MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Dez anos após ir a R$ 4, dólar a R$ 2 reflete novo Brasil
Autor(es): Por José de Castro
Valor Econômico - 10/10/2012
Dez de outubro de 2002. Há exatamente dez anos, o mercado de câmbio no Brasil vivia um de seus momentos mais críticos, provavelmente o pior desde a maxidesvalorização do real, ocorrida três anos antes. Temendo um calote da dívida que mergulhasse o país numa crise profunda caso o então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fosse eleito, investidores demandaram dólares numa magnitude sem precedentes, fazendo a moeda americana disparar e bater o recorde do Plano Real, em R$ 4,00, máxima até hoje não superada.
Esse cenário teve como pano de fundo um quadro já não muito propício aos emergentes, em meio ao impacto do pedido de concordata da gigante americana do setor de energia Enron, em dezembro de 2001, e à crise econômica na Argentina, que colocou a América do Sul na linha de tiro de investidores estrangeiros.
Passada uma década, o quadro que se vê é bastante diferente. A volatilidade que sobrava naquele período hoje falta ao mercado de câmbio doméstico. O dólar não sai do intervalo entre R$ 2,00 e R$ 2,10 desde julho, a volatilidade histórica caiu a mínimas e os volumes diários no mercado à vista recuaram cerca de 15,5% no acumulado deste ano ante o mesmo período de 2011, em meio à escalada do tom do governo contra a taxa de câmbio valorizada.
"A volatilidade extrema que tivemos na eleição do Lula decorreu, além de questões políticas, da falta de reservas e também da visão de que, se o real se desvalorizasse, o Brasil entraria numa situação fiscal complicada", avalia o gestor da InvestPort Dany Rappaport.
Rappaport lembra que o BC gastou boa parte das já modestas reservas internacionais para tentar amortecer a disparada do dólar, que iniciou o ano em cerca de R$ 2,30, superou a barreira dos R$ 3,00 no fim de julho e em outubro bateu os R$ 4,00 na máxima histórica (R$ 3,99 no fechamento), acumulando um salto nominal de quase 74% em pouco mais de dez meses. Em termos reais, a alta foi de 52,7%.
Vale lembrar que a inflação no período estourava a meta, acumulando entre janeiro e outubro de 2002 um salto de 6,98% e fechando o ano em 12,53%, pelo IPCA. Houve uma intensa saída de capitais do país, com oito meses seguidos de fluxo cambial negativo [entre maio e dezembro], fechando o ano com um déficit de dólares de US$ 12,989 bilhões, o terceiro pior de toda a série histórica do BC, iniciada em 1982.
O BC começou 2002 com US$ 35,866 bilhões em reservas internacionais, segundo o conceito liquidez internacional. Ou seja, o país tinha reservas suficientes para bancar pouco mais de sete meses de importações, sendo que, pela teoria econômica, o mínimo deveria ser de nove meses.
No fim de 2002, as reservas somavam US$ 37,823 bilhões, pouco acima do valor em que se encontravam em janeiro. Apenas em outubro, a queda foi de US$ 2,5 bilhões. Pode parecer pouco, principalmente considerando as intervenções feitas nos últimos três anos, mas há que se considerar que a proporção das atuações sobre o "colchão de liquidez" brasileiro se situava na época em torno de 10%, o dobro da registrada entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009, por exemplo.
No fatídico dia 10 de outubro, profissionais do mercado de câmbio atribuíam a disparada do dólar a uma forte demanda quase que restrita ao mercado à vista, que sofria com uma escassez acentuada de moeda. O temor de que Lula fosse eleito e afastasse o país das diretrizes da boa política econômica servia como justificativa para uma intensa pressão por parte do mercado ligada ao vencimento de US$ 3,67 bilhões em dívida cambial no dia 17 daquele mês.
Ao longo de outubro, o BC fez diversos leilões de resgate antecipado e rolagem dos títulos cambiais, entre eles swaps, notas do Tesouro corrigidas pela variação da taxa de câmbio, mas fez a rolagem e o resgate antecipado de menos de 20% do volume a vencer.
Como a liquidação financeira ocorreria no dia seguinte e os papéis resgatados seriam corrigidos pela variação cambial, os bancos pressionaram o dólar para cima, buscando maximizar os ganhos, movimento que contribuiu para a disparada da moeda americana.
Operadores lembram que comentários feitos no dia 9, pelo então presidente do Banco Central, Arminio Fraga, também ajudaram a catapultar o dólar. A expectativa de parte do mercado era de que o presidente do BC anunciasse medidas para conter a escalada do dólar, o que não ocorreu. Na ocasião, Fraga cobrou mais clareza dos candidatos à presidência e eximiu o governo da responsabilidade pela instabilidade.
"O fato é que não havia dólares para vender. Todo mundo estava remetendo dinheiro para o exterior, temendo, por exemplo, medidas que obrigassem o dinheiro a ficar no país. Lembro que o resultado da rolagem dos papéis cambiais chegou a ficar negativo, porque você simplesmente não achava dólar", lembra Fabio Fender, especialista em opção de juros da Icap, que na ocasião chefiava a mesa de câmbio de outra corretora.
"Os ânimos se acalmaram depois que o Lula lançou a "Carta ao Povo", mas ainda assim tivemos momentos de estresse, que só diminuíram quando o mercado entendeu que o Brasil honraria seus compromissos, que não mergulharia numa sombra política", afirma ele, referindo-se ao documento lido por Lula em junho de 2002 a uma plateia de empresários e jornalistas.
Fender chama atenção para o fato de a intensidade da valorização do dólar em 2002 ter sido de longe superior ao movimento de queda nos anos seguintes. "Isso mostra que havia um sentimento de medo dominando, que se converteu nos anos seguintes em confiança. Tanto que, se você olhar a curva do dólar nesses dez anos, o gráfico é todo para baixo", afirma, citando a estabilidade econômica alcançada pelo país e o bom momento da economia mundial como fatores que derrubaram o dólar nos anos seguintes, levando a moeda em 2008 e 2011 a mínimas não vistas desde 1999, pouco acima de R$ 1,50.
Nesse sentido, o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, chama atenção hoje para a outra "realidade" do câmbio. "Naquela época, a volatilidade foi extrema, sendo que havíamos saído do regime de câmbio fixo poucos anos antes. Hoje, pelo visto, voltamos a ter um câmbio tabelado, embora não oficialmente, mas numa situação diferente, sem fuga de capitais e com uma economia bem mais relevante", avalia o diretor.
