Geopolítica Energética
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Re: Geopolítica Energética
Dilma reduz custos da luz e diz que cortes podem ser maiores
Redução não afeta qualidade dos serviços, garante Dilma
Atualizado: 11/09/2012 12:33 | Por estadao.com.br
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta terça-feira que o governo conseguirá reduzir o custo da energia elétrica sem comprometer a segurança do atendimento aos consumidores. Segundo ela, o Estado e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) serão cada vez mais vigilantes e fiscalizarão com rigor o cumprimento dos contratos e a qualidade dos serviços. Ela fez as afirmações durante o anúncio de medidas de redução do custo de energia elétrica no País.
"O bom atendimento é objetivo essencial do nosso governo. A partir de agora, puniremos de uma forma bastante clara aqueles que mal gerirem essas concessões", acrescentou a presidente.
Segundo ela, as medidas de redução do custo da energia demonstram a maturidade do sistema econômico e institucional do País. "A sociedade construiu e pagou por esse setor elétrico através de tarifas e chegou a hora de devolver a ela os benefícios desse pagamento, com tarifas mais baixas, mais justas, mais módicas."
Segundo a presidente, as medidas terão impacto positivo para todos os consumidores brasileiros, sem exceção. "Hoje damos mais um passo decisivo nessa direção. Faremos a maior redução de energia de que se tem notícia neste País, afirmou, lembrando que as quedas são de 16,2% para os consumidores e de um intervalo de 19% a 28% para as empresas.
"Estas reduções poderão ser ainda maiores", destacou. Isso deve acontecer em março, conforme a presidente, quando a Aneel concluir os estudos a respeito de contratos de distribuição que vencem entre 2015 e 2016 e apresentá-los. "Portanto, estes números me permitem dizer que não estou cometendo um exagero ao dizer que estamos tomando uma medida histórica."
A presidente disse ainda que os serviços e produtos no País ficarão mais baratos, porque o peso do custo da energia na composição dos preços irá diminuir. "A medida tem impacto em toda a economia e vai reduzir a inflação e estimular o crescimento", afirmou.
Dilma lembrou que os preços mais baixos irão ajudar o Brasil na disputa internacional para conquistar mais mercados para os produtos nacionais. "Estamos mudando a base competitiva do nosso País e isso nos torna mais fortes para enfrentar a crise mundial", avaliou.
A presidente ainda alfinetou os governos anteriores ao do presidente Lula. "O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso."
Juros
Dilma salientou que, em um ano, o governo brasileiro reduziu a taxa básica de juros em cinco pontos porcentuais - atualmente a Selic está em 7,5% ao ano. Com esse movimento, os juros reais do País estão em torno de 2%, conforme a presidente. "Reduzimos de maneira sensata e hoje temos os juros em patamar mais civilizado que o País já alcançou", disse.
Dilma enfatizou também que o governo adotou medidas para evitar que o câmbio fosse um entrave à economia brasileira. "Fizemos com que o câmbio valorizado por tsunamis monetários deixasse de ser um entrave para a conquista de mercados externos", pontuou, acrescentando que o governo tem feito novas concessões, realizado parcerias público-privadas e dado eficiência à estrutura logística. "Vamos acabar com monopólios criados no passado", prometeu.
A presidente garantiu também que vai tornar mais eficientes os portos e aeroportos e, ao mesmo tempo, assegurar infraestrutura regional no País. Ainda nessa lista de garantias, Dilma disse que está atuando para tornar a carga tributária menor e mais racional. "Já realizamos desonerações expressivas, de bilhões de reais, como a folha de pagamentos, mas precisamos avançar ainda mais e tornar a estrutura tributária mais justa", considerou. "A sociedade brasileira sabe, pelo conteúdo das medidas que estamos anunciando, que a nossa maior preocupação é aumentar investimento público e privado."
Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/redu ... ante-dilma
Redução não afeta qualidade dos serviços, garante Dilma
Atualizado: 11/09/2012 12:33 | Por estadao.com.br
A presidente Dilma Rousseff disse na manhã desta terça-feira que o governo conseguirá reduzir o custo da energia elétrica sem comprometer a segurança do atendimento aos consumidores. Segundo ela, o Estado e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) serão cada vez mais vigilantes e fiscalizarão com rigor o cumprimento dos contratos e a qualidade dos serviços. Ela fez as afirmações durante o anúncio de medidas de redução do custo de energia elétrica no País.
"O bom atendimento é objetivo essencial do nosso governo. A partir de agora, puniremos de uma forma bastante clara aqueles que mal gerirem essas concessões", acrescentou a presidente.
Segundo ela, as medidas de redução do custo da energia demonstram a maturidade do sistema econômico e institucional do País. "A sociedade construiu e pagou por esse setor elétrico através de tarifas e chegou a hora de devolver a ela os benefícios desse pagamento, com tarifas mais baixas, mais justas, mais módicas."
Segundo a presidente, as medidas terão impacto positivo para todos os consumidores brasileiros, sem exceção. "Hoje damos mais um passo decisivo nessa direção. Faremos a maior redução de energia de que se tem notícia neste País, afirmou, lembrando que as quedas são de 16,2% para os consumidores e de um intervalo de 19% a 28% para as empresas.
"Estas reduções poderão ser ainda maiores", destacou. Isso deve acontecer em março, conforme a presidente, quando a Aneel concluir os estudos a respeito de contratos de distribuição que vencem entre 2015 e 2016 e apresentá-los. "Portanto, estes números me permitem dizer que não estou cometendo um exagero ao dizer que estamos tomando uma medida histórica."
A presidente disse ainda que os serviços e produtos no País ficarão mais baratos, porque o peso do custo da energia na composição dos preços irá diminuir. "A medida tem impacto em toda a economia e vai reduzir a inflação e estimular o crescimento", afirmou.
Dilma lembrou que os preços mais baixos irão ajudar o Brasil na disputa internacional para conquistar mais mercados para os produtos nacionais. "Estamos mudando a base competitiva do nosso País e isso nos torna mais fortes para enfrentar a crise mundial", avaliou.
A presidente ainda alfinetou os governos anteriores ao do presidente Lula. "O novo momento exige que o País faça redução de custos e a redução das tarifas decorre do modelo hidrelétrico que implementamos em 2003. Lembro quando o mercado de energia não funcionava, mas esse País mudou, hoje respeitamos os contratos. Contratos venceram, não se pode tergiversar quanto a isso."
Juros
Dilma salientou que, em um ano, o governo brasileiro reduziu a taxa básica de juros em cinco pontos porcentuais - atualmente a Selic está em 7,5% ao ano. Com esse movimento, os juros reais do País estão em torno de 2%, conforme a presidente. "Reduzimos de maneira sensata e hoje temos os juros em patamar mais civilizado que o País já alcançou", disse.
Dilma enfatizou também que o governo adotou medidas para evitar que o câmbio fosse um entrave à economia brasileira. "Fizemos com que o câmbio valorizado por tsunamis monetários deixasse de ser um entrave para a conquista de mercados externos", pontuou, acrescentando que o governo tem feito novas concessões, realizado parcerias público-privadas e dado eficiência à estrutura logística. "Vamos acabar com monopólios criados no passado", prometeu.
A presidente garantiu também que vai tornar mais eficientes os portos e aeroportos e, ao mesmo tempo, assegurar infraestrutura regional no País. Ainda nessa lista de garantias, Dilma disse que está atuando para tornar a carga tributária menor e mais racional. "Já realizamos desonerações expressivas, de bilhões de reais, como a folha de pagamentos, mas precisamos avançar ainda mais e tornar a estrutura tributária mais justa", considerou. "A sociedade brasileira sabe, pelo conteúdo das medidas que estamos anunciando, que a nossa maior preocupação é aumentar investimento público e privado."
Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/redu ... ante-dilma
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: Geopolítica Energética
Pagamentos de Itaipu cobrirão parte da redução de tarifa
Atualizado: 11/09/2012 14:02 | Por estadao.com.br
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou nesta terça-feira que os recursos que serão transferidos para o sistema elétrico para manter as destinações que os encargos setoriais possuem hoje terão origem nos valores que a usina hidrelétrica de Itaipu paga ao Tesouro.
Augustin afirmou que esse valor se refere aos custos de sua construção. "O impacto para o Tesouro é de R$ 3,3 bilhões anuais. Serão recursos colocados no sistema elétrico em razão da dedução dos encargos. Estamos mantendo as destinações, todas elas estão mantidas", afirmou.
Segundo ele, o aporte anual de R$ 3,3 bilhões é necessário para o equilíbrio do sistema energético brasileiro. "A equação desse sistema é como está na Medida Provisória: as despesas dos fluxos futuros do sistema terão aporte anual de R$ 3,3 bilhões", disse. "O valor tem contrapagamento com a dívida que Itaipu tem com o Tesouro e a Eletrobras", frisou.
O Tesouro vai comprar uma parte dessa dívida da Eletrobras. "Itaipu paga R$ 2 bilhões para nós e R$ 2 bilhões para a Eletrobras. O Tesouro vai comprar a parte da Eletrobras para chegar aos R$ 3,3 bilhões", explicou. "A conta de fluxo que fizemos é absolutamente tranquilizadora do ponto de vista da estabilidade do sistema no médio e longo prazos", continuou.
O secretário disse ainda que os recursos do Reserva Global de Reversão (RGR) serão suficientes para fazer frente às indenizações que o governo precisará fazer. "(As empresas) vão receber valores dos ativos não depreciados e vão definir novos investimentos", reforçou.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, admitiu que esse valor não cobre toda a arrecadação que esses encargos têm hoje. "Há possibilidade de uma pequena defasagem, de faltar um pouco, mas ao longo do tempo a conta vai fechando", afirmou.
Hubner citou como exemplo o programa Luz para Todos, que está próximo de ter seus objetivos concluídos, e a conta que o governo possui para financiar combustíveis para abastecer usinas termelétricas no Norte do País, que vai diminuir com a conclusão da linha de transmissão até Manaus. "Todas essas contas vão diminuir. Embora continuem a existir, elas vão diminuindo com o tempo.
Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/paga ... -de-tarifa
Atualizado: 11/09/2012 14:02 | Por estadao.com.br
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirmou nesta terça-feira que os recursos que serão transferidos para o sistema elétrico para manter as destinações que os encargos setoriais possuem hoje terão origem nos valores que a usina hidrelétrica de Itaipu paga ao Tesouro.
Augustin afirmou que esse valor se refere aos custos de sua construção. "O impacto para o Tesouro é de R$ 3,3 bilhões anuais. Serão recursos colocados no sistema elétrico em razão da dedução dos encargos. Estamos mantendo as destinações, todas elas estão mantidas", afirmou.
Segundo ele, o aporte anual de R$ 3,3 bilhões é necessário para o equilíbrio do sistema energético brasileiro. "A equação desse sistema é como está na Medida Provisória: as despesas dos fluxos futuros do sistema terão aporte anual de R$ 3,3 bilhões", disse. "O valor tem contrapagamento com a dívida que Itaipu tem com o Tesouro e a Eletrobras", frisou.
O Tesouro vai comprar uma parte dessa dívida da Eletrobras. "Itaipu paga R$ 2 bilhões para nós e R$ 2 bilhões para a Eletrobras. O Tesouro vai comprar a parte da Eletrobras para chegar aos R$ 3,3 bilhões", explicou. "A conta de fluxo que fizemos é absolutamente tranquilizadora do ponto de vista da estabilidade do sistema no médio e longo prazos", continuou.
O secretário disse ainda que os recursos do Reserva Global de Reversão (RGR) serão suficientes para fazer frente às indenizações que o governo precisará fazer. "(As empresas) vão receber valores dos ativos não depreciados e vão definir novos investimentos", reforçou.
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, admitiu que esse valor não cobre toda a arrecadação que esses encargos têm hoje. "Há possibilidade de uma pequena defasagem, de faltar um pouco, mas ao longo do tempo a conta vai fechando", afirmou.
Hubner citou como exemplo o programa Luz para Todos, que está próximo de ter seus objetivos concluídos, e a conta que o governo possui para financiar combustíveis para abastecer usinas termelétricas no Norte do País, que vai diminuir com a conclusão da linha de transmissão até Manaus. "Todas essas contas vão diminuir. Embora continuem a existir, elas vão diminuindo com o tempo.
Fonte: http://estadao.br.msn.com/economia/paga ... -de-tarifa
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Re: Geopolítica Energética
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Geopolítica Energética
Revolução de xisto muda economia mundial e a geopolítica
Alexei Pilko
7.10.2012, 13:23

O surgimento de novas tecnologias energéticas – extração de gás e petróleo de xisto é capaz de influir seriamente sobre as relações internacionais.
Grandes jogadores mundiais que até agora dependem da importação de energéticos, dentro de algum tempo poderão ser seus exportadores. Tal situação, se ela realmente acontecer (isto está muito longe, as perspectivas de exploração do xisto por enquanto não são evidentes) inevitavelmente colocarão sérias questões também perante a Rússia, que é grande fornecedor de energéticos no mercado mundial. Moscou terá de corrigir inevitavelmente sua política interna e externa.
