Operações Policiais e Militares

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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Re: Operações Policiais e Militares

#11251 Mensagem por Brasileiro » Ter Out 16, 2012 11:21 pm

prp escreveu: Estamos há 5 décadas implantando esse sistema de abrir as pernas para bandido, e passar a mão na cabeça de vagabundo, que está contaminando toda a sociedade, a consequência disso é que a escalada da violência está triplicando a cada ano e a sociedade brasileira se tornou refém de seres superiores que acham que sabem mais que o povo brasileiro.
Isto não encontra confirmação histórica.

Na primeira metade destas 5 décadas, tudo foi exatamente o contrário disto que você falou, exatamente o contrário.

Na segunda metade, a atual, a quantidade de mortos pela polícia explodiu, sem que contudo algum resultado concreto (melhora nas condições de segurança em geral) fosse alcançado.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11252 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Out 17, 2012 7:33 am

O grande problema do Brasil (e dos brasileiros) é achar que se conserta qualquer coisa com maquiagem e botox.

A questão dos vagabundos estarem vencendo a guerra contra a população, começou a 20, 30, 40... anos atrás quando cada um desses vagabundos já cresceu na marginalidade, na extrema pobreza, sem educação, passando fome, vendo traficantes (turma do mal) andando de BMW e policiais (turma de bem) andando de coletivo e pagando aluguel em barraco. Estou defendendo os bandidos?? Nunca. Concordo plenamente com o que o Talha disse ontem, é bandido? reagiu a prisão? pronto, bala na cabeça. Por que? Porque acho que a população de bem não tem que pagar pelos erros de um século de desgovernos.

Mas isso, essa atitude extrema das forças de segurança publica, só terá efeito se nossos, ditos, governantes, também agirem na raiz do problema que é na educação.

Educação, pra mim, sempre foi e sempre será o pilar de qualquer nação. População bem educada, sabe trabalhar, consegue diferenciar o certo do errado, sabe se socializar, e o principal, sabe VOTAR, sabe escolher melhor seus representantes, não sai votando em Tiririca, Mulher Pêra, Maquito, Marcelinho Carioca, e o pior, votam nesses tipos, "pagando" de experts e dizendo que o fizeram em forma de protesto, que belo protesto. [001]

Povo bem educado não cai em conversinha de ONG "bem intencionada" que defende direito de vagabundo. Essas mesmas ONG's que caem de pau encima da policia quando matam vagabundos, mas que nada dizem sobre as péssimas condições que esses mesmos bagabundos vivem nas penitênciarias do país, onde, em uma carceragem que deveria alojar 15 detentos, existe 100 em péssimas condições, em que o cara entra com apenas o "ensino fundamental" do crime e sai doutor na arte da criminalidade. Sabe por que? Porque falar mal de policial da ibope, vende jornal e ainda a "alma iluminada" que enfrentou a policia (que é o estado indiretamente) pode até se candidatar nas próximas eleições a vereador ou deputado, mas enfrentar o ESTADO (diretamente) que nada faz pra melhorar as condições de ressocialização dos detentos, não constroí 3x mais pressidios, não muda as leis pra punir quem deve ser punido e dar a liberdade a quem merece, que é a população de bem.

AAAAAHHHHHHHH tá....agora me lembrei, não enfrentam o estado (diretamente), porque é o próprio estado que "banca" estas ONG's. :mrgreen:

Tá certo, alias, tá tudo errado. :roll:




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Re: Operações Policiais e Militares

#11253 Mensagem por Brasileiro » Qua Out 17, 2012 10:40 am

Caro Sávio Ricardo, seu posicionamento é louvável.

Mas sempre quando se fala na questão da segurança, é "main-stream" falar da questão das 'ONGs', que na minha opinião são o bode espiatório da vez. Apontar culpados é sempre a tarefa mais cômoda.