Medeiros acredita que, no curto e médio prazos, o intervencionismo do governo e o quadro externo devem manter o dólar acima dos R$ 2,00, com a moeda eventualmente testando esse patamar.
Fender vai na mesma linha e destaca que o BC já deixou muito claro ao mercado qual patamar deseja para o dólar. "Ele não vai abrir mão dos R$ 2,00, acho que nem se a inflação começar a preocupar de vez, porque existe uma preocupação muito grande do governo, e do próprio BC, com o nível da atividade", diz o profissional.
Rappaport vê o dólar nos atuais níveis no curto prazo, mas no médio e longo prazos, acredita que o real vá se depreciar, porque é uma moeda valorizada e por conta da piora nas contas externas.
Autor(es): Por José de Castro
Valor Econômico - 10/10/2012
Dez de outubro de 2002. Há exatamente dez anos, o mercado de câmbio no Brasil vivia um de seus momentos mais críticos, provavelmente o pior desde a maxidesvalorização do real, ocorrida três anos antes. Temendo um calote da dívida que mergulhasse o país numa crise profunda caso o então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, fosse eleito, investidores demandaram dólares numa magnitude sem precedentes, fazendo a moeda americana disparar e bater o recorde do Plano Real, em R$ 4,00, máxima até hoje não superada.
Esse cenário teve como pano de fundo um quadro já não muito propício aos emergentes, em meio ao impacto do pedido de concordata da gigante americana do setor de energia Enron, em dezembro de 2001, e à crise econômica na Argentina, que colocou a América do Sul na linha de tiro de investidores estrangeiros.
Passada uma década, o quadro que se vê é bastante diferente. A volatilidade que sobrava naquele período hoje falta ao mercado de câmbio doméstico. O dólar não sai do intervalo entre R$ 2,00 e R$ 2,10 desde julho, a volatilidade histórica caiu a mínimas e os volumes diários no mercado à vista recuaram cerca de 15,5% no acumulado deste ano ante o mesmo período de 2011, em meio à escalada do tom do governo contra a taxa de câmbio valorizada.
"A volatilidade extrema que tivemos na eleição do Lula decorreu, além de questões políticas, da falta de reservas e também da visão de que, se o real se desvalorizasse, o Brasil entraria numa situação fiscal complicada", avalia o gestor da InvestPort Dany Rappaport.
Rappaport lembra que o BC gastou boa parte das já modestas reservas internacionais para tentar amortecer a disparada do dólar, que iniciou o ano em cerca de R$ 2,30, superou a barreira dos R$ 3,00 no fim de julho e em outubro bateu os R$ 4,00 na máxima histórica (R$ 3,99 no fechamento), acumulando um salto nominal de quase 74% em pouco mais de dez meses. Em termos reais, a alta foi de 52,7%.
Vale lembrar que a inflação no período estourava a meta, acumulando entre janeiro e outubro de 2002 um salto de 6,98% e fechando o ano em 12,53%, pelo IPCA. Houve uma intensa saída de capitais do país, com oito meses seguidos de fluxo cambial negativo [entre maio e dezembro], fechando o ano com um déficit de dólares de US$ 12,989 bilhões, o terceiro pior de toda a série histórica do BC, iniciada em 1982.
O BC começou 2002 com US$ 35,866 bilhões em reservas internacionais, segundo o conceito liquidez internacional. Ou seja, o país tinha reservas suficientes para bancar pouco mais de sete meses de importações, sendo que, pela teoria econômica, o mínimo deveria ser de nove meses.
No fim de 2002, as reservas somavam US$ 37,823 bilhões, pouco acima do valor em que se encontravam em janeiro. Apenas em outubro, a queda foi de US$ 2,5 bilhões. Pode parecer pouco, principalmente considerando as intervenções feitas nos últimos três anos, mas há que se considerar que a proporção das atuações sobre o "colchão de liquidez" brasileiro se situava na época em torno de 10%, o dobro da registrada entre outubro de 2008 e fevereiro de 2009, por exemplo.
No fatídico dia 10 de outubro, profissionais do mercado de câmbio atribuíam a disparada do dólar a uma forte demanda quase que restrita ao mercado à vista, que sofria com uma escassez acentuada de moeda. O temor de que Lula fosse eleito e afastasse o país das diretrizes da boa política econômica servia como justificativa para uma intensa pressão por parte do mercado ligada ao vencimento de US$ 3,67 bilhões em dívida cambial no dia 17 daquele mês.
Ao longo de outubro, o BC fez diversos leilões de resgate antecipado e rolagem dos títulos cambiais, entre eles swaps, notas do Tesouro corrigidas pela variação da taxa de câmbio, mas fez a rolagem e o resgate antecipado de menos de 20% do volume a vencer.
Como a liquidação financeira ocorreria no dia seguinte e os papéis resgatados seriam corrigidos pela variação cambial, os bancos pressionaram o dólar para cima, buscando maximizar os ganhos, movimento que contribuiu para a disparada da moeda americana.
Operadores lembram que comentários feitos no dia 9, pelo então presidente do Banco Central, Arminio Fraga, também ajudaram a catapultar o dólar. A expectativa de parte do mercado era de que o presidente do BC anunciasse medidas para conter a escalada do dólar, o que não ocorreu. Na ocasião, Fraga cobrou mais clareza dos candidatos à presidência e eximiu o governo da responsabilidade pela instabilidade.
"O fato é que não havia dólares para vender. Todo mundo estava remetendo dinheiro para o exterior, temendo, por exemplo, medidas que obrigassem o dinheiro a ficar no país. Lembro que o resultado da rolagem dos papéis cambiais chegou a ficar negativo, porque você simplesmente não achava dólar", lembra Fabio Fender, especialista em opção de juros da Icap, que na ocasião chefiava a mesa de câmbio de outra corretora.
"Os ânimos se acalmaram depois que o Lula lançou a "Carta ao Povo", mas ainda assim tivemos momentos de estresse, que só diminuíram quando o mercado entendeu que o Brasil honraria seus compromissos, que não mergulharia numa sombra política", afirma ele, referindo-se ao documento lido por Lula em junho de 2002 a uma plateia de empresários e jornalistas.
Fender chama atenção para o fato de a intensidade da valorização do dólar em 2002 ter sido de longe superior ao movimento de queda nos anos seguintes. "Isso mostra que havia um sentimento de medo dominando, que se converteu nos anos seguintes em confiança. Tanto que, se você olhar a curva do dólar nesses dez anos, o gráfico é todo para baixo", afirma, citando a estabilidade econômica alcançada pelo país e o bom momento da economia mundial como fatores que derrubaram o dólar nos anos seguintes, levando a moeda em 2008 e 2011 a mínimas não vistas desde 1999, pouco acima de R$ 1,50.