Ainda há dez anos era impossível pressupor que os EUA se tornariam grande produtor de gás natural e ultrapassariam, em volume de sua extração, a Rússia, que ocupava até então o primeiro lugar. Agora isto é fato consumado. As explorações de gás de xisto começaram em muitos países do mundo, inclusive na Polônia, Ucrânia, Austrália, Grã-Bretanha e também na China. Segundo informações dos meios de comunicação social, o Reino Unido até 2032 irá suprir, por conta do gás de xisto, um quarto de suas necessidades desse tipo de combustível.
Surgiram também tecnologias que possibilitam obter petróleo de xisto. Por exemplo, há informações de que o Japão conta seriamente com isto. A companhia Japan Petroleum Exploration conseguiu obter combustíveis líquidos de xisto, o que, possivelmente, será a solução do problema de grave escassez de energia nesse país, que também está relacionado com a recusa, em perspectiva, da energia atômica pelo Japão.
A revolução do xisto, se ela ocorrer, terá inevitavelmente forte influência sobre as relações internacionais. Imaginemos um roteiro puramente teórico, que por enquanto não tem nada a ver com a realidade. Os EUA, os países da Europa Ocidental e a China cessam a importação de petróleo e gás, ou pelo menos reduzem-na bruscamente. Neste caso pode-se incluir no campo de vítimas as monarquias petrolíferas do Golfo Pérsico. A procura do seu principal produto cairá bruscamente e elas serão obrigadas a reduzir consideravelmente suas ambições geopolíticas.
Também cairá o interesse dos EUA pela Ásia Central. Provavelmente cessará a realização de projetos de condutas contornando a Rússia. Não serão claras as perspectivas de exploração de jazidas no mar Cáspio. Possivelmente em lugar de tentativas de assegurar o acesso a reservas de energéticos, que se encontram fora de suas fronteiras, Washington concentrará seus esforços em outras direções. Por exemplo, na recuperação de suas posições na América Latina, que nos últimos anos se abalaram visivelmente.
No que se refere à China, que também planeja começar a extração em seu território de gás e petróleo de xisto, existe grande probabilidade de que, também para ela, a região centro-asiática perderá seu encanto. Perderá sentido a ativa expansão chinesa na África e diminuirá a dependência de Pequim aos fornecimentos de petróleo do Golfo Pérsico.
À primeira vista, caso as tecnologias do xisto se justifiquem, a Rússia ficaria no campo dos que perderam. Isto, entretanto, não é bem assim. Em primeiro lugar, diferentemente das petrocracias clássicas do tipo da Arábia Saudita, ela tem uma economia mais variada. Naturalmente ela depende fortemente das receitas do petróleo e gás, entretanto sua diminuição somente servirá de grande estímulo complementar para a diversificação econômica.
Deve-se salientar que os roteiros expostos são apenas suposições, que pode se realizar e podem apenas ficar no papel. Não antes de sete-dez anos será possível compreender que influência exercerá realmente o xisto sobre as relações internacionais. E pode ser ainda mais tarde. Mas é melhor começar a pensar nisto já hoje.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_10_07/xi ... opolitica/
Alexei Pilko
7.10.2012, 13:23

O surgimento de novas tecnologias energéticas – extração de gás e petróleo de xisto é capaz de influir seriamente sobre as relações internacionais.
Grandes jogadores mundiais que até agora dependem da importação de energéticos, dentro de algum tempo poderão ser seus exportadores. Tal situação, se ela realmente acontecer (isto está muito longe, as perspectivas de exploração do xisto por enquanto não são evidentes) inevitavelmente colocarão sérias questões também perante a Rússia, que é grande fornecedor de energéticos no mercado mundial. Moscou terá de corrigir inevitavelmente sua política interna e externa.
Ainda há dez anos era impossível pressupor que os EUA se tornariam grande produtor de gás natural e ultrapassariam, em volume de sua extração, a Rússia, que ocupava até então o primeiro lugar. Agora isto é fato consumado. As explorações de gás de xisto começaram em muitos países do mundo, inclusive na Polônia, Ucrânia, Austrália, Grã-Bretanha e também na China. Segundo informações dos meios de comunicação social, o Reino Unido até 2032 irá suprir, por conta do gás de xisto, um quarto de suas necessidades desse tipo de combustível.
Surgiram também tecnologias que possibilitam obter petróleo de xisto. Por exemplo, há informações de que o Japão conta seriamente com isto. A companhia Japan Petroleum Exploration conseguiu obter combustíveis líquidos de xisto, o que, possivelmente, será a solução do problema de grave escassez de energia nesse país, que também está relacionado com a recusa, em perspectiva, da energia atômica pelo Japão.
A revolução do xisto, se ela ocorrer, terá inevitavelmente forte influência sobre as relações internacionais. Imaginemos um roteiro puramente teórico, que por enquanto não tem nada a ver com a realidade. Os EUA, os países da Europa Ocidental e a China cessam a importação de petróleo e gás, ou pelo menos reduzem-na bruscamente. Neste caso pode-se incluir no campo de vítimas as monarquias petrolíferas do Golfo Pérsico. A procura do seu principal produto cairá bruscamente e elas serão obrigadas a reduzir consideravelmente suas ambições geopolíticas.
Também cairá o interesse dos EUA pela Ásia Central. Provavelmente cessará a realização de projetos de condutas contornando a Rússia. Não serão claras as perspectivas de exploração de jazidas no mar Cáspio. Possivelmente em lugar de tentativas de assegurar o acesso a reservas de energéticos, que se encontram fora de suas fronteiras, Washington concentrará seus esforços em outras direções. Por exemplo, na recuperação de suas posições na América Latina, que nos últimos anos se abalaram visivelmente.
No que se refere à China, que também planeja começar a extração em seu território de gás e petróleo de xisto, existe grande probabilidade de que, também para ela, a região centro-asiática perderá seu encanto. Perderá sentido a ativa expansão chinesa na África e diminuirá a dependência de Pequim aos fornecimentos de petróleo do Golfo Pérsico.
À primeira vista, caso as tecnologias do xisto se justifiquem, a Rússia ficaria no campo dos que perderam. Isto, entretanto, não é bem assim. Em primeiro lugar, diferentemente das petrocracias clássicas do tipo da Arábia Saudita, ela tem uma economia mais variada. Naturalmente ela depende fortemente das receitas do petróleo e gás, entretanto sua diminuição somente servirá de grande estímulo complementar para a diversificação econômica.
Deve-se salientar que os roteiros expostos são apenas suposições, que pode se realizar e podem apenas ficar no papel. Não antes de sete-dez anos será possível compreender que influência exercerá realmente o xisto sobre as relações internacionais. E pode ser ainda mais tarde. Mas é melhor começar a pensar nisto já hoje.
http://portuguese.ruvr.ru/2012_10_07/xi ... opolitica/
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Re: Geopolítica Energética
Custo total do acidente de Fukushima pode chegar a US$ 125 bilhões
07/11/2012 - 14h50
AFP - O custo total do acidente de Fukushima, incluindo a descontaminação e as indenizações às vítimas, pode chegar a 10 trilhões de ienes (US$ 125 bilhões), segundo a empresa Tepco, administradora da central nuclear destruída por um tsunami em 11 de março do ano passado. O valor é o dobro do previsto inicialmente.
A catástrofe de Fukushima, a mais grave do setor desde Chernobyl, em 1986, provocou grandes emissões radioativas no ar, no solo e nas águas da região e forçou cerca de 100 mil pessoas a abandonarem suas casas.
A soma de 10 trilhões de ienes, que, até o momento é apenas uma hipótese, não inclui os custos de desmantelamento dos quatro reatores danificados pelo tsunami. As operações vão durar cerca de 40 anos e exigir o desenvolvimento de novas tecnologias e a formação de milhares de técnicos.
"Temos que discutir as necessidades com o governo de acordo com vários cenários", disse o presidente da Tepco, Kazuhiko Shimokobe, referindo-se ao risco de os 5 trilhões de ienes previstos inicialmente pelo grupo não serem suficientes.
"Até o momento não sabemos qual será o custo total, porque estamos revisando os números de descontaminação e as compensações a cada trimestre", disse Shimokobe. "Mas se superar os 5 bilhões [de ienes], a empresa terá dificuldades", advertiu.
AJUDA DO ESTADO
A companhia informou que serão necessários mais fundos do Estado para retirar o combustível fundido e realizar outras intervenções vinculadas ao desmantelamento da instalação nuclear e se comprometeu, como prova de boa vontade, a economizar mais de 3,3 trilhões de ienes (cerca de US$ 42 bilhões) em dez anos.
É provável que o grupo ainda revise várias vezes a previsão já que, até o momento, nada foi decidido sobre os dois reatores que não foram danificados na catástrofe, em Fukushima Daiichi, e os outros quatro da segunda central, Fukushima Daini.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1181 ... hoes.shtml
07/11/2012 - 14h50
AFP - O custo total do acidente de Fukushima, incluindo a descontaminação e as indenizações às vítimas, pode chegar a 10 trilhões de ienes (US$ 125 bilhões), segundo a empresa Tepco, administradora da central nuclear destruída por um tsunami em 11 de março do ano passado. O valor é o dobro do previsto inicialmente.
A catástrofe de Fukushima, a mais grave do setor desde Chernobyl, em 1986, provocou grandes emissões radioativas no ar, no solo e nas águas da região e forçou cerca de 100 mil pessoas a abandonarem suas casas.
A soma de 10 trilhões de ienes, que, até o momento é apenas uma hipótese, não inclui os custos de desmantelamento dos quatro reatores danificados pelo tsunami. As operações vão durar cerca de 40 anos e exigir o desenvolvimento de novas tecnologias e a formação de milhares de técnicos.
"Temos que discutir as necessidades com o governo de acordo com vários cenários", disse o presidente da Tepco, Kazuhiko Shimokobe, referindo-se ao risco de os 5 trilhões de ienes previstos inicialmente pelo grupo não serem suficientes.
"Até o momento não sabemos qual será o custo total, porque estamos revisando os números de descontaminação e as compensações a cada trimestre", disse Shimokobe. "Mas se superar os 5 bilhões [de ienes], a empresa terá dificuldades", advertiu.
AJUDA DO ESTADO
A companhia informou que serão necessários mais fundos do Estado para retirar o combustível fundido e realizar outras intervenções vinculadas ao desmantelamento da instalação nuclear e se comprometeu, como prova de boa vontade, a economizar mais de 3,3 trilhões de ienes (cerca de US$ 42 bilhões) em dez anos.
É provável que o grupo ainda revise várias vezes a previsão já que, até o momento, nada foi decidido sobre os dois reatores que não foram danificados na catástrofe, em Fukushima Daiichi, e os outros quatro da segunda central, Fukushima Daini.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1181 ... hoes.shtml
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Re: Geopolítica Energética
Não sou tão otimista sobre o impacto do xisto na matriz energética mundial. Os países ricos em xisto com necessidades energéticas tendem a usá-lo para reduzir a dependência de petróleo importando. A questão é mais achar uma tecnologia de extração com menor impacto ambiental e mais eficiente.
Outros como a Rússia não precisam se preocupar por serem ricos em petróleo. Os países do oriente médio e outros produtores possuem custos menores de extração. Vão continuar sendo competitivos por muito tempo e contrabalança o risco.
O Brasil possui petróleo próximo a costa então é interessante continuar usando e explorando. O custo tende a ser compensador para suprir o consumo interno. O que no fim o Pré-sal irá servir em suprir as necessidades internas de petróleo e derivados, gás natural e energia. a exportação tende a ser baixa com pouco impacto no total produzido e economia.
Virar uma nova Arabia Saudita só em na propaganda.
Outros como a Rússia não precisam se preocupar por serem ricos em petróleo. Os países do oriente médio e outros produtores possuem custos menores de extração. Vão continuar sendo competitivos por muito tempo e contrabalança o risco.
O Brasil possui petróleo próximo a costa então é interessante continuar usando e explorando. O custo tende a ser compensador para suprir o consumo interno. O que no fim o Pré-sal irá servir em suprir as necessidades internas de petróleo e derivados, gás natural e energia. a exportação tende a ser baixa com pouco impacto no total produzido e economia.
Virar uma nova Arabia Saudita só em na propaganda.

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Re: Geopolítica Energética
se der pro consumo interno já ta ótimo.
Espero que as refinarias fiquem prontas logo, pq a Petro ja ta importando quase 1/4 da gasolina consumida no país.
E que os carros a diesel voltem em 2014.
Espero que as refinarias fiquem prontas logo, pq a Petro ja ta importando quase 1/4 da gasolina consumida no país.
E que os carros a diesel voltem em 2014.
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Re: Geopolítica Energética
Verdadeiros mestres da gestão da água, uma vez viveu no deserto do que hoje é a Jordânia. Levou os nabateus apenas algumas décadas para esculpir a cidade de Petra de rochas de arenito. Além de elaborar agora mundialmente famoso túmulo fachadas decorativas, eles construíram um sofisticado sistema de tubulações de água e cisternas, o que tornou possível para a cidade de existir no deserto seco em primeiro lugar - mais de 2.000 anos atrás.
