MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Mantega propõe alíquota interestadual menor de ICMS a governadores.
BRASÍLIA, 7 Nov (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega apresentou nesta quarta-feira, a diversos governadores, proposta de redução da alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 4%, de forma gradual. A sugestão foi feita durante encontro de Mantega com os comandantes e representantes dos 26 Estados e do Distrito Federal, na sede do Ministério da Fazenda.
Segundo informaram governadores presentes à reunião, a proposta do governo é reduzir as alíquotas interestaduais de 12% e de 7% em vigor atualmente para 4% em oito anos. O objetivo é pôr um fim à guerra fiscal entre os Estados que usam o ICMS como incentivo para atrair investimentos.
Os governadores explicaram que, no modelo atual, a venda de produtos dos Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo para os Estados do Sul e Sudeste são feitas com a alíquota de 12%.
A venda de produtos entre os Estados do Sul e Sudeste também é tributada em 12%, assim como a venda entre os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A alíquota interestadual de 7% é cobrada quando a venda de produtos ocorre dos Estados do Sul e Sudeste (menos o Espírito Santo) para os Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e mais o Espírito Santo.
“O esforço é válido, mas é preciso aprofundar essa proposta. São Paulo apoia. São Paulo perde e apoia desde que haja um fundo de compensação e o ressarcimento", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), após o encontro com Mantega.
Além da unificação da alíquota interestadual, Mantega propôs aos governadores a formação de um fundo de compensação para os Estados perdedores e de um fundo de desenvolvimento regional, destinado, segundo informaram os governadores, a assegurar benefícios tributários assumidos pelos Estados.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), informou que o ministro não apresentou um valor para o fundo de compensação porque ainda é necessário calcular quais Estados perdem e em quanto. Já para o fundo de desenvolvimento industrial, Casagrande disse que a proposta inicial é que receba R$ 3 bilhões a cada ano e mais R$ 9 bilhões em oferta de financiamento aos Estados.
Segundo ele, a reunião desta quarta-feira teve como objetivo apenas de apresentar a proposta, sem que houvesse a pretensão de um acordo entre o Ministério da Fazenda e os representantes das 27 unidades da federação.
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), deixou o encontro dizendo que será preciso que o governo dê garantias sobre o ressarcimento aos Estados perdedores.
"Temos que ter segurança e garantias em relação à proposta do fundo de compensação e do fundo de desenvolvimento", disse Perillo.
Dívida
Além de tratar sobre o ICMS, Mantega também aceitou analisar a proposta de trocar o indexador da dívida dos Estados.
"O ministro colocou a possibilidade de trocar o IGP-DI mais 6% pela Selic e isso não deixa de ser uma coisa boa para os Estados", comentou o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB).
Segundo ele, se isso se efetivar, haverá redução de 15% para 9% do comprometimento médio da receita dos Estados com o pagamento de dívidas à União.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... dores.jhtm
BRASÍLIA, 7 Nov (Reuters) - O ministro da Fazenda, Guido Mantega apresentou nesta quarta-feira, a diversos governadores, proposta de redução da alíquota interestadual do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para 4%, de forma gradual. A sugestão foi feita durante encontro de Mantega com os comandantes e representantes dos 26 Estados e do Distrito Federal, na sede do Ministério da Fazenda.
Segundo informaram governadores presentes à reunião, a proposta do governo é reduzir as alíquotas interestaduais de 12% e de 7% em vigor atualmente para 4% em oito anos. O objetivo é pôr um fim à guerra fiscal entre os Estados que usam o ICMS como incentivo para atrair investimentos.
Os governadores explicaram que, no modelo atual, a venda de produtos dos Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Espírito Santo para os Estados do Sul e Sudeste são feitas com a alíquota de 12%.
A venda de produtos entre os Estados do Sul e Sudeste também é tributada em 12%, assim como a venda entre os Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.
A alíquota interestadual de 7% é cobrada quando a venda de produtos ocorre dos Estados do Sul e Sudeste (menos o Espírito Santo) para os Estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e mais o Espírito Santo.
“O esforço é válido, mas é preciso aprofundar essa proposta. São Paulo apoia. São Paulo perde e apoia desde que haja um fundo de compensação e o ressarcimento", afirmou o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), após o encontro com Mantega.