Nesse sentido, o diretor de câmbio da Pioneer Corretora, João Medeiros, chama atenção hoje para a outra "realidade" do câmbio. "Naquela época, a volatilidade foi extrema, sendo que havíamos saído do regime de câmbio fixo poucos anos antes. Hoje, pelo visto, voltamos a ter um câmbio tabelado, embora não oficialmente, mas numa situação diferente, sem fuga de capitais e com uma economia bem mais relevante", avalia o diretor.
Medeiros acredita que, no curto e médio prazos, o intervencionismo do governo e o quadro externo devem manter o dólar acima dos R$ 2,00, com a moeda eventualmente testando esse patamar.
Fender vai na mesma linha e destaca que o BC já deixou muito claro ao mercado qual patamar deseja para o dólar. "Ele não vai abrir mão dos R$ 2,00, acho que nem se a inflação começar a preocupar de vez, porque existe uma preocupação muito grande do governo, e do próprio BC, com o nível da atividade", diz o profissional.
Rappaport vê o dólar nos atuais níveis no curto prazo, mas no médio e longo prazos, acredita que o real vá se depreciar, porque é uma moeda valorizada e por conta da piora nas contas externas.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Desaceleração global reduz em 15,86% as exportações baianas em setembro
10/10/2012 - 13:29:51
Com a recessão na Europa, o crescimento lento nos EUA e a desaceleração da economia chinesa, as exportações baianas recuaram 15,86% em setembro comparada a igual mês do ano passado. As importações caíram ainda mais, 26,9%, resultado da redução da atividade industrial. Até setembro, as exportações baianas chegam a US$ 8,11 bilhões, praticamente no mesmo volume registrado no mesmo período de 2011, quando alcançaram US$ 8,13 bilhões.
Em setembro, mesmo os negócios com a China diminuíram, em função da perda de fôlego do país asiático, cujo PIB deve crescer 7,5% neste ano, deixando para trás os picos de 10%. As exportações baianas para a China caíram 39,7%. Para a União Européia, epicentro da crise, as vendas caíram 26,2%; para a Argentina 38,7%; enquanto que para os EUA a queda foi de 2,7%.
A perda de vitalidade do comércio exterior não é um problema exclusivo da Bahia. A desaceleração está reduzindo os negócios no mundo todo. A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou para 2,5% a previsão de crescimento do comércio global de bens neste ano, a metade dos 5% de 2011 e muito menos do que os 14% de 2010.
Além de volumes menores, os preços médios dos produtos também estão impactando negativamente as exportações. Em setembro eles foram em média 9,8% inferiores a setembro do ano passado. No ano, a queda já atinge 6,5%.
Os setores de exportação mais atingidos pela crise até setembro são o de móveis, com queda de 51,6%, o metalúrgico, com -45,5%, o automotivo, com -29,4% e o de máquinas e aparelhos elétricos, com -12,5%. Já as vendas dos produtos do agronegócio, cujos preços estão em alta, cresceram 5,5% no período, atingindo US$ 3,6 bilhões.
Como reflexo da redução da atividade industrial, as importações encolheram 26,9% em setembro, atingindo seu menor valor mensal no ano. Até setembro, acumulam US$ 5,72 bilhões, estando 0,87% abaixo de igual período do ano anterior. As maiores reduções nas compras em setembro vieram dos combustíveis, principalmente da nafta, dos fertilizantes e dos automóveis.
Para os próximos meses, entretanto, a tendência é de aceleração das importações, turbinadas pelas compras de fim de ano e pelas medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo.
http://www.monitormercantil.com.br/inde ... CONJUNTURA
10/10/2012 - 13:29:51
Com a recessão na Europa, o crescimento lento nos EUA e a desaceleração da economia chinesa, as exportações baianas recuaram 15,86% em setembro comparada a igual mês do ano passado. As importações caíram ainda mais, 26,9%, resultado da redução da atividade industrial. Até setembro, as exportações baianas chegam a US$ 8,11 bilhões, praticamente no mesmo volume registrado no mesmo período de 2011, quando alcançaram US$ 8,13 bilhões.
Em setembro, mesmo os negócios com a China diminuíram, em função da perda de fôlego do país asiático, cujo PIB deve crescer 7,5% neste ano, deixando para trás os picos de 10%. As exportações baianas para a China caíram 39,7%. Para a União Européia, epicentro da crise, as vendas caíram 26,2%; para a Argentina 38,7%; enquanto que para os EUA a queda foi de 2,7%.
A perda de vitalidade do comércio exterior não é um problema exclusivo da Bahia. A desaceleração está reduzindo os negócios no mundo todo. A Organização Mundial do Comércio (OMC) cortou para 2,5% a previsão de crescimento do comércio global de bens neste ano, a metade dos 5% de 2011 e muito menos do que os 14% de 2010.
Além de volumes menores, os preços médios dos produtos também estão impactando negativamente as exportações. Em setembro eles foram em média 9,8% inferiores a setembro do ano passado. No ano, a queda já atinge 6,5%.
Os setores de exportação mais atingidos pela crise até setembro são o de móveis, com queda de 51,6%, o metalúrgico, com -45,5%, o automotivo, com -29,4% e o de máquinas e aparelhos elétricos, com -12,5%. Já as vendas dos produtos do agronegócio, cujos preços estão em alta, cresceram 5,5% no período, atingindo US$ 3,6 bilhões.
Como reflexo da redução da atividade industrial, as importações encolheram 26,9% em setembro, atingindo seu menor valor mensal no ano. Até setembro, acumulam US$ 5,72 bilhões, estando 0,87% abaixo de igual período do ano anterior. As maiores reduções nas compras em setembro vieram dos combustíveis, principalmente da nafta, dos fertilizantes e dos automóveis.
Para os próximos meses, entretanto, a tendência é de aceleração das importações, turbinadas pelas compras de fim de ano e pelas medidas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo.
http://www.monitormercantil.com.br/inde ... CONJUNTURA
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
10/10 às 20h29 - Atualizada em 10/10 às 21h06
Copom reduz Selic: taxa de 7,25% é menor da história
Expectativas do mercado sobre a decisão estavam divididas
Jornal do BrasilCarolina Mazzi
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou, nesta quarta-feira (10), a décima redução na taxa básica de juros da economia, que passou de 7,5% para 7,25% ao ano, com corte de 0,25 ponto percentual. As expectativas do mercado estavam divididas, mas segundo o economista Alcides Leite, da Escola de Negócios Trevisan, a decisão foi positiva.