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Caminhões hoje retumbam pelo rio Jordão para abastecer a população com água potável. A água chapinha frente e para trás em seus tanques é muitas vezes milhares de anos, a partir de reservatórios de água subterrânea bombeada fósseis que encheram-se quando a região não era tão seco. Milhões de metros cúbicos de água já estão sendo bombeada de tais aqüíferos todos os dias no Oriente Médio e Norte da África. O projeto de engenharia hidráulica próxima está em andamento na Jordânia, a um custo de US $ 1,1 bilhões (€ 850 milhões). A partir da primavera de 2013, cerca de 100 milhões de metros cúbicos por ano, será bombeado para fora do aqüífero Disi no sul do país, além dos 60 milhões de metros cúbicos por ano já estão sendo retiradas do aquífero hoje. A água será bombeada através de gasodutos para a capital Amã, cerca de 325 quilômetros (203 milhas).
Mas especialistas alertam radiação de um perigo invisível. Os testes revelaram que a água contém níveis elevados de radioactividade natural, com amostras que apresentam níveis de radiação bem acima da Organização Mundial da Saúde (OMS) de radiação. O risco para a saúde não afeta apenas a Jordânia, mas praticamente todos os países do Oriente Médio e Norte da África.
Radioatividade até 30 vezes maior do que os padrões de segurança
Um estudo sobre o problema explosivo foi publicado em fevereiro de 2009, mas só atraiu a atenção do mundo profissional até agora. A equipe que trabalha com geoquímico Avner Vengosh da Universidade de Duke, em Durham, Carolina do Norte, tinha testado níveis de radioatividade em 37 amostras do aqüífero Disi. Segundo os resultados, publicados na revista Environmental Science & Technology , a água do aquífero, que é cerca de 30.000 anos de idade, é de até 30 vezes mais radioativo como a OMS considera seguros.
A radioatividade é causada por urânio natural e tório que pode ocorrer em rochas sedimentares. Seus produtos de decaimento incluem rádio, o que pode causar cancro do osso, se ele entra no corpo humano. Dois isótopos, o rádio-226 e rádio-228, com meia-vida de 1.600 anos e menos de seis anos, respectivamente, são especialmente perigosas.
Usando dados Vengosh, o Escritório Federal de Proteção Radiológica (BFS) já calculou a magnitude do risco para a saúde. De acordo com suas estimativas, uma pessoa que bebe dois litros de água por dia a partir do aqüífero Disi está exposta a níveis de radiação de entre 0,99 e 1,53 millisieverts por ano, ou 10 a 15 vezes, tanto quanto a OMS considera seguros. De acordo com os BfS, se assumirmos que a população recebe uma dose média anual de um milisievert e tem uma expectativa de vida média de 70 anos, a água potável radioativo vai aumentar o número normal de mortes por quatro pessoas por mil. Quando esta estimativa é extrapolado para os cerca de dois milhões de habitantes de Amã, que estão a ser abastecida com água potável do aqüífero Disi no futuro, se trata de cerca de 8.000 mortes adicionais. O cálculo só se aplica à absorção de rádio, que ocorre quando as pessoas beber a água, sem levar em conta outros aspectos em que a radiação pode entrar no corpo, tais como quando a água é usada para a rega de campos de radiação e torna-se concentrado em produtos hortícolas.
Condições geológicas similares em toda a região
Jordan é apenas uma pequena parte do problema. As mesmas condições geológicas que tornam a água do aqüífero Disi radioativo prevalecer em grande parte do Oriente Médio e Norte da África. "O problema provavelmente se aplica a todos os aquíferos de arenito da região", diz Vengosh, o que significa que afeta centenas de milhões de pessoas.
Apenas 10 por cento do aqüífero Disi atravessa o território jordaniano. O resto é na Arábia Saudita, onde ele é chamado o aqüífero Saq. BRGM, o serviço geológico nacional francesa, recolheu amostras de 64 locais no aquífero. De acordo com o relatório 144 páginas publicado em 2008, os níveis de radioatividade eram geralmente bem acima das orientações da OMS. "O problema da contaminação radioactiva das águas subterrâneas é complexo e provavelmente generalizada", os geólogos franceses concluem. "Deve ser estudado o mais rapidamente possível, por causa das suas consequências potencialmente importantes." Em sua pesquisa, o BRGM encontrou um estranho fenômeno: A contaminação com radionuclídeos parece ser especialmente alto em locais onde o nível da água nos aquíferos está em declínio a mais acentuada. Embora as razões não são claras, dizem os cientistas franceses, a água ameaça tornar-se "impróprio para o consumo humano e uso agrícola."
Aqüíferos subterrâneos vital para a região
Esta é uma conclusão preocupante, uma vez que as águas subterrâneas fóssil é agora essencial para a sobrevivência da agricultura na região. De acordo com o BRGM, a quantidade de água que está sendo bombeada do aqüífero Saq aumentou mais de quatro vezes 1985-2005, de cerca de dois bilhões para mais de 8,7 bilhões de metros cúbicos por ano. A Arábia Saudita já obtém cerca de metade da sua água de aqüíferos.
Israel também bombas de água de reservatórios fósseis para irrigar os seus campos no deserto de Negev, eo Egito tem bombeado água subterrânea fóssil em oásis desde 1980. Mas a Líbia opera a maior operação do mundo de bombeamento, o "Rio Grande Man-Made". Todos os dias, cerca de 1,6 milhões de metros cúbicos de água são bombeados a partir do Sistema Nubian Sandstone Aquifer, a uma taxa de mais de 18.500 litros por segundo. Quando ele for concluído, o sistema massivo de poços, tubulações e reservatórios é esperado para realizar 6,5 milhões de metros cúbicos de água por dia a partir do deserto para as cidades costeiras da Líbia. É água que eles precisam urgentemente. Seus próprios aqüíferos são agora tão fortemente empobrecido que eles estão se tornando salobra como resultado de infiltração de água do mar, um problema que também aflige outras cidades costeiras da região.
Arábia Saudita, pelo menos, é o tratamento de águas subterrâneas fósseis e remoção de partículas radioativas, diz Christoph Schüth da Universidade Técnica de Darmstadt, no oeste da Alemanha. Mas em outros lugares, especialmente nas áreas rurais do Norte de África, a situação é "problemática". A qualidade das águas subterrâneas do sistema de Arenito Núbio, diz Schüth, foi presumivelmente "estudou só muito incompleta", e Líbia carece de tratamento de água tecnologias. "Em princípio", dizem Schüth e seus colegas, "isso afeta aqüíferos de arenito muitos." Eles publicaram os resultados de suas pesquisas em 2011, no Jornal Internacional de Recursos Hídricos e ambientes áridos .
Especialistas Veja Jordan Plano 's como Wishful Thinking
O Ministério jordaniano de Água e Irrigação (MWI) não vê a radiação como um problema, alegando que seus testes produziram resultados muito mais baixas do que as dos especialistas norte-americanos. Os engenheiros também pretendem MWI para diluir a água com água de fontes sem radioatividade, a qual dizem que reduzir a exposição à radiação anual para 0,4 millisieverts.
Mas, mesmo que a dose, o que seria ainda quatro vezes maior do que o padrão da OMS, vai ser muito difícil de conseguir. De acordo com um documento interno produzido pelo Instituto Federal Alemão de Geociências e Recursos Naturais (BGR), os jordanianos medidos níveis de radioatividade em uma parte do aqüífero Disi onde a atividade rádio é especialmente baixa. A maior parte da água, contudo, é para ser obtida a partir de uma parte do aquífero, onde os níveis de radiação são muito mais elevados. De acordo com o BGR, levaria a adição de pelo menos um bilhão de metros cúbicos de água não contaminada por ano, para reduzir a exposição a níveis abaixo do padrão da OMS. Não está claro onde esta água muito viria, e da MWI não respondeu quando perguntado sobre o assunto. O ministério também está disposto a dizer se a Jordânia planeja tratar a água da maneira Arábia Saudita faz. As autoridades dizem que eles não podem fornecer qualquer informação específica, no momento, porque eles devem primeiro realizar uma análise mais e recolher mais dados.
Primeiros sinais de dano genético
Isso é surpreendente, dada a jordanianos "obrigações contratuais. Um dos maiores financiadores do projeto Disi é o Banco Europeu de Investimento (BEI), que aprovou empréstimos totalizando US $ 225 milhões em maio de 2009. Em seus contratos com o BEI, Amã se comprometeu a começar a testar a água de todos os poços durante a fase de construção, e de apresentar relatórios periódicos. Se Jordan não cumpriu essa obrigação ", o BEI poderia revogar o empréstimo em uma situação extrema", adverte a porta-voz do banco.
No início de novembro, o BEI ainda estava à espera do relatório completo, que os jordanianos deveriam apresentar, no final de setembro. Eles já desde o banco com leituras para cerca de metade dos poços, o que, de acordo com o BEI, mostram que a dose média anual de radioatividade "ainda está acima do limite permitido."
Já há sinais iniciais das consequências para a saúde possíveis. Em 2010, King Saud University analisou 10 homens que mudam de filtros em poços subterrâneos. Seu sangue foi encontrado para conter 11 vezes mais danos cromossômicos muito do que o de controles, ele disse em um artigo na revista Radiation Protection Dosimetry . Essas mudanças no material genético pode levar ao câncer e doenças nos filhos.
Ainda assim, o uso da água fóssil pode acabar sendo o menor de dois males. Embora uma parte da água contém níveis elevados de radiação, que é outra forma considerada muito limpa e livre de bactérias. "O que aconteceria se as pessoas consumiam água de menor qualidade biológica em vez disso?" pede Clemens Walther do Instituto de Radioecologia e protecção contra radiações na Universidade de Hanover, no norte da Alemanha. De acordo com Walther, isso levaria a mais mortes do que as resultantes da radiação, em parte, a partir de números elevados de doença diarréica perigosa em crianças.
http://www.spiegel.de/international/wor ... 65290.html
crise nos aquilíferos era só o que precisava...
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Caminhões hoje retumbam pelo rio Jordão para abastecer a população com água potável. A água chapinha frente e para trás em seus tanques é muitas vezes milhares de anos, a partir de reservatórios de água subterrânea bombeada fósseis que encheram-se quando a região não era tão seco. Milhões de metros cúbicos de água já estão sendo bombeada de tais aqüíferos todos os dias no Oriente Médio e Norte da África. O projeto de engenharia hidráulica próxima está em andamento na Jordânia, a um custo de US $ 1,1 bilhões (€ 850 milhões). A partir da primavera de 2013, cerca de 100 milhões de metros cúbicos por ano, será bombeado para fora do aqüífero Disi no sul do país, além dos 60 milhões de metros cúbicos por ano já estão sendo retiradas do aquífero hoje. A água será bombeada através de gasodutos para a capital Amã, cerca de 325 quilômetros (203 milhas).
Mas especialistas alertam radiação de um perigo invisível. Os testes revelaram que a água contém níveis elevados de radioactividade natural, com amostras que apresentam níveis de radiação bem acima da Organização Mundial da Saúde (OMS) de radiação. O risco para a saúde não afeta apenas a Jordânia, mas praticamente todos os países do Oriente Médio e Norte da África.
Radioatividade até 30 vezes maior do que os padrões de segurança
Um estudo sobre o problema explosivo foi publicado em fevereiro de 2009, mas só atraiu a atenção do mundo profissional até agora. A equipe que trabalha com geoquímico Avner Vengosh da Universidade de Duke, em Durham, Carolina do Norte, tinha testado níveis de radioatividade em 37 amostras do aqüífero Disi. Segundo os resultados, publicados na revista Environmental Science & Technology , a água do aquífero, que é cerca de 30.000 anos de idade, é de até 30 vezes mais radioativo como a OMS considera seguros.
A radioatividade é causada por urânio natural e tório que pode ocorrer em rochas sedimentares. Seus produtos de decaimento incluem rádio, o que pode causar cancro do osso, se ele entra no corpo humano. Dois isótopos, o rádio-226 e rádio-228, com meia-vida de 1.600 anos e menos de seis anos, respectivamente, são especialmente perigosas.
Usando dados Vengosh, o Escritório Federal de Proteção Radiológica (BFS) já calculou a magnitude do risco para a saúde. De acordo com suas estimativas, uma pessoa que bebe dois litros de água por dia a partir do aqüífero Disi está exposta a níveis de radiação de entre 0,99 e 1,53 millisieverts por ano, ou 10 a 15 vezes, tanto quanto a OMS considera seguros. De acordo com os BfS, se assumirmos que a população recebe uma dose média anual de um milisievert e tem uma expectativa de vida média de 70 anos, a água potável radioativo vai aumentar o número normal de mortes por quatro pessoas por mil. Quando esta estimativa é extrapolado para os cerca de dois milhões de habitantes de Amã, que estão a ser abastecida com água potável do aqüífero Disi no futuro, se trata de cerca de 8.000 mortes adicionais. O cálculo só se aplica à absorção de rádio, que ocorre quando as pessoas beber a água, sem levar em conta outros aspectos em que a radiação pode entrar no corpo, tais como quando a água é usada para a rega de campos de radiação e torna-se concentrado em produtos hortícolas.