Além da unificação da alíquota interestadual, Mantega propôs aos governadores a formação de um fundo de compensação para os Estados perdedores e de um fundo de desenvolvimento regional, destinado, segundo informaram os governadores, a assegurar benefícios tributários assumidos pelos Estados.
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), informou que o ministro não apresentou um valor para o fundo de compensação porque ainda é necessário calcular quais Estados perdem e em quanto. Já para o fundo de desenvolvimento industrial, Casagrande disse que a proposta inicial é que receba R$ 3 bilhões a cada ano e mais R$ 9 bilhões em oferta de financiamento aos Estados.
Segundo ele, a reunião desta quarta-feira teve como objetivo apenas de apresentar a proposta, sem que houvesse a pretensão de um acordo entre o Ministério da Fazenda e os representantes das 27 unidades da federação.
O governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), deixou o encontro dizendo que será preciso que o governo dê garantias sobre o ressarcimento aos Estados perdedores.
"Temos que ter segurança e garantias em relação à proposta do fundo de compensação e do fundo de desenvolvimento", disse Perillo.
Dívida
Além de tratar sobre o ICMS, Mantega também aceitou analisar a proposta de trocar o indexador da dívida dos Estados.
"O ministro colocou a possibilidade de trocar o IGP-DI mais 6% pela Selic e isso não deixa de ser uma coisa boa para os Estados", comentou o governador do Mato Grosso, Silval Barbosa (PMDB).
Segundo ele, se isso se efetivar, haverá redução de 15% para 9% do comprometimento médio da receita dos Estados com o pagamento de dívidas à União.
http://economia.uol.com.br/ultimas-noti ... dores.jhtm
- marcelo l.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Retirado do artigo em http://www.brasil-economia-governo.org. ... ros-paises.
O consumo final do governo (G) representa os serviços individuais e coletivos prestados de forma gratuita (ou parcialmente gratuita) pelas três esferas de governo. Ele é medido pela remuneração dos servidores públicos, mais o consumo final de bens e serviços pelo governo (por exemplo, o pagamento a um hospital privado que presta serviços ao SUS, o giz para sala de aula ou os canapés de uma recepção oficial), e pela depreciação do capital fixo do governo.
É importante observar que esse conceito não inclui as despesas de transferências (juros, aposentadorias e pensões, seguro-desemprego, bolsa-família). Logo, ficam afastados dois argumentos usuais: os de que nosso governo gasta muito porque paga muito juro, ou de que gasta muito porque investe em política social (o “grosso” da política social, que é a previdência e assistência, está fora da conta de “G”). Veremos que, mesmo desconsiderando esses itens, o Brasil tem gasto elevado para o padrão internacional.
Também não estão incluídas as empresas estatais (de economia mista ou 100% públicas). Somente as empresas dependentes de verbas dos tesouros federal, estadual e municipal são consideradas.
A variável “G” restringe-se ao gasto corrente, não incluindo o investimento público. É, portanto, grosso modo, a despesa corrente de manutenção da máquina pública (salários mais consumo final de bens e serviços).
A medida aqui utilizada é o consumo do governo como proporção da absorção interna. A absorção interna é a soma de “G” com o consumo das famílias (C) e o investimento (I). Quanto maior a proporção G/(C+I+G), maior a preferência do país por consumo do governo em relação às opções de consumo privado ou investimento.
O consumo final do governo (G) representa os serviços individuais e coletivos prestados de forma gratuita (ou parcialmente gratuita) pelas três esferas de governo. Ele é medido pela remuneração dos servidores públicos, mais o consumo final de bens e serviços pelo governo (por exemplo, o pagamento a um hospital privado que presta serviços ao SUS, o giz para sala de aula ou os canapés de uma recepção oficial), e pela depreciação do capital fixo do governo.
É importante observar que esse conceito não inclui as despesas de transferências (juros, aposentadorias e pensões, seguro-desemprego, bolsa-família). Logo, ficam afastados dois argumentos usuais: os de que nosso governo gasta muito porque paga muito juro, ou de que gasta muito porque investe em política social (o “grosso” da política social, que é a previdência e assistência, está fora da conta de “G”). Veremos que, mesmo desconsiderando esses itens, o Brasil tem gasto elevado para o padrão internacional.
Também não estão incluídas as empresas estatais (de economia mista ou 100% públicas). Somente as empresas dependentes de verbas dos tesouros federal, estadual e municipal são consideradas.