"Tínhamos este espaço, ainda dá para aproveitar esse momento de baixa inflacionária, ainda não há previsão de aumento nos preços. As commodities não devem subir, já que a crise lá fora prejudica a demanda, os alimentos também não devem ter elevação de valor, pois tivemos uma boa safra, então, vale aproveitar este momento para continuar na busca por uma taxa de juros mais perto da média mundial ", acredita.
Apesar das taxas de Juros Futuros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharem em alta nesta quarta, a aposta deste mercado ainda era de uma variação de redução dos juros para esta reunião.
Segundo a nota divulgada pelo Copom, depois de se considerar o "balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear".
Investimentos
Para Leite, a redução da Selic irá possibilitar o aumento nos investimentos públicos e privados, já que reduzirá os custos do governo com a dívida pública. "Este capital que estava pagando juros pode ser usado para investimentos no país, como em infra-estrutura, por exemplo. E também abre espaço para investimento privado, que ao invés de investir na dívida, põe o dinheiro na produção", analisa.
O economista destacou as dificuldades que o Brasil enfrenta ao manter a Selic em patamares altos. "Nossa taxa era muito alta, ainda está elevada. A disparidade distorce toda a lógica micro e macro econômica, aumenta o custo da divida, da produção, inibe o crescimento e os investimento. Por isso temos que aproveitar essas oportunidades para reduzir o máximo, sempre que possível", finalizou.
Poupança passa a render 0,4134% ao mês
Com a nova redução na taxa básica de juros, a remuneração dos depósitos em poupança que forem feitos ou renovados a partir desta quinta-feira será de 0,4134% ao mês, mais Taxa Referencial (TR, atualmente zerada).
Mesmo com a redução, a avaliação do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, é de que o investimento na poupança ainda mantém a sua atratividade. “A caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei e não sofre qualquer tributação, diferentemente dos fundos de renda fixa que têm tributação do imposto de renda sobre seus rendimentos, sendo maior a tributação quanto menor for o prazo de seu resgate, além de ter a taxa de administração cobrada pelos bancos”, explicou.
CNI aprova decisão
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o corte “é fundamental para a retomada da atividade industrial” e coerente com uma política de recuperação econômica, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Tão logo soube da decisão do Copom, a CNI divulgou nota na qual considera a medida “positiva”, e diz que o Banco Central mostra que está atento ao momento de recuperação da atividade econômica no país, “em um ambiente global de fragilidade e de elevada liquidez”.
Presidente da ACSP também comemora decisão
O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, divulgou nota classificando como "consistente" a decisão do Copom desta quarta-feira. Segundo ele, "com o cenário externo de incertezas e com o, ainda, moderado nível da atividade doméstica, a decisão foi coerente com esta situação. Acreditamos que a economia possa crescer a taxas mais elevadas em 2013”,diz.
Com Agência Brasil
http://www.jb.com.br/economia/noticias/ ... -historia/
Copom reduz Selic: taxa de 7,25% é menor da história
Expectativas do mercado sobre a decisão estavam divididas
Jornal do BrasilCarolina Mazzi
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) anunciou, nesta quarta-feira (10), a décima redução na taxa básica de juros da economia, que passou de 7,5% para 7,25% ao ano, com corte de 0,25 ponto percentual. As expectativas do mercado estavam divididas, mas segundo o economista Alcides Leite, da Escola de Negócios Trevisan, a decisão foi positiva.
"Tínhamos este espaço, ainda dá para aproveitar esse momento de baixa inflacionária, ainda não há previsão de aumento nos preços. As commodities não devem subir, já que a crise lá fora prejudica a demanda, os alimentos também não devem ter elevação de valor, pois tivemos uma boa safra, então, vale aproveitar este momento para continuar na busca por uma taxa de juros mais perto da média mundial ", acredita.
Apesar das taxas de Juros Futuros negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) fecharem em alta nesta quarta, a aposta deste mercado ainda era de uma variação de redução dos juros para esta reunião.
Segundo a nota divulgada pelo Copom, depois de se considerar o "balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear".
Investimentos
Para Leite, a redução da Selic irá possibilitar o aumento nos investimentos públicos e privados, já que reduzirá os custos do governo com a dívida pública. "Este capital que estava pagando juros pode ser usado para investimentos no país, como em infra-estrutura, por exemplo. E também abre espaço para investimento privado, que ao invés de investir na dívida, põe o dinheiro na produção", analisa.
O economista destacou as dificuldades que o Brasil enfrenta ao manter a Selic em patamares altos. "Nossa taxa era muito alta, ainda está elevada. A disparidade distorce toda a lógica micro e macro econômica, aumenta o custo da divida, da produção, inibe o crescimento e os investimento. Por isso temos que aproveitar essas oportunidades para reduzir o máximo, sempre que possível", finalizou.
Poupança passa a render 0,4134% ao mês
Com a nova redução na taxa básica de juros, a remuneração dos depósitos em poupança que forem feitos ou renovados a partir desta quinta-feira será de 0,4134% ao mês, mais Taxa Referencial (TR, atualmente zerada).
Mesmo com a redução, a avaliação do vice-presidente da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, é de que o investimento na poupança ainda mantém a sua atratividade. “A caderneta de poupança tem seu ganho garantido por lei e não sofre qualquer tributação, diferentemente dos fundos de renda fixa que têm tributação do imposto de renda sobre seus rendimentos, sendo maior a tributação quanto menor for o prazo de seu resgate, além de ter a taxa de administração cobrada pelos bancos”, explicou.
CNI aprova decisão
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o corte “é fundamental para a retomada da atividade industrial” e coerente com uma política de recuperação econômica, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Tão logo soube da decisão do Copom, a CNI divulgou nota na qual considera a medida “positiva”, e diz que o Banco Central mostra que está atento ao momento de recuperação da atividade econômica no país, “em um ambiente global de fragilidade e de elevada liquidez”.
Presidente da ACSP também comemora decisão
O presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério Amato, divulgou nota classificando como "consistente" a decisão do Copom desta quarta-feira. Segundo ele, "com o cenário externo de incertezas e com o, ainda, moderado nível da atividade doméstica, a decisão foi coerente com esta situação. Acreditamos que a economia possa crescer a taxas mais elevadas em 2013”,diz.
