É legal ver os entendidos analisando o câmbio com fatos de curto prazo. Até parece que eles sabem o que pode acontecer.Dólar ruma para R$ 2,10 à espera do BC
Autor(es): Por José de Castro | De São Paulo
Valor Econômico - 21/11/2012
Fonte: http://clippingmp.planejamento.gov.br/c ... pera-do-bc
Esta quarta-feira marca o retorno consistente das operações cambiais no Brasil, após dias de volume abaixo da média - especialmente ontem - por conta de feriados na semana passada e na terça-feira. A melhora no giro financeiro deve vir acompanhada pelo aumento da expectativa de uma intervenção do Banco Central (BC) caso a moeda mantenha o ajuste de alta e ameace tocar o teto da banda informal considerada pelo mercado, atualmente entre R$ 2,00 e R$ 2,10.
Ontem, a sessão foi de liquidez extremamente reduzida, já que as operações à vista ocorreram sem a referência do mercado futuro de dólar da Bolsa de Mercadorias & Futuros - fechada pelo feriado do Dia da Consciência Negra, em São Paulo. Com giro limitado, o dólar fechou em leve alta de 0,05%, a R$ 2,083, renovando a máxima desde o dia 15 de maio de 2009, quando a divisa bateu em R$ 2,11.
No entanto, cresce a corrente de investidores que apostam numa tolerância maior do governo, especialmente após o tom objetivo utilizado pela presidente Dilma Rousseff ao falar do nível do câmbio, em entrevista exclusiva ao Valor. Na entrevista, Dilma disse que o governo está "em busca de um câmbio que não seja esse de um dólar desvalorizado e o real supervalorizado".
Na avaliação do estrategista-sênior de câmbio do Scotiabank, Eduardo Suarez,, o mercado vai continuar testando a disposição da autoridade monetária para impedir que o real se enfraqueça ainda mais. "Até agora, o BC permaneceu quieto conforme nos aproximamos da taxa de R$ 2,09, um nível importante. Enquanto se espera por mais orientação sobre a nova banda, acreditamos ser prudente ficar à margem do mercado."
Apesar de em pouco mais de uma semana o dólar ter saído de R$ 2,03 para mais de R$ 2,08, alguns profissionais apostam que uma solução do impasse fiscal nos Estados Unidos deve afastar a moeda americana do patamar de R$ 2,10, devolvendo a cotação da divisa para mais próxima da faixa de R$ 2,05.
"Voltamos a ficar muito atrelado ao exterior. E vejo que lá nos Estados Unidos, passado esse imbróglio fiscal, as coisas vão se assentar. Os dados da economia americana estão vindo bons e não dá para ignorar isso", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues. "O dólar pode até testar os R$ 2,10, mas não vejo esse movimento como sustentável. Deve voltar [a cair] um pouco mais até o fim do ano."
Hoje o mercado acompanha os números mais atualizados sobre o fluxo cambial no Brasil referentes à semana passada. Os dados devem dar uma mostra da liquidez do mercado e se o BC em algum momento pode ser levado a atuar na oferta para suprir alguma falta da divisa no mercado.
Em novembro, até dia 9, o fluxo estava positivo em US$ 2,305 bilhões. Esse saldo, no entanto, ainda deixa os bancos com posições vendidas em dólar à vista de pouco mais de US$ 1,3 bilhão, segundo estimativas. Nesses níveis, os agentes diminuem as apostas em uma atuação do BC, ofertando dólares no mercado à vista. No fim de outubro, essa perspectiva cresceu porque os bancos terminaram o mês com posições vendidas de US$ 3,66 bilhões.
MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O objetivo está sendo cumprido de desvalorizar o real e trazê-lo para uma área de equilíbrio.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Tem que ver até onde da pra subir sem tornar impossível as importações. Provavelmente é isso que o governo está tentando descobrir.
E bem, sempre pode-se baixar o imposto dos importados. Não da pra fazer muita coisa pros exportadores!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Adorava o tempo dos 1,70...
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Já eu que trabalho no setor da indústria sinto saudades do tempo dos 2,50... .irlan escreveu:Adorava o tempo dos 1,70...
