem que inventar a dela, de como casar caças com obra (que quer dizer empreiteira, que quer dizer grandes doações de campanha)!

O grande problema é que a 'virgem' já foi oferecida para o sacríficio antes mesmo da hora certa...

Com a Boeing abanando a Embraer dificulta qualquer possibilidade de barganha realista do Governo.

Aí vão dizer... a Embraer é uma empresa 'privada'...'

É mas não é... Ela é uma empresa privada e (deveria ser) estratégica, com isso determinadas associações deveriam ser vistas com muito mais cuidado.

Só no Brasil em meio a uma concorrência bilionária uma associação entre a 'principal' beneficiária e um dos concorrentes antes de terminarem as negociações e o resultado final ser divulgado seria possível.

Perde-se espaço de manobra nas negociações, mesmo que a Boeing saia vencedora do processo pelos méritos da melhor proposta.

É a linguiça correndo atrás do cachorro... mas no Brasil...

[]s
CB_Lima

Mas isso não é nenhuma novidade por aqui. Lembre-se que no FX-1 20% das ações da Embraer pertenciam a empresas francesas ligadas a um dos aviões concorrentes.
E, diga-se de passagem, não adiantou p@rra nenhuma.

Abraços,

JT

[Penguin]

O grande problema é que a 'virgem' já foi oferecida para o sacríficio antes mesmo da hora certa...

Com a Boeing abanando a Embraer dificulta qualquer possibilidade de barganha realista do Governo.

Aí vão dizer... a Embraer é uma empresa 'privada'...'

É mas não é... Ela é uma empresa privada e (deveria ser) estratégica, com isso determinadas associações deveriam ser vistas com muito mais cuidado.

Só no Brasil em meio a uma concorrência bilionária uma associação entre a 'principal' beneficiária e um dos concorrentes antes de terminarem as negociações e o resultado final ser divulgado seria possível.

Perde-se espaço de manobra nas negociações, mesmo que a Boeing saia vencedora do processo pelos méritos da melhor proposta.

É a linguiça correndo atrás do cachorro... mas no Brasil...

[]s
CB_Lima

Mas isso não é nenhuma novidade por aqui. Lembre-se que no FX-1 20% das ações da Embraer pertenciam a empresas francesas ligadas a um dos aviões concorrentes.
E, diga-se de passagem, não adiantou p@rra nenhuma.

Abraços,

JT

Naquele caso não adiantou porque a Embraer se esqueceu de combinar com os "russos" (FAB), quem iria selecionar e utilizar os caças.

[]s

[knigh7]

Além disso muita gente não gosta de admitir, mas o Gripen E/F ainda tem algumas provas de fogo pela frente... voar com um outro motor, em uma fuselagem maior, resolver eventuais problemas de ajuste de FBW, voar com um radar novo, provar que o radar que ainda está em desenvolvimento é tão eficiente na aeronave pronta como diz o papel, etc etc etc...

Para o marketing é fácil, mas na realidade a coisa nunca é fácil assim.

Ele já voou com o F414G, o DEMO já usa o airframe com a mesma dimensão do NG (falta é a questão de certificação da nova estrutura), o FBW já está ajustado a nova dimensão.

Quem está cuidando do desenvolvimento do radar é a Selex em parceria com a SAAB. A Selex, que por sinal está cuidando do desenvolvimento da versão AESA do Typhoon, não tem expertise não, imagina...

Outro problema é um mercado enorme em potencial para os F-16 de segunda-mão a preço de banana quando os F-35 entrarem em serviço além dos J-10 da vida para quem não quer 'made in USA' o que já torna a vida do Gripen C/D ultra díficil, imagina a do E/F?

A LM não vai dar mole podendo continuar captalizando com o legado do F-16...

Podem anotar isso.

[]s
CB_Lima

Se a FAB adquir 36 já vai ter 100 unidades.

Gripen em operação no mundo (que são os C/D) existe apenas 50% a mais que o garantido caso o Brasil escolha esse caça. E eles vão muito bem, com ou sem concorrência do F-16.

Ademais, o Gripen NG tem vários sistemas que pertencem a outros caças. Então ele consegue absorver o impacto de relativa baixa demanda.

[knigh7]

Pois é,

Por isso que quando essas propostas maravilhosas aparecem para 36 caças que irão geram milhares de empregos, etc etc etc eu coloco as minhas barbas de molho.

Quanto maior a esmola, maior a minha desconfiança.

Até porque nenhum desses países do nosso short-list pode se dar ao luxo de ver empregos na área aeroespacial indo embora assim do dia para a noite sem cobrar um preço muito alto por isso.

A não ser para fazer porta de canhão e tampa de trem de pouso.

[]s
CB_Lima

Os próprios franceses declararam que das 36 aeronaves, 6 iriam vir da França prontas e as outras 30 montadas aqui.

A Boeing anunciou que parte dos frames dos Super Hornets serão produzidos aqui (parte das asas, bicos, etc) , inclusive os encomendos para a US NAVY.(Se vc acredita que eles vão desrespeitar o contrato então volte lá onde a gente já debateu sobre o assunto há 2 semanas atrás no tópico do Rafale).

A SAAB declarou que 80% dos frame do GripenNG para a FAB seriam produzidos aqui.

[Túlio]

Bueno, já tá mais do que bão, o lance da EMBRAER é só fazer estrutura, asa e fuselagem mesmo...

EDIT - Ademais, creio que os ianques iriam cumprir a sua parte direitinho, pois faz parte de uma estratégia maior e bem bolada: ao mesmo tempo em que é MAIS um passo para acabar com a indústria independente de caças na Europa, não criam um novo concorrente, porque NÓIS Ó...

[Justin Case]

Pois é,

Por isso que quando essas propostas maravilhosas aparecem para 36 caças que irão geram milhares de empregos, etc etc etc eu coloco as minhas barbas de molho.

Quanto maior a esmola, maior a minha desconfiança.

Até porque nenhum desses países do nosso short-list pode se dar ao luxo de ver empregos na área aeroespacial indo embora assim do dia para a noite sem cobrar um preço muito alto por isso.

A não ser para fazer porta de canhão e tampa de trem de pouso.

[]s
CB_Lima

Os próprios franceses declararam que das 36 aeronaves, 6 iriam vir da França prontas e as outras 30 montadas aqui.

A Boeing anunciou que parte dos frames dos Super Hornets serão produzidos aqui (asas, bicos, etc) , inclusive os encomendos para a US NAVY.(Se vc acredita que eles vão desrespeitar o contrato então volte lá onde a gente já debateu sobre o assunto há 2 semanas atrás no tópico do Rafale).

A SAAB declarou que 80% dos frame do GripenNG para a FAB seriam produzidos aqui.

Quem falou para os americanos que brasileiro gosta de "fazer bico"?
Seria esse "bico" o "radome", a parte do nariz do avião que reveste o radar, ou a fuselagem frontal, que provavelmente inclui o "cockpit"?
Não vi quando essa informação foi publicada.
Abraço,

Justin