Com Agência Brasil
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
DILMA E DESENVOLVIMENTO, José Carlos Braga
O ponto estratégico a ser considerado é que, para dizer de modo direto e sintético, a experiência internacional e nacional revela que “alívios” fiscais e tributários não necessariamente estimulam de forma efetiva a ampliação dos investimentos privados.
por José Carlos Braga
Reflita o leitor sobre qual presidente na história do Brasil enfrentou com discursos e políticas públicas a “alta finança” instalada no país. É difícil encontrar a resposta. Dilma Rousseff assumiu esse embate no presente mandato presidencial. Antes dela, apenas Getúlio Vargas, em seu governo dos anos 1950, travou esse duelo ao estabelecer o limite de 10% na lei de remessa de lucros pelas companhias estrangeiras, decretada em janeiro de 1952.1 Após mais de meio século, ela iniciou a política que poderá tornar os juros nominais e reais no Brasil e os spreadsbancários (diferença entre os juros da captação e aqueles aplicados nos diferentes tipos de crédito) livres do qualificativo de “obscenos”.
Recentemente a presidente também inovou ao afirmar que durante sua gestão empresas que recebam subsídios fiscais ou financeiros devem comprometer-se com a manutenção do emprego de seus funcionários.
São indícios de que se está em busca de um novo padrão tanto de política econômica como de estratégia de desenvolvimento. Ambas as tarefas apenas tiveram seus primeiros passos, e as mudanças necessárias, bem como a escolha dos instrumentos para alcançar tais objetivos, requerem reflexão inovadora e atitudes de estadista para que sejam enfrentados os interesses que querem mais do mesmo. A saber, a retomada do crescimento econômico com preços estáveis, mas sem avançar decisivamente na superação do subdesenvolvimento que ainda marca este país, a despeito de ser industrializado e possuir um sistema financeiro de porte, cujos bancos, privados e públicos, têm apresentado resultados de expressiva lucratividade.
É bom que se esclareça que da “alta finança” fazem parte os bancos e demais instituições financeiras, as empresas industriais e comerciais de porte suficiente para realizar diferentes operações que redundam em lucro financeiro, e as pessoas físicas detentoras de expressivos volumes de poupança financeira.
Logo, não se trata apenas de reduzir o spread bancário. Trata-se de esgrimir contra os proprietários da riqueza em geral.
Toda a disposição exposta pela presidente evidentemente não assegura a priori que sairá vencedora. Entretanto, já há ações concretas que permitem afirmar que seu governo iniciou a construção de uma política estrutural de que o Brasil necessita há décadas. Trata-se de uma política financeira geral que altera decisões públicas e privadas quanto à gestão de riqueza que repercutirão tanto sobre o investimento como sobre o consumo agregado da economia nacional. Decisivas consequentemente não somente para o crescimento da renda nacional e do emprego, como também para definir, afinal, que perfil e padrão de desenvolvimento serão realidade histórica no Brasil doravante.
Semelhante política transcende o que é conhecido como a política macroeconômica, ou seja, a combinação das políticas fiscal, monetária e cambial, que, segundo o saber dito ortodoxo e até mesmo, hoje em dia, boa parte do chamado posicionamento heterodoxo, uma vez devidamente calibrada, seria capaz de engendrar a complexa combinação de crescimento, estabilidade de preços e melhoria na qualidade de vida.
Uma percuciente observação das economias capitalistas dos anos 1970 até os dias atuais já é suficiente para pôr em questão o suposto saber que foi capaz de seduzir, como dito, mesmo a heterodoxia que recorre a nomenclaturas apoiadas seja em algum “neo”, seja em algum “ismo” para pretensamente diferenciar-se da ortodoxia econômica. O “neodesenvolvimentismo” seria um exemplo.
No caso brasileiro, tais posicionamentos se salientaram sobretudo no período transcorrido desde o Plano Real até o presente. A importância da inflação baixa para a maioria da população, supostamente mantida pelo regime de política econômica vigente em diferentes governos – emblematicamente conhecido pelas metas de inflação –, parece ter “encurtado” boa parte do pensamento heterodoxo e o encurralado no campo da política macroeconômica. Tudo transcorria e ainda transcorre como se o pensar e o propor política econômica nesse campo fossem capazes de “adicionar” crescimento ao quadro de preços sob controle e dar sequência ao desenvolvimento interrompido.
O desafio das mudanças
O embrião da política financeira da atual presidente rompe, ou poderá romper, conceitual e concretamente com essa “sopa eclética” compartida, queiram ou não, saibam ou não, pela ortodoxia e pelo “heterodoxismo”, com perdão da palavra.
Ponha-se atenção ao fato de que tanto no plano internacional como no nacional essa divisão entre ortodoxia e heterodoxia se tornou tênue. O corte relevante segue entre macroeconomicse political economy. Em bom português, entre macroeconomia e seu corolário, que é a política macroeconômica contra a economia política e sua posição na perspectiva histórico-estrutural. Esta última evidentemente articulando o feixe fiscal-monetário e cambial com as políticas de mudança estrutural.
Desde 2011 está em pauta ou em aplicação efetiva um conjunto de incentivos fiscais e/ou desonerações tributárias com as quais o governo pretende incentivar o crescimento econômico e a ocupação de mão de obra. Concretamente, trata-se de desoneração da folha de pagamentos, eliminação de contribuições patronais e redução ou retirada da contribuição previdenciária de responsabilidade das empresas.
Uma inquietação pertinente apontada por vários analistas é o impacto dessas medidas nos recursos para a Seguridade Social (previdência, saúde e assistência social), que já são um problema estrutural nas finanças públicas, inclusive no âmbito do descumprimento do estabelecido pela Constituição de 1988 sobre o orçamento para a referida seguridade.
Mas não se trata apenas disso. O ponto estratégico a ser considerado é que, para dizer de modo direto e sintético, a experiência internacional e nacional revela que “alívios” fiscais e tributários não necessariamente estimulam de forma efetiva a ampliação dos investimentos privados.
Tais investimentos, dizem a “boa teoria” e as evidências empíricas, são dinamizados pela expectativa de elevação da demanda agregada, pelas políticas monetária e financeira de taxas de juros “civilizadas”, pela percepção empresarial de taxas de lucro presentes e futuras de “bom tamanho”, por política cambial que proporcione competitividade às exportações e por políticas estruturantes, como a industrial e de inovações.
Inequivocamente positivas são as parcerias público-privadas há pouco anunciadas para investimentos de cerca de R$ 133 bilhões nas malhas rodoviária e ferroviária, cujo impacto na demanda agregada e nas perspectivas de rentabilidade terão efeito multiplicador na elevação da renda nacional e do nível de emprego. Condição sine qua nonpara tal êxito é que nos empréstimos e financiamentos do BNDES haja como contrapartida compromissos do empresariado com metas, cronogramas e qualidade dos “produtos” e serviços.
