Brasileiro escreveu:Não tem jeito. Para "cortar o mal pela raíz" é somente pela educação.
Acho que em comunidades mais carentes (e nem precisa ser o estereótipo favela) é preciso um cuidado diferenciado quanto à educação.
A escola precisa dar formação capaz de tornar o jovem apto ao mercado, habilidoso, comunicativo.
Ao mesmo tempo "distrair" do consumismo e da frustração da pobreza, que o faz buscar dinheiro fácil. Escola integral ajuda nisso, que premia os melhores e que auxilia aqueles em dificuldade, que retenha os jovens durante a tarde em atividades extras, reforço, artísticas, esportivas. Educação sexual verdadeira, que os torne mais conscientes e responsáveis quanto à procriação e a contracepção, já que isto está fortemente ligado à desestruturação familiar, uma das grandes vilãs quando da criminalidade juvenil. Como vimos no link postado pelo Naval, apenas 10% foram criados por pai e mãe juntos.
Quanto à responsabilização, não pode ficar do jeito que está. É preciso uma escalada crescente de responsabilização desde pelo menos os 12 ou 14 anos, sem jamais perder de vista a recuperação dos mesmos a partir do estudo, do emprego, da reconstituição familiar e quando necessário a sanidade mental do mesmo e vícios em drogas.
Com a chegada da UPP, está na hora de uma INVASÃO ESCOLAR nas favelas e comunidades menos favorecidas, mas com qualidade pelamordiDeus. Senão, vamos continuar enxugando gelo por muito tempo ainda.
abraços]
Aí esbarras numa verdadeira muralha: de quem é o interesse em ter uma população altamente educada?
Povo educado questiona, e importa-se com muito mais coisas além do próprio umbigo. Este povo cobra dos seus governantes eleitos, fiscaliza, quer saber do que é feito do seu dinheiro recolhido nos impostos, não tem memória curta e não reelege safados, não elege que não tem capacitação técnica nem moral para governar, e por aí vai.
A medida que o nível educacional cresce no geral, decresce a margem para corrupção, portanto, vejo que, para não atrapalhar estes interesses, vale mais a pena fazer um centro de capacitação técnica ali, uma universidade estadual aqui, uma federal acolá, e pronto, assim mantém-se um mínimo de pessoas com alta educação, dentro da margem de manobra.
Daí pra frente é facilitar ao máximo para o aluno do ensino básico e médio, para que obtenha seu diploma, e entre para a boa estatística. Daí pra frente, se quiser fazer uma boa universidade, ou que seja um prodígio, e tenha ultrapassado todos obstáculos para ser bem educado em escolas públicas, ou vai sofrer para pagar "cursinhos preparatórios", que são uma verdadeira humilhação para o Governo, uma amostra de que o ensino público não vale para nada, para conseguir uma vaga numa boa universidade pública, ou vai sofrer para pagar uma particular... fora a questão da dificuldade de acesso as bolsas para quem realmente precisa...
Enfim, para quem é útil um povo, no geral, altamente educado?