Condições geológicas similares em toda a região
Jordan é apenas uma pequena parte do problema. As mesmas condições geológicas que tornam a água do aqüífero Disi radioativo prevalecer em grande parte do Oriente Médio e Norte da África. "O problema provavelmente se aplica a todos os aquíferos de arenito da região", diz Vengosh, o que significa que afeta centenas de milhões de pessoas.
Apenas 10 por cento do aqüífero Disi atravessa o território jordaniano. O resto é na Arábia Saudita, onde ele é chamado o aqüífero Saq. BRGM, o serviço geológico nacional francesa, recolheu amostras de 64 locais no aquífero. De acordo com o relatório 144 páginas publicado em 2008, os níveis de radioatividade eram geralmente bem acima das orientações da OMS. "O problema da contaminação radioactiva das águas subterrâneas é complexo e provavelmente generalizada", os geólogos franceses concluem. "Deve ser estudado o mais rapidamente possível, por causa das suas consequências potencialmente importantes." Em sua pesquisa, o BRGM encontrou um estranho fenômeno: A contaminação com radionuclídeos parece ser especialmente alto em locais onde o nível da água nos aquíferos está em declínio a mais acentuada. Embora as razões não são claras, dizem os cientistas franceses, a água ameaça tornar-se "impróprio para o consumo humano e uso agrícola."
Aqüíferos subterrâneos vital para a região
Esta é uma conclusão preocupante, uma vez que as águas subterrâneas fóssil é agora essencial para a sobrevivência da agricultura na região. De acordo com o BRGM, a quantidade de água que está sendo bombeada do aqüífero Saq aumentou mais de quatro vezes 1985-2005, de cerca de dois bilhões para mais de 8,7 bilhões de metros cúbicos por ano. A Arábia Saudita já obtém cerca de metade da sua água de aqüíferos.
Israel também bombas de água de reservatórios fósseis para irrigar os seus campos no deserto de Negev, eo Egito tem bombeado água subterrânea fóssil em oásis desde 1980. Mas a Líbia opera a maior operação do mundo de bombeamento, o "Rio Grande Man-Made". Todos os dias, cerca de 1,6 milhões de metros cúbicos de água são bombeados a partir do Sistema Nubian Sandstone Aquifer, a uma taxa de mais de 18.500 litros por segundo. Quando ele for concluído, o sistema massivo de poços, tubulações e reservatórios é esperado para realizar 6,5 milhões de metros cúbicos de água por dia a partir do deserto para as cidades costeiras da Líbia. É água que eles precisam urgentemente. Seus próprios aqüíferos são agora tão fortemente empobrecido que eles estão se tornando salobra como resultado de infiltração de água do mar, um problema que também aflige outras cidades costeiras da região.
Arábia Saudita, pelo menos, é o tratamento de águas subterrâneas fósseis e remoção de partículas radioativas, diz Christoph Schüth da Universidade Técnica de Darmstadt, no oeste da Alemanha. Mas em outros lugares, especialmente nas áreas rurais do Norte de África, a situação é "problemática". A qualidade das águas subterrâneas do sistema de Arenito Núbio, diz Schüth, foi presumivelmente "estudou só muito incompleta", e Líbia carece de tratamento de água tecnologias. "Em princípio", dizem Schüth e seus colegas, "isso afeta aqüíferos de arenito muitos." Eles publicaram os resultados de suas pesquisas em 2011, no Jornal Internacional de Recursos Hídricos e ambientes áridos .
Especialistas Veja Jordan Plano 's como Wishful Thinking
O Ministério jordaniano de Água e Irrigação (MWI) não vê a radiação como um problema, alegando que seus testes produziram resultados muito mais baixas do que as dos especialistas norte-americanos. Os engenheiros também pretendem MWI para diluir a água com água de fontes sem radioatividade, a qual dizem que reduzir a exposição à radiação anual para 0,4 millisieverts.
Mas, mesmo que a dose, o que seria ainda quatro vezes maior do que o padrão da OMS, vai ser muito difícil de conseguir. De acordo com um documento interno produzido pelo Instituto Federal Alemão de Geociências e Recursos Naturais (BGR), os jordanianos medidos níveis de radioatividade em uma parte do aqüífero Disi onde a atividade rádio é especialmente baixa. A maior parte da água, contudo, é para ser obtida a partir de uma parte do aquífero, onde os níveis de radiação são muito mais elevados. De acordo com o BGR, levaria a adição de pelo menos um bilhão de metros cúbicos de água não contaminada por ano, para reduzir a exposição a níveis abaixo do padrão da OMS. Não está claro onde esta água muito viria, e da MWI não respondeu quando perguntado sobre o assunto. O ministério também está disposto a dizer se a Jordânia planeja tratar a água da maneira Arábia Saudita faz. As autoridades dizem que eles não podem fornecer qualquer informação específica, no momento, porque eles devem primeiro realizar uma análise mais e recolher mais dados.
Primeiros sinais de dano genético
Isso é surpreendente, dada a jordanianos "obrigações contratuais. Um dos maiores financiadores do projeto Disi é o Banco Europeu de Investimento (BEI), que aprovou empréstimos totalizando US $ 225 milhões em maio de 2009. Em seus contratos com o BEI, Amã se comprometeu a começar a testar a água de todos os poços durante a fase de construção, e de apresentar relatórios periódicos. Se Jordan não cumpriu essa obrigação ", o BEI poderia revogar o empréstimo em uma situação extrema", adverte a porta-voz do banco.
No início de novembro, o BEI ainda estava à espera do relatório completo, que os jordanianos deveriam apresentar, no final de setembro. Eles já desde o banco com leituras para cerca de metade dos poços, o que, de acordo com o BEI, mostram que a dose média anual de radioatividade "ainda está acima do limite permitido."
Já há sinais iniciais das consequências para a saúde possíveis. Em 2010, King Saud University analisou 10 homens que mudam de filtros em poços subterrâneos. Seu sangue foi encontrado para conter 11 vezes mais danos cromossômicos muito do que o de controles, ele disse em um artigo na revista Radiation Protection Dosimetry . Essas mudanças no material genético pode levar ao câncer e doenças nos filhos.
Ainda assim, o uso da água fóssil pode acabar sendo o menor de dois males. Embora uma parte da água contém níveis elevados de radiação, que é outra forma considerada muito limpa e livre de bactérias. "O que aconteceria se as pessoas consumiam água de menor qualidade biológica em vez disso?" pede Clemens Walther do Instituto de Radioecologia e protecção contra radiações na Universidade de Hanover, no norte da Alemanha. De acordo com Walther, isso levaria a mais mortes do que as resultantes da radiação, em parte, a partir de números elevados de doença diarréica perigosa em crianças.
http://www.spiegel.de/international/wor ... 65290.html
crise nos aquilíferos era só o que precisava...
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- rodrigo
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Re: Geopolítica Energética
The perils of Petrobras
How Graça Foster plans to get Brazil’s oil giant back on track
BRAZIL’S discovery of oodles of offshore oil in 2007 felt like a transformative moment. For Petrobras, the state-controlled oil company, it raised the prospect of pumping 5m barrels a day by 2020, up from around 2m—meaning a windfall for the government and juicy returns for minority investors. Under Graça Foster (pictured), Petrobras’s boss since February, the find may yet prove a boon to both. But they and she face a white-knuckle ride first.
Recent history is less than encouraging. Investors who bought in during Petrobras’s share issue in 2010 have lost more than a quarter of their money at current prices. In August the firm posted its first quarterly loss in 13 years; the most recent quarterly results were limp. Meanwhile Colombia’s Ecopetrol has knocked the company into second place in South America by market capitalisation.
What went wrong? Back in 2007 Petrobras’s main worry seemed to be finding a way to pump the new oil, known as pré-sal (“beneath the salt”), which is buried under rock and salt in ultra-deep waters. But its engineers quickly cracked that problem: Petrobras produced 71,000 barrels a day of pré-sal last year. The world’s biggest corporate-investment programme is taking the oil from the sea bed to market. Instead of know-how, the glitches have included poor management and ballooning costs.
The main difficulty, however, has been political meddling. Since 2006, the government has capped petrol prices to combat inflation. To meet rising demand, Petrobras has been obliged to top up what it produces with imports, which it must then sell at a loss. Legal requirements to hire and buy parts locally—to support Brazilian jobs and industry—have played havoc with budgets and schedules.
The problem is a decade old. By Latin American standards, Petrobras is a model state oil company; nevertheless Brazil’s government has used it as an all-purpose policy tool. As well as keeping prices low, and helping the broader economy, it has been told to build refineries in the poor north-east to promote regional development. Rising resource nationalism meant that a previously liberal licensing regime was tweaked to make the firm the only principal operator allowed in pré-sal fields. That left other outfits frustrated and Petrobras overstretched. Ms Foster will need sharp elbows if she is to turn around Brazil’s biggest company—which (with its suppliers) contributes around 10% of GDP, and on which the country’s industrial development largely depends.
Ms Foster is a career engineer who worked her way up through Petrobras; a famously demanding manager; and a big change from her predecessor, Sergio Gabrielli, who was a smooth-talking politician first and an oilman second. She is diplomatic about her predecessor, but has replaced some of his acolytes and is reviewing many of the deals signed during his tenure. Her five-year corporate plan, launched in June, cut his production target for 2020 by 11%. In future, she promised, the firm would be “more realistic”.
She describes her approach as “a very intense management adjustment.” That has four parts, she explains: asset sales abroad, individual performance targets for each platform and manager, better maintenance and rigid cost control. Simply introducing scheduled maintenance shutdowns, she says, took “re-education—a new mental model, obvious as it may seem.” By the end of the year, every Petrobras employee will receive a signed letter from her setting out the cost-cutting goals.
Investors may wonder why such measures are only now being introduced—and whether, given the political interference, they will be enough. Ana Ares of Fitch, a ratings company, says the crucial test will be whether Ms Foster can negotiate a petrol-price rise. Having to sell imported fuel at a loss puts the firm in the odd position of doing better with lower international oil prices. Another sign will be whether she persuades the government to relax the rigid local-content rules. “The market likes the way Graça talks,” says Adriano Pires, an energy consultant. “But realistic goals and good management get you nowhere if your majority shareholder won’t let you do what you need to do.”
Such meddling can be worryingly myopic. For instance, the anti-inflation drive means that, at the pump, petrol undercuts ethanol, which is not regulated by price (most Brazilian cars can run on any mix of the two). As well as costing Petrobras billions in extra petrol imports, the price differential encouraged Brazilians to stop buying ethanol. That drove domestic investors towards other businesses—which in turn meant Brazil was ill-prepared to capitalise when the United States scrapped tariffs on foreign ethanol at the start of the year. A shift from petrol back to ethanol would be the simplest way to put an end to pricey foreign oil imports, says Ms Foster, and “extremely welcome to Petrobras.”
Ms Foster says the board—which is dominated by government-appointed directors—now understands that the firm needs to concentrate on pumping oil if it is to generate the revenues to invest in job-creating refineries and terminals. She rejects the idea that Petrobras is run for Brazil’s good, rather than its own. “Petrobras does not see developing the country as its core business,” she says. “Not every project that would be great for the country will be undertaken, because not all are economically justified.” It is in Brazil’s long-term interests, as well as Petrobras’s shareholders’, that she makes that line stick.
http://www.economist.com/news/americas/ ... -petrobras
How Graça Foster plans to get Brazil’s oil giant back on track
BRAZIL’S discovery of oodles of offshore oil in 2007 felt like a transformative moment. For Petrobras, the state-controlled oil company, it raised the prospect of pumping 5m barrels a day by 2020, up from around 2m—meaning a windfall for the government and juicy returns for minority investors. Under Graça Foster (pictured), Petrobras’s boss since February, the find may yet prove a boon to both. But they and she face a white-knuckle ride first.
Recent history is less than encouraging. Investors who bought in during Petrobras’s share issue in 2010 have lost more than a quarter of their money at current prices. In August the firm posted its first quarterly loss in 13 years; the most recent quarterly results were limp. Meanwhile Colombia’s Ecopetrol has knocked the company into second place in South America by market capitalisation.
What went wrong? Back in 2007 Petrobras’s main worry seemed to be finding a way to pump the new oil, known as pré-sal (“beneath the salt”), which is buried under rock and salt in ultra-deep waters. But its engineers quickly cracked that problem: Petrobras produced 71,000 barrels a day of pré-sal last year. The world’s biggest corporate-investment programme is taking the oil from the sea bed to market. Instead of know-how, the glitches have included poor management and ballooning costs.
The main difficulty, however, has been political meddling. Since 2006, the government has capped petrol prices to combat inflation. To meet rising demand, Petrobras has been obliged to top up what it produces with imports, which it must then sell at a loss. Legal requirements to hire and buy parts locally—to support Brazilian jobs and industry—have played havoc with budgets and schedules.