Os índices de aprovação da presidente Dilma e de seu governo serão sustentáveis na medida em que as mudanças na política econômico-financeira e na estratégia de superação do subdesenvolvimento avancem e se consolidem.
José Carlos Braga é Professor titular do Instituto de Economia da Unicamp, pós-doutorado pela Universidade da Califórnia em Berkeley e membro do núcleo Plataforma Política Social - Agenda para o Brasil do Século XXI
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Plano Nacional de Educação segue para o Senado
Terça-feira, 16/10/2012 às 19:22
A Câmara concluiu nesta terça-feira a tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE) com a destinação de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ensino do País, com a aprovação da redação final do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta segue para a votação dos senadores. A meta de 10% do PIB deve ser alcançada em dez anos e engloba recursos do governo federal e dos orçamentos dos Estados e dos municípios.
O governo sofreu uma série de derrotas na votação do projeto. O governo aceitava destinar 7% do PIB para a educação, mas viu a proposta com o porcentual maior ser aprovado na comissão especial. Na segunda tentativa, recolheu assinaturas para que o projeto fosse obrigatoriamente votado pelo plenário. Sem esse recurso regimental, o PNE seguiria direto da comissão para votação pelos senadores. O requerimento foi apresentado pelo líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no início de agosto. No entanto, deputados recuaram e retiraram as assinaturas, derrubando o recurso.
Dessa forma, o projeto foi para a CCJ, responsável por aprovar a redação final, sem, no entanto, poder fazer alterações de conteúdo do texto aprovado. A proposta apresentada originalmente pelo Ministério da Educação previa um índice de investimento de 7% do PIB e as negociações chegaram ao porcentual de 8% do PIB. O governo afirma não ter recursos para fazer o investimento aprovado no projeto. Setores governistas na Câmara defendem vincular parte dos royalties com a produção e exploração do petróleo da camada pré-sal para a cobrir essa diferença.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/brasil/materia ... a-o-senado
Terça-feira, 16/10/2012 às 19:22
A Câmara concluiu nesta terça-feira a tramitação do Plano Nacional de Educação (PNE) com a destinação de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) no ensino do País, com a aprovação da redação final do projeto pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta segue para a votação dos senadores. A meta de 10% do PIB deve ser alcançada em dez anos e engloba recursos do governo federal e dos orçamentos dos Estados e dos municípios.
O governo sofreu uma série de derrotas na votação do projeto. O governo aceitava destinar 7% do PIB para a educação, mas viu a proposta com o porcentual maior ser aprovado na comissão especial. Na segunda tentativa, recolheu assinaturas para que o projeto fosse obrigatoriamente votado pelo plenário. Sem esse recurso regimental, o PNE seguiria direto da comissão para votação pelos senadores. O requerimento foi apresentado pelo líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), no início de agosto. No entanto, deputados recuaram e retiraram as assinaturas, derrubando o recurso.
Dessa forma, o projeto foi para a CCJ, responsável por aprovar a redação final, sem, no entanto, poder fazer alterações de conteúdo do texto aprovado. A proposta apresentada originalmente pelo Ministério da Educação previa um índice de investimento de 7% do PIB e as negociações chegaram ao porcentual de 8% do PIB. O governo afirma não ter recursos para fazer o investimento aprovado no projeto. Setores governistas na Câmara defendem vincular parte dos royalties com a produção e exploração do petróleo da camada pré-sal para a cobrir essa diferença.
Fonte: http://atarde.uol.com.br/brasil/materia ... a-o-senado
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esperando alguém falar "de que adianta investir 10% do PIB se 90% disso é desviado blablablablablablablablabla"...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Esgotamento e inflexão.
Cristovam Buarque - Blog do Noblat - 20.10.12.
Nos últimos vinte anos de governos socialdemocratas, o Brasil melhorou graças à continuidade de quatro pilares: a democracia, a responsabilidade fiscal, a generosidade das bolsas e uma política econômica de crescimento. Estes pilares estão se esgotando.
A democracia se esgota porque não foi capaz de fazer a reforma política; não implantou um sistema ético para o financiamento de campanhas; e não barrou a corrupção.
A responsabilidade fiscal se esgota porque a reforma do Estado não foi feita, não houve controle dos gastos, nem mudança na gestão pública.
A generosidade social começou ainda no governo militar com a aposentadoria rural. Mas foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato, que adotou a concepção das bolsas, transferindo renda para quatro milhões de beneficiários.
Lula ampliou este número para 12 milhões e elevou o valor do Salário Mínimo em taxas superiores às da inflação. A presidenta Dilma Rousseff ampliou ainda mais os beneficiários com o programa Brasil Carinhoso.
Mas os programas de pura transferência de renda não estão sendo capazes de induzir a emancipação da população pobre.
O crescimento econômico manteve-se com o mesmo padrão básico: ampliação de produção, exportação de commodities agrícolas ou minerais e produção de bens industriais para o mercado interno, sofrendo, no entanto, uma desindustrialização em função da âncora cambial, da falta de competitividade, do Custo Brasil e da falta de capacidade para inovação.
Este modelo não foi capaz de dar o salto para uma economia de alta tecnologia, com respeito ao meio ambiente, estruturalmente distributiva e pelo qual o propósito da economia não seja apenas aumentar o PIB, mas aumentar o bem estar da população.
Há um esgotamento nos quatro pilares da social democracia brasileira, sendo necessária uma inflexão que permita completar a democracia com uma reforma política, criando mecanismos que tornem a corrupção impossível, eliminando a influência do poder econômico nas eleições.
A responsabilidade fiscal precisa ser completada por reformas na gestão pública, na política fiscal e no controle dos gastos públicos. A generosidade das transferências de renda precisa ser substituída pela emancipação da população para que nenhuma família brasileira precise de ajuda.
E a economia precisa incorporar o equilíbrio ecológico, a distribuição de renda, a produção de bens distributivos e o salto para uma sociedade criadora de bens de alta tecnologia, caminhando para aumentar o bem estar social, não apenas o PIB.
O fim das eleições municipais deveria ser o ponto de partida para o debate desta inflexão. Mas, aparentemente, este radicalismo não entrará nos debates. Vamos continuar discutindo como avançar na mesma direção de um modelo em esgotamento, com a mesma política de satisfazer os interesses imediatos de corporações, sem olhar o longo prazo, sem fazer a necessária inflexão histórica.
__________________________________________________
Cristovam Buarque é professor da UnB e senador pelo PDT-DF
Cristovam Buarque - Blog do Noblat - 20.10.12.
