Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
pode ser que sim, trabalhei em um projeto na europa que empresas auxiliaram de forma vonluntaria. Mas o que parece ser bom, nem sempre é verdade.
Uma vez que a empresa não cobra nada, ela não leva muito a sério quando é cobrada pra realizar atividades relacionadas com o projeto.
No nosso caso, a Astrium inglesa projetou peças do projeto no CAD e mesmo com requisitos prévios, fez da maneira que lhe convinha, com unidades imperiais. E toda vez que requisitei alguma informação, nunca recebi resposta.
Uma vez que a empresa não cobra nada, ela não leva muito a sério quando é cobrada pra realizar atividades relacionadas com o projeto.
No nosso caso, a Astrium inglesa projetou peças do projeto no CAD e mesmo com requisitos prévios, fez da maneira que lhe convinha, com unidades imperiais. E toda vez que requisitei alguma informação, nunca recebi resposta.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Alguns PDFs bastante interessantes
O projeto VLM-1 do ponto de vista de engenharia de sistemas, novos métodos de gestão no IAE:
http://www.iae.cta.br/sepped/index.php/ ... adfiles/24
O motor L75, e muitos detalhes do andamento do projeto:
http://www.iae.cta.br/sepped/index.php/ ... adfiles/31
abraços]
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Convenhamos, se estivéssemos AGORA nos anos 80, e o VLS tivesse esta configuração... acho que alguém lá de cima iria estar se coçando bastantehenriquejr escreveu:Este sim tem cara de um ICBM!!!
Neste caso, o VLS-1 fracassou tanto como lançador quanto como míssil.
Acho que estamos melhor agora! Fazendo ICBM e enriquecendo urânio e ninguém preocupado com a gente.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Muito interessante o segundo PDF com os detalhes do motor L-75. Finalmente aparece um projeto de motor de combustível líquido brasileiro com cara de aplicação prática e não de simples estudo acadêmico.Brasileiro escreveu:Alguns PDFs bastante interessantes
O projeto VLM-1 do ponto de vista de engenharia de sistemas, novos métodos de gestão no IAE:
http://www.iae.cta.br/sepped/index.php/ ... adfiles/24
O motor L75, e muitos detalhes do andamento do projeto:
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Leandro G. Card
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Leandro, gostei muito dos PDF
Por acaso teria como a iniciativa privada levar a cabo, de modo a termos um meio de colocar sobre o Brasil, por exemplo, microsatelites de comunicação, ou é maluquice minha e para comunicação a orbita deve ser superior, e ainda estamos no ambiente academico, com satélites experimentais?
Porque analisando por cima, com a minha visão de leigo, entenderam que continuar com o VLS é burrice. E muitos estagios a chance de erro não é dobrada ou tripicada, mas a interação entre todos eles...
Por acaso teria como a iniciativa privada levar a cabo, de modo a termos um meio de colocar sobre o Brasil, por exemplo, microsatelites de comunicação, ou é maluquice minha e para comunicação a orbita deve ser superior, e ainda estamos no ambiente academico, com satélites experimentais?
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Obrigado Lulinha por melar o Gripen-NG
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Com relação aos satélites, de fato ainda estamos no nível dos experimentais, pois sem um lançador disponível simplesmente não há como lançar nada e consequentemente não é criada uma demanda que justifique o desenvolvimento de componentes para satélites aplicativos reais. Para isso seria necessário que estivéssemos lançando pelo menos 2 ou 3 satélites por ano, e isso ainda deve demorar muito para acontecer, se é que vai acontecer algum dia (eu pessoalmente não acredito que ocorra no meu tempo de vida).joao fernando escreveu:Leandro, gostei muito dos PDF
Por acaso teria como a iniciativa privada levar a cabo, de modo a termos um meio de colocar sobre o Brasil, por exemplo, microsatelites de comunicação, ou é maluquice minha e para comunicação a orbita deve ser superior, e ainda estamos no ambiente academico, com satélites experimentais?
O uso de microsatélites para comunicação também não é muito prático, pois eles teriam limitações de alcance em órbitas baixas e de potência de transmissão em órbitas mais elevadas. A capacidade (em termos de canais e volume de tráfego de informações) seria muito baixa, e o custo simplesmente não se justificaria fora o caso novamente de aplicações experimentais.
De fato o VLS era para ser apenas um modelo experimental, lembro que mesmo antes de seu projeto ser congelado na configuração que ficou conhecida já se discutia um sucessor, onde o "cacho" de motores do primeiro estágio seria substituído por um único motor mais potente (na época já se imaginava que movido à combustível líquido). Assim, nunca se pensou no uso do VLS para a realização de diversos lançamentos de satélites, outro foguete seria desenvolvido para isso (o que não aconteceu até agora), e por isso o VLS em si nunca passou de um experimento acadêmico construído basicamente de forma artesanal. E ele era para ser apenas isso mesmo. Após a desistência dos militares de desenvolver mísseis estratégicos o Programa Espacial Brasileiro ficou carente de objetivos, e nenhum outro desenvolvimento de foguetes para substituí-lo foi proposto a sério até bem recentemente. Sempre apareceram propostas referentes a isso, como o programa Cruzeiro do Sul e o Cyclone da ACS, mas nenhuma delas teve como base um plano de médio/longo prazo realmente encampado pelo governo brasileiro para o domínio da tecnologia de acesso e o uso do espaço por parte de nosso país, e consequentemente nenhuma delas avançou como deveria.Porque analisando por cima, com a minha visão de leigo, entenderam que continuar com o VLS é burrice. E muitos estagios a chance de erro não é dobrada ou tripicada, mas a interação entre todos eles...
O atual VLM segue um caminho diferente, pois ele foi "encomendado" por um órgão de pesquisas europeu (já cliente dos nossos foguetes de sondagem) com objetivos bem específicos, e para atender a este "cliente" todo o desenvolvimento do foguete precisa seguir procedimentos muito mais sérios, o que resultará em um produto muito mais prático e confiável. Mas veja que foi preciso aparecer um órgão estrangeiro para isso acontecer, as instituições do governo brasileiro simplesmente foram incapazes de gerar esta demanda nas mais de 3 décadas de existência do nosso programa espacial. Isso diz muito sobre como funcionam estas questões ligadas à tecnologia e industrialização em nosso país.
Um abraço,
Leandro G. Card
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
"O atual VLM segue um caminho diferente, pois ele foi "encomendado" por um órgão de pesquisas europeu (já cliente dos nossos foguetes de sondagem) com objetivos bem específicos, e para atender a este "cliente" todo o desenvolvimento do foguete precisa seguir procedimentos muito mais sérios, o que resultará em um produto muito mais prático e confiável. Mas veja que foi preciso aparecer um órgão estrangeiro para isso acontecer, as instituições do governo brasileiro simplesmente foram incapazes de gerar esta demanda nas mais de 3 décadas de existência do nosso programa espacial. Isso diz muito sobre como funcionam estas questões ligadas à tecnologia e industrialização em nosso país"
CACETA!!! Disso não sabia! Estamos mal mesmo...
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Nao se eles aprenderam com os erros. O que parece ser o caso do DCTA/IAE.joao fernando escreveu:"O atual VLM segue um caminho diferente, pois ele foi "encomendado" por um órgão de pesquisas europeu (já cliente dos nossos foguetes de sondagem) com objetivos bem específicos, e para atender a este "cliente" todo o desenvolvimento do foguete precisa seguir procedimentos muito mais sérios, o que resultará em um produto muito mais prático e confiável. Mas veja que foi preciso aparecer um órgão estrangeiro para isso acontecer, as instituições do governo brasileiro simplesmente foram incapazes de gerar esta demanda nas mais de 3 décadas de existência do nosso programa espacial. Isso diz muito sobre como funcionam estas questões ligadas à tecnologia e industrialização em nosso país"
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Os erros nunca foram do IAE, mas das instâncias decisórias dos sucessivos governos brasileiros. E estes não parecem ter muita facilidade em aprender de nenhuma forma.Centurião escreveu:Nao se eles aprenderam com os erros. O que parece ser o caso do DCTA/IAE.
Torço para estar errado, mas minha aposta é que se após as missões Shefex os alemães não quiserem mais usar o VLM ele irá cair no esquecimento até que a infraestrutura para sua produção seja perdida. O Programa Espacial Brasileiro está na dependência da vontade de governos estrangeiros (Alemanha e Ucrânia).
É bem a cara do Brasil.
Leandro G. Card
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Engraçado, já eu sou mais otimista. Desde que tive mais informações sobre o projeto, cheguei à conclusão de que justamente ele pode ser o pequeno fator que vai tirar o programa espacial da poeira.LeandroGCard escreveu:Centurião escreveu: Torço para estar errado, mas minha aposta é que se após as missões Shefex os alemães não quiserem mais usar o VLM ele irá cair no esquecimento até que a infraestrutura para sua produção seja perdida.
Não só pelo aspecto "moral", por finalmente apresentar à sociedade algo mais concreto enquanto lançador de satélites, mas que o próprio INPE aparentemente tem agora uma carteira de projetos para satélites compatíveis com o VLM nas categorias de coleta de dados ambientais e meteorológicos. O mesmo pode ocorrer com as universidades, que poderão se sentir motivadas em desenvolver cargas científicas e mais seguras quanto ao sucesso da missão, dada a confiabilidade esperada do veículo. É uma demanda bem interessante, sem considerarmos também que o lançamento poderia ser vendido para quem quer lançar na América Latina.
Quanto a uma possível descontinuidade da produção do foguete, também acho que não é para tanto. Até mesmo o VLS-1, que atravessou os períodos mais tenebrosos do programa espacial, nos anos 90 até o ano do acidente, permaneceu em capacidade de produção, mesmo não tendo sido produzido.
Tomara mesmo que não aconteça, mas acho que para desmantelar o VLM será preciso realmente um esforço considerável.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Uma dúvida, alguém sabe como anda ou de onde vem o INS do VLM?
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Concordo. Com o avanço da tecnologia, satélites menores e mais leves podem fazer o que antigamente levava mais pesado. O que deve abrir espaço para lançamentos de universidades e institutos nacionais. Alias, voando, o passo seguinte seria melhorar a carga deleBrasileiro escreveu:Engraçado, já eu sou mais otimista. Desde que tive mais informações sobre o projeto, cheguei à conclusão de que justamente ele pode ser o pequeno fator que vai tirar o programa espacial da poeira.LeandroGCard escreveu:
Não só pelo aspecto "moral", por finalmente apresentar à sociedade algo mais concreto enquanto lançador de satélites, mas que o próprio INPE aparentemente tem agora uma carteira de projetos para satélites compatíveis com o VLM nas categorias de coleta de dados ambientais e meteorológicos. O mesmo pode ocorrer com as universidades, que poderão se sentir motivadas em desenvolver cargas científicas e mais seguras quanto ao sucesso da missão, dada a confiabilidade esperada do veículo. É uma demanda bem interessante, sem considerarmos também que o lançamento poderia ser vendido para quem quer lançar na América Latina.
Quanto a uma possível descontinuidade da produção do foguete, também acho que não é para tanto. Até mesmo o VLS-1, que atravessou os períodos mais tenebrosos do programa espacial, nos anos 90 até o ano do acidente, permaneceu em capacidade de produção, mesmo não tendo sido produzido.
Tomara mesmo que não aconteça, mas acho que para desmantelar o VLM será preciso realmente um esforço considerável.
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Re: Programa do Veículo Lançador de Satélites - VLS-1
Olha, acho que haverá uma diminuição da média da massa dos satélites lançados no futuro. Mas não pela substituição de satélites pesados por equivalentes leves, mas pelo crescimento do interesse em construir satélites nas escalas pico, nano, micro e mini, que algumas vezes são lançados em grupo.joao fernando escreveu:Concordo. Com o avanço da tecnologia, satélites menores e mais leves podem fazer o que antigamente levava mais pesado. O que deve abrir espaço para lançamentos de universidades e institutos nacionais. Alias, voando, o passo seguinte seria melhorar a carga deleBrasileiro escreveu: Engraçado, já eu sou mais otimista. Desde que tive mais informações sobre o projeto, cheguei à conclusão de que justamente ele pode ser o pequeno fator que vai tirar o programa espacial da poeira.
Não só pelo aspecto "moral", por finalmente apresentar à sociedade algo mais concreto enquanto lançador de satélites, mas que o próprio INPE aparentemente tem agora uma carteira de projetos para satélites compatíveis com o VLM nas categorias de coleta de dados ambientais e meteorológicos. O mesmo pode ocorrer com as universidades, que poderão se sentir motivadas em desenvolver cargas científicas e mais seguras quanto ao sucesso da missão, dada a confiabilidade esperada do veículo. É uma demanda bem interessante, sem considerarmos também que o lançamento poderia ser vendido para quem quer lançar na América Latina.
Quanto a uma possível descontinuidade da produção do foguete, também acho que não é para tanto. Até mesmo o VLS-1, que atravessou os períodos mais tenebrosos do programa espacial, nos anos 90 até o ano do acidente, permaneceu em capacidade de produção, mesmo não tendo sido produzido.
Tomara mesmo que não aconteça, mas acho que para desmantelar o VLM será preciso realmente um esforço considerável.
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A introdução de um motor de propelente líquido L5 ou L15 no lugar do S44 do terceiro estágio dará ao VLM uma capacidade de carga de mais de 300 kg, tornando-o capaz, por exemplo, de lançar o SARA e colocá-lo num nicho semelhante ao do foguete Pegasus. Há também a possibilidade de um pequeno 4º estágio de origem sueca.
Comercialmente parece ser bem interessante. Mas tem que saber vender o peixe.
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