A variável “G” restringe-se ao gasto corrente, não incluindo o investimento público. É, portanto, grosso modo, a despesa corrente de manutenção da máquina pública (salários mais consumo final de bens e serviços).
A medida aqui utilizada é o consumo do governo como proporção da absorção interna. A absorção interna é a soma de “G” com o consumo das famílias (C) e o investimento (I). Quanto maior a proporção G/(C+I+G), maior a preferência do país por consumo do governo em relação às opções de consumo privado ou investimento.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Essa lista coloca Brasil, Suécia e Rússia em um grupo e Alemanha, Portugal, Espanha e Argentina em outro.
O que os países desses grupos tem em comum? Nada, um forte indício de que essa lista também não diz p**** nenhuma.
O que os países desses grupos tem em comum? Nada, um forte indício de que essa lista também não diz p**** nenhuma.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
não diz nada pq o que cada um desses estados faz com o dinheiro é algo totalmente diferente.
Universidades públicas gratuitas, Sistema de Saude Público gratuito, remedios gratis. Isso tudo não é barato e vários países nem sonham em oferecer isso. Isso entra nesse gasto.
Universidades públicas gratuitas, Sistema de Saude Público gratuito, remedios gratis. Isso tudo não é barato e vários países nem sonham em oferecer isso. Isso entra nesse gasto.
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Tendo a dizer que a metodologia é errada por distorcer os dados e agregar demais.
- marcelo l.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Bourne, tu tens certeza?Bourne escreveu:Tendo a dizer que a metodologia é errada por distorcer os dados e agregar demais.
A discussão do Marcus Mendes é orçamento e qualidade, você pode colocar as razões que a Suécia está fora do bloco dos países com um Estado de Bem-Estar Social desenvolvido e que para eles não decaírem precisarão subir de patamar.
Mas, no nosso caso e pela qualidade dos nossos serviços sociais serem ruins, a alta não é a mesma que a Suécia, e sim dos outros países do bloco que por sinal todos tem alto grau de burocracia e corrupção.
As nossas escolhas refletem nessa hora, ver que Japão, Inglaterra, França que tem melhor serviço de saúde, educação, forças armadas, investem mais em P&D que os nossos estão 3 ou 4 pontos abaixo da para ver grosseiramente que podemos gastar o mesmo e fazer mais com outras decisões.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
As nossas escolhas refletem nessa hora, ver que Japão, Inglaterra, França que tem melhor serviço de saúde, educação, forças armadas, investem mais em P&D que os nossos estão 3 ou 4 pontos abaixo da para ver grosseiramente que podemos gastar o mesmo e fazer mais com outras decisões.
Aqui entra o per capita! O que o Brasil pode gastar por habitante é muito menos do que os países que vc citou podem.
Os franceses, ingleses etc tem que educar menos de 1/3 das crianças que o Brasil precisa. E temos o mesmo dinheiro pra fazer isso praticamente. Sem contar a diferença de infraestrutura.
A conta não fecha. E realmente não é pra fechar!
Ser top10 economia do mundo é um numero que engana muito!
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Essa discussão é uma coisa Marcelo. Legal e tudo. Porém do jeito que foi apresentado não me convence. As conclusões gerais são razoáveis. Porém a metodologia empregada e precisa de maior sofisticação.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Nota fiscal deverá conter impostos embutidos no preço, decide Câmara
Projeto segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.
Objetivo é dar transparência sobre carga tributária nas mercadorias.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (13) projeto de lei que obriga que as notas fiscais informem o valor dos impostos embutidos no preço do produto ou serviço adquirido pelo consumidor. De iniciativa popular e apresentada inicialmente no Senado, o projeto segue agora para sanção presidencial.
A divulgação, porém, só será obrigatória após seis meses após a data da publicação da lei no Diário Oficial, caso sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
O objetivo é dar transparência para o consumidor sobre a carga tributária incidente sobre as mercadorias. Deverão estar discriminados na nota o valor dos seguintes impostos: ICMS, ISS, IPI, IOF, IR, CSLL, PIS, Pasep, Cofins e Cide. Pelo projeto, a nota deverá conter a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais. A informação poderá também ser apresentada em painel afixado em local visível do estabelecimento comercial.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a aprovação da proposta deveria ser seguida por uma discussão sobre o sistema de pagamento de impostos no Brasil. Para ele, atualmente quem ganha menos paga, proporcionalmente, mais impostos do que os detentores de grandes salários.