Nos últimos vinte anos de governos socialdemocratas, o Brasil melhorou graças à continuidade de quatro pilares: a democracia, a responsabilidade fiscal, a generosidade das bolsas e uma política econômica de crescimento. Estes pilares estão se esgotando.
A democracia se esgota porque não foi capaz de fazer a reforma política; não implantou um sistema ético para o financiamento de campanhas; e não barrou a corrupção.
A responsabilidade fiscal se esgota porque a reforma do Estado não foi feita, não houve controle dos gastos, nem mudança na gestão pública.
A generosidade social começou ainda no governo militar com a aposentadoria rural. Mas foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu segundo mandato, que adotou a concepção das bolsas, transferindo renda para quatro milhões de beneficiários.
Lula ampliou este número para 12 milhões e elevou o valor do Salário Mínimo em taxas superiores às da inflação. A presidenta Dilma Rousseff ampliou ainda mais os beneficiários com o programa Brasil Carinhoso.
Mas os programas de pura transferência de renda não estão sendo capazes de induzir a emancipação da população pobre.
O crescimento econômico manteve-se com o mesmo padrão básico: ampliação de produção, exportação de commodities agrícolas ou minerais e produção de bens industriais para o mercado interno, sofrendo, no entanto, uma desindustrialização em função da âncora cambial, da falta de competitividade, do Custo Brasil e da falta de capacidade para inovação.
Este modelo não foi capaz de dar o salto para uma economia de alta tecnologia, com respeito ao meio ambiente, estruturalmente distributiva e pelo qual o propósito da economia não seja apenas aumentar o PIB, mas aumentar o bem estar da população.
Há um esgotamento nos quatro pilares da social democracia brasileira, sendo necessária uma inflexão que permita completar a democracia com uma reforma política, criando mecanismos que tornem a corrupção impossível, eliminando a influência do poder econômico nas eleições.
A responsabilidade fiscal precisa ser completada por reformas na gestão pública, na política fiscal e no controle dos gastos públicos. A generosidade das transferências de renda precisa ser substituída pela emancipação da população para que nenhuma família brasileira precise de ajuda.
E a economia precisa incorporar o equilíbrio ecológico, a distribuição de renda, a produção de bens distributivos e o salto para uma sociedade criadora de bens de alta tecnologia, caminhando para aumentar o bem estar social, não apenas o PIB.
O fim das eleições municipais deveria ser o ponto de partida para o debate desta inflexão. Mas, aparentemente, este radicalismo não entrará nos debates. Vamos continuar discutindo como avançar na mesma direção de um modelo em esgotamento, com a mesma política de satisfazer os interesses imediatos de corporações, sem olhar o longo prazo, sem fazer a necessária inflexão histórica.
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Presidente do BC diz que dependência da China é "exacerbada"
MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (23) que a relação comercial entre o Brasil e a China --e a consequente influência da desaceleração do gigante asiático sobre o país-- está sendo "exacerbada". "Existe uma visão, a meu ver extremada, de que o Brasil é dependente da economia chinesa", disse Tombini. Segundo o presidente do BC, que esteve no Japão em encontro do FMI recentemente, as exportações para a China representam cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro --o que ele avalia como pouco.
"As exportações brasileiras correspondem a apenas 10,7% do nosso PIB, um percentual relativamente baixo quando comparado a outros países emergentes. Apenas 17,7% das nossas exportações têm como destino a China, o que significa menos de 2% do nosso Produto Interno Bruto", disse.
Tombini diz que esse número dá uma dimensão mais precisa de uma visão "exacerbada" de dependência do Brasil em relação à economia chinesa.
Ele participou hoje de evento organizado pela revista "Exame" em São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... bada.shtml
MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (23) que a relação comercial entre o Brasil e a China --e a consequente influência da desaceleração do gigante asiático sobre o país-- está sendo "exacerbada". "Existe uma visão, a meu ver extremada, de que o Brasil é dependente da economia chinesa", disse Tombini. Segundo o presidente do BC, que esteve no Japão em encontro do FMI recentemente, as exportações para a China representam cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro --o que ele avalia como pouco.
"As exportações brasileiras correspondem a apenas 10,7% do nosso PIB, um percentual relativamente baixo quando comparado a outros países emergentes. Apenas 17,7% das nossas exportações têm como destino a China, o que significa menos de 2% do nosso Produto Interno Bruto", disse.
Tombini diz que esse número dá uma dimensão mais precisa de uma visão "exacerbada" de dependência do Brasil em relação à economia chinesa.
Ele participou hoje de evento organizado pela revista "Exame" em São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... bada.shtml
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Sei não, cupincha, sei não, acho mesmo melhor comprar OURO, tá começando a enferrusquear pro nosso a lado...
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
O crescimento esse ano será de quanto? 1,5%?
Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não precisam comprar sua FAL.
Opinião do Prof. Dr. Oreiro. Conhecido pelos ex-alunos como presuntinho.
Alguns o chamariam de cabeça de planilha ou partidários da imprensa golpista.
Opinião do Prof. Dr. Oreiro. Conhecido pelos ex-alunos como presuntinho.
Alguns o chamariam de cabeça de planilha ou partidários da imprensa golpista.
Mais tarde minhas considerações.Crescimento sem mudança estrutural ? (Valor Econômico, 23/10/2012)
terça-feira, out 2012
Fonte: http://jlcoreiro.wordpress.com/2012/10/ ... -23102012/
Posted by jlcoreiro in Macroeconomia estruturalista do desenvolvimento, Opinião ˜ Deixe um comentário
Tags economia brasileira, Governo Dilma Rouseff, Lei de Kaldor-Verdoorn, mudança estrutural, R.F. Harrod, re-industrialização, Taxa natural de crescimento
Nos últimos dois meses se observou um certo aumento, ainda que tímido, do otimismo com respeito à perspectiva de crescimento da economia para o ano de 2013. Com efeito, os dados mais recentes parecem sugerir uma retomada do crescimento da produção industrial, condição sine qua non para a obtenção de taxas de crescimento mais robustas para o Produto Interno Bruto (PIB).
A partir dos dados da média móvel dos últimos 12 meses da produção física da indústria de transformação (figura), a tendência polinomial (ordem 6) da série de tempo sugere que o ciclo mais recente de queda da produção industrial está se esgotando, e o cenário mais provável para os próximos meses é de expansão do quantum produzido.