Quando eu falo em "direitos humanos" estou reconhecendo a universalidade dos mesmos. Estou querendo dizer que o uso da força sobre a vida alheia é algo que merece cuidado por parte de quem tem esta responsabilidade.
Causou um espanto enorme aqui quando eu disse que cada vez que alguém é morto pela polícia uma apuração deveria ser feita tal qual a morte de qualquer outro que morra por "morte matada", tal incômodo não deveria existir e, para mim, só é sintoma de que o que algumas pessoas querem mesmo é uma polícia irresponsável, que não deve explicações a ninguém, que está acima da razão, cuja palavra não precisa de respaldo técnico/científico, etc. É uma tendência à barbárie e que deve ser combatida de qualquer maneira!
Quanto a isto não sou "liberal", acho que toda e qualquer ação que culmine em perda de vida humana, seja lá de quem for, deve ser analisada com rigor. Assim como qualquer outra atividade que, de forma prática, lide com vida humana, deve ter um controle social rigoroso. O contrário disso se chama acochambração, e para mim, polícia não se faz nas coxas, investigação não se faz nas coxas, julgamentos não se fazem nas coxas, não acredito que exista uma forma "simples e fácil" de se trabalhar com tudo isso, é uma armadilha. E não considero que estou sendo injusto com a polícia quando digo isto. Na verdade, é dar mais valor ainda à polícia, pois só se exige responsabilidade de quem faz algo que é importante. O faz de qualquer jeito
a gente reserva para tarefas que não tem importância, que são banais, "ah mata lá e pronto".

Pus um artigo umas páginas atrás em que se podia ver bem claro o processo pelo qual a sociedade perdeu o valor da vida. Quando você institui a morte como uma ferramenta viável de política social, esta conta é debitada do valor da vida humana de uma forma global e apartir daí, qualquer um pode se sentir no direito de usá-la
para uns fins que quiser, incluindo-se aí aquele que é mal intencionado. Naquele artigo é explicada a forma como a atuação da polícia ao longo do tempo contribuiu para esta cultura.



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Re: Operações Policiais e Militares

#11254 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Out 17, 2012 11:09 am

Prezado Brasileiro, entendo o seu ponto de vista e posso dizer que em várias vezes também penso assim. É por isso que segurança publica hoje no BR é como você disse a alguns posts atrás, igual politica, religião e futebol: Cada um tem sua própria opnião a respeito e dificilmente se chega a um consenso.

Tudo isso porque Segurança Publica se tornou a média prazo, sem solução. Não teremos paz até 2014/16, como muitos politicos dizem que teremos, podemos até ter uma paz maquiada na Copa e Olimpiadas, mas assim que a ultima delegação for embora, começa tudo dinovo.

Como já disse, pra mim, o gargalo do atual momento que vivemos é a péssima educação. E não se melhora a EDUCAÇÃO de um país de um dia para outro, coloque ai no minimo meio século para colhermos os frutos e até lá, qual a solução???

Concordo contigo quando diz que não podemos dar um poder discriminado as policias e logo, ao estado, de agir sem regulação, pois criariamos um monstro. Mas será que reprimir os policiais, julga-los como homicidas quando usam da legitima defesa para salvar a própria vida contra criminosos cada vez mais bem armados e organizados?

Não defendo que cada policial saia por ai, matando qualquer vagabundo, mas entre isso e o inverso, prefiro o primeiro.

Como deve ser feito?? Não sei... mas que não da pra combater a crimininalidade brasileira hoje com parcimônia, não dá...infelizmente.

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Re: Operações Policiais e Militares

#11255 Mensagem por Matheus » Qua Out 17, 2012 9:51 pm

Absurdo! veja mais em combateaocrime.com

Há alguns dias acompanhamos o sofrimento de um verdadeiro guerreiro, um dos mais respeitados e capacitados policiais que tivemos o prazer de conhecer.

Ao ver um indivíduo apontando a arma para quatro adolescentes, cônscio do seu dever de intervir e prender aquele infrator que ameaçava a vida de outras pessoas, deu voz de prisão ao mesmo que, reagindo, apontou a arma para o policial, sendo baleado e vindo a falecer.

Logo após o colega chamou a policia e o socorro médico. Fez todos os procedimentos corretos. Apresentou-se espontaneamente. Todas as testemunhas confirmaram a versão de legítima defesa. Entretanto, acusaram-no de execução, mesmo que tudo que está nos autos aponte ao contrário.