"Os impostos financiam a atividade do Estado, para promover saúde, educação, segurança pública. É importante o consumidor saber quanto paga, mas é importante saber quem ele está substituindo quando ele paga. Devemos discutir se há taxa direta, quem ganha mais deve pagar mais", disse.
http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... amara.html
Projeto segue agora para sanção da presidente Dilma Rousseff.
Objetivo é dar transparência sobre carga tributária nas mercadorias.
A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (13) projeto de lei que obriga que as notas fiscais informem o valor dos impostos embutidos no preço do produto ou serviço adquirido pelo consumidor. De iniciativa popular e apresentada inicialmente no Senado, o projeto segue agora para sanção presidencial.
A divulgação, porém, só será obrigatória após seis meses após a data da publicação da lei no Diário Oficial, caso sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
O objetivo é dar transparência para o consumidor sobre a carga tributária incidente sobre as mercadorias. Deverão estar discriminados na nota o valor dos seguintes impostos: ICMS, ISS, IPI, IOF, IR, CSLL, PIS, Pasep, Cofins e Cide. Pelo projeto, a nota deverá conter a informação do valor aproximado correspondente à totalidade dos tributos federais, estaduais e municipais. A informação poderá também ser apresentada em painel afixado em local visível do estabelecimento comercial.
O líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que a aprovação da proposta deveria ser seguida por uma discussão sobre o sistema de pagamento de impostos no Brasil. Para ele, atualmente quem ganha menos paga, proporcionalmente, mais impostos do que os detentores de grandes salários.
"Os impostos financiam a atividade do Estado, para promover saúde, educação, segurança pública. É importante o consumidor saber quanto paga, mas é importante saber quem ele está substituindo quando ele paga. Devemos discutir se há taxa direta, quem ganha mais deve pagar mais", disse.
http://g1.globo.com/politica/noticia/20 ... amara.html
- Bourne
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Mais uma série dos neocons patrocinados pela imprensa golpistas.
Em vários artigos que escrevi ao longo de 2012 no Valor Econômico, venho argumentando que a retração do crescimento da economia brasileira não se deve a uma suposta ineficiência de demanda agregada, mas sim a perda de competitividade da indústria de transformação, a qual faz com que, mesmo num contexto no qual a demanda doméstica (tal como se constata nos dados de vendas do varejo) cresça a uma taxa razoável, a produção industrial fique estagnada. A estagnação da produção industrial, por seu turno, é um dos fatores responsáveis pela queda observada na produtividade da indústria nos últimos meses, devido a existência de economias estáticas e dinâmicas de escala expressa na lei de Kaldor-Verdoorn. Como o crescimento da produtividade da indústria é o motor do crescimento da produtividade no restante da economia, segue-se que a estagnação industrial induz a estagnação no crescimento da produtividade da economia como um todo, fazendo com que a taxa de crescimento compatível com a estabilidade da taxa de inflação no médio e longo-prazo – a assim chamada taxa natural de crescimento – se situe num patamar consideravelmente baixo (em torno de 2,7% a.a.). Dessa forma, a estagnação do crescimento da economia brasileira nos últimos anos decorre de um problema de natureza estrutural, não sendo o resultado apenas da desaceleração cíclica motivada pelo recrudescimento da crise internacional após o segundo semestre de 2011.
Fonte: http://jlcoreiro.wordpress.com/2012/11/ ... strutural/
No Valor Econômico de hoje essa mesma percepção é externada pelo prof. Nakano da FGV/SP. Excelente leitura.
Uma parada para repensar
Por Yoshiaki Nakano
A recuperãção econômica que se esboçou no trimestre passado e se refletia de forma tênue no ânimo dos empresários, começa novamente a se esvair. A recuperação mais vigorosa na produção industrial e nos investimentos, que se esperava a partir deste último trimestre do ano, não está se materializando e nem há sinais efetivos de que isso acontecerá em 2013. A taxa de inflação teima em persistir num patamar incômodo. A mudança promovida pelo governo no conjunto de preços macroeconômicos para recuperar a competividade da indústria e reduzir o custo do capital – taxa de câmbio menos apreciada e taxa real de juros Selic menor -, não têm promovido estímulos esperados nem mesmo nas expectativas.
Medidas de desoneração tributária, redução nas taxas de juros, redução no custo de energia e outras de proteção à indústria nacional produzem resultados pontuais, fundamentais no curto prazo para evitar uma recessão e promover a recuperação. No entanto, seus efeitos sobre o crescimento são a médio prazo. O conjunto não trivial de medidas de estímulo tomadas pelo governo afeta mais a demanda no curto prazo, que não é o nosso problema central, particularmente no setor de serviços.
O problema central é que não há resposta adequada da indústria, setor vital para o crescimento. O nível de emprego e a folha de pagamento real caíram neste ano no acumulado até setembro, e tanto a participação no Produto Interno Bruto (PIB) como a produtividade também vêm declinando. Os investimentos e o saldo comercial também.
Os estímulos pontuais e de curto prazo não repercutem nas expectativas de longo prazo
Paradoxalmente, mesmo neste quadro de contração da indústria, os seus custos continuam subindo, o salário real médio aumentou 4% de janeiro a setembro, a despeito da queda de 3,5% da produção no mesmo período. Apesar da depreciação da taxa de câmbio, as importações continuam de vento em popa, mas com custos mais elevados. O que se depreende é que está havendo uma óbvia redução na margem de lucro da indústria.
Em contraste com esse quadro de retração na indústria, o setor de serviços vem ampliando o nível de emprego em 3,5%, de janeiro a setembro deste ano em relação ao ano anterior. O salário médio vem aumentando 8,1%, acima da inflação no mesmo período, com forte pressão nos custos. Por ser um setor não comercializável não sofre competição externa como a indústria, repassa os custos aos preços acelerando a inflação, que vem se mantendo persistentemente em nível preocupante e próximo a 9%.
O quadro descrito acima pede uma parada para repensar. Afinal, nem as mudanças na política macroeconômica pró-crescimento, nem as medidas sucessivas de incentivos tributários e creditícios estão provocando reações, no médio prazo, na indústria, para acelerar o crescimento econômico. Mais do que isso, as medidas de estímulo afetam a demanda agregada no curto prazo, mas em grande parte estão beneficiando o exterior e elevando os preços dos serviços, pois o setor de serviços responde, mas a oferta da indústria é incapaz de atender aos estímulos mencionados. Das muitas explicações plausíveis duas são imediatas.
Primeiro, que o quadro de deterioração e perda de competitividade da indústria brasileira é muito maior que imaginávamos. Alguns dados sobre a estagnação da produtividade, pressão nos custos, particularmente da energia elétrica e transportes e elevação na carga tributária somada ao “custo Brasil” indicam que as medidas de estímulos, a depreciação cambial e redução nos juros nem de longe conseguem compensar as perdas sofridas pelo setor nos últimos anos.
Significa que são necessárias medidas mais fortes e profundas que revertam a dinâmica perversa em que atolou a indústria brasileira. De fato, instalou-se um círculo vicioso de pressão de custos e queda da produtividade e das margens de lucro.
Neste quadro, os estímulos pontuais e de curto prazo não repercutem nas expectativas de longo prazo que deprimem os investimentos. É preciso repensar a economia brasileira, estendendo o horizonte temporal, com um planejamento estratégico de longo prazo, reformando e reestruturando e definindo claramente o papel que cabe ao estado.
No atual cenário de crise financeira global, este último aspecto se tornou fundamental. Sem uma reforma do estado, melhorando a sua competência técnica, que é hoje absolutamente medíocre, melhorando a eficiência de seus serviços e desonerando, tanto do ponto de vista tributário como em custos de transação, o setor privado dificilmente terá o horizonte desanuviado e disposto a elevar a taxa de investimento na magnitude que necessitamos. Se estas reformas não forem executadas, permaneceremos no medíocre crescimento médio da última década de pouco mais de 3%.
A segunda explicação para o quadro paradoxal se refere à falsa exuberância do setor de serviços em contraste com o retrocesso na indústria. Aqui, a taxa real de câmbio apreciada por longos anos promoveu a substituição da produção nacional pelas importações, desindustrializou o país, provocou enormes pressões de custos e reduziu a margem de lucro e o estímulo aos investimentos. Afinal, hoje se impõe os efeitos de um longo período com um preço relativo (taxa de câmbio) desfavorável para o setor industrial de bens comercializáveis e favorável aos serviços. O que mais poderíamos esperar? Afinal, os preços relativos são determinantes fundamentais da dinâmica dos mercados.