A equipe econômica do governo tem utilizado os dados mais recentes da produção industrial para alardear o retorno da economia brasileira a uma trajetória de crescimento acelerado a partir de 2013. Comenta-se que a economia brasileira voltará a crescer a uma taxa entre 4% a 4,5% ao ano de forma sustentada e sem pressões inflacionárias relevantes. Sendo assim, o Brasil retornaria ao padrão de crescimento vigente durante a “era Lula”, afastando assim o risco de um retorno ao padrão de crescimento do tipo “voo da galinha”, vigente durante o período FHC.
Ciclo de queda da produção industrial está se esgotando. Expansão é o cenário para os próximos meses
Não compartilho do otimismo da equipe econômica do governo. Isso porque a obtenção de uma taxa de crescimento entre 4% a 4,5% ao ano de forma sustentada, sem a ciclotimia do “stop-and-go”, requer não apenas a adoção de medidas anticíclicas como tem sido feito pela equipe econômica, mas a adoção de um conjunto de medidas de política econômica que permitam a ocorrência de uma mudança estrutural na economia brasileira. Mais especificamente, o crescimento acelerado e sustentado do PIB exige a reindustrialização da economia brasileira.
No início do governo Lula em 2003, a economia brasileira apresentava uma taxa de desemprego próxima a 12% da força de trabalho. Nessas condições, o PIB pode crescer durante vários anos a uma taxa superior ao limite dado pela soma da taxa de crescimento da população e a taxa de crescimento da produtividade do trabalho, soma esta denominada de “taxa natural de crescimento” pelo economista britânico R. F. Harrod. Enquanto existir um “exército industrial de reserva”, o crescimento do PIB a uma taxa superior a natural não irá pressionar o mercado de trabalho a ponto de induzir o surgimento da espiral salários-preços. Nesse contexto, a economia poderá crescer de forma acelerada, sem pressões inflacionárias relevantes.
Entre 2003 e 2010, a taxa de desemprego caiu de 12% para cerca de 5% da força de trabalho enquanto o crescimento da economia se acelerava de 2,5% ao ano (média FHC) para cerca de 4% ao ano (média Lula). A redução do desemprego acompanhada por aceleração do crescimento é sinal claro que, durante a era Lula, a taxa de crescimento do PIB foi maior do que a natural.
Mas qual seria o valor da taxa natural de crescimento da economia brasileira? A taxa de crescimento da população encontra-se atualmente em torno de 1,3% ao ano. Essa taxa pode ser considerada como uma variável exógena e, dentro de certos limites, independente da performance da economia. A taxa de crescimento da produtividade do trabalho na economia como um todo é uma variável endógena que depende, em grande medida, da taxa de crescimento da produtividade do trabalho no setor industrial. Esta, por sua vez, depende da taxa de crescimento da produção industrial com base na assim chamada “lei de Kaldor-Verdoorn”. Segundo estimativas de Nassif, Feijó e Araujo (2012)1 o coeficiente de KV para a indústria brasileira no período 1990-2010 é 0,521. Sendo assim, se considerarmos um cenário no qual a participação da indústria no PIB se mantém constante ao longo do tempo – de tal forma que a taxa de crescimento do PIB seja igual a taxa de crescimento da produção da indústria – e que a taxa de crescimento da produtividade do trabalho no setor não industrial é igual a taxa de crescimento da produtividade do trabalho na indústria; então a taxa natural de crescimento (g) será dada por g = 0,0272, ou seja, 2,7% ao ano!!!
Esses números apontam para a ideia de que um crescimento sustentado a taxas robustas da economia brasileira não é possível sem mudança estrutural. Em outras palavras, a produção física da indústria terá que crescer a uma taxa maior do que o PIB (ou seja, a participação da indústria no PIB deverá aumentar) para que a aceleração resultante do ritmo de crescimento da produtividade do trabalho, na indústria e fora dela, viabilize um aumento da taxa natural de crescimento da economia brasileira.
Em suma, a retomada do crescimento a taxas robustas e de forma sustentada ao longo do tempo exige um aumento da participação da indústria no PIB, ou seja, a reindustrialização da economia brasileira. Sem mudança estrutural a economia brasileira estará condenada a repetir a ciclotimia do “voo da galinha” vigente durante a era FHC.
1 Nassif, A; Feijó, C; Araujo, E. (2012). “Structural Change and Economic Development: is Brazil catching up or falling behind?”. Anais do V Encontro Internacional da Associação Keynesiana Brasileira. Disponível em http://www.akb.org.br.
2 g = 0,013 + 0,521 g ; g (0,479) = 0,013 ; g = 0,027
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Vlw pelo texto Bourne...
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Não sou economista mas mesmo assim acho que posso contestar esse ponto que, bem... Apesar de não ser tão visível no fundo é bem óbvio...Bourne escreveu:A taxa de crescimento da população encontra-se atualmente em torno de 1,3% ao ano.
Crianças e velhos não trabalham, não podemos considerar a taxa de crescimento da população de hoje, deveríamos considerar a taxa de crescimento da oferta de mão de obra...
Se a 20 anos o crescimento populacional do Brasil era maior então aumenta a mão de obra cresce mais do que a população, se a 70 anos o crescimento populacional brecou então há mais gente se aposentando hoje e diminui a a mão de obra, por outro lado se leis fizeram que, do dia para a noite a apostandoria fica 10 anos mais tarde então nos próximos dez anos haverá um crescimento grande da oferta de mão de obra.
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
Eu falo isso faz 300 anos.Lirolfuti escreveu:Presidente do BC diz que dependência da China é "exacerbada"
MARIANA CARNEIRO
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O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta terça-feira (23) que a relação comercial entre o Brasil e a China --e a consequente influência da desaceleração do gigante asiático sobre o país-- está sendo "exacerbada". "Existe uma visão, a meu ver extremada, de que o Brasil é dependente da economia chinesa", disse Tombini. Segundo o presidente do BC, que esteve no Japão em encontro do FMI recentemente, as exportações para a China representam cerca de 2% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro --o que ele avalia como pouco.
"As exportações brasileiras correspondem a apenas 10,7% do nosso PIB, um percentual relativamente baixo quando comparado a outros países emergentes. Apenas 17,7% das nossas exportações têm como destino a China, o que significa menos de 2% do nosso Produto Interno Bruto", disse.
Tombini diz que esse número dá uma dimensão mais precisa de uma visão "exacerbada" de dependência do Brasil em relação à economia chinesa.
Ele participou hoje de evento organizado pela revista "Exame" em São Paulo. http://www1.folha.uol.com.br/mercado/11 ... bada.shtml
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Re: MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA
E o nosso véio cupincha MARECHAL está esquecendo a IMIGRAÇÃO...
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