Após duas trocas de delegado, encontraram um que acabou por indiciar o policial por homicídio doloso. Todas as testemunhas foram ouvidas novamente, pois a única possibilidade de incriminação do policial era que uma delas mudasse o seu depoimento, já que todas em seu primeiro testemunho disseram de forma uníssona e sem contradições que houve legítima defesa.

O infrator estava com álcool no sangue e sua arma raspada tinha sido utilizada recentemente, como aponta a perícia.Todas as provas apontam para a absolvição sumária do colega. Subitamente uma das testemunhas resolve mudar seu depoimento exatamente nos pontos que caracterizam a legítima defesa, como se tivesse sido assessorada. O delegado, em seu relatório, conclui que

TODAS AS OUTRAS TESTEMUNHAS, MESMO MANTENDO SEUS DEPOIMENTOS A FAVOR DA LEGÍTIMA DEFESA E SEM CONTRADIÇÕES ESTARIAM MENTINDO E DEVERIAM SER INCRIMINADAS POR FALSO TESTEMUNHO,

e que a prisão do Policial Rodoviário Federal deveria ser convertida de temporária para preventiva, pois ele fugiu do distrito da culpa, mesmo tendo se apresentado espontaneamente ao delegado de policia civil após o fato e não ter sido flagranteado por legítima defesa e liberado, sendo recomendado pelos próprios policias a ausentar-se da região para preservar a sua vida.Hoje ele está preso, como fosse o criminoso o qual abordou e que teve a coragem de intervir na sua prática delituosa. Quanta inversão de valores! Quanta injustiça!
Continuamos tendo orgulho do que fazemos e da nobre missão que temos. Profundamente decepcionados e envergonhados, entretanto, como cidadãos que acreditavam na Justiça e no Direito.

Gostaríamos de falar a qualquer cidadão de bem que a qualquer momento pode ser abordado por criminosos e ter a sua vida subtraída pelos mesmos: nos sentimos tristes ao dizer que, há alguns dias atrás, se estivéssemos passando pela rua fora de nosso serviço, sem pestanejar agiríamos; infelizmente, não por falta de coragem, mas por simplesmente não saber se seremos nós os presos depois de tudo, hoje, no mínimo, pensaríamos em tudo o que nosso colega está passando.
Essa “Justiça” vem fazendo que muitos policiais acabem acreditando que se eximir, infelizmente, é a melhor opção.Que Deus ajude a todos nós policiais, que, muitas vezes, só contam com o apoio de sua própria consciência.
“Texto de Davi Galdino com adaptações de Diego Patriota e Diego Brandão”




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Re: Operações Policiais e Militares

#11256 Mensagem por Sávio Ricardo » Qui Out 18, 2012 7:11 am

Matheus escreveu: TODAS AS OUTRAS TESTEMUNHAS, MESMO MANTENDO SEUS DEPOIMENTOS A FAVOR DA LEGÍTIMA DEFESA E SEM CONTRADIÇÕES ESTARIAM MENTINDO E DEVERIAM SER INCRIMINADAS POR FALSO TESTEMUNHO,
Ou seja, UMA testemunha dizendo aquilo que se quer ouvir, vale mais que VÁRIAS dizendo o que NÃO se quer ouvir.

Ainda bem que delegado não julga. Concerteza será concedido Habeas Corpus ao policial, respondera em liberdade e será absolvido. Assim espero.

abs




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Re: Operações Policiais e Militares

#11257 Mensagem por wagnerm25 » Qui Out 18, 2012 9:15 am

Sávio Ricardo escreveu:
Matheus escreveu: TODAS AS OUTRAS TESTEMUNHAS, MESMO MANTENDO SEUS DEPOIMENTOS A FAVOR DA LEGÍTIMA DEFESA E SEM CONTRADIÇÕES ESTARIAM MENTINDO E DEVERIAM SER INCRIMINADAS POR FALSO TESTEMUNHO,
Ou seja, UMA testemunha dizendo aquilo que se quer ouvir, vale mais que VÁRIAS dizendo o que NÃO se quer ouvir.