Yoshiaki Nakano, mestre e doutor em economia pela Cornell University. Professor e diretor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (EESP/FGV). Ex-secretário da Fazenda do governo Mário Covas (SP). Escreve mensalmente às terças-feiras.
- Clermont
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Muito discurso, pouca eficiência.
Sandro Vaia - Blog do Noblat - 16.11.12.
Já foi o tempo em que governar era apenas abrir estradas.
Para ser mais preciso, foi há 92 anos que Washington Luis adotou esse lema em sua campanha presidencial.
O Partido dos Trabalhadores, que chefia a coalizão que governa o País, costuma confundir Nação, Estado, País e partido. Para eles, parece ser tudo uma geléia só.
Por isso, parece estar muito mais preocupado em divulgar notas gravemente ofensivas às instituições republicanas, como o Poder Judiciário, culpado por condenar os malfeitos de alguns de seus mais ilustres militantes, do que realmente conduzir o país nos trilhos do crescimento sustentado com eficiência e competência.
Seria melhor que o partido que comanda a coalizão se preocupasse com o primor de gestão que está sob sua responsabilidade e sob o comando da senhora gerente famosa por seu rigor e seus murros na mesa que, por enquanto, entre outras coisas, produziu:
* oito apagões consecutivos no Norte e no Nordeste do País em menos de quatro meses;
* a declaração de seu ministro da Justiça de que preferia se matar a cumprir pena numa prisão brasileira, sendo que as prisões estão sob sua área de responsabilidade e dos 312 milhões de reais que deveria investir em sua melhora, conseguiu gastar apenas 63,5 milhões;
* o primeiro prejuízo da Petrobrás nos últimos 13 anos e perda de valor de mercado da empresa em mais de 50% em menos de 3 anos. A não realização de metas “irreais” (segundo sua presidente Graça Foster), entre as quais a construção de 3 refinarias prometidas durante o governo Lula;
* crescimento de 1,5%, o mais fraco entre os países emergentes, depois de o ministro da Fazenda ter previsto sucessivamente crescimentos de 4,5% ,4%, 3,5% , 3% ,2,5 % e 2%, sem acertar nenhuma das previsões;
* o anúncio repetido da meta da construção de 6 mil creches, sendo que não há notícia que tenham sido entregues mais de 10 em todo o País;
* a incapacidade de gerar o superávit primário prometido de 3,1% do PIB, ou 139,8 bilhões de reais;
* a incapacidade de atingir o centro da meta de inflação, de 4,5%, apesar das sucessivas baixas de juros promovidas pelo Banco Central;
* a incapacidade de gerar políticas públicas destinadas a reduzir a violência no País e melhorar o espantoso índice de 50 mil homicídios anuais;
* a falta de medidas destinadas a baixar o Custo Brasil e melhorar os índices de produtividade da produção industrial brasileira;
* atraso nas obras de transposiçao do Rio São Francisco.
Estes são alguns indicadores de que a gestão do País não deveria se resumir apenas à produção de manifestos recheados de bravatas políticas e vazios de conteúdo e bom senso.
Sandro Vaia - Blog do Noblat - 16.11.12.
Já foi o tempo em que governar era apenas abrir estradas.
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O Partido dos Trabalhadores, que chefia a coalizão que governa o País, costuma confundir Nação, Estado, País e partido. Para eles, parece ser tudo uma geléia só.
Por isso, parece estar muito mais preocupado em divulgar notas gravemente ofensivas às instituições republicanas, como o Poder Judiciário, culpado por condenar os malfeitos de alguns de seus mais ilustres militantes, do que realmente conduzir o país nos trilhos do crescimento sustentado com eficiência e competência.