The problem is a decade old. By Latin American standards, Petrobras is a model state oil company; nevertheless Brazil’s government has used it as an all-purpose policy tool. As well as keeping prices low, and helping the broader economy, it has been told to build refineries in the poor north-east to promote regional development. Rising resource nationalism meant that a previously liberal licensing regime was tweaked to make the firm the only principal operator allowed in pré-sal fields. That left other outfits frustrated and Petrobras overstretched. Ms Foster will need sharp elbows if she is to turn around Brazil’s biggest company—which (with its suppliers) contributes around 10% of GDP, and on which the country’s industrial development largely depends.
Ms Foster is a career engineer who worked her way up through Petrobras; a famously demanding manager; and a big change from her predecessor, Sergio Gabrielli, who was a smooth-talking politician first and an oilman second. She is diplomatic about her predecessor, but has replaced some of his acolytes and is reviewing many of the deals signed during his tenure. Her five-year corporate plan, launched in June, cut his production target for 2020 by 11%. In future, she promised, the firm would be “more realistic”.
She describes her approach as “a very intense management adjustment.” That has four parts, she explains: asset sales abroad, individual performance targets for each platform and manager, better maintenance and rigid cost control. Simply introducing scheduled maintenance shutdowns, she says, took “re-education—a new mental model, obvious as it may seem.” By the end of the year, every Petrobras employee will receive a signed letter from her setting out the cost-cutting goals.
Investors may wonder why such measures are only now being introduced—and whether, given the political interference, they will be enough. Ana Ares of Fitch, a ratings company, says the crucial test will be whether Ms Foster can negotiate a petrol-price rise. Having to sell imported fuel at a loss puts the firm in the odd position of doing better with lower international oil prices. Another sign will be whether she persuades the government to relax the rigid local-content rules. “The market likes the way Graça talks,” says Adriano Pires, an energy consultant. “But realistic goals and good management get you nowhere if your majority shareholder won’t let you do what you need to do.”
Such meddling can be worryingly myopic. For instance, the anti-inflation drive means that, at the pump, petrol undercuts ethanol, which is not regulated by price (most Brazilian cars can run on any mix of the two). As well as costing Petrobras billions in extra petrol imports, the price differential encouraged Brazilians to stop buying ethanol. That drove domestic investors towards other businesses—which in turn meant Brazil was ill-prepared to capitalise when the United States scrapped tariffs on foreign ethanol at the start of the year. A shift from petrol back to ethanol would be the simplest way to put an end to pricey foreign oil imports, says Ms Foster, and “extremely welcome to Petrobras.”
Ms Foster says the board—which is dominated by government-appointed directors—now understands that the firm needs to concentrate on pumping oil if it is to generate the revenues to invest in job-creating refineries and terminals. She rejects the idea that Petrobras is run for Brazil’s good, rather than its own. “Petrobras does not see developing the country as its core business,” she says. “Not every project that would be great for the country will be undertaken, because not all are economically justified.” It is in Brazil’s long-term interests, as well as Petrobras’s shareholders’, that she makes that line stick.
http://www.economist.com/news/americas/ ... -petrobras
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
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Re: Geopolítica Energética
'Falar em preservação era poesia'
Arnaldo Carlos Müller, engenheiro florestal que chefiou ações de meio ambiente na parte brasileira de Itaipu, fala das obras e suas consequências
O engenheiro florestal Arnaldo Carlos Müller tinha pouco mais de quatro anos de formado quando recebeu, em 1975, o convite para chefiar as ações de meio ambiente na parte brasileira de Itaipu. Em um mês e com equipe reduzida, elaborou um plano básico para compensar os impactos do enchimento do reservatório e nos 15 anos seguintes teve de lidar com a instabilidade política e econômica da empresa para pôr em prática os projetos de atenuação dos impactos - a questão ambiental, considerada supérflua na visão progressista do governo militar da época, foi uma das menos privilegiadas no período de construção da usina.
Que espaço havia para a questão ambiental nos primeiros anos de Itaipu?
Eu trabalhava com meio ambiente no governo em Brasília, em 1975, quando fui chamado para ser assistente de diretoria em Itaipu. Tinha menos de cinco anos de formado e, em alguns aspectos, era um trabalho para inglês ver, como se diz, em função da pressão externa provocada pela Conferência de Estocolmo (1972) e a participação dos financiadores internacionais. Naquele tempo nem se falava em meio ambiente no Brasil, não havia preocupação. Falar em proteger o verde era uma espécie de poesia para os militares. Nosso presidente da época (general Ernesto Geisel) não era simpático à questão, então a preocupação maior era com o reservatório em si e com o processo de desapropriação.
Como foi elaborado o planejamento contra os impactos das obras?
No primeiro mês de trabalho vimos a necessidade de se fazer um plano básico de conservação para o reservatório, com estudos e inventários da área de inundação. Foi elaborado em cerca de um mês por mim e outros três colegas e serviu para dar um norte aos trabalhos, sendo usado em toda a fase de preparação pela diretoria.
Há 30 anos, quais eram as exigências em relação a grandes hidrelétricas?
Não havia nenhuma exigência legal de contrapartida na área de meio ambiente. A única lei que havia naquela época era o Código Florestal, vigente desde1965, que exigia uma área de proteção permanente (APP) de 100 metros em volta do reservatório. Havia uma oposição muito forte do setor elétrico no caso de Itaipu, pois muitos achavam que não havia necessidade de replantar aquela área toda, mas o diretor jurídico da época, Paulo José Nogueira da Cunha, comprou a briga para fazer valer a lei.
Como foram tomadas as decisões mais drásticas e polêmicas, como a inundação de Sete Quedas?
Itaipu tinha quatro projetos prévios de viabilidade: econômico, ambiental, hidrológico e geológico. O de meio ambiente foi feito por Robert Goodland (conselheiro ambiental do Banco Mundial por 23 anos) e concluiu que Sete Quedas não tinha grande relevância turística. A prova apresentada é de que havia apenas dois hotéis pequenos em Guaíra, com dez leitos cada um. Quando entrei, as decisões principais já tinham sido tomadas.
Qual impacto sobre o ecossistema foi o mais difícil de ser evitado?
Naturalmente aflora a questão de Sete Quedas. Sobre esse impacto, porém, havia muito pouco a fazer. Fizemos coletas de plantas da área rupestre das rochas de Sete Quedas, mas foi mais para registro. O salvamento foi tentado, mas com resultados pífios. Ao se formar o reservatório, descobriu-se que nas fendas das rochas havia centenas de morcegos muito pequenos, que escaparam da inundação e invadiram as casas de Guaíra, causando um pânico que durou três dias entre os moradores. Esse foi um impacto que não havíamos previsto.
Como foi realizado o trabalho na área que seria usada como reservatório?
Nossa equipe tinha cinco ou seis pessoas. Procuramos analisar a área que seria desmatada e toda a parte histórica que seria inundada. O diretor dizia que não tinha dinheiro para grandes ações, então desenvolvemos um sistema de resgate de fauna chamado mymba-kuera ("pega-bicho", em guarani), além dos refúgios biológicos.
De que forma foi feito este resgate?
Na medida em que o reservatório foi enchendo, fomos resgatando o máximo que conseguimos entre Sete Quedas de Guaíra e Itaipu. Tínhamos cinco bases, com cinco a sete barcos cada uma, e recolhíamos o que estava ao alcance (oficialmente, foram mais de 36 mil animais resgatados). Apenas de cobras venenosas eram cerca de 2,4 mil. Boa parte foi enviada de caminhão ao Instituto Butantã.
Quando foi demarcada a área de proteção nas margens do lago?
Previamente, a APP foi demarcada fotograficamente. Fizemos então uma demarcação viva, plantando cinco árvores a cada cinco metros, em uma cortina de 1 milhão de mudas entre Foz e Guaíra que passava por plantações de trigo e soja de sujeitos que seriam desapropriados dali a dois ou três anos. Seis meses antes da inundação, pintamos as árvores que demarcariam a recomposição. Alguns equívocos, no entanto, foram cometidos.
Que tipos de equívocos?
Usamos uma árvore chamada leucena, que cresce rapidamente, não pega fogo e tem capacidade de disseminação muito grande, mas que virou uma praga na região nos anos seguintes, pois interfere no crescimento de outras espécies e acaba dominando o ecossistema. Ainda hoje, ela é combatida no oeste paranaense. Por outro lado, se não tivéssemos plantado uma árvore tão resistente, talvez a faixa de proteção não tivesse sido preservada por tanto tempo.
Quais trabalhos foram feitos após o enchimento do reservatório?
Com o lago formado, alguns diretores disseram que Itaipu sairia da mídia e haveria menos investimentos na área ambiental. Mas ainda havia muito a ser feito. Chamamos três jovens pesquisadores da Universidade de Maringá para fazer o estudo de ictiofauna do novo lago. Usando um recurso que seria impossível hoje, aproveitamos a verba de um outro contrato durante três meses para pagá-los. O trabalho deu origem ao Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia), que acompanhou a evolução da fauna aquática local nas décadas seguintes.
E como foi feito o reflorestamento?
Com baixo orçamento, tínhamos de reflorestar toda a margem (2,9 mil quilômetros). Um agricultor nos perguntou se poderia plantar árvores frutíferas. Fomos a campo pra ver se outros também queriam e fizemos um acordo para fornecer áreas com espaçamento de 2x8 metros, bem maior que os 2x2 a que eles estavam acostumados. Foram autorizados a cultivar frutas como amora, goiaba e manga por três anos à beira do lago, enquanto não houvesse sombra das árvores, desde que ajudassem a reflorestar. Com isso, foram arranjando mudas e assim plantamos 12 milhões de árvores entre 1982 e 1985, gastando basicamente apenas com transporte. Nesse meio tempo, entrou o governo civil e os projetos passaram a crescer.
Por que você deixou a empresa?
No início dos anos 1990, com dificuldades financeiras, voltou a mentalidade de que Itaipu tinha apenas de gerar energia e chegou a ordem de demitir boa parte do pessoal da área ambiental. Pouco depois, eu saí. Naquela época, pensou-se em repassar o refúgio biológico para as universidades locais, o que acabou não ocorrendo.
Como avalia todo o trabalho hoje?
Nas condições que nós tínhamos, acho que fizemos o possível. Se for analisado hoje, temos mais pesquisas e ações, mas o que estão fazendo são reajustes em relação ao que fizemos. O refúgio, por exemplo, tinha instalações precárias, hoje vale a pena visitar. Levo meus alunos lá todo ano, é gostoso de ver. Mas a ideia conceitual foi bem fincada há três décadas.
Que ações foram fundamentais?
Além dos refúgios biológicos, creio que o reflorestamento. Um dos efeitos paralelos é que quem plantou se sente até hoje responsável, não permite que as matas ciliares sejam desmatadas. Tínhamos só quatro pessoas na equipe, mas conseguimos mais de mil fiscais "voluntários" e hoje são mais de 25 milhões de árvores plantadas no lado brasileiro. / BRUNO DEIRO
Trabalhou de 1975 a 1995 em Itaipu e esteve à frente da equipe ambiental da margem brasileira da usina por 16 anos. É autor do livro Hidrelétricas, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Atualmente, presta consultoria na área de meio ambiente e dá aulas de Engenharia Ambiental na PUC-PR.
http://www.estadao.com.br/noticias/impr ... 6214,0.htm
Arnaldo Carlos Müller, engenheiro florestal que chefiou ações de meio ambiente na parte brasileira de Itaipu, fala das obras e suas consequências
O engenheiro florestal Arnaldo Carlos Müller tinha pouco mais de quatro anos de formado quando recebeu, em 1975, o convite para chefiar as ações de meio ambiente na parte brasileira de Itaipu. Em um mês e com equipe reduzida, elaborou um plano básico para compensar os impactos do enchimento do reservatório e nos 15 anos seguintes teve de lidar com a instabilidade política e econômica da empresa para pôr em prática os projetos de atenuação dos impactos - a questão ambiental, considerada supérflua na visão progressista do governo militar da época, foi uma das menos privilegiadas no período de construção da usina.
Que espaço havia para a questão ambiental nos primeiros anos de Itaipu?
Eu trabalhava com meio ambiente no governo em Brasília, em 1975, quando fui chamado para ser assistente de diretoria em Itaipu. Tinha menos de cinco anos de formado e, em alguns aspectos, era um trabalho para inglês ver, como se diz, em função da pressão externa provocada pela Conferência de Estocolmo (1972) e a participação dos financiadores internacionais. Naquele tempo nem se falava em meio ambiente no Brasil, não havia preocupação. Falar em proteger o verde era uma espécie de poesia para os militares. Nosso presidente da época (general Ernesto Geisel) não era simpático à questão, então a preocupação maior era com o reservatório em si e com o processo de desapropriação.
Como foi elaborado o planejamento contra os impactos das obras?
No primeiro mês de trabalho vimos a necessidade de se fazer um plano básico de conservação para o reservatório, com estudos e inventários da área de inundação. Foi elaborado em cerca de um mês por mim e outros três colegas e serviu para dar um norte aos trabalhos, sendo usado em toda a fase de preparação pela diretoria.
Há 30 anos, quais eram as exigências em relação a grandes hidrelétricas?