Ainda bem que delegado não julga. Concerteza será concedido Habeas Corpus ao policial, respondera em liberdade e será absolvido. Assim espero.

abs
Nem dá para comentar um negócio desses. O policial deveria ganhar uma medalha e um aumento.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11258 Mensagem por Sávio Ricardo » Qui Out 18, 2012 9:32 am

E mais...

Já que o IP é meio não necessário pra instrução criminal, sendo apenas meio administrativo e persecutório. Por mim o juiz rasgava na frente do delegado esse IP, transferia às investigações ao MP ou a ele próprio (própria autoridade judiciaria o faria) e encerrado o caso, absolvido o réu, daria uma "atenção" especial a este delegado. :mrgreen:

Me faz lembrar o caso daquele comerciante em SP que atirou contra 2 ou 3 assaltantes em sua loja, e, mesmo possuindo a posse legal da arma, tendo bons antecedentes, residencia fixa, e sendo claro que agiu em legitima defesa, foi levado preso pelo delegado. Uma palhaçada isso...

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Re: Operações Policiais e Militares

#11259 Mensagem por wagnerm25 » Qui Out 18, 2012 9:55 am

A única solução parece ser desaparecer por 24 horas para evitar o "flagrante".




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Re: Operações Policiais e Militares

#11260 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Out 18, 2012 10:02 am





"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: Operações Policiais e Militares

#11261 Mensagem por Sávio Ricardo » Qui Out 18, 2012 10:22 am

wagnerm25 escreveu:A única solução parece ser desaparecer por 24 horas para evitar o "flagrante".
Esse é o problema.

Em tese, não existe espaço de tempo para a possibilidade ou não de prisão em flagrante. O Flagrante pode durar 3 dias, mas também pode ser encerrado com 1 hr, depende se houve ou não perseguição ao suspeito ininterrupta.

Isso é o que diz o CPP. Mas o CPP também diz que mesmo em caso de prisão em flagrante, a REGRA é após realizado o Auto de Prisão em Flagrante, o agente ser liberado, exceto se for o caso de prissão temporaria ou preventiva que é a EXCEÇÃO e deve ser decretada pelo juiz. Então, prisões cautelares só devem ocorrer em ultimo caso e preenchido vários requisitos para ser decretada. Por tudo isso, o caso do PRF em questão é a mesma coisa de se pegar o Codigo do Processo Penal e a própria CF/88, esfregar na bund@ e jogar descarga abaixo.

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Re: Operações Policiais e Militares

#11262 Mensagem por Brasileiro » Qui Out 18, 2012 11:04 am

Essa questão da legítima defesa é uma coisa muito sensível.

Inicialmente, ao matar alguém, de qualquer modo que seja, esta pessoa a princípio será acusada de homicídio. Se há legítima defesa, isto será esclarecido/comprovado posteriormente.

Qualquer um que mata alguém poderia, por exemplo, alegar legítima defesa, ou numa briga ou até na eliminação de algum desafeto, e isto ocorre com frequência. Portanto é uma questão que exige sensibilidade e bom senso para que não se prenda alguém que deveria ficar livre ou que deixe solto alguém que deveria ficar preso.

Não sei como é feita esta "equação", mas ter posse de uma arma legal, bons antecedentes, testemunhas, ou ser um profissional de segurança pública em serviço, deveriam contar a favor do acusado quanto à legítima defesa. Notar também que, nada disso é, porém, suficiente para decretar uma inocência.

É só lembrarmos, por exemplo, do caso recente da velhinha que teria matado com dois tiros um suposto invasor de sua casa, um assaltante. Agora, chegaram à situação de que não havia sinais de pólvora nas mãos dela e que quem atirou poderia ser outra pessoa que não se sabe quem é, e aí fica prejudicada a confirmação da legítima defesa. Realmente, não deve ser nada fácil lidar com isto.