Seria melhor que o partido que comanda a coalizão se preocupasse com o primor de gestão que está sob sua responsabilidade e sob o comando da senhora gerente famosa por seu rigor e seus murros na mesa que, por enquanto, entre outras coisas, produziu:
* oito apagões consecutivos no Norte e no Nordeste do País em menos de quatro meses;
* a declaração de seu ministro da Justiça de que preferia se matar a cumprir pena numa prisão brasileira, sendo que as prisões estão sob sua área de responsabilidade e dos 312 milhões de reais que deveria investir em sua melhora, conseguiu gastar apenas 63,5 milhões;
* o primeiro prejuízo da Petrobrás nos últimos 13 anos e perda de valor de mercado da empresa em mais de 50% em menos de 3 anos. A não realização de metas “irreais” (segundo sua presidente Graça Foster), entre as quais a construção de 3 refinarias prometidas durante o governo Lula;
* crescimento de 1,5%, o mais fraco entre os países emergentes, depois de o ministro da Fazenda ter previsto sucessivamente crescimentos de 4,5% ,4%, 3,5% , 3% ,2,5 % e 2%, sem acertar nenhuma das previsões;
* o anúncio repetido da meta da construção de 6 mil creches, sendo que não há notícia que tenham sido entregues mais de 10 em todo o País;
* a incapacidade de gerar o superávit primário prometido de 3,1% do PIB, ou 139,8 bilhões de reais;
* a incapacidade de atingir o centro da meta de inflação, de 4,5%, apesar das sucessivas baixas de juros promovidas pelo Banco Central;
* a incapacidade de gerar políticas públicas destinadas a reduzir a violência no País e melhorar o espantoso índice de 50 mil homicídios anuais;
* a falta de medidas destinadas a baixar o Custo Brasil e melhorar os índices de produtividade da produção industrial brasileira;
* atraso nas obras de transposiçao do Rio São Francisco.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esse tipo de texto está no tópico errado. Principalmente em relação ao grau de profundidade e viés partidário da analise.
- Boss
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Principalmente pelo blog de onde ele veio. A economia podia crescer 20% ao mês que o Noblablat acharia onde espernear.
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
- NettoBR
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Mr.Bourne, isso é aprovado pelo seu Padrão de Qualidade?
http://www.youtube.com/watch?v=hxtYdyFbcr8
LTN (Letras do Tesouro Nacional)
É a categoria de títulos prefixados sem pagamentos de cupons intermediários. Sua rentabilidade é definida no momento da compra (prefixada).
LFT (Letras Financeiras do Tesouro)
Rentabilidade pós-fixada. Diferentemente da LTN, o investidor que opta por esse título só saberá o valor de seu rendimento na data de vencimento.
NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B)
É a categoria de títulos atrelados a índices de preços cuja atualização é pela variação do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – calculado e divulgado pelo IBGE, o mesmo que pauta as metas de inflação do governo.
NTN-B Principal
A principal diferença entre a nota da série B Principal para a NTN-B é a formação de preços mais simplificada. Como não há o cupom semestral, a metodologia de cálculo é mais simples para o investidor.
NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F)
É a categoria de prefixados com pagamentos de cupons intermediários (semestrais). Possui rentabilidade prefixada, assim como a LTN. Mas, como a NTN-B, quem aplica neste título recebe um cupom por semestre, o que possibilita aumento de liquidez e oportunidade de reinvestimento.
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia ... uro-direto
http://www.youtube.com/watch?v=hxtYdyFbcr8
LTN (Letras do Tesouro Nacional)
É a categoria de títulos prefixados sem pagamentos de cupons intermediários. Sua rentabilidade é definida no momento da compra (prefixada).
LFT (Letras Financeiras do Tesouro)
Rentabilidade pós-fixada. Diferentemente da LTN, o investidor que opta por esse título só saberá o valor de seu rendimento na data de vencimento.
NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B)
É a categoria de títulos atrelados a índices de preços cuja atualização é pela variação do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo – calculado e divulgado pelo IBGE, o mesmo que pauta as metas de inflação do governo.
NTN-B Principal
A principal diferença entre a nota da série B Principal para a NTN-B é a formação de preços mais simplificada. Como não há o cupom semestral, a metodologia de cálculo é mais simples para o investidor.
NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F)
É a categoria de prefixados com pagamentos de cupons intermediários (semestrais). Possui rentabilidade prefixada, assim como a LTN. Mas, como a NTN-B, quem aplica neste título recebe um cupom por semestre, o que possibilita aumento de liquidez e oportunidade de reinvestimento.
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia ... uro-direto
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
Liev Tolstói
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- Sterrius
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Video de outubro de 2010. Opiniões? Eu ainda não vi o vídeo inteiro. È opinião da Escola austríaca.
Mas eu de cara achei um ou 2 temas lá +- faceis de rebater pq ta batendo o martelo nos pregos errados!