Leandro G. Card
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Empreendedorismo: Empresas de alto crescimento geraram mais da metade dos novos empregos em três anos
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia ... d_pagina=1
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
22/11/2012 10h22 - Atualizado em 22/11/2012 10h44
Ambev é empresa mais valiosa do Brasil, superando Petrobras
Valor de mercado da Ambev fechou em R$ 248,7 bilhões na quarta.
Levantamento foi feito pela consultoria Economatica.
Do G1, em São Paulo
(...)
http://g1.globo.com/economia/negocios/n ... obras.html
Ambev é empresa mais valiosa do Brasil, superando Petrobras
Valor de mercado da Ambev fechou em R$ 248,7 bilhões na quarta.
Levantamento foi feito pela consultoria Economatica.
Do G1, em São Paulo
(...)
http://g1.globo.com/economia/negocios/n ... obras.html
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
É o alcool batendo a gasolina!
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- irlan
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Quem diria...meio preocupado com a Petrobras aqui...daqui a pouco volta o papo de nacionalização.rs..
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- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Relaxe. Petrobras está no meio da tempestade agora. Espera as refinarias funcionarem e o pré-sal finalmente começar a ficar 100% de produção.
Isso la pra 2015. Até la ela vai ficar nessa semi-estagnação pq o que não esta sendo usado pra subsidiar a gasolina está sendo usado pra expandir a empresa.
Isso la pra 2015. Até la ela vai ficar nessa semi-estagnação pq o que não esta sendo usado pra subsidiar a gasolina está sendo usado pra expandir a empresa.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
BRASIL: Espanhóis querem conquistar projetos de infraestrutura no Brasil
Fonte: http://www.dw.de/espanh%C3%B3is-querem- ... a-16390843
Durante encontro com Mariano Rajoy em Madri, Dilma Rousseff afirma que o Brasil tem interesse no crescimento dos investimentos espanhóis. Situação em Gaza e intercâmbio científico também são temas de encontro.
De olho no aumento dos investimentos em infraestrutura, empresas espanholas pretendem ampliar sua presença no Brasil. O recado foi dado pessoalmente pelo presidente de Governo da Espanha, Mariano Rajoy, à presidente Dilma Rousseff durante encontro no Palácio de Moncloa nesta segunda-feira (19/11), em Madri.
Rajoy ressaltou a experiência de empresas espanholas em áreas como construção de rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e trens de alta velocidade.
Mais tarde, durante almoço com a família real espanhola no Palácio Real, o rei Juan Carlos 1º reforçou a importância da internacionalização das empresas espanholas neste momento de crise. E afirmou que o governo também pretende "animar" empresas brasileiras a investir em seu país.
A demanda brasileira por obras de infraestrutura estará bastante aquecida nos próximos meses, por conta do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos dois importantes eventos esportivos, a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. O governo brasileiro pretende ainda tirar do papel o projeto do trem de alta velocidade que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo, orçado em 33 bilhões de reais.
Uma das maiores vitrines do governo de Rajoy é o projeto da linha de alta velocidade que ligará as cidades sauditas de Medina e Meca, que será realizado por um consórcio de 12 empresas espanholas. "O Brasil é uma potência do presente, que oferece enormes oportunidades para as empresas. A Espanha aposta no Brasil mais do que nunca", disse Rajoy.
Dilma, por sua vez, também garantiu que o governo brasileiro tem interesse em ampliar a parceria econômica com os europeus. "O Brasil pode e deve contribuir para que haja maior crescimento e mais possibilidades de solução para a crise", disse a presidente aos jornalistas no Palácio de Moncloa.
A Espanha é um importante parceiro comercial do Brasil. Os espanhóis estão em segundo lugar entre os estrangeiros que mais investem diretamente no país, com um valor acumulado de 85 bilhões de dólares. As exportações brasileiras para a Espanha cresceram 20% no ano passado e chegaram a um valor histórico, 8 bilhões de dólares. O país é o décimo maior comprador de produtos brasileiros.
Experiência brasileira com crises
Depois de criticar novamente a política de austeridade adotada pelos países europeus em crise – como Espanha, Portugal e Grécia – durante a 22ª Cúpula Ibero-americana, em Cádiz, a presidente disse em Madri que as medidas tomadas até agora foram importantes, pois evitaram uma crise sistêmica. Dilma ressaltou, no entanto, que é preciso combinar corte de despesas com crescimento econômico.