Não havia nenhuma exigência legal de contrapartida na área de meio ambiente. A única lei que havia naquela época era o Código Florestal, vigente desde1965, que exigia uma área de proteção permanente (APP) de 100 metros em volta do reservatório. Havia uma oposição muito forte do setor elétrico no caso de Itaipu, pois muitos achavam que não havia necessidade de replantar aquela área toda, mas o diretor jurídico da época, Paulo José Nogueira da Cunha, comprou a briga para fazer valer a lei.
Como foram tomadas as decisões mais drásticas e polêmicas, como a inundação de Sete Quedas?
Itaipu tinha quatro projetos prévios de viabilidade: econômico, ambiental, hidrológico e geológico. O de meio ambiente foi feito por Robert Goodland (conselheiro ambiental do Banco Mundial por 23 anos) e concluiu que Sete Quedas não tinha grande relevância turística. A prova apresentada é de que havia apenas dois hotéis pequenos em Guaíra, com dez leitos cada um. Quando entrei, as decisões principais já tinham sido tomadas.
Qual impacto sobre o ecossistema foi o mais difícil de ser evitado?
Naturalmente aflora a questão de Sete Quedas. Sobre esse impacto, porém, havia muito pouco a fazer. Fizemos coletas de plantas da área rupestre das rochas de Sete Quedas, mas foi mais para registro. O salvamento foi tentado, mas com resultados pífios. Ao se formar o reservatório, descobriu-se que nas fendas das rochas havia centenas de morcegos muito pequenos, que escaparam da inundação e invadiram as casas de Guaíra, causando um pânico que durou três dias entre os moradores. Esse foi um impacto que não havíamos previsto.
Como foi realizado o trabalho na área que seria usada como reservatório?
Nossa equipe tinha cinco ou seis pessoas. Procuramos analisar a área que seria desmatada e toda a parte histórica que seria inundada. O diretor dizia que não tinha dinheiro para grandes ações, então desenvolvemos um sistema de resgate de fauna chamado mymba-kuera ("pega-bicho", em guarani), além dos refúgios biológicos.
De que forma foi feito este resgate?
Na medida em que o reservatório foi enchendo, fomos resgatando o máximo que conseguimos entre Sete Quedas de Guaíra e Itaipu. Tínhamos cinco bases, com cinco a sete barcos cada uma, e recolhíamos o que estava ao alcance (oficialmente, foram mais de 36 mil animais resgatados). Apenas de cobras venenosas eram cerca de 2,4 mil. Boa parte foi enviada de caminhão ao Instituto Butantã.
Quando foi demarcada a área de proteção nas margens do lago?
Previamente, a APP foi demarcada fotograficamente. Fizemos então uma demarcação viva, plantando cinco árvores a cada cinco metros, em uma cortina de 1 milhão de mudas entre Foz e Guaíra que passava por plantações de trigo e soja de sujeitos que seriam desapropriados dali a dois ou três anos. Seis meses antes da inundação, pintamos as árvores que demarcariam a recomposição. Alguns equívocos, no entanto, foram cometidos.
Que tipos de equívocos?
Usamos uma árvore chamada leucena, que cresce rapidamente, não pega fogo e tem capacidade de disseminação muito grande, mas que virou uma praga na região nos anos seguintes, pois interfere no crescimento de outras espécies e acaba dominando o ecossistema. Ainda hoje, ela é combatida no oeste paranaense. Por outro lado, se não tivéssemos plantado uma árvore tão resistente, talvez a faixa de proteção não tivesse sido preservada por tanto tempo.
Quais trabalhos foram feitos após o enchimento do reservatório?
Com o lago formado, alguns diretores disseram que Itaipu sairia da mídia e haveria menos investimentos na área ambiental. Mas ainda havia muito a ser feito. Chamamos três jovens pesquisadores da Universidade de Maringá para fazer o estudo de ictiofauna do novo lago. Usando um recurso que seria impossível hoje, aproveitamos a verba de um outro contrato durante três meses para pagá-los. O trabalho deu origem ao Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (Nupelia), que acompanhou a evolução da fauna aquática local nas décadas seguintes.
E como foi feito o reflorestamento?
Com baixo orçamento, tínhamos de reflorestar toda a margem (2,9 mil quilômetros). Um agricultor nos perguntou se poderia plantar árvores frutíferas. Fomos a campo pra ver se outros também queriam e fizemos um acordo para fornecer áreas com espaçamento de 2x8 metros, bem maior que os 2x2 a que eles estavam acostumados. Foram autorizados a cultivar frutas como amora, goiaba e manga por três anos à beira do lago, enquanto não houvesse sombra das árvores, desde que ajudassem a reflorestar. Com isso, foram arranjando mudas e assim plantamos 12 milhões de árvores entre 1982 e 1985, gastando basicamente apenas com transporte. Nesse meio tempo, entrou o governo civil e os projetos passaram a crescer.
Por que você deixou a empresa?
No início dos anos 1990, com dificuldades financeiras, voltou a mentalidade de que Itaipu tinha apenas de gerar energia e chegou a ordem de demitir boa parte do pessoal da área ambiental. Pouco depois, eu saí. Naquela época, pensou-se em repassar o refúgio biológico para as universidades locais, o que acabou não ocorrendo.
Como avalia todo o trabalho hoje?
Nas condições que nós tínhamos, acho que fizemos o possível. Se for analisado hoje, temos mais pesquisas e ações, mas o que estão fazendo são reajustes em relação ao que fizemos. O refúgio, por exemplo, tinha instalações precárias, hoje vale a pena visitar. Levo meus alunos lá todo ano, é gostoso de ver. Mas a ideia conceitual foi bem fincada há três décadas.
Que ações foram fundamentais?
Além dos refúgios biológicos, creio que o reflorestamento. Um dos efeitos paralelos é que quem plantou se sente até hoje responsável, não permite que as matas ciliares sejam desmatadas. Tínhamos só quatro pessoas na equipe, mas conseguimos mais de mil fiscais "voluntários" e hoje são mais de 25 milhões de árvores plantadas no lado brasileiro. / BRUNO DEIRO
Trabalhou de 1975 a 1995 em Itaipu e esteve à frente da equipe ambiental da margem brasileira da usina por 16 anos. É autor do livro Hidrelétricas, Meio Ambiente e Desenvolvimento. Atualmente, presta consultoria na área de meio ambiente e dá aulas de Engenharia Ambiental na PUC-PR.
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"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Geopolítica Energética
http://www.youtube.com/watch?v=-bxm_qa_ThQ
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: Geopolítica Energética
Raio causou apagão que atingiu 12 Estados no sábado
O apagão de sábado (15) reduziu em 13,4% a energia distribuída em todo o país e afetou o fornecimento em 12 Estados, informou nesta segunda-feira (17) o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Segundo a Folha apurou, o apagão foi causado por um raio que atingiu a linha de transmissão entre Emborcação e Itumbiara, em Goiás.
Passados dois dias, ONS e MME (Ministério de Minas e Energia) ainda não informaram oficialmente a causa da queda de energia no sábado --apenas que ela teve origem nas instalações da usina hidrelétrica Itumbiara, de propriedade da Eletrobras Furnas, devido ao desligamento das unidades geradoras da usina localizada na divisa entre Goiás e Minas Gerais.
Ficaram sem eletricidade mais de 3,5 milhões de pessoas em cidades de Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
O apagão suspendeu o fornecimento de 13,4% da energia do país. O Estado mais prejudicado foi Mato Grosso, com 66,6% de carga interrompida, segundo o ONS, seguido de Paraná (33,5%), Goiás (25,7%), Santa Catarina (24,9%), Acre (23,2%), Espírito Santo (20,0%), Rio Grande do Sul (19,6%), São Paulo (15,3%) Rio de Janeiro (15%), Mato Grosso do Sul (17,4%), Rondônia (12,3%) e Minas Gerais (10,6%).
MOTIVO
A Folha apurou que o problema começou com um raio que atingiu a linha de transmissão entre Emborcação e Itumbiara. Disjuntores da subestação de Itumbiara desligaram a linha automaticamente. Cinco das seis turbinas da usina de Itumbiara também foram desligadas.
O acidente provocou um efeito cascata em parte do Sistema Interligado Nacional, gerando o desligamento também de outras linhas de transmissão que conectam o país.
Milésimos de segundos depois do primeiro corte, as interligações entre o Norte/Nordeste/Centro Oeste com o Sul/Sudeste caíram, o que gerou a separação completa desses sistemas. Na tarde de sábado, o subsistema Norte/Nordeste estava transferindo para o Sul/Sudeste uma carga de 5.000 MW médios.
O sistema que tenta isolar esses problemas de desligamentos, chamado de Erac (Esquema Regional de Alívio de Carga), entrou em operação e derrubou o fornecimento de algumas regiões para reequilibrar a demanda de carga e a geração. Foi preciso afetar doze Estados para reequilibrar o sistema.
Segundo o ONS, a suspensão do fornecimento de energia da interligação entre os sistemas Norte/nordeste/Centro Oeste e Sul/Sudeste foi interrompida, sendo religada minutos depois. Cerca de 30 minutos apos a ocorrência, aproximadamente 50% da carga estava restabelecida. Uma hora depois, 90%.
DESATUALIZADA
A usina hidrelétrica Itumbiara, responsável pelo apagão, operava com instalações desatualizadas, disse nesta segunda-feira (17) o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner. "O arranjo da subestação é muito ruim, desatualizado."
Hubner disse que a reguladora já pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema) um levantamento sobre a situação de outras subestações do país para verificar se o problema também ocorre em outras usinas geradoras.
"[Queremos checar] se há alguma subestação desse jeito, com desatualização em termos de arranjo. Desliga aquilo ali e cria uma situação de instabilidade no sistema", disse.
Segundo uma fonte, o sistema de proteção da subestação, das linhas de transmissão e das usinas foram projetados na década de 1970. Apesar de receber manutenção, é antigo e não é mais usado nos sistemas de proteção instalados nas novas subestações.
O problema é que a substituição desses equipamentos implicaria no desligamento da subestação --e consequentemente da linha de transmissão-- por um ano, pelo menos. Como Itumbiara é um dos pontos de conexão com o sistema de transmissão Norte/Nordeste/Centro Oeste, há preocupação em tirá-lo da operação.
Esse mesmo sistema obsoleto opera em outras subestações, também construídas na década de 1970, como Araraquara, Marimbondo e Cachoeira Paulista.
INVESTIGAÇÃO
Ontem, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) realizou reunião extraordinária, com a presença do ministro Edison Lobão, para avaliar o problema.
Segundo informações do ministério, a falha provocou o desligamento de aproximadamente 8.800 MW de carga, sendo 50% na região Sudeste. A causa do apagão, no entanto, ainda não foi confirmada.
Equipes técnicas do MME, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do ONS seguiram para Itumbiara para participar das análises sobre a falha no fornecimento de energia.
O ONS deve esclarecer ainda hoje as origens do apagão. Oficialmente, o MME considera o problema como uma "perturbação do sistema".
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... bado.shtml
O apagão de sábado (15) reduziu em 13,4% a energia distribuída em todo o país e afetou o fornecimento em 12 Estados, informou nesta segunda-feira (17) o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Segundo a Folha apurou, o apagão foi causado por um raio que atingiu a linha de transmissão entre Emborcação e Itumbiara, em Goiás.
Passados dois dias, ONS e MME (Ministério de Minas e Energia) ainda não informaram oficialmente a causa da queda de energia no sábado --apenas que ela teve origem nas instalações da usina hidrelétrica Itumbiara, de propriedade da Eletrobras Furnas, devido ao desligamento das unidades geradoras da usina localizada na divisa entre Goiás e Minas Gerais.
Ficaram sem eletricidade mais de 3,5 milhões de pessoas em cidades de Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
O apagão suspendeu o fornecimento de 13,4% da energia do país. O Estado mais prejudicado foi Mato Grosso, com 66,6% de carga interrompida, segundo o ONS, seguido de Paraná (33,5%), Goiás (25,7%), Santa Catarina (24,9%), Acre (23,2%), Espírito Santo (20,0%), Rio Grande do Sul (19,6%), São Paulo (15,3%) Rio de Janeiro (15%), Mato Grosso do Sul (17,4%), Rondônia (12,3%) e Minas Gerais (10,6%).
MOTIVO
A Folha apurou que o problema começou com um raio que atingiu a linha de transmissão entre Emborcação e Itumbiara. Disjuntores da subestação de Itumbiara desligaram a linha automaticamente. Cinco das seis turbinas da usina de Itumbiara também foram desligadas.
O acidente provocou um efeito cascata em parte do Sistema Interligado Nacional, gerando o desligamento também de outras linhas de transmissão que conectam o país.
Milésimos de segundos depois do primeiro corte, as interligações entre o Norte/Nordeste/Centro Oeste com o Sul/Sudeste caíram, o que gerou a separação completa desses sistemas. Na tarde de sábado, o subsistema Norte/Nordeste estava transferindo para o Sul/Sudeste uma carga de 5.000 MW médios.
O sistema que tenta isolar esses problemas de desligamentos, chamado de Erac (Esquema Regional de Alívio de Carga), entrou em operação e derrubou o fornecimento de algumas regiões para reequilibrar a demanda de carga e a geração. Foi preciso afetar doze Estados para reequilibrar o sistema.