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Re: Operações Policiais e Militares

#11263 Mensagem por BrasilPotência » Qui Out 18, 2012 6:23 pm

Senhores, estou assistindo o segundo episódio do Águias da cidade, e é muito bom ver como esses homens são treinados e o quão preparados estão, agora vou fazer uma crítica, não aos Águias, a o Governo do Estado, na minha opinião o esquilo deveria ter o FLIR, como querem caçar bandido a noite no mato ou até na cidade só no olho? O governador comprou o bicho PELADO.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11264 Mensagem por Clermont » Qui Out 18, 2012 7:37 pm

Se esse valente estivesse com um revólver ou uma faca, ele poderia, muito bem, ter matado o animal bandido.

É claro, depois ele seria perseguido pelos humanitaristas, os anti-armas, os "sou-da-paz". Mas ele estaria vivo e um bandido imundo, morto.



Escrevo isso, e fico sabendo que um bandido brasileiro, que massacrou uma família inteira de outros brasileiros - marido, esposa e uma criança de sete anos de idade - acabou de ser sentenciado à morte, no estado americano do Nebraska.

Agora, vai começar o "mi-mi-mi" do governo brasileiro, de entidades da sociedade civil e de religiosos, se rastejando perante um governo estrangeiro, para poderem salvar a vida desta coisa imunda. Porque, supostamente, "ele é nosso compatriota brasileiro."

No que me diz respeito, o governo do Nebraska, se executar esse escória, estará efetuando um grande benefício para o Brasil, livando-nos da presença nefasta de um assassino desalmado.




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Re: Operações Policiais e Militares

#11265 Mensagem por Lirolfuti » Qui Out 18, 2012 7:52 pm

Ciclo de violência indica dinâmica de retaliação entre PM e PCC

Os recentes assassinatos de policiais militares atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), seguidos de outras mortes na mesma região dos ataques, sinalizam um ciclo cada vez mais intenso de retaliação e derramamento de sangue nas ruas de São Paulo, segundo analistas ouvidos pela BBC Brasil.

Os sinais de uma onda de crimes de vingança se destacam no mesmo momento em que as estatísticas de criminalidade no Estado se elevam. Neste ano, mais de 80 policiais militares, da ativa e da reserva, foram assassinados. O número geral de homicídios entre janeiro e agosto também já é 7,6% mais alto que o do mesmo período do ano anterior.

Nos últimos 15 dias, os conflitos se intensificaram ainda mais, com os assassinatos de quatro PMs e 21 cidadãos em quatro diferentes cidades. A maioria dos policiais sofreu emboscadas durante seus horários de folga.

As investigações sobre esses últimos crimes ainda não comprovaram que os PMs foram mortos por ordem do PCC. No entanto, em casos anteriores, como o do assassinato do policial Edison Avelino de Sales, no Guarujá, em maio de 2012, o Ministério Público diz ter provas dessa relação.

"Sales foi morto por membros do PCC por ser combativo e aguerrido", diz o promotor público Cássio Conserino, de Santos, em entrevista à BBC Brasil.

Seguindo um mórbido padrão, em três dos quatro casos mais recentes de assassinatos de policiais, diversas pessoas, no mesmo local, foram mortas em seguida por homens mascarados.

"É impossível negar que há uma linha ligando as mortes de civis e as de policiais militares", afirma o procurador Márcio Christino, especialista em investigações sobre o PCC. "Os casos estão relacionados."

Uma das hipóteses investigadas pela polícia é de que os homicídios tenham sido praticados por esquadrões da morte integrados por policiais. Eles agiriam para vingar os colegas mortos.

Entretanto, o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, tem afirmado que outros criminosos podem estar explorando a situação e acertando contas com rivais para que a culpa recaia sobre policiais.

Estratégia

Para Christino, os recentes assassinatos de policiais marcam uma mudança de estratégia do PCC após uma série de ataques em maio de 2006 - que deixaram quase 500 civis e 50 servidores mortos.

Segundo ele, na ocasião, as operações de grande envergadura da polícia após os ataques acabaram com a capacidade de venda de drogas e armas nas cidades onde a facção opera no oeste do Estado.

"Depois de 2006, o PCC adotou a estratégia de conflitos de baixa intensidade", diz Christino, "sem a característica espetacular e midiática de antes, atingindo agora apenas seu oponente mais efetivo, a Polícia Militar". Ele acrescenta ser pouco provável que ataques da escala dos ocorridos há seis anos se repitam.

Analistas sugerem, porém, que o aumento nas mortes de PMs acontece simultaneamente a um endurecimento das ações da polícia.

No fim de maio, a Rota - tropa de elite da PM designada pelo governo para combater o PCC - protagonizou uma das ações mais violentas deste ano contra a facção. Seis suspeitos de integrar o grupo criminoso e acusados de planejar resgatar um detento foram mortos pela polícia.

Um deles teria sobrevivido ao tiroteio inicial e sido supostamente executado a tiros pelos PMs no caminho para o hospital. Três membros da Rota foram presos durante as investigações sobre o episódio.

Mensagens da prisão

Segundo Camila Nunes Dias, pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal do ABC, a recente onda de violência não é uma reação dos criminosos a ações mais eficientes da polícia, como sugere o governo estadual. Seria, sim, uma resposta a operações policiais mais violentas.

Um sinal disso seria o fato de lideranças do PCC passarem a enviar mensagens - conhecidas como "salves" - para seus subordinados em liberdade, ordenando assassinatos de policiais militares.

Uma das mensagens, enviada em maio, teria partido do detento Roberto Soriano, o Betinho Tiriça, uma liderança do PCC. Segundo promotores, ele estaria ordenando vingança contra a polícia devido ao assassinato de um traficante de drogas.

"Uma das diretrizes do PCC diz que, se um policial capturar um de seus membros e executá-lo ao invés de prender, a célula do PCC da região deve se vingar matando PMs", afirma Dias.

Ela diz suspeitar que a Rota esteja usando informações captadas em escutas telefônicas não para prender, mas para fazer emboscadas e matar membros da facção. Procurada, a Secretaria da Segurança Pública preferiu não comentar o assunto.

Controle

O ex-secretário nacional da segurança pública Luiz Eduardo Soares, atualmente professor da Universidade Estácio de Sá, no Rio, afirma que picos de violência já ocorreram antes em São Paulo e ainda é impossível saber se o atual cenário é temporário ou representa uma escalada da violência.

"A raiz (do problema) está na ingovernabilidade das polícias civil e militar, organizadas segundo parâmetros herdados da ditadura, associada à leniência com que autoridades da segurança pública - apoiadas por autoridades políticas - tacitamente autorizam a brutalidade policial letal em nome do rigor no combate ao crime", avalia Soares.

Para ele, a tolerância com ações ilegais da polícia não reduz, mas aumenta a criminalidade e intensifica sua violência, "projetando o ciclo vicioso da brutalidade letal contra os próprios policiais".

O índice de letalidade da Rota, por exemplo, vem subindo ao longo dos anos. Entre 2007 e 2011, essa elevação foi de 78% - de 46 pessoas para 82. Neste ano, 229 suspeitos foram mortos pela PM como um todo.

Camila Nunes Dias diz que, ao não refrear a violência dos policiais, o Estado ajuda a legitimar o discurso do PCC - que afirma existir para proteger seus membros dos abusos do governo. "Foi feita em São Paulo uma opção pelo conflito armado", afirma a pesquisadora.

"Os criminosos matam um policial, e acredito que não por coincidência, naquele local são executadas outras pessoas. Isso gera mais sede de vingança dos criminosos", acrescenta. "A meu ver, a tendência é isso se agravar se não houver uma tentativa de romper com esse ciclo vicioso. Não dá para esperar que os bandidos vão interromper isso, então a iniciativa tem que partir do lado das forças da ordem."

Já o analista político Bruno Garschagen, do Instituto Millenium, avalia que não é possível afirmar que uma suposta tolerância a ações duras da polícia seja uma política do atual governo de São Paulo.

Segundo ele, as forças de segurança governamentais promovem ações de maior intensidade em determinados momentos - como após atentados ou crimes que geraram comoção pública.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -e-pcc.htm




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