"Não tenho a menor pretensão de dar uma receita para a Espanha", afirmou a presidente. "Estou falando a partir da experiência e dos erros do meu país." Dilma lembrou que, nos anos 1980 e 1990, o Brasil enfrentou vários problemas econômicos e só conseguiu contornar a situação, segundo ela, quando controlou a inflação e melhorou a distribuição de renda, além de estimular o mercado interno e as exportações.
Segundo a presidente, a atitude do Fundo Monetário Internacional (FMI) na crise europeia reflete um aprendizado com a crise que assolou a América Latina há duas décadas. "O FMI não nos receitava nada que não fosse cortar salários, desemprego e ajustes. Se tivesse tido a consideração de nos tratar de uma forma mais compreensiva, toda a América Latina teria saído antes da crise."
Um dos países mais afetados pela crise financeira, a Espanha terá um crescimento negativo de 1,7% neste ano. Rajoy ressaltou que os esforços para controlar os gastos e manter investimentos num momento de recessão são duros, e que as medidas terão efeito apenas em médio e longo prazo. "O pior já passou", garantiu Rajoy, cuja eleição para o governo espanhol completa um ano nesta terça-feira.
Os dois chefes de governo ainda foram incisivos na defesa da manutenção da União Europeia e de sua moeda comum. Para Dilma, é preciso controlar a especulação contra o euro, "uma das maiores contribuições que a Europa deu ao mundo".
Preocupação com a Faixa de Gaza
O atual conflito entre israelenses e palestinos na Faixa de Gaza também foi assunto no encontro entre os dois líderes. Dilma afirmou ter conversado no domingo com o presidente do Egito, Mohamed Morsi, e com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a quem revelou preocupação com a possibilidade de uma invasão terrestre de Gaza.
Desde o início dos bombardeios aéreos, há uma semana, o Brasil vem reiterando sua defesa do reconhecimento do Estado palestino como forma de garantir a paz na região, com dois estados legitimamente formados.
Rajoy também afirmou ter pedido mais diálogo e defendido a paz na região em conversa com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. "Israel tem direito à legítima defesa, mas solicitamos contenção na resposta para não provocar uma escalada que leve a um conflito aberto, de consequências incertas."
Intercâmbio científico
Pela manhã, a presidente esteve na Casa do Brasil, onde participou da cerimônia de renovação e ampliação do convênio entre o programa ProUni e a Universidade de Salamanca, a primeira instituição de ensino no exterior a receber estudantes deste programa. De acordo com o Itamaraty, para participar do ProUni-Salamanca o estudante precisa ser de baixíssima renda e apresentar bom rendimento no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Atualmente, 30 brasileiros já estudam na instituição de ensino superior com bolsas financiadas pelo banco espanhol Santander. Com a ampliação, serão abertas 40 vagas no próximo ano.
A Espanha também é o quarto destino preferido dos mais de 100 mil alunos do programa Ciências sem Fronteiras. A expectativa do governo é de que, até 2014, 8 mil brasileiros estejam cursando graduação e pós-graduação em universidades espanholas.
Para os governos brasileiro e espanhol, o intercâmbio de estudantes e profissionais também deve ser ampliado. Em conversa com Dilma, o rei Juan Carlos 1º pediu que o Brasil estude e adote procedimentos que facilitem a permanência no país de profissionais espanhóis qualificados.
Autora: Mariana Santos, de Madri
Revisão: Alexandre Schossler
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
A Dilma, que teve a fama de boa gestora, precisa destravar os projetos impulsores do desenvolvimento. Muitas obras do PAC estão bem atrasadas, falta destravar os projetos de modernização e ampliação dos portos, rodovias, geração e distribuição de energia. A desoneração tributária que ocorreu está tendo um déficit de efeito por causa daqueles fatores.