Segundo o ONS, a suspensão do fornecimento de energia da interligação entre os sistemas Norte/nordeste/Centro Oeste e Sul/Sudeste foi interrompida, sendo religada minutos depois. Cerca de 30 minutos apos a ocorrência, aproximadamente 50% da carga estava restabelecida. Uma hora depois, 90%.
DESATUALIZADA
A usina hidrelétrica Itumbiara, responsável pelo apagão, operava com instalações desatualizadas, disse nesta segunda-feira (17) o diretor-geral da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Nelson Hubner. "O arranjo da subestação é muito ruim, desatualizado."
Hubner disse que a reguladora já pediu ao ONS (Operador Nacional do Sistema) um levantamento sobre a situação de outras subestações do país para verificar se o problema também ocorre em outras usinas geradoras.
"[Queremos checar] se há alguma subestação desse jeito, com desatualização em termos de arranjo. Desliga aquilo ali e cria uma situação de instabilidade no sistema", disse.
Segundo uma fonte, o sistema de proteção da subestação, das linhas de transmissão e das usinas foram projetados na década de 1970. Apesar de receber manutenção, é antigo e não é mais usado nos sistemas de proteção instalados nas novas subestações.
O problema é que a substituição desses equipamentos implicaria no desligamento da subestação --e consequentemente da linha de transmissão-- por um ano, pelo menos. Como Itumbiara é um dos pontos de conexão com o sistema de transmissão Norte/Nordeste/Centro Oeste, há preocupação em tirá-lo da operação.
Esse mesmo sistema obsoleto opera em outras subestações, também construídas na década de 1970, como Araraquara, Marimbondo e Cachoeira Paulista.
INVESTIGAÇÃO
Ontem, o CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) realizou reunião extraordinária, com a presença do ministro Edison Lobão, para avaliar o problema.
Segundo informações do ministério, a falha provocou o desligamento de aproximadamente 8.800 MW de carga, sendo 50% na região Sudeste. A causa do apagão, no entanto, ainda não foi confirmada.
Equipes técnicas do MME, da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e do ONS seguiram para Itumbiara para participar das análises sobre a falha no fornecimento de energia.
O ONS deve esclarecer ainda hoje as origens do apagão. Oficialmente, o MME considera o problema como uma "perturbação do sistema".
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... bado.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
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Re: Geopolítica Energética
Carvão deve superar petróleo em matriz global de energia
Atualizado 19 de dezembro, 2012 - 10:35 (Brasília) 12:35 GMT

Forno de carvão clandestino na Amazônia: fonte de energia altamente poluente
Matt McGrath
Repórter de Ciência do Serviço Mundial da BBC
O carvão deve superar o petróleo como principal fonte de energia no mundo em 2022, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês).
A mudança seria impulsionada por um aumento da demanda por energia na Índia e na China, grandes consumidores de carvão, em função do crescimento econômico e aumento da população desses países.
"A parcela que o carvão representa na matriz energética global continua a crescer a cada ano", disse a diretora-executiva da IEA Maria Van der Hoeven. "Se não forem feitas mudanças nas políticas atuais, o carvão alcançará o petróleo em uma década."
A expansão do uso de carvão preocupa a IEA porque se trata de uma fonte de energia altamente poluente.
De acordo com a organização, ampliar o uso de gás natural é a forma mais viável de reduzir as emissões de carbono no curto prazo.
Ranking de países
O relatório prevê que, em 2014, a China será responsável por mais da metade do consumo global de carvão e a Índia ultrapassará os EUA, ficando em segundo lugar.
Nos EUA, a expectativa é que haja uma redução da demanda por carvão, segundo o relatório, que destaca o papel a ser desempenhado pelo gás de xisto na matriz energética americana.
"A experiência dos EUA mostra que um mercado de gás eficiente, marcado por preços flexíveis e alimentado por recursos próprios sustentáveis e não-convencionais pode reduzir o uso de carvão, as emissões de CO2 e as contas dos consumidores sem prejudicar a questão da segurança energética", disse Van der Hoeven.
Recentemente, a IEA alertou para a possibilidade de que a temperatura média global aumente 6 graus Celsius mais elevada do que seu nível pré-industrial até 2100 caso não haja um esforço para reduzir o uso do carvão no mundo.
Alguns governos apostam que tecnologias de captura e armazenamento de carbono poderão ser utilizadas para limitar o crescimento das emissões de poluentes na atmosfera.
Segundo a IEA, porém, é improvável que tais tecnologias tenham um grande impacto nos próximos cinco anos.
Encontro europeu
Essa visão pessimista foi reforçada pelo anúncio, em Bruxelas, de que a União Europeia (UE) foi incapaz de encontrar um projeto de captura e armazenamento de carbono para financiar, apesar de ter um fundo de 275 milhões de euros (R$ 763 milhões) reservado para isso.
Alguns projetos terminaram retirando sua candidatura para receber recursos por não conseguirem garantir a necessária contrapartida financeira dos governos de seus países.
Segundo a UE, os projetos interessados em receber recursos do bloco poderão se inscrever em uma nova rodada de propostas.
"Podemos ter esbarrado em um primeiro obstáculo, mas não vamos desistir", disse à BBC o deputado do Parlamento Europeu, Chris Davies.
"Esses projetos estão se tornando ainda mais importantes agora que sabemos que o carvão deve superar o petróleo como principal fonte de energia no mundo."
Apesar de não ter avançado muito nas iniciativas para desenvolver a tecnologia de captura de carbono, a UE está distribuindo 1,2 bilhão de euros (R$ 3,3 bilhões) para 23 projetos da área de energias renováveis.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... o_ru.shtml
Atualizado 19 de dezembro, 2012 - 10:35 (Brasília) 12:35 GMT

Forno de carvão clandestino na Amazônia: fonte de energia altamente poluente
Matt McGrath
Repórter de Ciência do Serviço Mundial da BBC
O carvão deve superar o petróleo como principal fonte de energia no mundo em 2022, segundo um relatório da Agência Internacional de Energia (IEA na sigla em inglês).
A mudança seria impulsionada por um aumento da demanda por energia na Índia e na China, grandes consumidores de carvão, em função do crescimento econômico e aumento da população desses países.
"A parcela que o carvão representa na matriz energética global continua a crescer a cada ano", disse a diretora-executiva da IEA Maria Van der Hoeven. "Se não forem feitas mudanças nas políticas atuais, o carvão alcançará o petróleo em uma década."
A expansão do uso de carvão preocupa a IEA porque se trata de uma fonte de energia altamente poluente.
De acordo com a organização, ampliar o uso de gás natural é a forma mais viável de reduzir as emissões de carbono no curto prazo.
Ranking de países
O relatório prevê que, em 2014, a China será responsável por mais da metade do consumo global de carvão e a Índia ultrapassará os EUA, ficando em segundo lugar.
Nos EUA, a expectativa é que haja uma redução da demanda por carvão, segundo o relatório, que destaca o papel a ser desempenhado pelo gás de xisto na matriz energética americana.
"A experiência dos EUA mostra que um mercado de gás eficiente, marcado por preços flexíveis e alimentado por recursos próprios sustentáveis e não-convencionais pode reduzir o uso de carvão, as emissões de CO2 e as contas dos consumidores sem prejudicar a questão da segurança energética", disse Van der Hoeven.
Recentemente, a IEA alertou para a possibilidade de que a temperatura média global aumente 6 graus Celsius mais elevada do que seu nível pré-industrial até 2100 caso não haja um esforço para reduzir o uso do carvão no mundo.
Alguns governos apostam que tecnologias de captura e armazenamento de carbono poderão ser utilizadas para limitar o crescimento das emissões de poluentes na atmosfera.
Segundo a IEA, porém, é improvável que tais tecnologias tenham um grande impacto nos próximos cinco anos.
Encontro europeu
Essa visão pessimista foi reforçada pelo anúncio, em Bruxelas, de que a União Europeia (UE) foi incapaz de encontrar um projeto de captura e armazenamento de carbono para financiar, apesar de ter um fundo de 275 milhões de euros (R$ 763 milhões) reservado para isso.
Alguns projetos terminaram retirando sua candidatura para receber recursos por não conseguirem garantir a necessária contrapartida financeira dos governos de seus países.
Segundo a UE, os projetos interessados em receber recursos do bloco poderão se inscrever em uma nova rodada de propostas.
"Podemos ter esbarrado em um primeiro obstáculo, mas não vamos desistir", disse à BBC o deputado do Parlamento Europeu, Chris Davies.
"Esses projetos estão se tornando ainda mais importantes agora que sabemos que o carvão deve superar o petróleo como principal fonte de energia no mundo."
Apesar de não ter avançado muito nas iniciativas para desenvolver a tecnologia de captura de carbono, a UE está distribuindo 1,2 bilhão de euros (R$ 3,3 bilhões) para 23 projetos da área de energias renováveis.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... o_ru.shtml
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Liev Tolstói
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Re: Geopolítica Energética
América do Sul descobriu 100 bilhões de barris de petróleo na última década
Atualizado 17 de dezembro, 2012 - 07:14 (Brasília) 09:14 GMT

Com pré-sal, Brasil pode ajudar América do Sul a se tornar 'potência energética'
Na última década, foram descobertas reservas estimadas em cerca de 100 bilhões de barris de petróleo na América do Sul, levando especialistas a acreditar que a região pode se tornar autossuficiente no setor.
O dado é do diretor executivo da Associação Latino-Americana de Integração Petroleira (ALIP), o engenheiro de petróleo Nicolás Honorato. A ALIP foi criada em 2009 para atender à crescente demanda de profissionais do ramo e para a troca de informações sobre o uso de tecnologia com o aumento das descobertas de petróleo na região.
"Quase todos os dias são anunciadas descobertas de petróleo na América Latina. E a América do Sul vive um momento histórico, porque além das descobertas convencionais surgiram o pré-sal, no Brasil, o gás de xisto, na Argentina, e o aumento impressionante de descobertas e produção de petróleo (convencional) na Colômbia", disse Honorato à BBC Brasil.
O grosso das novas reservas, 80%, vem do pré-sal brasileiro. Os restantes 20% estão nos subterrâneos de países como Colômbia, Argentina, Bolívia, Equador e Peru. Uruguai e Paraguai também têm a expectativa de explorar possíveis reservas ainda em fase de prospecção.
Autossuficiência
Na avaliação de Honorato, tais descobertas poderiam levar a região perto de se tornar autossuficiente.
Tal opinião é compartilhada pelo ex-secretário de Energia da Argentina, Daniel Montamat, e o ex-vice-ministro da Bolívia, Carlos Alberto López.
Além das descobertas de novos campos, eles também creditaram a previsão otimista à estabilidade econômica e política da região, apesar de anúncios recentes de nacionalização de empresas estrangeiras, como foi o caso da YPF, controlada pela espanhola Repsol, na Argentina.
Segundo Honorato, prova do potencial da região é o interesse recente demonstrado pelas empresas estrangeiras.
Para o especialista, muitas delas têm mirado a América do Sul já que a produção em outras regiões do planeta, como no Mar do Norte, está em queda.
"Todos os olhares do mundo petroleiro estão voltados para a América do Sul e para a América Latina em geral por ser uma das regiões que mais tem anunciado a descoberta de reservas estimadas de petróleo", destaca.
Para Honorato, grande parte do sucesso da região poderá vir do Brasil.
Segundo ele, caso as reservas do pré-sal brasileiro - estimadas por ele em 80 bilhões de barris de petróleo e pelo governo brasileiro entre 70 a 100 bilhões de barris - sejam realmente confirmadas, o Brasil passaria a ser o sexto país com as maiores reservas da matéria-prima no mundo, atrás de alguns países do Oriente Médio e da Venezuela.
Atualmente, o Brasil tem reservas estimadas em aproximadamente 13 bilhões de barris, de acordo com a agência de energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês), e ocupa a 14ª posição mundial.
Tecnologia
Para López, da Bolívia, o segredo da exploração do ouro negro está no uso da tecnologia cada vez mais avançada.
"A aplicação de novas técnicas e condições geopolíticas nos permitem dizer que ser uma região autossuficiente já não é mais apenas um desejo. Só não sabemos quando ocorrerá", afirmou.
Montamat concorda e diz acreditar que a tecnologia será "decisiva" para que a região passe a ser uma potência petroleira.
"A região como conjunto não é potência de petróleo e de gás porque as reservas ainda precisam ser desenvolvidas", explica.
"Mas a Venezuela, por exemplo, por si só, já tem mais reservas provadas do que a Arábia Saudita", acrescenta.
Dados de 2011 da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) indicam que a Venezuela possui reservas estimadas em 297,5 bilhões de barris, enquanto as da Arábia Saudita alcançariam 265,4 bilhões de barris.
Recentemente, lembraram os especialistas, Uruguai e Paraguai também anunciaram planos de prospectar petróleo em seus territórios, apesar de o quadro ser ainda embrionário.