Do Estadão
Do Estadão
via: http://www.exercito.gov.br/web/imprensa ... .mode=view
PAÍS TEM PIOR CRESCIMENTO DESDE COLLOR
Governo Dilma deve fechar biênio 2011-2012 com expansão média anual do PIB na casa de 2,1%, menor desempenho da história recente
Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO
A presidente Dilma Rousseff deverá encerrar os dois primeiros anos de seu mandato com a segunda pior média de crescimento da história recente do Brasil, só perdendo para o período Collor. No biênio 2011-2012, o crescimento médio anual do Produto Interno Bruto (PIB) do País deverá ser da ordem de 2,1%, considerando uma expansão de 1,52% prevista para este ano pela mediana do mercado financeiro na pesquisa do Boletim Focus, do Banco Central (BC).
Nos dois primeiros anos do primeiro e do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, essa média foi de, respectivamente, 3,4% e 5,6%, e nos de Fernando Henrique Cardoso, de 3,2% e 2,3%. Já no de Fernando Collor de Mello, ficou em 0,25%.
Economistas alertam para o risco de 2013 piorar o prognóstico para o governo, caso não mude o foco da política de crescimento - hoje baseada no aumento do consumo - passando a incentivar mais o investimento e melhorar a produtividade.
"Esses resultados ruins não serão salvos com políticas pontuais, como a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos automóveis, que ajudou muito o resultado do terceiro trimestre, que esperamos ser de 0,9% na margem (comparação com o anterior)", afirma Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados. "Mesmo com um quarto trimestre ainda melhor (1,1%), o resultado será de 1,3% no ano", ressalta.
Na sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai divulgar os números do PIB referentes ao terceiro trimestre. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, prevê crescimento de 1,2% na comparação com o segundo trimestre.
Para o ex-diretor do Banco Central, Carlos Thadeu de Freitas, hoje presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), a economia não deslancha mais por problema de oferta do que de demanda. Ele argumenta que tanto a demanda não está fraca que a inflação está acima do centro da meta, de 4,5%.
"Precisamos de uma mini-agenda de crescimento que comece por desindexar o salário mínimo", defende. A proposta é polêmica e enfrenta forte resistência dos sindicatos, mas ele argumenta que é preciso baixar o custo unitário do trabalho no Brasil, "que está muito alto".
"Esse custo é pressionado para cima pela política do salário mínimo, que todo ano tem um aumento real de valor", diz o presidente da CNC.
As medidas tomadas recentemente pelo governo ainda não tiveram impacto no aumento da produtividade das empresas, diz o empresário José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de Competitividade e Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"O governo, em algumas coisas, andou numa velocidade que chegou a impressionar", afirma Roriz Coelho. "Só que a queda da Selic (a taxa básica de juros da economia), por exemplo, ainda não pegou o spread bancário e as empresas continuam pagando taxas de 30% ao ano", cita.
O empresário reconhece que a queda da taxa de juros, a melhora do câmbio e a desoneração da folha de pagamentos de 40 setores industriais vão ter impacto positivo no futuro. "Mas isso não acontece de uma hora para a outra, sem contar que pegou as empresas descapitalizadas, sem capacidade de investir e numa situação em que a produtividade está muito baixa."
Para ele, se o atual modelo de crescimento não mudar "o mais rápido possível" para um modelo baseado em investimento, em 2013 vai ocorrer o mesmo que hoje. "O consumo cresce, mas quem captura o aumento do poder de compra do brasileiro são os produtos importados."
Sérgio Vale, da MB, vai além. "Em 2013, junto à continuidade de falta de reformas, e com a tendência de o governo interferir ainda mais nas decisões privadas, fica difícil imaginar uma recuperação significativa."
Para piorar, no começo do ano, o País poderá sentir os efeitos do chamado abismo fiscal americano. O problema se refere ao fim de incentivos fiscais implementados há quase dez anos pela administração de George Bush e ao início de cortes automáticos no orçamento em programas sociais e militares a partir de janeiro de 2013. O valor a ser retirado da economia chega a US$ 607 bilhões, caso não haja acordo entre o governo Obama e o Congresso do país.
"A diferença é que o impacto negativo em 2013 já é esperado, ao contrário do ano passado", pontua Vale. "Mas o fato é que isso joga o crescimento mundial para baixo e reforça perspectivas negativas para Europa e China. Com isso, o cenário externo continua ruim e o doméstico, sem grande melhora. Assim fica difícil imaginar crescimento expressivo para o Brasil", diz Vale.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O crescimento da década de 2000s baseada no consumo perdeu força quando o país chegou próximo ao pleno emprego. Agora se arrasta a 1-2%. O incetivo ao consumo só leva a aumento das importações e aumenta a vulnerabilidade do setor externo. Então o problema está na oferta, capacidade de investimento e produtividade. Sem isso não sistema crescimento mais altos. Há algumas páginas atrás neste tópico.
Link: http://jlcoreiro.wordpress.com/2012/11/ ... strutural/
O governo Dilma e os técnicos sabem do problema estrutural. E buscam implementar medidas para alavancar o investimentos e produtividade. O problema é que é uma mudança lenta. Transformar o modelo de crescimento baseado em consumo para produção é lento. Agravado por um país em desenvolvimento que ainda não tem uma estrutura produtiva sofisticada e robusta.
Existe o choro dos empresários sobre medidas e intervenção por que eles pensam só neles. Vão querer o governo só quando os beneficia ou socializar prejuízos. Por exemplo, reclamar do aumento real do salário minimo. Porém é uma boa política por ajudar a distribuir renda e criar um mercado interno forte, sofisticado e que pode sustentar o setor produtivo.
Por outro lado, crescer pouco não é um desastre. O motivo é o país está bem e em pleno emprego. Não causa o caos social e econômico. Existe uma estabilização em um nível alto que permite mudanças estruturais sem grandes rupturas.
Link: http://jlcoreiro.wordpress.com/2012/11/ ... strutural/
O governo Dilma e os técnicos sabem do problema estrutural. E buscam implementar medidas para alavancar o investimentos e produtividade. O problema é que é uma mudança lenta. Transformar o modelo de crescimento baseado em consumo para produção é lento. Agravado por um país em desenvolvimento que ainda não tem uma estrutura produtiva sofisticada e robusta.
Existe o choro dos empresários sobre medidas e intervenção por que eles pensam só neles. Vão querer o governo só quando os beneficia ou socializar prejuízos. Por exemplo, reclamar do aumento real do salário minimo. Porém é uma boa política por ajudar a distribuir renda e criar um mercado interno forte, sofisticado e que pode sustentar o setor produtivo.
Por outro lado, crescer pouco não é um desastre. O motivo é o país está bem e em pleno emprego. Não causa o caos social e econômico. Existe uma estabilização em um nível alto que permite mudanças estruturais sem grandes rupturas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Até porque os salários no Brasil não são altos comparativamente, só não estão mais tão absurdamente baixos como sempre foram. E isso porque nossa moeda ainda não está no ponto de equilíbrio ideal, ainda existe alguma sobrevalorização (embora hoje menos do que há um ano), senão os salários seriam até baixos em termos internacionais. O problema não está no valor dos salários em si, mas nos encargos e principalmente na baixa produtividade, que é decorrente justamente da falta de investimentos dentro das próprias empresas.Bourne escreveu: Por exemplo, reclamar do aumento real do salário minimo. Porém é uma boa política por ajudar a distribuir renda e criar um mercado interno forte, sofisticado e que pode sustentar o setor produtivo.
O país tem ainda muito o que construir, e o potencial de crescimento é bem mais elevado do que os menos de 2% ao ano que vimos nos últimos dois anos. Este crescimento baixo dificulta o equilíbrio das contas públicas, inibe os investimentos privados e impede que diversas distorções possam ser corrigidas. Portanto ele é sim um problema muito grande para o país, o que só não aconteceria se fôssemos uma sociedade já madura sem demandas urgentes a serem satisfeitas. Falar em estabilidade social com o nível de violência existente em nossas cidades chega a ser ofensivo.Por outro lado, crescer pouco não é um desastre. O motivo é o país está bem e em pleno emprego. Não causa o caos social e econômico. Existe uma estabilização em um nível alto que permite mudanças estruturais sem grandes rupturas.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O déficit público pode ser bem menos grave do que a mídia fala. Principalmente por não ter mais a carga de altos juros. Enquanto as desonerações parecem criar incetivos para a adoção de determinadas estratégias de investimentos das firmas. O problema é que os efeitos de fato entre cinco a dez anos.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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