Estabilidade
Honorato também lembrou que a estabilidade política e econômica conquistada pela América do Sul nos últimos anos ajudou a atrair o interesse de empresas estrangeiras do ramo do petróleo e gás.
"Empresas, principalmente, da Europa e do Canadá estão se orientando para a América do Sul e este movimento começou antes do pré-sal", disse.
Apesar de ter mencionado o atraso nos leilões do pós-sal e do pré-sal no Brasil, Honorato afirmou que a situação hoje na região é muito mais favorável ao capital estrangeiro do que antigamente.
Um dos exemplos, segundo ele, foi a Lei do Petróleo no Brasil, que acabou com o monopólio da Petrobras e, assim, permitiu a exploração de campos por empresas estrangeiras.
Honorato mencionou também que, em 2005, a Colômbia mudou seu marco regulatório, despertando uma espécie de "corrida ao ouro negro" do país.
A expectativa é de que o país deixe de ser importador e passe a ser exportador de petróleo e, assim, como ocorre com a Venezuela e o Brasil, passe a desfrutar as maiores receitas geradas pelo combustível.
Segundo ele, o Equador também mudou seu marco regulatório e aumentou a chegada de investimentos no setor petroleiro.
Já o Peru, na sua avaliação, é um país que "ainda não decolou" e registra uma produção abaixo dos 50 mil barris diários.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_mc.shtml
Atualizado 17 de dezembro, 2012 - 07:14 (Brasília) 09:14 GMT

Com pré-sal, Brasil pode ajudar América do Sul a se tornar 'potência energética'
Na última década, foram descobertas reservas estimadas em cerca de 100 bilhões de barris de petróleo na América do Sul, levando especialistas a acreditar que a região pode se tornar autossuficiente no setor.
O dado é do diretor executivo da Associação Latino-Americana de Integração Petroleira (ALIP), o engenheiro de petróleo Nicolás Honorato. A ALIP foi criada em 2009 para atender à crescente demanda de profissionais do ramo e para a troca de informações sobre o uso de tecnologia com o aumento das descobertas de petróleo na região.
"Quase todos os dias são anunciadas descobertas de petróleo na América Latina. E a América do Sul vive um momento histórico, porque além das descobertas convencionais surgiram o pré-sal, no Brasil, o gás de xisto, na Argentina, e o aumento impressionante de descobertas e produção de petróleo (convencional) na Colômbia", disse Honorato à BBC Brasil.
O grosso das novas reservas, 80%, vem do pré-sal brasileiro. Os restantes 20% estão nos subterrâneos de países como Colômbia, Argentina, Bolívia, Equador e Peru. Uruguai e Paraguai também têm a expectativa de explorar possíveis reservas ainda em fase de prospecção.
Autossuficiência
Na avaliação de Honorato, tais descobertas poderiam levar a região perto de se tornar autossuficiente.
Tal opinião é compartilhada pelo ex-secretário de Energia da Argentina, Daniel Montamat, e o ex-vice-ministro da Bolívia, Carlos Alberto López.
Além das descobertas de novos campos, eles também creditaram a previsão otimista à estabilidade econômica e política da região, apesar de anúncios recentes de nacionalização de empresas estrangeiras, como foi o caso da YPF, controlada pela espanhola Repsol, na Argentina.
Segundo Honorato, prova do potencial da região é o interesse recente demonstrado pelas empresas estrangeiras.
Para o especialista, muitas delas têm mirado a América do Sul já que a produção em outras regiões do planeta, como no Mar do Norte, está em queda.
"Todos os olhares do mundo petroleiro estão voltados para a América do Sul e para a América Latina em geral por ser uma das regiões que mais tem anunciado a descoberta de reservas estimadas de petróleo", destaca.
Para Honorato, grande parte do sucesso da região poderá vir do Brasil.
Segundo ele, caso as reservas do pré-sal brasileiro - estimadas por ele em 80 bilhões de barris de petróleo e pelo governo brasileiro entre 70 a 100 bilhões de barris - sejam realmente confirmadas, o Brasil passaria a ser o sexto país com as maiores reservas da matéria-prima no mundo, atrás de alguns países do Oriente Médio e da Venezuela.
Atualmente, o Brasil tem reservas estimadas em aproximadamente 13 bilhões de barris, de acordo com a agência de energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês), e ocupa a 14ª posição mundial.
Tecnologia
Para López, da Bolívia, o segredo da exploração do ouro negro está no uso da tecnologia cada vez mais avançada.
"A aplicação de novas técnicas e condições geopolíticas nos permitem dizer que ser uma região autossuficiente já não é mais apenas um desejo. Só não sabemos quando ocorrerá", afirmou.
Montamat concorda e diz acreditar que a tecnologia será "decisiva" para que a região passe a ser uma potência petroleira.
"A região como conjunto não é potência de petróleo e de gás porque as reservas ainda precisam ser desenvolvidas", explica.
"Mas a Venezuela, por exemplo, por si só, já tem mais reservas provadas do que a Arábia Saudita", acrescenta.
Dados de 2011 da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) indicam que a Venezuela possui reservas estimadas em 297,5 bilhões de barris, enquanto as da Arábia Saudita alcançariam 265,4 bilhões de barris.
Recentemente, lembraram os especialistas, Uruguai e Paraguai também anunciaram planos de prospectar petróleo em seus territórios, apesar de o quadro ser ainda embrionário.
Estabilidade
Honorato também lembrou que a estabilidade política e econômica conquistada pela América do Sul nos últimos anos ajudou a atrair o interesse de empresas estrangeiras do ramo do petróleo e gás.
"Empresas, principalmente, da Europa e do Canadá estão se orientando para a América do Sul e este movimento começou antes do pré-sal", disse.
Apesar de ter mencionado o atraso nos leilões do pós-sal e do pré-sal no Brasil, Honorato afirmou que a situação hoje na região é muito mais favorável ao capital estrangeiro do que antigamente.
Um dos exemplos, segundo ele, foi a Lei do Petróleo no Brasil, que acabou com o monopólio da Petrobras e, assim, permitiu a exploração de campos por empresas estrangeiras.
Honorato mencionou também que, em 2005, a Colômbia mudou seu marco regulatório, despertando uma espécie de "corrida ao ouro negro" do país.
A expectativa é de que o país deixe de ser importador e passe a ser exportador de petróleo e, assim, como ocorre com a Venezuela e o Brasil, passe a desfrutar as maiores receitas geradas pelo combustível.
Segundo ele, o Equador também mudou seu marco regulatório e aumentou a chegada de investimentos no setor petroleiro.
Já o Peru, na sua avaliação, é um país que "ainda não decolou" e registra uma produção abaixo dos 50 mil barris diários.
Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_mc.shtml
"Todos pensam em mudar o mundo, mas ninguém pensa em mudar a si mesmo."
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Re: Geopolítica Energética
Nós aqui debatemos antiaérea para defender pontos estratégicos. O MD faz estudos para proteger áreas sensíveis. E basta chover...
País perde energia produzida em Itaipu quando chove em SP e no PR
A usina hidrelétrica de Itaipu, responsável pelo abastecimento de 23 milhões de residências, é parcialmente desligada quando há temporais sobre trechos das três linhas de transmissão de 900 quilômetros, entre Foz do Iguaçu (PR) e Tijuco Preto (Mogi das Cruzes, Grande São Paulo).
A medida começou a ser adotada no apagão de 2009, quando 18 Estados ficaram às escuras. A ação é adotada até hoje, apesar de Furnas afirmar que fez os investimentos de proteção de raios e que a linha pode ser operada sem restrições climáticas.
Com a queda da produção de energia de Itaipu, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) determina a geração de energia com termelétricas em outras regiões do país. O ONS já informou, em relatório, que essa medida custa R$ 12 milhões por dia sobre a conta de luz.
Técnicos do setor se dividem ao classificar a decisão do ONS como "precaução" ou "falta de confiança" na linha de transmissão de Furnas.
"É uma precaução. A infraestrutura de transmissão não foi projetada para algumas condições climáticas", diz Fábio Resende, ex-diretor de operações de Furnas e atual diretor do Ilumina (Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico).
"A redução da carga na linha de transmissão de Itaipu mostra o receio do ONS, que, aliás, não confia em nada no sistema elétrico, não apenas nas linhas de Furnas", diz Cesar de Barros Pinto, diretor-executivo da Abrate (Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica).
Segundo ele, falta investimento das empresas em pessoal. "A terceirização tem tirado qualidade nos serviços de manutenção e isso pode piorar com a MP 579 [que renova as concessões]", afirma.
O relatório do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia de São Paulo), que analisou o apagão de 2009, diz que, se o sistema não é confiável para operar em qualquer condição, talvez a solução seja a construção de uma quarta linha. Furnas diz que não há projeto para isso.
COMO FUNCIONA
Quando há chuvas fortes ou rajadas de vento, o ONS aciona um esquema de operação chamado N-3 (lê-se, N menos três), que passa a administrar o sistema com a hipótese de desligamento das três linhas que trazem a energia de Itaipu para São Paulo.
Nesse cenário, a hidrelétrica reduz a produção de energia, o que diminui também a carga sobre a linha de Furnas. Térmicas de outras regiões substituem Itaipu durante a vigência dessa restrição.
O desligamento de três linhas parece improvável, mas ocorreu duas vezes em 2009.
A primeira foi em julho. Na ocasião, não houve um apagão porque a carga era baixa e o sistema conseguiu compensar a perda de Itaipu. A segunda, no entanto, entrou para a história como o maior apagão já visto no país.
O relatório do Crea-SP aponta que a falta de providências para correção da falha em julho de 2009 e as "equivocadas justificativas" do governo para o apagão de novembro do mesmo ano impedem, ainda hoje, que se saiba o que de fato provocou a queda de energia.
"O fato de Itaipu ser ainda operada com restrições (...)demonstra que existe insegurança sobre se as reais causas que deram origem ao blecaute de 2009 foram superadas", diz o relatório do Crea.
Procurado, o ONS não quis falar sobre o assunto.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... o-pr.shtml
País perde energia produzida em Itaipu quando chove em SP e no PR
A usina hidrelétrica de Itaipu, responsável pelo abastecimento de 23 milhões de residências, é parcialmente desligada quando há temporais sobre trechos das três linhas de transmissão de 900 quilômetros, entre Foz do Iguaçu (PR) e Tijuco Preto (Mogi das Cruzes, Grande São Paulo).
A medida começou a ser adotada no apagão de 2009, quando 18 Estados ficaram às escuras. A ação é adotada até hoje, apesar de Furnas afirmar que fez os investimentos de proteção de raios e que a linha pode ser operada sem restrições climáticas.
Com a queda da produção de energia de Itaipu, o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) determina a geração de energia com termelétricas em outras regiões do país. O ONS já informou, em relatório, que essa medida custa R$ 12 milhões por dia sobre a conta de luz.
Técnicos do setor se dividem ao classificar a decisão do ONS como "precaução" ou "falta de confiança" na linha de transmissão de Furnas.
"É uma precaução. A infraestrutura de transmissão não foi projetada para algumas condições climáticas", diz Fábio Resende, ex-diretor de operações de Furnas e atual diretor do Ilumina (Instituto de Desenvolvimento Estratégico do Setor Elétrico).
"A redução da carga na linha de transmissão de Itaipu mostra o receio do ONS, que, aliás, não confia em nada no sistema elétrico, não apenas nas linhas de Furnas", diz Cesar de Barros Pinto, diretor-executivo da Abrate (Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica).
Segundo ele, falta investimento das empresas em pessoal. "A terceirização tem tirado qualidade nos serviços de manutenção e isso pode piorar com a MP 579 [que renova as concessões]", afirma.
O relatório do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia de São Paulo), que analisou o apagão de 2009, diz que, se o sistema não é confiável para operar em qualquer condição, talvez a solução seja a construção de uma quarta linha. Furnas diz que não há projeto para isso.
COMO FUNCIONA
Quando há chuvas fortes ou rajadas de vento, o ONS aciona um esquema de operação chamado N-3 (lê-se, N menos três), que passa a administrar o sistema com a hipótese de desligamento das três linhas que trazem a energia de Itaipu para São Paulo.
Nesse cenário, a hidrelétrica reduz a produção de energia, o que diminui também a carga sobre a linha de Furnas. Térmicas de outras regiões substituem Itaipu durante a vigência dessa restrição.
O desligamento de três linhas parece improvável, mas ocorreu duas vezes em 2009.
A primeira foi em julho. Na ocasião, não houve um apagão porque a carga era baixa e o sistema conseguiu compensar a perda de Itaipu. A segunda, no entanto, entrou para a história como o maior apagão já visto no país.
O relatório do Crea-SP aponta que a falta de providências para correção da falha em julho de 2009 e as "equivocadas justificativas" do governo para o apagão de novembro do mesmo ano impedem, ainda hoje, que se saiba o que de fato provocou a queda de energia.
"O fato de Itaipu ser ainda operada com restrições (...)demonstra que existe insegurança sobre se as reais causas que deram origem ao blecaute de 2009 foram superadas", diz o relatório do Crea.
Procurado, o ONS não quis falar sobre o assunto.
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/12 ... o-pr.shtml
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa